Nº9 NOVEMBRO 2002 HUMIDADE ASCENDENTE EM PAREDES DE EDIFÍCIOS ANTIGOS PROCESSOS DE REABILITAÇÃO E PREVENÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Nº9 NOVEMBRO 2002 HUMIDADE ASCENDENTE EM PAREDES DE EDIFÍCIOS ANTIGOS PROCESSOS DE REABILITAÇÃO E PREVENÇÃO"

Transcrição

1 Nº9 NOVEMBRO 2002 HUMIDADE ASCENDENTE EM PAREDES DE EDIFÍCIOS ANTIGOS PROCESSOS DE REABILITAÇÃO E PREVENÇÃO Sónia Cabaça

2 ÍNDICE I. INTRODUÇÃO HISTÓRICA 4 II. A HUMIDADE ASCENDENTE PRINCIPAIS CAUSAS DO SEU APARECIMENTO Fenómeno da capilaridade 2.2 HUMIDADE ASCENDENTE - DESCRIÇÃO DO FENÓMENO Exemplos de manifestações mais frequentes A influência dos sais higroscópicos 2.3 FASE DE DIAGNÓSTICO Factores a considerar Relação do equipamento de ensaio III. MÉTODOS DE REABILITAÇÃO SOLUÇÕES EXISTENTES REDUÇÃO DA SECÇÃO ABSORVENTE DRENOS ATMOSFÉRICOS OU DE KNAPEN Princípio Aplicação em Obra Eficácia Limitações 3.3 PROCESSOS ELECTRO - OSMÓTICOS (Electro Osmose Activa; Electro Osmose Passiva; Electro Osmose Forese) Princípio Aplicação em Obra Eficácia Limitações INTRODUÇÃO DE MEMBRANAS ESTANQUES Princípio Aplicação em Obra Eficácia Limitações INJECÇÕES DE PRODUTOS QUÍMICOS Princípio Aplicação em Obra Eficácia Limitações

3 ÍNDICE IV. MÉTODOS DE PREVENÇÃO SOLUÇÕES A CONSIDERAR EM PROJECTO V. QUADRO SÍNTESE - ANÁLISE COMPARATIVA DOS MÉTODOS ESTUDADOS VI. ANEXO FICHAS TÉCNICAS DE PRODUTOS EXISTENTES NO MERCADO VII. BIBLIOGRAFIA

4 I INTRODUÇÃO HISTÓRICA Desde sempre que os arquitectos têm tentado combater os problemas associados à humidade em edifícios. Vitrúvio (sec. I a.c.) já recomendava a utilização de paredes duplas de modo a minimizar a penetração das chuvas nas mesmas, e reboco hidráulico para a redução da ascensão capilar na base dos paramentos. Os arquitectos da renascença compreenderam também o benefício da utilização destas paredes, mas tal como os antigos, mostraram pouco interesse no estudo do problema. A grande maioria dos edifícios construídos nos séculos XVII e XVIII não possuem qualquer protecção contra a humidade ascendente do solo, pois pouco foi feito até finais do séc. XlX, excepto certos aspectos de drenagem, ou afastamento das águas freáticas dos edifícios. Grande parte do progresso atingido no séc. XlX deve-se à implementação do sistema de drenagem de águas pluviais na rede pública, nomeadamente em grandes cidades como Nova Iorque, Paris ou Londres. Outros avanços foram feitos no século XIX. Na América, pedras de origem calcária ou granítica foram largamente utilizadas, especialmente em edifícios públicos, para prevenção da ascensão capilar do solo, bem como barreiras à penetração de água das chuvas. O progresso feito de modo a compreender e controlar os problemas relativos à humidade pode ser analisado na publicação The Architecture in Couuntry Houses, publicado por Andrew Jackson Downing em Downing tinha plena consciência dos problemas relativos à água proveniente do solo, pois pode ler-se: fundações construídas em pedra e argamassa ordinária serão sempre alvo fácil de ascensão capilar as argamassas correntes não oferecem qualquer impedimento à ascensão da água proveniente do solo. A solução para este problema é a construção das fundações com argamassas hidráulica Downing notou também que em solos húmidos, a ascensão da água deve ser prevenida, antes de as fundações serem construídas, através de uma fiada de pedra, ou tijolo argamassado, precedida de uma camada de cimento ou argamassa de cal hidráulica no topo da fundação. O detalhe por ele recomendado é, nada mais do que o antecedente de um dos 5 processos hoje em dia conhecidos para combate a este tipo de anomalia a introdução de barreiras estanques nos paramentos. Ao mesmo tempo, foram experimentadas técnicas de impermeabilização de paredes pelo exterior. Alguns construtores impregnavam tijolos e pedras com soluções de gordura animal ou silicatos insolúveis provenientes da cal. Embora grande parte destas soluções se tenham mostrado ineficazes, no final do século começaram a ser introduzidas regras de construção relativas ao tratamento das águas provenientes do solo. Nas primeiras décadas do século XX, a indústria da construção desenvolveu algumas soluções. Os drenos Knapen foram inventados em Inseridos horizontalmente na base da parede, a sua função era de evaporar a água nela depositada através da introdução de ar seco proveniente da atmosfera. Ao mesmo tempo, vários produtos e aditivos para alvenarias foram patenteados nos Estados Unidos. Entre as guerras, foram pela primeira vez executados vários estudos relativos à ascensão capilar e ao aparecimento de eflorescências, formando uma base científica

5 para a compreensão destes fenómenos. Com o final da 2ª Grande Guerra, deu-se início à era dos materiais sintéticos e alta tecnologia na indústria da construção. Os silicones, inicialmente utilizados na impermeabilização de superfícies de estradas, começaram a ser experimentados em impermeabilizações de paredes. Na década de 60, na Inglaterra e Alemanha, misturas de silicone e silicone latex eram injectadas dentro das paredes em bandas horizontais de forma a constituírem barreiras contra a capilaridade. Novos materiais como folhas de polietileno, misturas de chumbo/betume e placas de amianto foram também largamente utilizados com a mesma função. Nos Estados Unidos eram introduzidos produtos químicos e, por vezes, argila nos terrenos adjacentes às fundações com vista a travar a subida da humidade do solo para as paredes. Os processos electro-osmóticos foram outra contribuição europeia para o problema. Estes sistema estabelece um campo eléctrico nas zonas onde é instalada a barreira. Tanto o sistema activo que estabelece uma corrente directa e o sistema passivo que utiliza o potencial eléctrico natural gerado pela parede húmida e o solo, constituíam soluções eficazes. Tal com aconteceu com vários produtos no séc. XIX, alguns dos tratamentos divulgados no séc. XX revelaram-se ineficazes ou inconclusivos. Na década de 70 tornou-se evidente a ineficácia dos drenos Knapen, muito utilizados desde a sua invenção. Os processos electro osmóticos activo e passivo também se mostraram ineficazes. As barreiras de silicone foram encontradas, em certos casos, a prejudicar a construção, ao invés de as proteger, e as injecções no solo eram também, geralmente, pouco eficientes. Deste modo, os métodos mais eficazes utilizados em edifícios antigos foram a introdução das barreiras constituídas através de folhas de polietileno ou materiais tradicionais. Para concluir, convém referir que os edifícios antigos, particularmente os que possuem cariz histórico, não devem ser vistos como alvo de testes de materiais não experimentados. De modo a evitarem-se experiências semelhantes às atrás descritas, e antes de se proceder a qualquer tipo de solução de reparação, há que compreender e analisar os tipos e as causas fundamentais dos problemas relativos à humidade. Os técnicos terão de estar aptos a executar diagnósticos e a seleccionar o tratamento adequado a cada situação.

6 II A HUMIDADE ASCENDENTE PRINCIPAIS CAUSAS DO SEU APARECIMENTO Fenómeno da Capilaridade Na maior parte dos casos não se pode evitar que o solo seja húmido. Pode estar saturado ou não de humidade, ou seja, os seus poros podem ou não estar cheios de água líquida. Grande parte do solo encontra-se sempre saturado de água, formando a camada de água subterrânea ou freática 1, cujo nível superior corresponde ao nível de água nos poços. Na realidade, o solo está saturado de água até um nível superior à dita camada devido às forças capilares, subindo tanto mais quanto mais finos sejam os seus poros 2 geralmente 20 a 30 cm sobre o nível da água freática [19]. A um nível superior, os poros, sem estarem saturados de água, absorvem quantidades mais ou menos importantes. Finalmente, só muito perto da superfície do terreno, o conteúdo de água do solo pode ser bastante baixo, graças à absorção pelas raízes das plantas ou à evaporação por contacto com a atmosfera e a acção dos raios solares. Deve então fazer-se a distinção entre o que sucede por baixo e por cima da camada de água freática. Na primeira zona o solo encontra-se saturado e a água está sob pressão e, no segundo caso, a água só penetrará nas paredes sob o efeito da capilaridade, ou seja, dentro da camada aquática fá-lo-á sob a acção de forças muito mais importantes, tanto mais importantes quanto mais se desça na referida camada. Fig. 2.2 Fenómeno da Capilaridade. A capilaridade é um fenómeno que é posto bem em evidência quando se mergulha um tubo fino de vidro designado por tubo capilar num recipiente com água. Verifica-se que o nível da água sobe imediatamente no interior do tubo, destacando-se do nível da água do recipiente. Esta evidência mostra que deve existir necessariamente uma força que, nas condições da experiência, se instala e produz o efeito observado. Esta força toma o nome de força capilar e a sua acção designa-se por capilaridade. O fenómeno da capilaridade, por sua vez, ocorre em resultado de uma outra propriedade dos fluidos a tensão superficial. Entre as partículas ou moléculas constituintes de um líquido exercem-se forças de atracção. Estas forças de atracção entre moléculas do mesmo material designa-se por coesão. Fig. 2.3 Tensão Superficial. Poço Camada húmida Ascenção capilar da humidade do solo saturado de água Camada aquática subválvea Fig. 2.1 Distribuição da água nas camadas do solo. Uma molécula no interior de um líquido, longe portanto da superfície, será igualmente atraída em todas as direcções pelas moléculas vizinhas, pelo que as forças de coesão se equilibram. Contudo, para as moléculas próximas da superfície, dada a inexistência de outras moléculas de líquido acima delas, as forças de coesão não estão equilibradas e, em resultado, a superfície do líquido fica tensionada (fig. 2.2).

7 Assim, para que possam ocorrer manifestações de humidade proveniente do terreno, sejam de origem capilar ou freática, é necessário que as paredes se encontrem em contacto com a água do solo, o que pode acontecer nas seguintes situações [5]: - fundações das paredes situadas abaixo do nível freático; - fundações das paredes situadas acima do nível freático em zonas cujo terreno possua elevada capilaridade, provocando a ascensão da água existente a uma cota inferior; - paredes implantadas em terrenos pouco permeáveis ou com pendentes viradas para as paredes, dando origem a que as águas da chuva, ou provenientes de outras fontes, possam deslizar sobre o terreno e entrar em contacto com aqueles elementos. 2.2 HUMIDADE ASCENDENTE - DESCRIÇÃO DO FENÓMENO A humidade ascendente pode ser definida como o fluxo vertical de água que consegue ascender do solo através do fenómeno da capilaridade para uma estrutura permeável [4]. A ascensão de água nas paredes, que pode ocorrer até alturas significativas, é função de: É também a tensão superficial que explica a curvatura observada da água junto das paredes do tubo (fig. 2.1). Uma molécula junto à parede do tubo, não sofre desse lado a acção de moléculas de água. No entanto, pelo efeito observado, torna-se evidente que esta molécula é atraída pelas moléculas do vidro e que essa força se sobrepõe à acção exercida pelas moléculas de líquido inferiores. A atracção entre moléculas de diferentes materiais é designada por adesão. As moléculas que sobem por adesão junto às paredes do vidro estão também a contribuir para a tensão superficial, puxando as moléculas vizinhas para cima e originando a curvatura observada. O fenómeno de ascensão de líquido no tubo capilar não acontece, no entanto, com todos os líquidos. Se a mesma experiência fosse realizada com mercúrio, por exemplo, verificar-se-ia que este, além de não subir no tubo, ficaria ainda abaixo do nível original, e que a curvatura nos bordos seria convexa (fig. 2.1). Isto acontece porque o mercúrio não molha a superfície do tubo ou, por outras palavras, não adere. A diferença entre os casos da água e do mercúrio permite afirmar que um líquido em repouso é molhante em relação à parede do recipiente que o contém se o ângulo de molhagem (θ) com a parede é inferior a 90º, ou seja, se a superfície do líquido for côncava. O ângulo de molhagem é tanto maior quanto maior a tensão superficial do líquido. - condições de evaporação de água que para aí tenha migrado; - porosidade do material 3 ; - permeabilidade do material 4 ; - quantidade de água que se encontra em contacto com a parede. No caso de paredes de edifícios antigos de alvenaria os caminhos mais fáceis pelos quais a água poderá ascender são as juntas ou ligantes de argamassa. Geralmente, para a água ascender por um tijolo, terá primeiro de percorrer as juntas de argamassa à sua volta. De facto, elas constituem o único caminho contínuo para a sua ascensão. Se os tijolos da alvenaria possuírem um tratamento repelente à água, e a argamassa utilizada for comum, a ascensão far-se-á do mesmo modo. Mas se, pelo contrário, o ligante possuir características hidrófugas, o fenómeno, de forma geral, não acontecerá. Constata-se assim que as argamassas utilizadas nas alvenarias formam uma parte bastante importante do tratamento desta patologia. Fig. 2.4 Tubo capilar [8].

8 Num tubo capilar, um líquido molhante sobe até que o peso da coluna de água (F) equilibre a acção da tensão superficial (σ). De acordo com o esquema apresentado na figura 2.3, pode assim escrever-se: F = ρ. g. π. r 2. h = cosθ. 2. π. r A pressão hidrostática correspondente à altura do líquido no tubo, equilibra a subpressão ou sucção capilar (p c ): Fig. 2.5 Ascensão da água pelas juntas de argamassa [4]. Tanto nas paredes de tijolo como nas de pedra, são geralmente identificáveis os sintomas de humidade ascensional através de uma linha horizontal na parede, ou seja, pela diferença de tonalidade do paramento, de uma zona mais escura para uma mais clara. Esta linha forma-se no ponto onde o equilíbrio entre capilaridade e evaporação é atingido, deixando muitas vezes acumulações visíveis de sais cristalizados, usualmente designados de eflorescências. Para baixo da linha, a humidade ascende por capilaridade. As eflorescências não aparecem nesta zona, pois a humidade mantém os sais em solução. Acima da linha, a humidade varia de acordo com as condições climatéricas. Nesta área que, poder-se-á chamar de transição, a humidade, por vezes é alta, de modo a suportar a capilaridade, outras vezes é baixa e só existe vapor de água. Quando a água se evapora, os sais cristalizam e ficam aí depositados. De facto, a banda de sais poderá ser um dos mais importantes indicadores de uma possível humidade ascensional (ver cap ). P c = -ρ. g. h vindo a relação entre a subpressão capilar e a tensão superficial, dada por: p c = - 2. σ. cosθ r Nesta expressão, a tensão superficial (σ) vem expressa em N/m, o raio capilar em m e o ângulo de contacto (θ) em graus º. A altura da ascensão capilar também se tira facilmente: h= - 2. σ cosθ r. ρ. g pelo que se conclui que, tanto a sucção capilar, como a altura de ascensão capilar são inversamente proporcionais ao raio dos capilares. Estão assim intimamente relacionadas com a estrutura interna do material. Verificandose que a tensão superficial diminui com a temperatura, também aqueles parâmetros são funções decrescentes da temperatura. Analisando qualquer uma das duas últimas expressões, verifica-se que a acção da penetração de um líquido por capilaridade num material pode ser contrariada de duas formas: - Reduzindo a adesão, que é representada pelo ângulo de molhagem; Fig. 2.6 Esquematização geral da ascensão de água por capilaridade [4]. - Reduzindo a tensão superficial [8].

9 Tal como foi referido anteriormente, a humidade pode ser proveniente das águas freáticas ou superficiais. A cada um destes dois tipos de alimentação corresponderá um conjunto de sintomas específicos [5]. Nas situações em que a humidade é proveniente das águas freáticas, os fenómenos apresentam-se sensivelmente inalterados ao longo do ano, verificando-se que a altura das manchas, correspondentes às zonas húmidas, é aproximadamente constante em cada parede, sendo maior nas paredes interiores, comparativamente às exteriores o grau de evaporação é menor. Quando a humidade é proveniente das águas superficiais, os fenómenos apresentam variações durante o ano, sendo em geral mais gravosos no Inverno do que no Verão, e a altura das zonas húmidas pode variar consideravelmente ao longo das paredes, especialmente nas exteriores, sendo geralmente menor nas paredes interiores do que nas exteriores. Em consequência de tais variações, as zonas erodidas das paredes apresentam grande amplitude em altura Exemplos de manifestações mais frequentes Fig Caso de humidade ascendente de águas freáticas em paredes interiores A influência dos sais higroscópicos tipos mais frequentes Os sais existentes no solo e nos materiais de construção dissolvem-se na água, sendo arrastados por esta até à superfície da parede, onde cristalizam quando ocorre a evaporação da água, dando origem às eflorescências e criptoflorescências atrás referidas. Fig Caso de humidade ascendente de águas superficiais numa parede exterior. A linha é aqui perfeitamente visível. Os sais provenientes do solo e dos materiais de construção mais frequentes de se manifestarem são [20]: NITRATOS - Sais de origem orgânica, por isso mais frequentes em zonas rurais. O mais corrente é o nitrato de cálcio, que cristaliza a 25ºC e a uma humidade relativa de 50%. SULFATOS Sais bastante higroscópicos e solúveis. Cristalizam com grande aumento de volume - o Sulfato de Cálcio, p. e., aumenta em 40% o seu volume. Fig A drenagem de um tubo de queda feita directamente no solo é um dos motivos mais frequentes da patologia. CLORETOS Provenientes essencialmente dos materiais de construção, da água e de ambientes marinhos. Absorvem grandes quantidades de água quando combinados com outros sais, particularmente com os sulfatos. CARBONATOS Estão também presentes nos materiais de construção, transformando-se em bicabornatos sob a acção da água e do dióxido de carbono. Fig Manifestação de eflorescências na base de uma parede.

10 Seguidamente enumeram-se os sais mais frequentemente encontrados nos diversos materiais de construção: Fig E 2.12 Manifestação extrema de sais numa parede de alvenaria. 2.3 FASE DE DIAGNÓSTICO As várias fases que constituem uma intervenção com vista à resolução de um problema de humidade ascendente podem esquematizar-se do seguinte modo [12]: 1. Determinação das causas (diagnóstico); 2. Eliminação da fonte; 3. Intercepção da água; 4. Criação de uma barreira contra a subida da humidade; 5. Desumidificação da parede; 6. Eliminação dos defeitos; 7. Protecção e prevenção. De entre as várias intervenções correctivas atrás referidas, a presente monografia deter-se-á apenas um pouco sobre o método de diagnóstico fase essencial para que qualquer tipo de recuperação seja bem sucedido e, essencialmente, sobre a criação de barreiras contra a subida de humidade em paredes Capítulo III. Fig Checkup de rotina a executar ao edifício na fase de diagnóstico. Exame externo: a) Coberturas, algerozes, caleiras, etc.; A fase de diagnóstico envolve dois processos: - A identificação do problema, incluindo a sua natureza e extensão ex: elevado grau de eflorescências na parede exterior da fachada norte ao nível do piso térreo. Área aproximada de 4m 2. b) Estado das alvenarias, argamassas, rebocos e pinturas; c) Verificação de possível fendilhação junto a pontos fracos da construção; d) Estado das portas e janelas;

11 - A previsão de uma possível causa do problema ex: o exame executado na base da parede acima referida revelou que esta se encontra fendilhada, o que constitui um ponto de entrada de água. O diagnóstico identifica a causa e o efeito do problema, usualmente começando com a identificação deste último. e) Verificação de grelhas de ventilação e outras aberturas em fachadas; f) Verificação de chaminés e outros elementos emergentes nas coberturas; g) Detecção de uma possível barreira anti humidade existente, incluindo a identificação do produto e sistema utilizados Factores a considerar Os materiais de construção comuns diferem bastante entre si relativamente à sua resistência à humidade. Este facto encontra-se relacionado com o grau da mesma existente no ar e com a capacidade que o material possui para a atrair. Para isto concorre a sua composição química e a presença de sais que se encontram nas paredes - seja por ascensão capilar, seja por integrarem os componentes estruturais do material empregue. A presença de uma ascensão capilar activa é indicada por quantidades excessivas de humidade na base das paredes, que vão diminuindo na razão inversa da sua altura. Este gradiente é, geralmente, observado até alturas de 1,5 m. Contudo, este valor depende directamente da estrutura e condições das alvenarias, podendo assim ascender a valores mais altos. A contaminação das alvenarias por uma banda de sais higroscópicos poderá confirmar a existência de um problema deste tipo, mas não possibilitará a distinção entre uma ascensão activa ou passada. Para a verificação de tais situações será necessária a recolha numa faixa vertical - de amostras in situ e a posterior determinação dos teores de humidade e higroscopicidade de cada uma. De facto, a altura onde os sais estão presentes revelará a história da humidade eles marcarão sempre a altura máxima a que ela ascendeu. Assim, poder-se-á também utilizar este método para testar a eficiência de eventuais barreiras instaladas. É também essencial, nesta fase, proceder à eliminação de outras potenciais fontes de humidade - especialmente de condensações em meses frios bem como à verificação de possíveis tratamentos anteriores nas paredes em causa, de modo a que o diagnóstico se possa executar o mais correctamente possível (fig. 2.11), já que a determinação da relação causa/efeito se poderá tornar um processo extremamente complicado. Exame interno: a) Verificação da existência de fungos, manchas e bolores; b) Verificação de desagregação de pinturas e rebocos; c) Verificação da existência de eflorescências; Identificação de possíveis materiais danificados devido à acção da água. Exame secundário interno (pressupõe o uso de aparelhos de medição de teores de humidade): a) Verificação dos teores de humidade no perímetro e centro dos pavimentos; b) Determinação dos teores de humidade dentro e fora das paredes; c) Verificação das juntas entre pavimentos/paramentos; d) Detecção de uma possível barreira anti humidade existente, incluindo a identificação do produto e sistema utilizados (se instalada no interior do edifício); e) Verificação dos teores de humidade nas superfícies paredes sob uma linha vertical e sob uma linha horizontal; f) Verificação da existência de criptoflorescências; g) Verificação da utilização de folhas de polietileno ou metálicas em paredes; h) Listagem do tipo de materiais utilizados em rebocos, pinturas, estuques, etc.

Projecto FEUP 2012/2013 Humidade Em Edifícios Intervenções

Projecto FEUP 2012/2013 Humidade Em Edifícios Intervenções Projecto FEUP 2012/2013 Humidade Em Edifícios Intervenções Bruno Linhares; Bruno Ribeiro; Helena Paixão; Márcio Monte; Pedro Oliveira; Raquel Castro; Projeto FEUP 12MC05_03 Outubro 2012 1 Humidade em Edifícios

Leia mais

Figura 1 Figura 2. Introdução1/21

Figura 1 Figura 2. Introdução1/21 Figura 1 Figura 2 Introdução1/21 Introdução 2/21 A humidade surge principalmente devido a: condensação, capilaridade e/ou infiltração. Humidade nos edifícios provoca erosão, desgaste e deteorização dos

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO MESTRADO EM CONSTRUÇÃO CADEIRA DE REABILITAÇÃO NÃO-ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO MESTRADO EM CONSTRUÇÃO CADEIRA DE REABILITAÇÃO NÃO-ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO MESTRADO EM CONSTRUÇÃO CADEIRA DE REABILITAÇÃO NÃO-ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS HUMIDADE ASCENDENTE EM PAREDES TÉRREAS DE EDIFÍCIOS Jorge de Brito Janeiro de 2003 ÍNDICE 1. Introdução

Leia mais

MESTRADO EM ARQUITECTURA

MESTRADO EM ARQUITECTURA MESTRADO EM ARQUITECTURA DISCIPLINA DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES PARA ARQUITECTURA HUMIDADES EM EDIFÍCIOS Cristina Matos Silva Maria da Glória Gomes Tipos de Humidades A manifestação de humidade nos edifícios

Leia mais

A Humidade em Edifícios

A Humidade em Edifícios Professora Doutora Ana Sofia Guimarães Monitor Hugo Vieira A Humidade em Edifícios Quais são as origens e formas de manifestação de humidade existentes nos edifícios? André Ranito (ec12112) Francisco Branco

Leia mais

MESTRADO EM ARQUITECTURA

MESTRADO EM ARQUITECTURA MESTRADO EM ARQUITECTURA DISCIPLINA DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES PARA ARQUITECTURA HUMIDADES EM EDIFÍCIOS Cristina Matos Silva Tipos de Humidades A manifestação de humidade nos edifícios pode provocar graves

Leia mais

DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DE GEOTECNIA TEXTOS DE APOIO ÁS AULAS PRÁTICAS

DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DE GEOTECNIA TEXTOS DE APOIO ÁS AULAS PRÁTICAS Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DE GEOTECNIA TEXTOS DE APOIO ÁS AULAS PRÁTICAS (Apontamentos elaborados pelo Eng. Marco Marques) 2006/2007

Leia mais

HUMIDADE NA CONSTRUÇÃO

HUMIDADE NA CONSTRUÇÃO HUMIDADE NA CONSTRUÇÃO HUMIDADE ASCENSIONAL Vasco Peixoto de Freitas Pedro Filipe Gonçalves Vasco Peixoto de Freitas Pedro Filipe Gonçalves Outubro 2003-1 ESTRUTURAÇÃO I. INTRODUÇÃO II. III. IV. HUMIDADES

Leia mais

Transporte nas Plantas

Transporte nas Plantas Transporte nas Plantas Para sua sobrevivência, os seres vivos necessitam de substâncias (moléculas e iões) que têm de ser transportadas a cada uma das células que os constituem. Os seres vivos simples

Leia mais

WATSTOP. Barreira de cimento com resina epoxídica, para humidades ascensionais e infiltrações de água.

WATSTOP. Barreira de cimento com resina epoxídica, para humidades ascensionais e infiltrações de água. WATSTOP Barreira de cimento com resina epoxídica, para humidades ascensionais e infiltrações de água. Características e Vantagens IMPERMEABILIZANTE TOTAL Elevado desempenho impermeabilizante de água, tanto

Leia mais

Cristalização de sais solúveis em materiais porosos

Cristalização de sais solúveis em materiais porosos Seminário MATERIAIS EM AMBIENTE MARÍTIMO Cristalização de sais solúveis em materiais porosos Teresa Diaz Gonçalves Funchal Outubro de 2007 Observei ( ) que o sal saía do solo em tal quantidade que até

Leia mais

PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ESTUDO DE CASOS

PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ESTUDO DE CASOS PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ESTUDO DE CASOS Vasco Peixoto de Freitas Vasco Peixoto de Freitas FC_FEUP Novembro de 2007-1 www.patorreb.com Estrutura do Site Vasco Peixoto de Freitas FC_FEUP Novembro de 2007-2

Leia mais

Morada: Est. da Batalha, Curral dos Frades Apartado FÁTIMA. Contactos: Telefone Fax

Morada: Est. da Batalha, Curral dos Frades Apartado FÁTIMA. Contactos: Telefone Fax Morada: Est. da Batalha, Curral dos Frades Apartado 267 2496-908 FÁTIMA Contactos: Telefone 244 709 050 Fax 244 709 051 e-mail: geral@lusomi.pt www.lusomi.pt SISTEMA LUSOSAINEMENT REBOCO SISTEMA DEFINIDO

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt Pág. 2 silitop barreira utilização

Leia mais

índice 1 o Tijolo Cerâmico 17

índice 1 o Tijolo Cerâmico 17 indice índice 1 o Tijolo Cerâmico 17 1.1 Introdução 17 1.2 O tijolo cerâmico como produto de construção 18 1.2.1 Tipos de tijolo cerâmico 18 1.2.2 As matérias primas e o processo cerâmico 19 1.2.3 Características

Leia mais

Projeto FEUP. Patologias e medidas de intervenção

Projeto FEUP. Patologias e medidas de intervenção Projeto FEUP MIEC 2012/2013 Patologias e medidas de intervenção Apresentação realizada por: Fábio Silva Filipe Batista José Martins Luís Silva Paulo Rocha Rui Pina Sílvia Santos Identificar: Os principais

Leia mais

Conceitos básicos da morfologia de angiospemas

Conceitos básicos da morfologia de angiospemas Nomes: Helena Streit, Juliana Schmidt da Silva e Mariana Santos Stucky Introdução Ascensão da água e nutrientes inorgânicos A ascensão da água e dos solutos através do xilema é um processo que requer uma

Leia mais

2. METODOLOGIA DE INSPECÇÃO

2. METODOLOGIA DE INSPECÇÃO METODOLOGIA DE INSPECÇÃO 1/240 2. METODOLOGIA DE INSPECÇÃO INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO Sub-capítulos: 2.1 Introdução 2.4 Métodos de diagnóstico 2.5 Conclusões do capítulo 2/240 1 2.1 Introdução 3/240 1. INSPECÇÃO

Leia mais

!"#$%&'()*+,-'#&*'!-./0+-+*'11! '829':/;/*.0/<!

!#$%&'()*+,-'#&*'!-./0+-+*'11! '829':/;/*.0/<! !"#$%&'()*+,-'#&*'!-./0+-+*'11! 234562347'829':/;/*.0/+#-#/'?$00+,$%-0'@=A!1?B'C' (A:1?B'DE:'!BFCG1B1:'11! Programa! "#!$%&'(%&)*!+%!*,-%./01%!!23,43*!56!! 7%&*8)!*,-%.90134!! $).(3:8)!+%!(%&1*0)*!!

Leia mais

AMOSTRAGEM PARA PERFIS DE SAIS SOLÚVEIS E DE HUMIDADE

AMOSTRAGEM PARA PERFIS DE SAIS SOLÚVEIS E DE HUMIDADE AMOSTRAGEM PARA PERFIS DE SAIS SOLÚVEIS E DE HUMIDADE 1-5 AMOSTRAGEM PARA PERFIS DE SAIS SOLÚVEIS E DE HUMIDADE Graham Roy Coleman. B.Sc(Hons),M.I.Biol.,C.Biol.,A.I.W.Sc.,F.Inst.R.T.S.. «http://www.mill-rise.freeserve.co.uk/profiling.htm»

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS BARREIRAS QUÍMICAS HIDROFUGANTES INJECTADAS

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS BARREIRAS QUÍMICAS HIDROFUGANTES INJECTADAS AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS BARREIRAS QUÍMICAS 1-5 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS BARREIRAS QUÍMICAS HIDROFUGANTES INJECTADAS Graham Roy Coleman. B.Sc(Hons),M.I.Biol.,C.Biol.,A.I.W.Sc.,F.Inst.R.T.S.. «http://www.mill-rise.freeserve.co.uk/evaluating%20chemical%20dpcs2.htm»

Leia mais

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS II PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS II PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA AS FISSURAS NOS REVESTIMENTOS RESPONDEM EM MÉDIA POR 15% DOS CHAMADOS PARA ATENDIMENTO PÓS-OBRA DENTRO DO PRAZO DE GARANTIA ORIGEM E INCIDÊNCIA DAS MANIFESTAÇÕES

Leia mais

Água nos Solos Princípio das Tensões Efetivas. Fernando A. M. Marinho 2017

Água nos Solos Princípio das Tensões Efetivas. Fernando A. M. Marinho 2017 Água nos Solos Princípio das Tensões Efetivas Fernando A. M. Marinho 2017 Água nos Solos A evaporação não acontece somente nos oceanos. Ela ocorre no próprio solo também O solo armazena água e a pressão

Leia mais

Água nos Solos Princípio das Tensões Efetivas

Água nos Solos Princípio das Tensões Efetivas Mecânica dos Solos Água nos Solos Princípio das Tensões Efetivas Prof. Fernando A. M. Marinho O ciclo da água Retenção de água pelo solo http://guernseysoil.blogspot.com.br/2012/07/your-backyard-woods-water-cycle.html

Leia mais

Ensinamentos a Retirar do Passado Histórico das Argamassas. 1º Congresso Nacional de Argamassas Industriais

Ensinamentos a Retirar do Passado Histórico das Argamassas. 1º Congresso Nacional de Argamassas Industriais Ensinamentos a Retirar do Passado Histórico das Argamassas Estrutura Testemunhos da presença de argamassas (cal aérea e gesso) A produção de cal aérea Grandes passos na evolução das argamassas Argamassas

Leia mais

Água no Solo. V. Infiltração e água no solo Susana Prada. Representação esquemática das diferentes fases de um solo

Água no Solo. V. Infiltração e água no solo Susana Prada. Representação esquemática das diferentes fases de um solo V. Infiltração e água no solo Susana Prada Água no Solo ROCHA MÃE SOLO TEMPO Meteorização Química Física + Actividade orgânica Os Solos actuam na fase terrestre do ciclo hidrológico como reservatórios

Leia mais

Mecânica dos Fluidos I

Mecânica dos Fluidos I Mecânica dos Fluidos I Aula prática 1 EXERCÍCIO 1 Em Mecânica dos Fluidos é muito frequente que interesse medir a diferença entre duas pressões. Os manómetros de tubos em U, que são um dos modelos mais

Leia mais

HUMIDADES EM EDIFÍCIOS Fenómenos de condensação. António Moret Rodrigues IST

HUMIDADES EM EDIFÍCIOS Fenómenos de condensação. António Moret Rodrigues IST HUMIDADES EM EDIFÍCIOS Fenómenos de condensação António Moret Rodrigues IST ÍNDICE (1) Introdução: Tipos de humidade (1 slide) Humidade de obra (1 slide) Humidade ascensional (1 slide) Humidade higroscópica

Leia mais

ANÁLISE CRÍTICA DA EFICÁCIA DAS TÉCNICAS DE TRATAMENTO DA HUMIDADE ASCENSIONAL EM PAREDES DE EDIFÍCIOS

ANÁLISE CRÍTICA DA EFICÁCIA DAS TÉCNICAS DE TRATAMENTO DA HUMIDADE ASCENSIONAL EM PAREDES DE EDIFÍCIOS ANÁLISE CRÍTICA DA EFICÁCIA DAS TÉCNICAS DE TRATAMENTO DA HUMIDADE ASCENSIONAL EM PAREDES DE EDIFÍCIOS Ana Sofia Guimarães 1 anasofia@fe.up.pt Vasco Peixoto de Freitas 2 vpfreita@fe.up.pt ÁREA: (REABILITAÇÃO)

Leia mais

Argamassas de revestimento para paredes afectadas por cristalização de sais solúveis:

Argamassas de revestimento para paredes afectadas por cristalização de sais solúveis: Argamassas de revestimento para paredes afectadas por cristalização de sais solúveis: influência do substrato Teresa Diaz Gonçalves José Delgado Rodrigues Investigação sobre o comportamento dos rebocos

Leia mais

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Relatório realizado no âmbito da disciplina Projecto FEUP A Supervisora: Eng.ª Ana Sofia Guimarães O Monitor: Pedro Paupério Outubro 2012 Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tema: A Supervisora: Eng.ª

Leia mais

Biofísica Bacharelado em Biologia

Biofísica Bacharelado em Biologia Biofísica Bacharelado em Biologia Prof. Dr. Sergio Pilling PARTE A Capítulo 5 Fluidos. Introdução a hidrostática e hidrodinâmica. Objetivos: Nesta aula abordaremos o estudo dos fluidos. Faremos uma introdução

Leia mais

TC MECÂNICA DOS SOLOS TENSÕES NO SOLO PARTE II

TC MECÂNICA DOS SOLOS TENSÕES NO SOLO PARTE II TENSÕES NO SOLO PARTE II Tensão superficial e Capilaridade - A água apresenta um comportamento diferenciado na superfície em contato com o ar; - Forças intermoleculares: atração dos hidrogênios de determinadas

Leia mais

LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL FEUP TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 3º Ano, 2º Semestre 2h Teóricas + 3h Teórico/Práticas / semana PROGRAMA

LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL FEUP TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 3º Ano, 2º Semestre 2h Teóricas + 3h Teórico/Práticas / semana PROGRAMA LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL FEUP TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 3º Ano, 2º Semestre 2h Teóricas + 3h Teórico/Práticas / semana PROGRAMA CAPÍTULO 1.ÂMBITO E OBJECTIVO DA DISCIPLINA 1.1. Descrição e justificação

Leia mais

Colagem de Cerâmicos em Fachadas'

Colagem de Cerâmicos em Fachadas' Colagem de Cerâmicos em Fachadas' Coimbra 13. Novembro. 2013 Agenda Causas das patologias mas antigamente...? Como resolver... Exemplos Reabilitação Conclusões Reboco SUPORTE: Alvenaria de tijolo cerâmico

Leia mais

Humidade em edifícios

Humidade em edifícios Projeto FEUP MIEC 2012/2013 Humidade em edifícios Tipos de intervenções necessárias Relatório realizado por: Monitor: Hugo Vieira Orientadora: Ana Sofia Guimarães Fábio Silva Filipe Batista Luís Silva

Leia mais

Controlo e prevenção de anomalias devidas à cristalização de sais solúveis em edifícios antigos. Pedro Puim Teresa Diaz Gonçalves Vânia Brito

Controlo e prevenção de anomalias devidas à cristalização de sais solúveis em edifícios antigos. Pedro Puim Teresa Diaz Gonçalves Vânia Brito Controlo e prevenção de anomalias devidas à cristalização de sais solúveis em edifícios antigos Pedro Puim Teresa Diaz Gonçalves Vânia Brito Introdução Degradação por cristalização de sais Tipos de danos

Leia mais

AVALIAÇÃO IN-SITU DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO

AVALIAÇÃO IN-SITU DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO AVALIAÇÃO IN-SITU DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO Inês Flores-Colen (I.S.T) Jorge de Brito (I.S.T) Fernando A. Branco (I.S.T.) Introdução Índice e objectivo Ensaio de arrancamento pull-off Estudo

Leia mais

Humidade em Edifícios Intervenções

Humidade em Edifícios Intervenções Humidade em Edifícios Intervenções Bruno Linhares, Bruno Ribeiro, Helena Paixão, Márcio Monte, Pedro Oliveira e Raquel Castro. Mestrado Integrado em Engenharia Civil Orientadora: Engª Assis. Ana Vaz Sá

Leia mais

HIDROLOGIA AULA 06 e semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO. Profª. Priscila Pini

HIDROLOGIA AULA 06 e semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO. Profª. Priscila Pini HIDROLOGIA AULA 06 e 07 5 semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br INTERCEPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA Retenção de água da chuva antes que ela atinja o solo.

Leia mais

Mecânica dos Fluidos 1ª parte

Mecânica dos Fluidos 1ª parte Mecânica dos Fluidos 1ª parte Introdução à Mecânica dos Fluidos Prof. Luís Perna 2010/11 Noção de Fluido Fluido é toda a substância que macroscopicamente apresenta a propriedade de escoar. Essa maior ou

Leia mais

Estruturas de Fundação

Estruturas de Fundação Capítulo 5 Reforço de fundações 1 Reforço de fundações A intervenção na fundação pode ser imposta por várias causas, nomeadamente: alteração da estrutura alteração do uso da estrutura adequação de uma

Leia mais

Mecânica dos Fluidos I

Mecânica dos Fluidos I Mecânica dos Fluidos I Revisão dos primeiros capítulos (Setembro Outubro de 2008) EXERCÍCIO 1 Um êmbolo de diâmetro D 1 move-se verticalmente num recipiente circular de diâmetro D 2 com água, como representado

Leia mais

ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE

ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE . 2 Variação da Temperatura e Estrutura Regiões de transição as pausas Nomenclatura introduzida na década de 1950 baseia-se no perfil de

Leia mais

REDUR BRANCO EXTERIOR

REDUR BRANCO EXTERIOR 1. DESCRIÇÃO O é uma argamassa seca produzida em fábrica e formulada a partir de ligantes hidráulicos, inertes selecionados, adjuvantes e hidrófugos. É um reboco branco hidrófugo vocacionado para aplicação

Leia mais

PROCESSO INDUSTRIAL PREPARAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA - PASTA CONFORMAÇÃO SECAGEM COZEDURA RETIRADA DO FORNO E ESCOLHA

PROCESSO INDUSTRIAL PREPARAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA - PASTA CONFORMAÇÃO SECAGEM COZEDURA RETIRADA DO FORNO E ESCOLHA MATERIAIS CERÂMICOS Tecnologia de produção, exigências e características Hipólito de Sousa 1. PROCESSO INDUSTRIAL PREPARAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA - PASTA CONFORMAÇÃO SECAGEM COZEDURA RETIRADA DO FORNO E ESCOLHA

Leia mais

MANUAL TÉCNICO PROMOVENDO AMBIENTES SAUDÁVEIS E BELOS PRODUTOS DE LÓGICA SUSTENTÁVEL TECNOLOGIA DE PONTA APLICAÇÃO DESCOMPLICADA

MANUAL TÉCNICO PROMOVENDO AMBIENTES SAUDÁVEIS E BELOS PRODUTOS DE LÓGICA SUSTENTÁVEL TECNOLOGIA DE PONTA APLICAÇÃO DESCOMPLICADA Vida saudável. Construções inteligentes. PRODUTOS DE LÓGICA SUSTENTÁVEL TECNOLOGIA DE PONTA APLICAÇÃO DESCOMPLICADA PROMOVENDO AMBIENTES SAUDÁVEIS E BELOS Produtos de lógica sustentável, fáceis de aplicar,

Leia mais

CINCO POR CENTO DE HUMIDADE NAS PAREDES : ESTARÃO SECAS?

CINCO POR CENTO DE HUMIDADE NAS PAREDES : ESTARÃO SECAS? CINCO POR CENTO DE HUMIDADE NAS PAREDES 1-5 CINCO POR CENTO DE HUMIDADE NAS PAREDES : ESTARÃO SECAS? Graham Roy Coleman. B.Sc(Hons),M.I.Biol.,C.Biol.,A.I.W.Sc.,F.Inst.R.T.S.. «http://www.mill-rise.freeserve.co.uk/bre%20digest%20245.htm»

Leia mais

Centro Histórico de Viseu Brochura informativa Estado de conservação de fachadas julho 2017

Centro Histórico de Viseu Brochura informativa Estado de conservação de fachadas julho 2017 Centro Histórico de Viseu Brochura informativa Estado de conservação de fachadas julho Ficha Técnica Título Coordenação J. Raimundo Mendes da Silva António Bettencourt Equipa Técnica Carlos Sá Catarina

Leia mais

Fisiologia Vegetal O 2 ATMOSFERA H 2 O SOLO CO 2

Fisiologia Vegetal O 2 ATMOSFERA H 2 O SOLO CO 2 Fisiologia Vegetal Fatores ambientais Abióticos e bióticos CO 2 O 2 ATMOSFERA Crescimento e desenvolvimento SOLO H 2 O Elementos minerais Mecanismos das células vegetais Absorção e transporte de água e

Leia mais

ANOMALIAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS APLICADOS NA FAIXA COSTEIRA

ANOMALIAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS APLICADOS NA FAIXA COSTEIRA ANOMALIAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS APLICADOS NA FAIXA COSTEIRA Teresa de Deus Ferreira, Arq.ª, Mestre em Construção pelo Instituto Superior Técnico Jorge de Brito, Eng.º Civil, Professor Associado no

Leia mais

Mecânica dos Fluidos I

Mecânica dos Fluidos I Mecânica dos Fluidos I Aula prática 1 (Semana de 22 a 26 de Setembro de 2008) EXERCÍCIO 1 Em Mecânica dos Fluidos é muito frequente que interesse medir a diferença entre duas pressões. Os manómetros de

Leia mais

Comportamento de revestimentos de fachadas com base em ligante mineral. Exigências funcionais e avaliação do desempenho. M. Rosário Veiga LNEC

Comportamento de revestimentos de fachadas com base em ligante mineral. Exigências funcionais e avaliação do desempenho. M. Rosário Veiga LNEC 1º Congresso de Argamassas de Construção Lisboa, Novembro de 2005 Comportamento de revestimentos de fachadas com base em ligante mineral. Exigências funcionais e avaliação do desempenho 1 M. Rosário Veiga

Leia mais

Ponto de Encontro de Novembro de Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios

Ponto de Encontro de Novembro de Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios Ponto de Encontro 2011 3 de Novembro de 2011 Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios Professor Catedrático do IST (aposentado em 2011) a2p Consult, Lda Reabilitação e Reforço de Estruturas de

Leia mais

FUNDAÇÕES DE EDIFÍCIOS ANTIGOS

FUNDAÇÕES DE EDIFÍCIOS ANTIGOS FUNDAÇÕES DE EDIFÍCIOS ANTIGOS CONSTRUÇÃO TRADICIONAL Licenciatura em Arquitectura IST António Moret Rodrigues TIPOS DE FUNDAÇÃO I As FUNDAÇÕES ou ALICERCES dos edifícios antigos dependiam, como hoje:

Leia mais

AULA PRÁTICA 2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS

AULA PRÁTICA 2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS ! AULA PRÁTICA 2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS 1) - M A S S A E S P E C Í F I C A ( ρ ) OU DENSIDADE ABSOLUTA (ρ ). - É o quociente entre a Massa do fluido e o Volume que contém essa massa. m ρ

Leia mais

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE CAPÍTULO 5

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE CAPÍTULO 5 TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE CAPÍTULO 5 TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE 37 CAPÍTULO 5 ÍNDICE 5. TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS

Leia mais

!"#$%&'()*+,-'#&*'!-./0+-+*'11! '728'9/:/*.0/;!

!#$%&'()*+,-'#&*'!-./0+-+*'11! '728'9/:/*.0/;! !"#$%&'()*+,-'#&*'!-./0+-+*'11! 234252346'728'9/:/*.0/;! A'CD9'!AEBF1A19'11! Programa! "#!$%&'()*+,-.!&()!/012&()!!3.10.)!4567!!!!!!! 8'9)):(!! ;9&%

Leia mais

Cap. 4 A SUCÇÃO E A DIMENSÃO DAS PARTÍCULAS DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS 1. DIMENSÕES. Obras de Aterro.

Cap. 4 A SUCÇÃO E A DIMENSÃO DAS PARTÍCULAS DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS 1. DIMENSÕES. Obras de Aterro. Cap. 4 A SUCÇÃO E A DIMENSÃO DAS PARTÍCULAS DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS 1. DIMENSÕES Os solos usados na construção de aterros têm uma grande amplitude de dimensões Alonso & Cardoso

Leia mais

Revestimentos exteriores de construções antigas em taipa - Traços de misturas determinados em laboratório

Revestimentos exteriores de construções antigas em taipa - Traços de misturas determinados em laboratório Revestimentos exteriores de construções antigas em taipa - Traços de misturas determinados em laboratório Introdução As construções em terra assumem, na história da construção nacional, um papel muito

Leia mais

FATORES CLIMÁTICOS Quais são os fatores climáticos?

FATORES CLIMÁTICOS Quais são os fatores climáticos? Quais são os fatores climáticos? o Latitude A distância a que os lugares se situam do equador determina as suas características climáticas. Por isso, existem climas quentes, temperados e frios. o Proximidade

Leia mais

MODELAÇÃO NUMÉRICA DA INTERACÇÃO TÉRMICA SOLO-ESTRUTURA: ESTRUTURAS DE FUNDAÇÃO TERMOACTIVAS

MODELAÇÃO NUMÉRICA DA INTERACÇÃO TÉRMICA SOLO-ESTRUTURA: ESTRUTURAS DE FUNDAÇÃO TERMOACTIVAS MODELAÇÃO NUMÉRICA DA INTERACÇÃO TÉRMICA SOLO-ESTRUTURA: ESTRUTURAS DE FUNDAÇÃO TERMOACTIVAS Ana Vieira; João R. Maranha Departamento de Geotecnia, LNEC A gestão dos recursos energéticos é um tema central

Leia mais

Comportamento de Argamassas e Elementos de Alvenaria Antiga Sujeitos à Acção de Sais. Lisboa, 23 de Novembro 2007

Comportamento de Argamassas e Elementos de Alvenaria Antiga Sujeitos à Acção de Sais. Lisboa, 23 de Novembro 2007 Comportamento de Argamassas e Elementos de Alvenaria Antiga Sujeitos à Acção de Sais Lisboa, 23 de Novembro 2007 Introdução Compatibilidade química (?) Introdução de sais solúveis Resistência a sais solúveis

Leia mais

Análise comparativa de argamassas de cal aérea, medianamente hidráulicas e de ligantes mistos para rebocos de edifícios antigos

Análise comparativa de argamassas de cal aérea, medianamente hidráulicas e de ligantes mistos para rebocos de edifícios antigos 2º Congresso Nacional de Argamassas de Construção Lisboa, Novembro 27 Análise comparativa de argamassas de cal aérea, medianamente hidráulicas e de ligantes mistos para rebocos de edifícios antigos Carlos

Leia mais

O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX

O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX Objectivos do trabalho Caracterização da solução ETICS para o revestimento de fachadas, do ponto de

Leia mais

Lei fundamental da hidrostática

Lei fundamental da hidrostática Sumário Unidade I MECÂNICA 3- de fluidos - Lei fundamental da hidrostática ou Lei de Stevin. - Vasos comunicantes Equilíbrio de dois líquidos não miscíveis. - Relação entre as pressões de dois pontos,

Leia mais

Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS

Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS 1. CONSTRUÇÃO DE ATERROS A construção de aterros envolve os seguintes aspectos: 1. Estudos geológicos e geotécnicos, prospecção solos presentes e suas características, localização

Leia mais

LIGANTES E CALDAS BETÃO

LIGANTES E CALDAS BETÃO LIGANTES E CALDAS BETÃO Mistura fabricada in situ constituída por: ligante hidráulico (cimento) agregados grosso (brita ou godo) fino (areia) água [adjuvantes] [adições] Controlo de qualidade na obra Qualidade

Leia mais

Fichas das Patologias

Fichas das Patologias Fichas das Patologias 1. Fendilhação Exterior Nº: 1.1 Patologia: Fendilhação da Fachadas Localização: Paredes exteriores Causa/Origem: Deve-se à retracção do reboco, provavelmente causada pela má execução

Leia mais

Patologia e recuperação de obras ENG /2

Patologia e recuperação de obras ENG /2 Patologia e recuperação de obras ENG 1690 2016/2 Prof. Marcelo Cândido Principais patologias na alvenaria Principais manifestações patológicas na alvenaria 2/26 As manifestações mais comuns em alvenarias

Leia mais

Dia do Betão 2018 Vila Franca de Xira 24 de Maio 2018

Dia do Betão 2018 Vila Franca de Xira 24 de Maio 2018 Dia do Betão 2018 Vila Franca de Xira 24 de Maio 2018 Introdução Conceitos básicos Apresentação de um conjunto de obras para ilustrar Anomalias Técnicas de reparação Evolução do estado das obras após reabilitação

Leia mais

Referências técnicas para argamassas e assuntos relacionados

Referências técnicas para argamassas e assuntos relacionados 1-12 Referências técnicas para argamassas e assuntos relacionados NOTA TÉCNICA 9 Publicações da Mortar Industry Association (MIA) Referência Data de publicação Nota Técnica n.º 1 : Nota Técnica n.º 2 :

Leia mais

INFLUÊNCIA DA INTERFACE DA

INFLUÊNCIA DA INTERFACE DA INFLUÊNCIA DA INTERFACE DA CINÉTICA DE EMBEBIÇÃO E SECAGEM DE PAREDES COM MÚLTIPLAS CAMADAS MARIANA LOPES DA CUNHA Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de MESTRE EM ENGENHARIA

Leia mais

Relações hídricas parte 3

Relações hídricas parte 3 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ Departamento de Ciências Biológicas LCB 311 Fisiologia Vegetal Relações hídricas parte 3 - Processos envolvidos no transporte de

Leia mais

Capitulo 1 Propriedades fundamentais da água

Capitulo 1 Propriedades fundamentais da água Capitulo 1 Propriedades fundamentais da água slide 1 Propriedades fundamentais da água A palavra hidráulica vem de duas palavras gregas: hydor (que significa água ) e aulos (que significa tubo ). É importante

Leia mais

Professor Thiago Espindula - Geografia. Subterrânea. Gráfico (disponibilidade de água)

Professor Thiago Espindula - Geografia. Subterrânea. Gráfico (disponibilidade de água) Ciclo Hidrológico - Reservatórios de água do planeta: Oceanos e Mares: 95 % Água Doce: 5%: > Geleiras (3%), > Água Subterrânea (1%); > Lagos e Rios (0,009%); > Atmosfera (0,001%); > Biosfera (0,0001%).

Leia mais

PROJETO DE EXECUÇÃO 2. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE ÁGUAS E ESGOTOS Memória Descritiva e Justificativa

PROJETO DE EXECUÇÃO 2. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE ÁGUAS E ESGOTOS Memória Descritiva e Justificativa Tipo de Obra: Reabilitação da Quinta de São Cristóvão para Sede Local da Obra: Largo de São Sebastião, nº 5 a 8 Paço do Lumiar - Lisboa PROJETO DE EXECUÇÃO 2. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE ÁGUAS E ESGOTOS

Leia mais

Fenómenos de superfície 1 - porque existe a superfície? Fenómenos de superfície

Fenómenos de superfície 1 - porque existe a superfície? Fenómenos de superfície Fenómenos de superfície 1 - porque existe a superfície? Sólidos: Interacções fortes Líquidos: Interacções mais fracas Gases: Interacções muito fracas Forma constante Forma variável Sem forma Como aparece

Leia mais

1. FATORES CLIMÁTICOS

1. FATORES CLIMÁTICOS Capítulo Elementos de Hidrometeorologia 3 1. FATORES CLIMÁTICOS A hidrologia de uma região depende principalmente de seu clima e secundariamente de sua topografia e geologia. A topografia influencia a

Leia mais

(Platão, a.c., Os diálogos) Água cristalina, que nasce do solo (Foto: Mendel Rabinovitch) Retenção e Movimento da Água, Temperatura etc.

(Platão, a.c., Os diálogos) Água cristalina, que nasce do solo (Foto: Mendel Rabinovitch) Retenção e Movimento da Água, Temperatura etc. O solo era profundo, absorvia e mantinha a água em terra argilosa, e a água que era absorvida nas colinas alimentava as nascentes e havia água corrente por toda a parte. (Platão, 427-347 a.c., Os diálogos)

Leia mais

COMPLEMENTOS DE FLUIDOS. Uma grandeza muito importante para o estudo dos fluidos é a pressão (unidade SI - Pascal):

COMPLEMENTOS DE FLUIDOS. Uma grandeza muito importante para o estudo dos fluidos é a pressão (unidade SI - Pascal): luidos COMLEMENTOS DE LUIDOS ALICAÇÕES DA HIDROSTÁTICA AO CORO HUMANO Uma grandeza muito importante para o estudo dos fluidos é a pressão (unidade SI - ascal): Não apresentam forma própria odem ser líquidos

Leia mais

TRINCAS E FISSURAS NAS CONSTRUÇÕES

TRINCAS E FISSURAS NAS CONSTRUÇÕES INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ IFAP PATOLOGIA DAS CONTRUÇOES NATASHA COSTA TRINCAS E FISSURAS NAS CONSTRUÇÕES ADLER GABRIEL ALVES PEREIRA EDINALDO JOSÉ FÁRO BARROS SOUZA DA

Leia mais

HUMIDADE E DEGRADAÇÃO NOS EDIFÍCIOS Pág. 1 de 10. Humidade e degradação nos edifícios

HUMIDADE E DEGRADAÇÃO NOS EDIFÍCIOS Pág. 1 de 10. Humidade e degradação nos edifícios HUMIDADE E DEGRADAÇÃO NOS EDIFÍCIOS Pág. 1 de 10 Humidade e degradação nos edifícios HUMIDADE E DEGRADAÇÃO NOS EDIFÍCIOS Pág. 2 de 10 Traduzido do original em italiano, em «http://maxpages.com/achille32»,

Leia mais

REDUR MÉDIO EXTERIOR FICHA TÉCNICA REBOCO PROJETADO EM CAMADA SIMPLES 1. DESCRIÇÃO

REDUR MÉDIO EXTERIOR FICHA TÉCNICA REBOCO PROJETADO EM CAMADA SIMPLES 1. DESCRIÇÃO 1. DESCRIÇÃO O é uma argamassa seca, formulada a partir de ligantes hidráulicos, agregados calcários e siliciosos e adjuvantes, destinada à execução de rebocos em exteriores e interiores. É um produto

Leia mais

COMPONENTES DE EDIFÍCIOS Aspectos de segurança e resistência mecânica do vidro. Índice

COMPONENTES DE EDIFÍCIOS Aspectos de segurança e resistência mecânica do vidro. Índice COMPONENTES DE EDIFÍCIOS Aspectos de segurança e resistência mecânica do vidro Índice 1 INTRODUÇÃO... 1 1.1 - Aspectos gerais... 1 1.2 Vidro... 2 1.2.1 - Vidro na construção... 2 1.2.2 - Vidro temperado...

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@topeca.pt www.topeca.pt rebetop color Pág. 2 utilização Revestimento

Leia mais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes 1/38 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T5 Drenagem Sumário da aula Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Construção e manutenção de orgãos de drenagem

Leia mais

Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil

Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil ANÁLISE DO COMPORTAMENTO HIGROTÉRMICO DA SOLUÇÃO ETICS NA ÓPTICA DA IDENTIFICAÇÃO E REPARAÇÃO DE ANOMALIAS

Leia mais

GET GESTÃO DE ENERGIA TÉRMICA Lda.

GET GESTÃO DE ENERGIA TÉRMICA Lda. 1 Dados climáticos de referência para a região do Porto: Inverno: Região climática I1, número de graus dias = 1610 (º dias), duração da estação de aquecimento = 6,7 meses. Verão: Região climática V1, Temperatura

Leia mais

Física I 2010/2011. Aula 18. Mecânica de Fluidos I

Física I 2010/2011. Aula 18. Mecânica de Fluidos I Física I 2010/2011 Aula 18 Mecânica de Fluidos I Sumário Capítulo 14: Fluidos 14-1 O que é um Fluido? 14-2 Densidade e Pressão 14-3 Fluidos em Repouso 14-4 A Medida da pressão 14-5 O Princípio de Pascal

Leia mais

Disciplina: Materiais de Construção I Assunto: Argamassas no estado seco e fresco Prof. Ederaldo Azevedo Aula 6 e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br 1.1 Conceitos Básicos: Argamassa é um material composto,

Leia mais

'A Cal Hidráulica Natural, o ligante de eleição na Reabilitação'

'A Cal Hidráulica Natural, o ligante de eleição na Reabilitação' 'A Cal Hidráulica Natural, o ligante de eleição na Reabilitação' Porto 24. Outubro. 2013 Agenda A SECIL Argamassas Olhar o passado para construir o futuro Cal Hidráulica Natural - NHL, Ligante de Eleição

Leia mais

CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático

CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático 5.1 Introdução Uma vez desenvolvido o programa, este foi testado com o objectivo de verificar a sua eficácia. Para isso, utilizou-se uma simulação efectuada

Leia mais

Alvenaria: caracterização

Alvenaria: caracterização Alvenaria: caracterização Julio Cesar Sabadini de Souza Vedação vertical Conceituação Importância Funções Classificação Relembrando... a) quanto à posição no edifício b) quanto à técnica de execução 1

Leia mais

Noções elementares de água no solo

Noções elementares de água no solo Noções elementares de água no solo Densidade aparente O volume da amostra não perturbada é o volume da sonda onde a amostra é recolhida. O peso de água calcula-se pesando a amostra antes de entrar para

Leia mais

Curso: Engenharia Civil - 3º Semestre Professor Especialista: Cássio Fernando Simioni

Curso: Engenharia Civil - 3º Semestre Professor Especialista: Cássio Fernando Simioni GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS Curso: Engenharia Civil -

Leia mais

Humidade nos Edifícios

Humidade nos Edifícios Humidade nos Edifícios Níveis e Tipos de Intervenção a ter na Resolução de Anomalias Diagnóstico e Cuidados Ficha de Intervenção de Patologia Frequente André Filipe da Silva Beatriz Esteves Ramos Daniel

Leia mais

Soluções SecilArgamassas. Barreiro

Soluções SecilArgamassas. Barreiro Soluções SecilArgamassas Barreiro 15.12.2014 Agenda A SECIL Argamassas Cal Hidráulica - NHL Argamassas Secas _ sustentáveis Argamassa Térmicas Gama ecocork; Soluções de ETICS: Secil Vit Cork; Conclusões

Leia mais

G S 09/08/2014. Mestrado em Ciência de Materiais Faculdade UnB - Planaltina. Prof. Alex Fabiano C. Campos, Dr. Tensão superficial

G S 09/08/2014. Mestrado em Ciência de Materiais Faculdade UnB - Planaltina. Prof. Alex Fabiano C. Campos, Dr. Tensão superficial Mestrado em Ciência de Materiais Faculdade UnB - Planaltina Tensão Superficial e Molhamento Prof. Alex Fabiano C. Campos, Dr Tensão Superficial G S T, p = γ Tensão superficial O aumento da área interfacial

Leia mais