Empreendedor: MARCO ANTONIO MAGALHÃES/ Cessão de Águas Públicas da União CPF:

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1 PARECER ÚNICO: SUPRAM TM/AP PROTOCOLO Nº /2010 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 23882/2008/001/2010 LP+LI Deferimento Outorga: Resolução ANA N 637/2009 Piscicultura em tanque - Concedida rede APEF Nº - - Reserva legal: - - Empreendedor: MARCO ANTONIO MAGALHÃES/ Cessão de Águas Públicas da União CPF: Município: Tupaciguara Unidade de Conservação: - Bacia Hidrográfica: Rio Paranaíba Sub Bacia: Rio Araguari Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe G Piscicultura em tanque-rede (800,00 m 2 ) 03 Medidas mitigadoras: ( ) SIM ( x ) NÃO Medidas compensatórias: ( ) SIM (x) NÃO Condicionantes: ( x ) SIM ( ) NÃO Automonitoramento: ( ) SIM (x ) NÃO Responsável Técnico pelo empreendimento: - Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados: Marco Antônio Magalhães Registro de classe - CREA:MG-77748/D Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 4467/2010 DATA: 08/07/2010 Data: 23/08/2010 Equipe Interdisciplinar: Alexssandre Pinto de Carvalho (Gestor) Eliete Alves Vilarinho Amilton Alves Filho Dayane Aparecida Pereira de Paula Kamila Borges Alves- Assessora Jurídica José Roberto Venturi Diretor Técnico Registro de classe Assinatura 1 / 10

2 1. INTRODUÇÃO O empreendedor Srº Marco Antônio Magalhães requereu Licença Prévia concomitante com licença de Instalação (LP+LI) para o empreendimento Cessão de Águas Públicas da União, localizado no município de Tupaciguara-MG, através do preenchimento do FCEI em 08/01/2010 e conseqüente obtenção do FOBI. Em 15/06/2010 o processo foi formalizado. Em 08/07/2010 foi realizada a vistoria no referido empreendimento, conforme relatório de vistoria nº 4467/2010. No dia 14/07/2010 foi enviado ao empreendedor pedido de Informações Complementares, conforme Oficio nº 1938/2010 anexo ao processo de licenciamento ambiental. Nos termos da Deliberação Normativa do COPAM nº. 74/2004, o empreendimento tem a sua atividade descrita como Piscicultura em tanque-rede, código G com área útil de 800,00 m DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 2.1 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento será implantado em área rural do município de Tupaciguara-MG em águas públicas da união na Represa Hidrelétrica de Itumbiara, nas seguintes coordenadas geográficas Lat.18º22'05"S e Long. 48º51'44,0"W O Acesso ao local pode ser feito pela Rodovia MG 452 Tupaciguara sentido Araporã, após 35 Km virar à direita em estrada rural seguindo até o distrito de Brilhante, seguir no sentido da serra do douradinho, após descer a mesma virar à direita e seguir por mais 11 Km. O empreendimento será instalado na Fazenda São José do Paranaíba de propriedade do Sr. Dílson Pereira da Silva, propriedade circundada pela Represa Hidrelétrica de Itumbiara. Conforme verificado no Sistema de Informações Ambientais - SIAM, tal propriedade está regularizada ambientalmente. Cabe mencionar que o acesso ao empreendimento (tanques-rede) será feito via água, com base de apoio na propriedade do Sr Edils on Pereira da Silva propriedade 2 / 10

3 denominada Fazenda Cachoeira dos Costas e Confusão conforme autorização de acesso constante nos autos. O polígono formado pela área do empreendimento é representado pelo quadro abaixo: N vértice Longitude Latitude N vértice E N ,71 O ,46 S , , ,07 O ,48 S , , ,13 O ,28 S , , ,77 O ,26 S ,70 A dimensão do polígono externo é de 40 metros de largura e 160 metros de comprimento, afastados da margem em torno de 117 metros do vértice 3, totalizando metros quadrados, todo ele situado no município de Tupaciguara-MG. Serão instaladas bóias sinalizadoras com as informações pertinentes aos navegantes em locais determinados, bem como demarcação da área do entorno do polígono externo com bóias coloridas flutuantes A área do empreendimento será utilizada durante todo o ano. A profundidade média do local é de 10 metros. A modalidade de criação será feita em tanques-redes com área de 4,00 M 2 e volume de 6,00 M 3 cada, sendo que estes são construídos em alumínio naval com vida útil estimada de 10 anos, e serão dispostos em fileiras ao longo do polígono eqüidistantes uns dos outros em 02 metros na fileira e em 08 metros entre as fileiras. Conforme informado nos estudos, serão instalados 200 (duzentos) tanques-rede com área útil total de 800,00 M 2. Foi apresentado o Termo de Entrega, firmado entre a União e o Ministério da Pesca, concernente à implantação do projeto de aqüicultura em tanque-rede do empreendimento em referência, nos termos do art. 13 do Decreto Federal nº 4.895/ Caracterização da Atividade A variedade a ser cultivada é a Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). 3 / 10

4 A tilápia vem ocupando lugar de destaque na piscicultura em tanques-rede por ser uma espécie precoce, de rápido crescimento e apresentar excelente desempenho em sistemas intensivos de produção. Esse tipo de cultivo vem crescendo consideravelmente no Brasil e em diversos países onde existem grandes reservatórios. A piscicultura em tanque-rede ou gaiolas é classificado como um sistema intensivo de produção, com alta e contínua renovação de água. O sistema intensivo de produção é o sistema de produção em que os espécimes cultivados dependem integralmente da oferta de alimento artificial, tendo como uma de suas características a alta densidade de espécimes, variando de acordo com a espécie utilizada. A criação de peixes em tanques-rede é uma alternativa tecnológica de piscicultura intensiva destinada ao aproveitamento racional dos lagos, represas, canais, rios e açudes. Os tanques-rede são estruturas construídas com telas ou redes, fechadas em todos os lados, semelhante a um tanque que fica flutuando na superfície dos mananciais. Imagem 01 Sistema de cultivo em tanque-rede 4 / 10

5 Fluxograma e Fases: Fluxograma Sistema de recria e engorda - Aquisição de formas jovens; - Alimentação ; Manejo; - Despesca; - Comercialização. Em função da favorável ambiência à utilização de corpos hídricos para a produção piscícola, é necessário o pleno entendimento sobre a determinação da capacidade de suporte do corpo hídrico. Assim a capacidade de suporte pode ser definida como a biomassa máxima que o corpo hídrico pode manter de forma sustentável ao longo dos anos. Partindo do principio que os corpos hídricos possuem características próprias, conclui-se pela necessidade da determinação da capacidade de suporte para cada corpo hídrico a fim de quantificar a biomassa de pescado a ser produzido por reservatório/ polígono. Dessa forma, foi apresentado no processo de licenciamento ambiental a outorga da Agência Nacional de Águas (ANA) que prevê uma produção máxima de peixe de 133,0 toneladas/ano e uma quantidade máxima de ração a ser aplicada de 830,14 Kg/dia e um teor máximo de fósforo na ração de 0,8%. A geração de resíduos em todo o empreendimento se fará através das formas de: - Restos de ração fornecida nos tanques; - Sacos de ração; - Sacos plásticos do transporte dos alevinos e formas jovens; - Excrementos produzidos pelos peixes cultivados; 2.2 AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL Não foi requerido no processo de licenciamento ambiental em questão nenhum pedido para exploração florestal. 5 / 10

6 2.3 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE APP S Conforme estudos apresentados não haverá intervenção em APP na propriedade onde será instalado o empreendimento (Fazenda São José do Paranaíba). Cabe mencionar que a intervenção ocorrerá em outra fazenda, de propriedade do Sr. Edilson Pereira da Silva (Fazenda Cachoeira dos Costas e Confusão) que também desenvolverá a atividade de piscicultura em tanque-rede, sendo que a atividade e intervenção em APP, com as devidas medidas mitigadoras e compensatórias, está sendo regularizada conforme processo administrativo nº 15189/2009/001/2010. Todo o acesso para a fazenda São José do Paranaíba para o desenvolvimento da piscicultura (arraçoamento, despesca etc.,) será feito via água dentro do próprio reservatório. 2.4 UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS A propriedade está localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba, e sub-bacia do Rio Araguari. Para o desenvolvimento da atividade de piscicultura em tanque-rede o empreendedor possui outorga emitida pela Agência Nacional de Águas ANA, conforme Resolução n 637 de 03 de Setembro de 2009, com validade de 05 anos. 2.5 IMPACTOS IDENTIFICADOS Fase de Instalação - LI: Não está previsto para a fase de instalação impactos ambientais significativos, uma vez que para a instalação do empreendimento é necessária apenas a montagem dos tanques-rede com materiais (flutuadores, canos, cotovelos, tela etc.,) previamente montados necessitando apenas de encaixamento e costuras, gerando o mínimo de resíduo possível. 6 / 10

7 2.5.2 Fase de Operação - LO: 1 - Durante a criação é gerado alguns resíduos tais como fezes e rações. O fornecimento de rações em excesso aos peixes em altas densidades de estocagem pode provocar danos, tanto aos animais quanto ao ecossistema. Uma das conseqüências pode ser o aumento da turbidez na água e proliferação de microalgas em virtude da geração de matéria orgânica (fezes) e dos metabólitos (NH) 3 lançados à coluna d água. Dessa forma, é muito importante que o empreendedor obedeça a capacidade de suporte estimada e pela Agência Nacional de Águas e pelo Ministério da Pesca, utilizando o máximo de ração calculado que é de 830,14 kg/dia. Destaca-se ainda que pelo fato da Tilápia ser um peixe exótico, cuidados redobrados devem ser tomados para que os peixes não fujam para o ambiente natural, pois, se isto ocorrer, poderá competir com as espécies nativas pelo mesmo nicho. Portanto, deve ser constantemente monitorado para que isto não ocorra; 2- Sacos de ração e sacos plásticos do transporte dos alevinos e formas jovens deverão ser devidamente armazenados em local adequado para posterior destinação conforme a legislação ambiental em vigência. 2 CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante à legalidade processual, haja vista a apresentação dos documentos necessários e exigidos pela legislação ambiental em vigor, conforme enquadramento disposto da Deliberação Normativa nº 74/2004. Da mesma forma, o local e o tipo de empreendimento encontra-se de acordo com as normas, leis e regulamentos municipais, conforme Declaração da Prefeitura Municipal de Tupaciguara, anexada aos autos (pág. 023). 7 / 10

8 3 CONCLUSÃO Nos estudos apresentados foram contempladas informações satisfatórias à análise do processo de Licenciamento Ambiental do empreendimento em epígrafe. A equipe interdisciplinar de análise deste processo, do ponto de vista técnico e jurídico, opina pelo deferimento da concessão da LP+LI para o empreendimento Cessão de Águas Públicas da União de propriedade do Srº Marco Antônio Magalhães localizado no município de Tupaciguara-MG, ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos Anexos deste parecer único poderão ser resolvidos junto à própria SUPRAM, mediante análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo das condicionantes. 4 VALIDADE 02 (dois) anos ata: 23/08/2010 Equipe Interdisciplinar: Alexssandre Pinto de Carvalho (Gestor) Registro de classe Assinatura Eliete Alves Vilarinho Amilton Alves Filho 8 / 10

9 Dayane Aparecida Pereira de Paula Kamila Borges Alves- Assessora Jurídica José Roberto Venturi Diretor Técnico 9 / 10

10 ANEXO I Processo COPAM Nº: 23882/2008/001/2010 Classe/Porte: 03 Empreendimento: Marco Antonio Magalhães/Cessão de Águas Públicas da União CPF: Atividades: Piscicultura em tanque-rede Endereço: Rodovia MG Tupaciguara sentido Araporã Km 35 (á direita + 22Km ) Localização: Zona Rural Município: Tupaciguara - MG Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 02 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO* Apresentar registro de aquicultor junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). Apresentar analises referentes à qualidade da água coletada na área do polígono destinado aos tanques-rede em pontos localizados a montante e a jusante do local de instalação, observando os seguintes parâmetros: Temperatura, Oxigênio dissolvido, ph, Transparência, amônio e nitrito, salinidade, fosfato, silicato, clorofila a e coliformes termotolerantes. Comprovar a instalação de sinalizadores com tambores, na cor amarela e/ou luminosos, conforme exigência da Marinha do Brasil. Na formalização da Licença de Operação. Na Formalização da Licença de Operação. Na Formalização da Licença de Operação. 4 Apresentar o Programa de Monitoramento Ambiental, conforme Anexo VI da Resolução CONAMA nº 413/2009, acompanhado de ART. Na Formalização da Licença de Operação. 5 Apresentar programa de prevenção e controle de fuga das espécies cultivadas, acompanhado de ART. * Prazo contado a partir do recebimento do Certificado de Licença. Na Formalização da Licença de Operação. Observação: Em razão do que dispõe o art. 6º da Deliberação Normativa COPAM nº 13/1995, o empreendedor tem o prazo de 10 (dez) dias para a publicação em periódico local ou regional de grande circulação da concessão da presente licença. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos Anexos deste parecer único poderão ser resolvidos junto à própria SUPRAM, mediante análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo das condicionantes. 10 / 10