Código Penal. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Código Penal.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Código Penal. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Código Penal."

Transcrição

1 Código Penal Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE Código Penal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei: PARTE GERAL TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Anterioridade da Lei Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 1. BREVES COMENTÁRIOS Não basta que a norma penal incriminadora tenha sido instituída por lei em sentido estrito (princípio da reserva legal), mas esta deve também ser anterior ao fato criminoso (princípio da anterioridade), escrita, estrita, certa e necessária. Daí porque a doutrina desdobra o princípio em exame em outros cinco: a) Não há crime (ou contravenção penal), nem pena (ou medida de segurança) sem lei estrita ( nullum crimen, nulla poena sine lege ), proibindo-se a utilização da analogia para criar tipo incriminador, fundamentar ou agravar pena. Entretanto, a analogia in bonam partem é perfeitamente possível, encontrando justificativa no princípio da eqüidade. b) Não há crime (ou contravenção penal), nem pena (ou medida de segurança) sem lei anterior ( nullun crimen, nulla poena sine praevia lege ), proibindo-se a retroatividade maléfica; ATENÇÃO: O que se proíbe é apenas a anterioridade maléfica, podendo a lei retroagir para beneficiar o réu. Nesse sentido: Art. 5º, XL, da CF: A lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. c) Não há crime (ou contravenção penal), nem pena (ou medida de segurança) sem lei escrita, excluindo-se o direito consuetudinário para fundamentação ou agravação da pena. Entretanto, tem o costume grande importância no direito penal, em especial na elucidação do conteúdo dos tipos. Por fim, sua aplicação in bonam partem é, por alguns doutrinadores, reconhecida como legítima (ainda que para abolir a sua eficácia social); 9

2 Art. 1º Rogério Sanches Cunha d) Não há crime (ou contravenção penal), nem pena (ou medida de segurança) sem lei certa (princípio da taxatividade ou da determinação). Este princípio é dirigido mais diretamente à pessoa do legislador, através do qual se exige dos tipos penais clareza, não devendo deixar margens a dúvidas, permitindo à população em geral o pleno entendimento do tipo penal. Dessa forma o cidadão adquire segurança, habilitando-o a calcular exatamente os inconvenientes de uma conduta criminosa. Alerta Cesare Beccaria (Dos delitos e das penas, p. 51): Quanto maior for o número dos que compreenderem e tiverem entre as mãos o sagrado código das leis, menos freqüentes serão os delitos, pois não há dúvida de que a ignorância e a incerteza das penas propiciam a eloqüência das paixões. Somente quando o direito for certo a ação humana estará garantida. e) Não há crime (ou contravenção penal), nem pena (ou medida de segurança) sem lei necessária, desdobramento lógico do princípio da intervenção mínima. A soma desses princípios constitui uma real limitação ao poder estatal de interferir na esfera de liberdades individuais, por isso estampada não somente no art. 5º, XXXIX da CF, mas também nos arts. 9º da Convenção Americana de Direitos Humanos e 22 do Estatuto de Roma (que cria o Tribunal Penal Internacional). Normas penais em branco: São normas que dependem de complemento normativo. Classificam-se em próprias (em sentido estrito ou heterogênea) ou impróprias (em sentido amplo ou homogêneas). Próprias Norma penal em branco: Impróprias: O complemento é dado por espécie normativa diversa (portaria, por exemplo). O complemento é dado pela mesma espécie normativa (lei completada por lei). As normas penais em branco impróprias ainda podem ser subdivididas em duas outras espécies: homovitelina (ou homóloga) e heterovitelina (ou heteróloga). Norma penal em branco imprópria (homogênea) Homovitelina Heterovitelina É aquela cujo complemento normativo se encontra no mesmo documento legal. Exemplo: No crime de peculato (art. 312 do CP), a elementar funcionário público está descrita no próprio CP, art. 327 do CP; É aquela cujo complemento normativo se encontra em documento legal diverso. Exemplo: No delito de ocultação de impedimento para o casamento (art. 236 do CP), as hipóteses impeditivas da união civil estão elencadas no Código Civil. 10

3 Código Penal art. 1º 2. enunciados de súmula de jurisprudência STF Súmula 722 São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento. 3. INFORMATIVOS DE jurisprudência STF Furto e ligação clandestina de TV a cabo A 2ª Turma concedeu habeas corpus para declarar a atipicidade da conduta de condenado pela prática do crime descrito no art. 155, 3º, do CP ( Art Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:... 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. ), por efetuar ligação clandestina de sinal de TV a cabo. Reputou-se que o objeto do aludido crime não seria energia e ressaltou-se a inadmissibilidade da analogia in malam partem em Direito Penal, razão pela qual a conduta não poderia ser considerada penalmente típica. HC 97261/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, questões de concursos 01. (Procurador do MP TCE/SP 2011) O princípio constitucional da legalidade em matéria penal (A) não vigora na fase de execução penal. (B) impede que se afaste o caráter criminoso do fato em razão de causa supralegal de exclusão da ilicitude. (C) não atinge as medidas de segurança. (D) obsta que se reconheça a atipicidade de conduta em função de sua adequação social. (E) exige a taxatividade da lei incriminadora, admitindo, em certas situações, o emprego da analogia. 02. (Defensor Público DPE/AM 2011) Sobre os princípios da legalidade e da anterioridade (artigo 1º do Código Penal) é correto afirmar: (A) pelo princípio da legalidade compreende-se que ninguém responderá por um fato que a lei penal preveja como crime e, pelo princípio da anterioridade compreende-se que alguém somente responderá por crime devidamente previsto em lei que tenha entrado em vigor um ano anteriormente à prática da conduta; (B) os princípios da legalidade e da anterioridade pressupõem a existência de lei anterior à prática de uma determinada conduta para que esta possa ser considerada como crime; (C) tais princípios são sinônimos e significam a necessidade da existência de lei para que uma conduta seja considerada crime; (D) são incompatíveis um com o outro, já que pressupõem circunstâncias diversas; (E) pelo princípio da anterioridade compreende-se a previsão anterior de determinada conduta como criminosa independentemente de definição por lei em sentido estrito. 03. (Analista/Judiciária TJ/ES 2011) Uma das funções do princípio da legalidade refere-se à proibição de se realizar incriminações vagas e indeterminadas, visto que, no preceito primário do tipo penal incriminador, é obrigatória a existência de definição precisa da conduta proibida ou imposta, sendo vedada, com base em tal princípio, a criação de tipos que contenham conceitos vagos e imprecisos. 11

4 Art. 1º e 2º Rogério Sanches Cunha 04. (Promotor de Justiça - MP/PR 2011 Adaptada) A analogia in bonam partem não possui restrições em matéria penal, sendo admissível, por exemplo, em causas de justificação, causas de exculpação e situações de extinção ou redução da punibilidade, e a analogia in malan partem possui menor nível de aceitabilidade em matéria penal, sendo admissível apenas em hipóteses excepcionais. 05 (Promotor de Justiça MP/CE 2011 Adaptada) O princípio da legalidade exige, além da previsão legal do crime e da pena anteriores ao fato praticado, definição de conduta e cominação balizada de punição. 06. (Promotor de Justiça MP/DFT 2011 Adaptada) O uso de leis penais em branco, em sentido estrito, foi banido pelo Supremo Tribunal Federal, por caracterizar ofensa ao princípio da taxatividade. GAB 01 E 02 B 03 V 04 F 05 V 06 F Lei penal no tempo Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 1. BREVES COMENTÁRIOS A sucessão de leis penais no tempo pode gerar quatro situações bem definidas: Abolitio criminis (art. 2º, caput, do CP) a) É o caso de supressão da figura criminosa, é dizer, a revogação de um tipo penal pela superveniência de lei descriminalizadora. b) A lei nova (mais benigna) retroagirá, alcançando os fatos pretéritos, mesmo que acobertados pela coisa julgada (lei abolicionista não respeita coisa julgada). Ação criminosa Retroatividade Data do Julgamento Vigência da lei penal incriminadora Lei que revoga o tipo penal Exemplo: Crime de adultério (art. 240 do CP), revogado em ATENÇÃO: a abolitio criminis faz desaparecer os efeitos penais de eventual condenação, permanecendo os extrapenais. 12

5 Código Penal art. 2º Novatio legis in mellius (art. 2º, parágrafo único, do CP) a) É o caso de lei posterior, não abolicionista, porém mais benéfica que a vigente à época dos fatos. Deverá retroagir para beneficiar o réu. b) Diferentemente da abolitio criminis, nesta hipótese, o fato continua sendo criminoso, porém, tratado de maneira mais branda. Ação criminosa Retroatividade Data do Julgamento Vigência de tipo penal mais grave Lei mais bénefica Exemplo: art. 2º, 1º, da Lei 8.072/90 (progressão em crimes hediondos). Novatio legis in pejus: a) É o caso da lei posterior mais rigorosa. Por agravar a situação do agente, não pode retroagir. b) Será aplicada a lei revogada (vigente na data dos fatos) em detrimento da lei nova (vigente na data do julgamento). A tal fenômeno dá-se o nome de ultratividade da lei mais benigna. Ação criminosa Ultratividade Data do julgamento Vigência da lei penal incriminadora Lei que torna tipo penal mais grave Novatio legis incriminadora: A) É o caso da lei que incrimina uma conduta anteriormente considerada irrelevante penal. B) Certamente não retroagirá para atingir fatos passados (art. 1º do CP). ATENÇÃO: Não podemos confundir abolitio criminis com mera revogação formal de uma lei penal. No primeiro caso, há revogação formal e substancial da lei, sinalizando que a intenção do legislador é não mais considerar o fato como infração penal (hipótese de supressão da figura criminosa). Já no segundo, revoga-se formalmente a lei, mas seu conteúdo (normativo) permanece criminoso, transportado para outra lei ou tipo penal (altera-se, somente, a roupagem da infração penal). Sobre o tema, explica Luiz Flávio Gomes: 13

6 Art. 2º Rogério Sanches Cunha Revogação da lei e não ocorrência da abolitio criminis: mas não se pode nunca confundir a mera revogação formal de uma lei penal com a abolitio criminis. A revogação da lei anterior é necessária para o processo da abolitio criminis, porém, não suficiente. Além da revogação formal impõe-se verificar se o conteúdo normativo revogado não foi (ao mesmo tempo) preservado em (ou deslocado para) outro dispositivo legal. Por exemplo: o art. 95 da Lei 8.212/91, que cuidava do crime de apropriação indébita previdenciária, foi revogado pela Lei 9.983/00, todavia seu conteúdo normativo foi deslocado para o art. 168-A do CP. Logo, nessa hipótese, não se deu a abolitio criminis, porque houve uma continuidade normativo-típica (o tipo penal não desapareceu, apenas mudou de lugar). Para a abolitio criminis, como se vê, não basta a revogação da lei anterior, impõe-se sempre verificar se presente (ou não) a continuidade normativo-típica (Direito Penal- Parte Geral vol. 2., p. 100). Na hipótese de norma penal em branco, havendo alteração de conteúdo, alteram-se as respectivas normas complementares, surgindoa questão se, em relação a essas alterações, deve incidir (ou não) as regras da retroatividade. Sobre o assunto, temos quatro correntes: a) Paulo José da Costa Jr. ensina que a alteração do complemento da normapenal em branco deve sempre retroagir, desde que mais benéfica para o acusado, tendo em vista o mandamento constitucional (a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores)e o direito de liberdade do cidadão. b) Em sentido contrário, Frederico Marquesentende que a alteração da norma complementadora, mesmo que benéfica,terá efeitos irretroativos, por não admitir a revogação das normas em consequência da revogação de seus complementos. c) Mirabete, por sua vez, ensina que só tem importância a variação da norma complementar na aplicação retroativa da lei penal em branco quando esta provoca uma real modificação da figura abstrata do direito penal, e não quando importe a mera modificação de circunstância que, na realidade, deixa subsistente a normapenal. d) Por fim, Alberto Silva Franco (seguido pelo STF) leciona quea alteração de um complemento de uma normapenal em branco homogênea sempre teria efeitos retroativos, vez que, a norma complementar, como lei ordinária que é, também foi submetida a rigoroso e demorado processo legislativo. A situação, contudo, se inverte quando se tratar de normapenal em branco heterogênea. Neste caso, a situação se modifica para comportar duas soluções. Quando a legislação complementar não se reveste de excepcionalidade e nem traz consigo a sua auto-revogação, como é caso das portarias sanitárias estabelecedoras das moléstias cuja notificação é compulsória, a legislação complementar, então, pela sua característica, se revogada ou modificada, poderá conduzir também à descriminalização. 14

7 Código Penal art. 2º Vejamos as várias correntes no quadro abaixo, observando suas lições diante de três casos de normas penais em branco: a) Art. 237 do CP - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta (norma penal em branco homogênea, não se revestindo sua legislação complementar de excepcionalidade). b) Art. 33 da Lei de Drogas - Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar(norma penal em branco heterogênea, não se revestindo sua legislação complementar de excepcionalidade). C) Art. 2º da Lei 1.521/51 São crimes contra a economia popular: VI transgredir tabelas oficiais de gêneros de mercadorias, ou de serviços essenciais, bem como expor à venda ou oferecer ao público ou vender tais gêneros, mercadorias ou serviços, por preço superior ao tabelado...(norma penal em branco heterogênea, revestindo-se sua legislação complementar de excepcionalidade). Art. 237 do CP Art. 33 da Lei de Drogas Art. 2º Lei 1.521/51 1C se a alteração for benéfica, 2C mesmo que a alteração seja benéfica, não 3C havendo real modificação da figura abstrata, 4C tratando-se de alteração benéfica de NPB Homogênea, 1C se a alteração for benéfica, 2C mesmo que a alteração seja benéfica, não 3C havendo real modificação da figura abstrata, 4C - não se revestindo de excepcionalidade, 1C se a alteração for benéfica, 2C mesmo que a alteração seja benéfica, não 3C não havendo real modificação da figura abstrata, não 4C revestindo-se de excepcionalidade, não 2. enunciados de súmula de jurisprudência STF Súmula 711 A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. STF Súmula 611 Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna. 15

8 Art. 2º Rogério Sanches Cunha 3. INFORMATIVOS DE jurisprudência 16 STF Conjugação de leis e descabimento Com base no princípio unitário, a 1ª Turma denegou habeas corpus em que se pleiteava a mescla da legislação nova com a antiga, nos trechos em que mais favoráveis ao paciente. Na espécie dos autos, ele fora condenado a 17 anos e 6 meses de reclusão e, em grau de recurso, o STJ concedera a ordem, de ofício, a fim de reduzir a pena para 13 anos e 4 meses de reclusão, nos termos dispostos pela Lei /2009 que revogou o art. 9º da Lei 8.072/90 e criou o tipo específico de estupro de vulnerável (CP, art. 217-A). Alegava-se que o acórdão questionado prejudicara o paciente, visto que a sentença condenatória estabelecera a pena-base em 6 anos e, pela nova regra, aplicada pelo STJ, esta fora fixada em 8 anos. Considerou-se, ademais, que não houvera qualquer decisão contrária aos interesses do paciente, porque reduzida a pena final, de 17 para 13 anos. HC /RS, rel. Min. Marco Aurélio, STF 613 -Estupro e atentado violento ao pudor: continuidade delitiva - 1 A 1ª Turma concedeu, de ofício, habeas corpus para incumbir ao juízo da execução a tarefa de enquadrar o caso ao cenário jurídico trazido pela Lei /2009, devendo, para tanto, proceder à nova dosimetria da pena fixada e afastar o concurso material entre os ilícitos contra a dignidade sexual, aplicando a regra da continuidade (CP, art. 71, parágrafo único: Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código ). Na situação dos autos, pleiteava-se a exclusão da causa de aumento de pena prevista no art. 9º da Lei 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos) a condenado pela prática dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra menores de 14 anos. A impetração argumentava que: a) a aplicação da referida causa especial de aumento com a presunção de violência decorrente da menoridade das vítimas, sem a ocorrência do resultado lesão corporal grave ou morte, implicaria bis in idem, porquanto a violência já teria incidido na espécie como elementar do crime; e b) o art. 9º daquela norma estaria implicitamente revogado após o advento da Lei /2009. HC /SP, rel. Min. Dias Toffoli, STF 613 -Estupro e atentado violento ao pudor: continuidade delitiva - 2 Inicialmente, a Turma, por maioria, vencido o Min. Marco Aurélio, não conheceu do writ, ao fundamento de que a apreciação da matéria sob o enfoque da nova lei acarretaria indevida supressão de instância. Salientou-se, no entanto, a existência de precedentes desta Corte segundo os quais não configuraria bis in idem a aludida aplicação da causa especial de aumento de pena. Ademais, observaram-se recentes posicionamentos das Turmas no sentido de que, ante a nova redação do art. 213 do CP, teria desaparecido o óbice que impediria o reconhecimento da regra do crime continuado entre os antigos delitos de estupro e atentado violento ao pudor. Por fim, determinou-se que o juízo da execução enquadre a situação dos autos ao atual cenário jurídico, nos termos do Enunciado 611 da Súmula do STF ( Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna ). Alguns precedentes citados: HC /SP (DJe de ); HC 94636/SP (DJe de ). HC /SP, rel. Min. Dias Toffoli,

9 Código Penal art. 2º STJ POSSE. ARMA. USO PERMITIDO. NUMERAÇÃO RASPADA. A impetração busca reconhecer a atipicidade da conduta de posse de arma de fogo, visto entender incidir o período de abolitio criminis temporalis advindo da prorrogação da entrega espontânea de armas até 31/12/2008 (vide arts. 30, 31 e 32 da Lei n /2003 Estatuto do Desarmamento). Nesse contexto, vê-se que a doutrina e a jurisprudência do STJ, debruçadas sobre o Estatuto e as Leis n /2004, /2005 e /2005, fixaram o entendimento de que se considera atípica a conduta de posse irregular de arma de fogo, seja ela de uso permitido ou restrito, perpetrada entre 23/12/2003 e 23/10/2005, em razão da abolitio criminis temporalis ou vacatio legis indireta que exsurge da redação do referido art. 30 do Estatuto. É certo, também, que a prorrogação do prazo de entrega do armamento até 31/12/2008 preconizada pela MP n. 417/2008 (convertida na Lei n /2008), que, assim, alterou o período da vacatio legis indireta, só incide em casos de arma de fogo de uso permitido, dada a necessária apresentação do respectivo registro exigida também pela nova redação do citado art. 30 do Estatuto. No caso, cuida-se de conduta apurada em 20/11/2006 de porte de arma de fogo de uso permitido (revólver calibre.32) mas com a numeração suprimida, a qual a jurisprudência do STJ equipara à arma de fogo de uso restrito. Portanto, na hipótese, não há falar em atipicidade da conduta porque esta não se encontra abarcada pela referida vacatio legis indireta. Esse entendimento foi acolhido pela maioria dos Ministros da Turma, visto que o Min. Gilson Dipp (vencido), ao ressaltar conhecer a orientação traçada pelos precedentes do STJ, dela divergiu, pois, a seu ver, ela, ao cabo, entende que a equiparação das condutas previstas no parágrafo único do art. 16 do Estatuto pela pena prevista em seu caput as iguala às condutas lá descritas, ou seja, às armas de uso proibido ou restrito. Contudo, aduziu que essa equiparação (quoad poenam) não transmuta a natureza das condutas, pois se cuida de recurso do legislador destinado a aplicar a mesma pena para crimes que vislumbra semelhantes ou de mesma espécie. Assim, firmou que o porte da arma com a numeração raspada somente sujeita o agente à pena do art. 16 do Estatuto, mas não a transforma em arma de uso restrito, que possui características legais próprias. Anotou, por último, que essa equiparação vem agravar a situação do paciente, o que não se justifica no sistema constitucional e legal penal. Daí conceder a ordem para trancar a ação penal por falta de justa causa (atipicidade da conduta) decorrente da referida abolitio criminis temporalis, no que foi acompanhado pelo Min. Napoleão Nunes Maia Filho. Precedentes citados: HC SP, DJe 12/8/2008; RHC DF, DJ 10/9/2007; HC SP, DJe 2/8/2010, e HC PR, DJe 3/8/2009. HC SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 31/5/ questões de concursos 01. (Defensor Público DPE/AM 2011) Em relação à novatio legis incriminadora, a novatio legis in pejus, abolitio criminis e a novatio legis in mellius, assinale o que for errado. (A) dá-se a novatio legis incriminadora quando a lei penal definir nova conduta como infração penal; (B) caracteriza-se a novatio legis in pejus quando a lei penal redefinir infrações penais, dando tratamento mais severo a condutas já punidas pelo direito penal, quer criminalizando o que antes era contravenção penal, quer apenas conferindo disciplina mais gravosa; (C) ocorre a abolitio criminis quando, por exemplo, a lei penal abolir uma contravenção penal, como foi o caso da revogação do artigo 60 da Lei das Contravenções Penais; (D) tem-se a novatio legis in mellius quando a lei penal definir fatos novos como infração penal, também denominada neocriminalização. 17

10 Art. 2º Rogério Sanches Cunha (E) as situações de novatio legis e abolitio criminis são tratadas pelo artigo 2º do Código Penal e dizem respeito à disciplina da lei penal no tempo. 02. (Juiz de Direito TJ/SP 2011) Antônio, quando ainda em vigor o inciso VII, do art. 107, do Código Penal, que contemplava como causa extintiva da punibilidade o casamento da ofendida com o agente, posteriormente revogado pela Lei n.º , publicada no dia 29 de março de 2005, estuprou Maria, com a qual veio a casar em 30 de setembro de O juiz, ao proferir a sentença, julgou extinta a punibilidade de Antônio, em razão do casamento com Maria, fundamentando tal decisão no dispositivo revogado (art. 107, VII, do Código Penal). Assinale, dentre os princípios adiante mencionados, em qual deles fundamentou-se tal decisão. (A) Princípio da isonomia. (B) Princípio da proporcionalidade. (C) Princípio da retroatividade da lei penal benéfica. (D) Princípio da ultratividade da lei penal benéfica. (E) Princípio da legalidade. 03. (Analista/Execução de Mandatos STM 2011) Por meio do princípio constitucional da irretroatividade da lei penal, veda-se que norma penal posterior incida sobre fatos anteriores, assegurando-se, assim, eficácia e vigor à estrita legalidade penal. Nesse sentido, na Constituição Federal de 1988 (CF), garante-se a ultratividade da lei penal mais benéfica. 04. (Analista/Judiciária TJ/ES 2011) Considere que um indivíduo pratique dois crimes, em continuidade delitiva, sob a vigência de uma lei, e, após a entrada em vigor de outra lei, que passe a considerá-los hediondos, ele pratique mais três crimes em continuidade delitiva. Nessa situação, de acordo com o Código Penal, aplicar-se-á a toda a sequência de crimes a lei anterior, por ser mais benéfica ao agente. 05. (Analista/Judiciária STM 2011) Além de conduzir à extinção da punibilidade, a abolitio criminis faz cessar todos os efeitos penais e cíveis da sentença condenatória. 06. (Promotor de Justiça - MP/PR 2011 Adaptada) A proibição da retroatividade da lei penal, como um dos fundamentos do princípio constitucional da legalidade, não admite exceções; 07. (Defensor Público DPE/RS 2011 Adaptada) Segundo o Supremo Tribunal Federal, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao delito permanente, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 08. (Promotor de Justiça MP/DFT 2011 Adaptada) O fenômeno da Lex intermedia importa na aplicação da lei penal mais benéfica ao acusado, ainda que não tenha sido a lei de regência ao tempo do fato, nem mais subsista, dada sua revogação, ao tempo da decisão condenatória. 09. (Promotor de Justiça MP/DFT 2011 Adaptada) Por se tratar de crime formal, à extorsão mediante seqüestro, iniciada na égide da lei penal mais branda, não se aplica a lei penal mais grave, ainda que a restrição da liberdade da vítima perdure após a alteração legislativa que agrave a pena do referido crime. 10. (Juiz Federal TRF Adaptada) O STF entende que se aplica ao crime continuado e ao permanente a lei do tempo em que cesse a continuidade ou a permanência, sendo ela ou não a lei mais benéfica. GAB 01 D 02 D 03 F 04 F 05 F 06 F 07 V 08 V 09 F 10 F 18

11 Código Penal art. 3º Lei excepcional ou temporária Art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 1. BREVES COMENTÁRIOS Lei temporária (ou temporária em sentido estrito) é aquela que tem prefixado no seu texto o tempo de sua vigência. Lei excepcional (ou temporária em sentido amplo) é a que atende a transitórias necessidades estatais, tais como guerra, calamidades etc. Nestas normas, as circunstâncias de prazo (lei temporária) e de emergência (lei excepcional) são elementos temporais do próprio fato típico, e, por isto, são ultrativas. Por serem de curta duração, se não tivessem a característica da ultratividade, perderiam sua força intimidativa. ATENÇÃO: Lei posterior pode regular fatos ocorridos durante a vigência de leis excepcionais ou temporárias, se assim expressamente dispuser. 2. jurisprudência COMPLEMENTAR EMENTA Habeas Corpus. Posse ilegal de arma de fogo de uso restrito cometida na vigência da Lei nº 9.437/97. Lei nº /03 (Estatuto do Desarmamento). Vacatio legis especial. Atipicidade temporária. Abolitio criminis. 1. A vacatio legis especial prevista nos artigos 30 a 32 da Lei nº /03, conquanto tenha tornado atípica a posse ilegal de arma de fogo havida no curso do prazo assinalado, não subtraiu a ilicitude penal da conduta que já era prevista no artigo 10, 2º, da Lei nº 9.437/97 e continuou incriminada, até com maior rigor, no artigo 16 da Lei nº /03. Ausente, portanto, o pressuposto fundamental para que se tenha por caracterizada a abolitio criminis. 2. além disso, o prazo estabelecido nos referidos dispositivos expressa, por si próprio, o caráter transitório da atipicidade por ele criada indiretamente. Trata-se de norma que, por não ter ânimo definitivo, não tem, igualmente, força retroativa. Não pode, por isso, configurar abolitio criminis em relação aos ilícitos cometidos em data anterior. Inteligência do artigo 3º do Código Penal. 3. Habeas corpus denegado. (STF. HC 90995, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Primeira Turma, julgado em 12/02/2008, DJe-041 DIVULG PUBLIC EMENT VOL PP-00408) 3. questões de concursos 01. (Promotor de Justiça MP/MG 2009) Sobre a Lei Penal Temporária ou Excepcional, é correto afirmar (A) Aplicar-se-á aos crimes praticados no período em que esteve em vigor, embora decorrido o prazo de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, mesmo que ainda não tenha sido instaurada a ação penal. 19

Código Penal. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Código Penal. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Código Penal Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Código Penal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe

Leia mais

CÓDIGO PENAL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

CÓDIGO PENAL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Código Penal PARTE GERAL Art. 1 CÓDIGO PENAL Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos ` DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Código Penal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,

Leia mais

AP A L P I L CA C Ç A Ã Ç O Ã O DA D A LE L I E P E P N E A N L A Art. 1º ao 12 do CP

AP A L P I L CA C Ç A Ã Ç O Ã O DA D A LE L I E P E P N E A N L A Art. 1º ao 12 do CP APLICAÇÃO DA LEI PENAL Art. 1º ao 12 do CP LEI PENAL NO TEMPO Princípio da Legalidade ou Reserva Legal Art. 5º, inciso XXXIX da CR/88: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia

Leia mais

ROGÉRIO SANCHES CUNHA CÓDIGO PENAL. Para concursos Doutrina, Jurisprudência e Questões de Concursos 10 ª. revista, atualizada e ampliada.

ROGÉRIO SANCHES CUNHA CÓDIGO PENAL. Para concursos Doutrina, Jurisprudência e Questões de Concursos 10 ª. revista, atualizada e ampliada. CP ROGÉRIO SANCHES CUNHA CÓDIGO PENAL Para concursos Doutrina, Jurisprudência e Questões de Concursos 10 ª edição revista, atualizada e ampliada 2017 CÓDIGO PENAL Art. 1º CÓDIGO PENAL Presidência da República

Leia mais

DIREITO PENAL Retroatividade da lei Ultratividade da lei

DIREITO PENAL Retroatividade da lei Ultratividade da lei 1 -Aplicação da Lei Penal no Tempo ART. 1o do CP PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL 2 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Funções do Princípio da Legalidade: Proibir a

Leia mais

Direito Penal CERT Promotor de Justiça 6ª fase

Direito Penal CERT Promotor de Justiça 6ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal CERT Promotor de Justiça 6ª fase Período 2010-2016 1) VUNESP Analista de Promotoria MPE/SP - 2010 Com relação à aplicação da lei penal no tempo e ao princípio

Leia mais

DIREITO PENAL PREPARATÓRIO

DIREITO PENAL PREPARATÓRIO DIREITO PENAL PREPARATÓRIO WWW.EDUARDOFERNANDESADV.JUR.ADV.BR A INFRAÇÃO PENAL (CRIME EM SENTIDO AMPLO) NO BRASIL A INFRAÇÃO PENAL É DIV IDIDA EM CRIME OU CONTRAVENÇÃO. A DEFINIÇÃO LEGAL DE CRIME E CONTRAVENÇÃO

Leia mais

CURSO TROPA DE ELITE PREPARAÇÃO PARA A GUERRA 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO

CURSO TROPA DE ELITE PREPARAÇÃO PARA A GUERRA 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO CURSO TROPA DE ELITE PREPARAÇÃO PARA A GUERRA POLÍCIA FEDERAL 2012 AGENTE/ESCRIVÃO PROF. EMERSON CASTELO BRANCO DISCIPLINA: DIREITO PENAL 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO 1.1 PRINCÍPIO DA

Leia mais

Profº Leonardo Galardo Direito Penal Aula 01

Profº Leonardo Galardo Direito Penal Aula 01 LEI PENAL NO TEMPO Várias teorias tentam explicar o Tempo do Crime: TEORIA Teoria da Atividade Teoria do Resultado Teoria Mista Ou Teoria da Ubiquidade TEMPO DO CRIME Momento da ação ou da omissão (conduta)

Leia mais

Direito Penal 1 (Material de apoio)

Direito Penal 1 (Material de apoio) APLICAÇÃO DA LEI PENAL PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (Art. 1º CP e Art 5º, XXXIX, CF) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (cláusula pétrea da Constituição Federal

Leia mais

SUMÁRIO. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores

SUMÁRIO. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores NOÇÕES DE DIREITO PENAL PARA CONCURSO DA POLÍCIA FEDERAL focada no cespe/unb SUMÁRIO UNIDADE 1 Aplicação da Lei Penal 1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade 1.2 Lei penal no tempo e no espaço

Leia mais

Código Penal PARA CONCURSOS 12 ª. Rogério Sanches Cunha. Doutrina Jurisprudência. Questões de concurso. revista atualizada ampliada.

Código Penal PARA CONCURSOS 12 ª. Rogério Sanches Cunha. Doutrina Jurisprudência. Questões de concurso. revista atualizada ampliada. Rogério Sanches Cunha CP Código Penal PARA CONCURSOS Doutrina Jurisprudência Questões de concurso 12 ª edição revista atualizada ampliada 2019 ROTEIRO_Cod e Const p Conc -Cunha-CP para Concursos-11ed.indb

Leia mais

ubiquidade, conforme a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar onde se produziu ou deveria produzir se o resultado.

ubiquidade, conforme a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar onde se produziu ou deveria produzir se o resultado. 01) No Código Penal brasileiro, adota se a teoria da ubiquidade, conforme a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar onde se produziu ou deveria produzir se o resultado. ( ) CERTO

Leia mais

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO PENAL

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO PENAL PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO No rol de princípios constitucionais aplicáveis ao direito penal encontram-se: 1. Princípio da presunção de inocência ; 2. Princípio da responsabilidade pessoal

Leia mais

PRÉ-AULA/PÓS-AULA. - Validade temporal da lei penal, sucessividade no tempo e lei excepcional (intermitentes, temporárias e excepcionais).

PRÉ-AULA/PÓS-AULA. - Validade temporal da lei penal, sucessividade no tempo e lei excepcional (intermitentes, temporárias e excepcionais). PRÉ-AULA/PÓS-AULA CONTEÚDO: - Validade temporal da lei penal, sucessividade no tempo e lei excepcional (intermitentes, temporárias e excepcionais). - Tempo do crime. FERNANDO CAPEZ CAPÍTULOS 7 e 8. GUILHERME

Leia mais

I Princípio da Legalidade: Constituição Federal: Art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

I Princípio da Legalidade: Constituição Federal: Art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; * Princípios* I Princípio da Legalidade: Constituição Federal: Art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; Código Penal: Art. 1º - Não há crime sem

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A Lei Penal no tempo: "novatio Legis" incriminadora, "abolitio criminis", "novatio legis in pejus" e a "novatio legis in mellius" Trata da lei penal no tempo, e das regras, institutos

Leia mais

POLÍCIA FEDERAL. Agente da Polícia Federal

POLÍCIA FEDERAL. Agente da Polícia Federal POLÍCIA FEDERAL Agente da Polícia Federal Noções de Dto. Penal Prof. Guilherme Rittel EMENTA NOÇÕES DE DIREITO PENAL: 1 Princípios básicos. 2 Aplicação da lei penal. 2.1 A lei penal no tempo e no espaço.

Leia mais

TÍTULO I Da Aplicação da Lei Penal Militar - Artigos 1 a 28.

TÍTULO I Da Aplicação da Lei Penal Militar - Artigos 1 a 28. TÍTULO I Da Aplicação da Lei Penal Militar - Artigos 1 a 28. 24 ART.1 - Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. XXXIX-CF/88 Para Delmanto o enunciado do art. 1º

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Aplicação da Lei Penal Militar Parte 1 Prof. Pablo Cruz Legalidade: Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Quadro da denominada "função

Leia mais

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE)

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE) NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE) LUIZ FLÁVIO GOMES Doutor em Direito penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito penal

Leia mais

PROMOTOR DE JUSTIÇA MP-SP

PROMOTOR DE JUSTIÇA MP-SP Coordenadores Rogério Sanches Cunha Leonardo Barreto Moreira Alves Alcione Ferreira PROMOTOR DE JUSTIÇA MP-SP 2ª edição reformulada 2019 1 DIREITO PENAL Autor: José Francisco Tudéia Júnior VISÃO GERAL

Leia mais

CURSO PRF 2017 DIREITO PENAL. diferencialensino.com.br AULA 003 DIREITO PENAL

CURSO PRF 2017 DIREITO PENAL. diferencialensino.com.br AULA 003 DIREITO PENAL AULA 003 DIREITO PENAL 1 PROFESSOR MÁRCIO TADEU 2 AULA 03 APLICAÇÃO DA LEI PENAL TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena

Leia mais

Voltando ao final da aula passada quando paramos no princípio da legalidade.

Voltando ao final da aula passada quando paramos no princípio da legalidade. Turma e Ano: Master A (2015) 11/02/2015 Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 03 Professor: Marcelo Uzeda de Farias Monitor: Alexandre Paiol AULA 03 CONTEÚDO DA AULA: Princípios (legalidade) e regras do

Leia mais

Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL Reserva legal - Art. 1.º do CP

Leia mais

1 CONCEITO DE DIREITO PENAL

1 CONCEITO DE DIREITO PENAL RESUMO DA AULA DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL PARTE 01 1 CONCEITO DE DIREITO PENAL; 2 FONTES DO DIREITO PENAL; 3 LEI PENAL; 4 INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL; 5 APLICAÇÃO DA LEI PENAL; 6 QUESTÕES COMENTADAS.

Leia mais

Princípios Norteadores do Direito Penal

Princípios Norteadores do Direito Penal Princípios Norteadores do Direito Penal Da legalidade (reserva legal): não há crime (infração penal), nem pena ou medida de segurança (sanção penal) sem prévia lei (stricto sensu) que defina os respectivos

Leia mais

JURISPRUDÊNCIA DO STJ

JURISPRUDÊNCIA DO STJ JURISPRUDÊNCIA DO STJ REsp 751782 / RS ; RECURSO ESPECIAL 2005/0082927-4 Ministra LAURITA VAZ (1120) 06/09/2005 DJ 03.10.2005 p. 328 RECURSO ESPECIAL. PENAL. ESTUPRO. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. CONCURSO

Leia mais

1. DICA PARA CONCURSO

1. DICA PARA CONCURSO Arts. 1º e 2º Rogério Sanches Cunha 12. (Magistratura TJ/PA 2009 Adaptada) A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado, sendo asseguradas

Leia mais

SEFAZ DIREITO PENAL Da Aplicação Penal Prof. Joerberth Nunes

SEFAZ DIREITO PENAL Da Aplicação Penal Prof. Joerberth Nunes SEFAZ DIREITO PENAL Da Aplicação Penal Prof. Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal DA APLICAÇÃO PENAL CÓDIGO PENAL PARTE GERAL TÍTULO I Da Aplicação Da Lei Penal Anterioridade da

Leia mais

2. Distinguir Direito Penal Adjetivo de Direito Penal Substantivo

2. Distinguir Direito Penal Adjetivo de Direito Penal Substantivo UD I DIREITO PENAL MILITAR Assunto 01 A Lei Penal Militar e a Justiça Militar 1. Distinguir Direito Penal de Direito Penal Militar A ordem jurídica militar, que se encontra inserida na ordem jurídica geral

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal Conceito de Direito Penal Considerando-se o aspecto formal, o direito penal é um conjunto de normas que considera determinados comportamentos humanos como infrações penais, determina quem são seus agentes

Leia mais

Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos. Pena

Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos. Pena Estupro (CP, art. 213) Caput Redação anterior Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça. Reclusão de (04) quatro a (10) dez anos. Redação atual Constranger alguém, mediante

Leia mais

tempo do crime lugar do crime LEIS DE VIGÊNCIA TEMPORÁRIA Art. 3º do CP

tempo do crime lugar do crime LEIS DE VIGÊNCIA TEMPORÁRIA Art. 3º do CP TEORIA GERAL DA NORMA tempo do crime Art. 4º, CP - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. lugar do crime Art. 6º, CP - Considera-se praticado

Leia mais

Direito Penal Marcelo Uzeda

Direito Penal Marcelo Uzeda Direito Penal Marcelo Uzeda Superior Tribunal de Justiça INFORMATIVO 630 SEXTA TURMA TEMA: Tribunal do Júri. Quebra da incomunicabilidade entre os jurados. Membro do Conselho de Sentença que afirmou em

Leia mais

Direito Penal Militar

Direito Penal Militar Direito Penal Militar Aplicação da Lei Penal Militar Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal Militar DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969 Código Penal Militar Os

Leia mais

1 Direito Administrativo Aula 01

1 Direito Administrativo Aula 01 1 Direito Administrativo Aula 01 2 Direito Administrativo Aula 01 Direito Penal Crime x Contravenção Penal. Princípios do direito penal Sumário Ilícito... 4 Lei de introdução ao código Penal... 4 Princípios

Leia mais

Aula 1 DIREITO PENAL

Aula 1 DIREITO PENAL Professor: 1 Aula 1 DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL: 1) ART. 1 : PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: ARTIGO 5º,XXXIX C.F. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Origem

Leia mais

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29 Sumário Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 1. Introdução... 1 2. Princípios... 4 2.1. Princípio da legalidade... 5 2.2. Princípio da anterioridade da lei penal... 5 2.3. Princípio da irretroatividade

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO - AULAS 1 e 2

NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO - AULAS 1 e 2 NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO QUESTÕES PARA FIXAÇÃO - AULAS 1 e 2 1) (Polícia Civil - Delegado\2013 Maranhão) Tem efeito retroativo a lei que: a) Elimina a circunstância atenuante

Leia mais

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Anterioridade da Lei (Princípio Reserva Legal/Princípio Anterioridade) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Qual quer lei pode definir crimes? Não,

Leia mais

CRIMES ECONÔMICOS CRIMES DE SONEGAÇÃO FISCAL A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO PAGAMENTO DO TRIBUTO

CRIMES ECONÔMICOS CRIMES DE SONEGAÇÃO FISCAL A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO PAGAMENTO DO TRIBUTO CRIMES ECONÔMICOS CRIMES DE SONEGAÇÃO FISCAL A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO PAGAMENTO DO TRIBUTO Professor Doutor Gianpaolo Poggio Smanio Professor da Faculdade de Direito - UPM 1 HISTÓRICO - A EXTINÇÃO

Leia mais

PORTE ILEGAL DE ARMA ( ABOLITIO CRIMINIS )

PORTE ILEGAL DE ARMA ( ABOLITIO CRIMINIS ) PORTE ILEGAL DE ARMA ( ABOLITIO CRIMINIS ) TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS APELAÇÃO CRIMINAL Nº 3296-6/213 (200701591964) LUZIÂNIA Apelante: OLEOCLIDES ANTÔNIO BONI APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

Leia mais

DIREITO PENAL. d) II e III. e) Nenhuma.

DIREITO PENAL. d) II e III. e) Nenhuma. DIREITO PENAL 1. Qual das afirmações abaixo define corretamente o conceito do princípio da reserva legal? a) Não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal. b) A pena só pode ser imposta

Leia mais

GABARITO PRINCÍPIOS PENAIS COMENTADO

GABARITO PRINCÍPIOS PENAIS COMENTADO GABARITO PRINCÍPIOS PENAIS COMENTADO 1 Qual das afirmações abaixo define corretamente o conceito do princípio da reserva legal? a) Não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal. b)

Leia mais

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei de drogas Lei 11.343/2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina DOS CRIMES E DAS PENAS Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer,

Leia mais

REFORMA NO CÓDIGO PENAL

REFORMA NO CÓDIGO PENAL REFORMA NO CÓDIGO PENAL Guilherme Frederico Lima Nomura * RESUMO: Por meio deste, deseja mostrar alguns aspectos sobre a nova lei que reformou o código penal no aspecto sobre os crimes sexuais, alguns

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO - AULAS 1 e 2

NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO - AULAS 1 e 2 NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO QUESTÕES PARA FIXAÇÃO - AULAS 1 e 2 1) (Polícia Civil - Delegado\2013 Maranhão) Tem efeito retroativo a lei que: a) Elimina a circunstância atenuante

Leia mais

Direito Penal Dr. Davi André

Direito Penal Dr. Davi André 1 Teoria da norma e do crime 1: Relativamente à lei penal no tempo, considere as seguintes afirmativas: 1. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude

Leia mais

PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL

PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL 11 DIREITO PENAL para concursos Parte Geral CAPÍTULO 1 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL 1.1 Princípios Constitucionais do Direito Penal 1.1.1

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Súmula 122 do Superior Tribunal de Justiça e competência para o julgamento de contravenções penais: uma análise à luz da jurisprudência dos Tribunais Superiores Alexandre Piccoli

Leia mais

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Lei Penal

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Lei Penal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Período 2010 2016 1) CESPE - JF TRF2/TRF 2/2013 Assinale a opção correta acerca da interpretação da lei penal. a) A interpretação extensiva é admitida em direito penal

Leia mais

Com a devida vênia da douta maioria, tenho que o recurso merece ser conhecido em parte e na parte conhecida provido, pelas seguintes razões.

Com a devida vênia da douta maioria, tenho que o recurso merece ser conhecido em parte e na parte conhecida provido, pelas seguintes razões. APELAÇÃO CRIMINAL Nº. 0024887-34.2014.8.16.0035, DA 1ª VARA CRIMINAL DO FORO REGIONAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA. APELANTE: INACIO NERY ALVES APELADO: MINISTÉRIO

Leia mais

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS LEGALIDADE

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS LEGALIDADE 1. NOMENCLATURA DIREITO PENAL PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS LEGALIDADE Legalidade = Reserva legal = Anterioridade Pegadinha da banca Determinadas provas podem referir-se a legalidade como sinônimo de reserva

Leia mais

Tempo do Crime. Lugar do Crime

Tempo do Crime. Lugar do Crime DIREITO PENAL GERAL Professores: Arnaldo Quaresma e Nidal Ahmad TEORIA GERAL DA NORMA Tempo do Crime Lugar do Crime Art. 4º, CP: teoria da atividade. Considerado praticado o crime no momento da ação ou

Leia mais

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE)

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE) NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE) LUIZ FLÁVIO GOMES Doutor em Direito penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito penal

Leia mais

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER REGIME PENAL 1. Conforme entendimento do STF, a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO PENAL

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO PENAL PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO PENAL Princípio da legalidade Art. 5.º, XXXIX, da CF e art. 1.º do CP. nullum crimen, nulla poena sine lege: ninguém pode ser punido se não existir uma lei que considere o

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009 Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, para indicar hipóteses de ação penal pública incondicionada à representação. O CONGRESSO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Crimes hediondos anteriores à Lei 11.464/2007: progressão de regime após cumprimento de um sexto da pena - parte I Luiz Flávio Gomes * No nosso livro Direito penal-pg, v. 2 (L.F.

Leia mais

AULA DE INFORMATIVOS PENAIS. 11 de março de 2018 STJ. 1. Revisão da Tese 157 (Recurso Repetitivo)

AULA DE INFORMATIVOS PENAIS. 11 de março de 2018 STJ. 1. Revisão da Tese 157 (Recurso Repetitivo) AULA DE INFORMATIVOS PENAIS 11 de março de 2018 STJ 1. Revisão da Tese 157 (Recurso Repetitivo) Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário

Leia mais

7/4/2014. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. + Sumário. Multa Qualificada. Responsabilidade dos Sócios

7/4/2014. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. + Sumário. Multa Qualificada. Responsabilidade dos Sócios + Multa Qualificada Paulo Caliendo Multa Qualificada Paulo Caliendo + Sumário Multa Qualificada Responsabilidade dos Sócios 1 + Importância da Definição: mudança de contexto Modelo Anterior Sentido Arrecadatório

Leia mais

índice Teoria da Norma Penal

índice Teoria da Norma Penal Teoria da Norma Penal índice CAPíTULO I - O DIREITO PENAL 1. Conceito do Direito Penal....... 17 2. Direito Penal objetivo e subjetivo.. 18 3. Direito Penal material e formal 19 4. Caracteristicas do Direito

Leia mais

PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA (OU DA ULTIMA RATIO OU DA SUBSIDIARIEDADE) O Direito Penal só deve se preocupar com a proteção dos bens jurídicos

PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA (OU DA ULTIMA RATIO OU DA SUBSIDIARIEDADE) O Direito Penal só deve se preocupar com a proteção dos bens jurídicos PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA (OU DA ULTIMA RATIO OU DA SUBSIDIARIEDADE) O Direito Penal só deve se preocupar com a proteção dos bens jurídicos mais importantes e necessários à vida em sociedade. Só

Leia mais

A segurança pública e a incolumidade pública.

A segurança pública e a incolumidade pública. resumos GráFicOs De Leis penais especiais DOs crimes e Das penas posse irregular de arma de fogo de uso permitido art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,

Leia mais

Direito Penal Parte IV Direito Penal Transitório

Direito Penal Parte IV Direito Penal Transitório Direito Penal Parte IV Direito Penal Transitório 1. Princípio da Irretroatividade Considerações Princípio da Irretroatividade Art. 5º, XL, da CRFB. A lei penal não retroagirá.... Todo cidadão tem o direito

Leia mais

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Concurso de crimes Espécies: Concurso material artigo 69 do CP; Concurso formal artigo 70 do CP; Continuidade delitiva artigo 71 do CP Concurso de crimes Espécies:

Leia mais

Sumário PARTE GERAL... 7 TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL (Redação dada pela Lei nº 7.209, de )... 7 TÍTULO II DO CRIME...

Sumário PARTE GERAL... 7 TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL (Redação dada pela Lei nº 7.209, de )... 7 TÍTULO II DO CRIME... Sumário PARTE GERAL... 7 TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)... 7 TÍTULO II DO CRIME... 13 TÍTULO III DA IMPUTABILIDADE PENAL... 20 TÍTULO IV DO CONCURSO DE

Leia mais

Jurisprudência em Teses - Nº 45 LEI DE DROGAS

Jurisprudência em Teses - Nº 45 LEI DE DROGAS Edição n. 45 Brasília, 11 de novembro de 2015 As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

Leia mais

Direito Penal. Aplicação da Lei Penal. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Aplicação da Lei Penal. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Aplicação da Lei Penal Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CÓDIGO PENAL PARTE GERAL TÍTULO I Da Aplicação da Lei Penal (Redação dada pela Lei nº 7.209,

Leia mais

Analise as seguintes assertivas acerca da norma penal:

Analise as seguintes assertivas acerca da norma penal: QUESTÃO 1 Banca: MPE-BA Órgão: MPE-BA Prova: Promotor de Justiça Substituto (+ provas) Analise as seguintes assertivas acerca da norma penal: I Após a realização das operações previstas em lei para o cálculo

Leia mais

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR Princípio da Legalidade / Princípio Legalidade / Princípio da Anterioridade Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Lei

Leia mais

CRIMES HEDIONDOS. Prof. Gladson Miranda. Facebook: GladsonMiranda

CRIMES HEDIONDOS. Prof. Gladson Miranda.   Facebook: GladsonMiranda CRIMES HEDIONDOS Prof. Gladson Miranda www.mentoryconcursos.com.br Facebook: GladsonMiranda LEGENDA DOS EMOTIONS Caiu em prova até 5 vezes Caiu em prova mais de 5 vezes Caiu na prova do concurso Base normativa

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 178.623 - MS (2010/0125200-6) IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL : NANCY GOMES DE CARVALHO - DEFENSORA PÚBLICA E OUTRO : TRIBUNAL

Leia mais

Direito Penal Militar

Direito Penal Militar Coleção Resumos para 36 Concursos Organizadores Frederico Amado Lucas Pavione Fabiano Caetano Prestes Ricardo Henrique Alves Giuliani Mariana Lucena Nascimento Direito Penal Militar Parte Geral e Especial

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional CONTEÚDO PROGRAMÁTICO MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional 1. REGRAS DE COMPETÊNCIA O habeas corpus deve ser interposto à autoridade judicial

Leia mais

Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Paulo Caliendo

Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Paulo Caliendo + Multa Qualificada Paulo Caliendo Multa Qualificada Paulo Caliendo + Importância da Definição: mudança de contexto Modelo Anterior Sentido Arrecadatório Modelo Atual Sentido repressor e punitivo Última

Leia mais

SUMÁRIO. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores

SUMÁRIO. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores DIREITO PENAL SUMÁRIO UNIDADE 1 Aplicação da Lei Penal 1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade 1.2 Lei penal no tempo e no espaço 1.3 Tempo e lugar do crime 1.4 Lei penal excepcional, especial

Leia mais

Da aplicação da Lei Penal Militar

Da aplicação da Lei Penal Militar PARTE GERAL CAPÍTULO 1 Da aplicação da Lei Penal Militar SUMÁRIO: 1 Da aplicação da Lei Penal Militar 1.1. Tempo do Crime 1.2 Local do crime 1.3 Territorialidade/Extraterritorialidade 1.3.1. Território

Leia mais

7 OAB. Direito Penal. 1ª fase. Alexandre Salim Marcelo André de Azevedo. coleção. 3ª edição revista, ampliada e atualizada

7 OAB. Direito Penal. 1ª fase. Alexandre Salim Marcelo André de Azevedo. coleção. 3ª edição revista, ampliada e atualizada 7 OAB 1ª fase coleção Organizadores da Coleção: Leonardo Garcia e Roberval Rocha Direito Penal Alexandre Salim Marcelo André de Azevedo 3ª edição revista, ampliada e atualizada 2017 OAB v7-salim-azevedo-dir

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Associação ocasional (artigo 18, III, da Lei nº. 6.368/76) Eloísa de Souza Arruda, César Dario Mariano da Silva* Com o advento da nova Lei de Drogas (Lei 11.343/06) uma questão interessante

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale LEI DE DROGAS * A Lei 11.343/06 trata do assunto drogas ilícitas A mencionada lei pode ser dividida em três partes: - Sistema de combate ao uso de drogas - Crimes - Procedimento

Leia mais

Subfaturamento é uma infração administrativa, pela qual o importador declara um valor abaixo do que realmente pagou pela importação.

Subfaturamento é uma infração administrativa, pela qual o importador declara um valor abaixo do que realmente pagou pela importação. - Subfaturamento Subfaturamento é uma infração administrativa, pela qual o importador declara um valor abaixo do que realmente pagou pela importação. Valor da transação (valor efetivamente pago pela mercadoria

Leia mais

SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL LEI DE DROGAS TRÁFICO E PORTE - DEFESAS. Prof. Rodrigo Capobianco

SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL LEI DE DROGAS TRÁFICO E PORTE - DEFESAS. Prof. Rodrigo Capobianco SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL LEI DE DROGAS TRÁFICO E PORTE - DEFESAS Prof. Rodrigo Capobianco A Lei 11.343/06 substituiu a antiga lei de drogas (Lei 6368/76) A mencionada lei pode ser dividida

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Critérios legais Prof. Pablo Cruz Critérios Legais para Definir o No que tange ao critério para definir o crime militar, afirma-se que o legislador militar adotou um critério processualista

Leia mais

Direito Penal. Imagine a seguinte situação adaptada: O juiz poderia ter feito isso?

Direito Penal. Imagine a seguinte situação adaptada: O juiz poderia ter feito isso? Direito Penal Atualização 2: para ser juntada na pág. 845 do Livro de 2013 2ª edição 31.9 A NATUREZA E A QUANTIDADE DA DROGA PODEM SER UTILIZADAS PARA AUMENTAR A PENA NO ART. 42 E TAMBÉM PARA AFASTAR O

Leia mais

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Normas Penais Princípios Básico do Direito Penal Aplicação da Lei Penal Lei Penal no Tempo

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Normas Penais Princípios Básico do Direito Penal Aplicação da Lei Penal Lei Penal no Tempo Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Normas Penais Princípios Básico do Direito Penal Aplicação da Lei Penal Lei Penal no Tempo Tipo penal: art. 121 CP: matar alguém. Norma: Não matarás Diferença

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA Princípios Devido Processo Legal Juiz Natural PRINCÍPIOS IMPORTANTES Ampla Defesa Presunção de Inocência Aplicação da lei processual Art. 2º,

Leia mais

Sumário. Título II Do crime... 32

Sumário. Título II Do crime... 32 Sumário Parte geral... 9 Título I Da aplicação da lei penal... 9 Título II Do crime... 32 Título III Da imputabilidade penal... 71 Título IV Do concurso de pessoas... 76 Título V Das penas... 82 Capítulo

Leia mais

Leis Penais CERT Mag. Federal 7ª fase Crimes contra a Ordem Tributária

Leis Penais CERT Mag. Federal 7ª fase Crimes contra a Ordem Tributária CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Leis Penais CERT Mag. Federal 7ª fase Período 1) CESPE - JUIZ FEDERAL - TRF5 (2013) No que se refere aos delitos de natureza econômica, financeira, tributária e decorrentes

Leia mais

GABARITO E ESPELHO XXVII EXAME DA ORDEM DIREITO PENAL - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL

GABARITO E ESPELHO XXVII EXAME DA ORDEM DIREITO PENAL - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Considerando a situação narrada, o(a) examinando(a) deve apresentar Memoriais, ou Alegações Finais por Memoriais, com fundamento no art. 403, 3º, do Código de Processo Penal.

Leia mais

TEORIA DA NORMA PENAL 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO

TEORIA DA NORMA PENAL 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Aplicação da Lei Penal no Tempo PONTO 2: Conflitos de Leis Penais no Tempo PONTO 3: Lex Tertia PONTO 4: Lei Processual Penal PONTO 5: Tempo do Crime TEORIA DA NORMA PENAL 1. APLICAÇÃO

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento Habeas corpus - Tenhas corpo (...) a faculdade concedida

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Nº /CS

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Nº /CS Nº 23.909/CS HABEAS CORPUS Nº 131.160 MATO GROSSO DO SUL IMPETRANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PACIENTE: MÁRCIO ARAÚJO DE OLIVEIRA COATOR: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATOR: MINISTRO TEORI ZAVASCKI

Leia mais

Aplicação da Pena. (continuação)

Aplicação da Pena. (continuação) LEGALE Aplicação da Pena (continuação) Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação

Leia mais

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP Rogério Greco Curso de Direito Penal Parte Geral Volume I Arts. 1 o a 120 do CP Atualização OBS: As páginas citadas são referentes à 14 a edição. A t u a l i z a ç ã o Página 187 Nota de rodapé n o 13

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direitos Constitucionais Penais e Garantias Const. do Processo Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - A terceira modalidade de prisão extrapenal são as prisões militares.

Leia mais

: MIN. GILMAR MENDES :XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

: MIN. GILMAR MENDES :XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX HABEAS CORPUS 167.865 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) IMPTE.(S) COATOR(A/S)(ES) :XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX :WILLEY LOPES SUCASAS E OUTRO(A/S) :PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão:

Leia mais