Levando-se em conta a Natureza, o que se espera é que o indivíduo se case, e não que se conserve no celibato:
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- Renata Bergler Vilanova
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2 T Ó P I C O S - celibato - casamento - poligamia e monogamia - a família e suas finalidades - reprodução - planejamento familiar - o aborto - maternidade e paternidade responsáveis - deveres dos pais e dos filhos - divórcio
3 Celibato
4 Levando-se em conta a Natureza, o que se espera é que o indivíduo se case, e não que se conserve no celibato: [ ] O casamento, isto é, a união permanente de dois seres [ ] é um progresso na marcha da Humanidade. (KARDEC, LE, q. 695). No caso de religiosos, às vezes, o celibato é ainda acompanhado de abstinência sexual e com internação em mosteiro. Celibato: O estado de uma pessoa que se mantém solteira. (AURÉLIO).
5 O celibato voluntário representa um estado de perfeição meritório aos olhos de Deus? 'Não, e os que assim vivem, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam o mundo.' (KARDEC, LE, q. 698). =>
6 O celibato voluntário representa um estado de perfeição meritório aos olhos de Deus? 'Não, e os que assim vivem, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam o mundo.' (KARDEC, LE, q. 698). [ ] Mas, se o celibato, em si mesmo, não é um estado meritório, o mesmo não sucede quando constitui, pela renúncia às alegrias da família, um sacrifício praticado em favor da Humanidade. Todo sacrifício pessoal, tendo em vista o bem e sem qualquer ideia egoísta, eleva o homem acima de sua condição material. (KARDEC, LE, q. 699).
7 Casamento
8 A palavra casamento vem do latim medieval (casamentu) e significa ato solene festejos formalizados por leis e costumes de união entre duas pessoas de sexos diferentes através da legitimação religiosa e/ou civil. (JERRI ALMEIDA e SILVANO MARQUES, Família: frente e verso).
9 A união livre e casual dos sexos pertence ao estado de natureza. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, embora em condições diversas. A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes. (KARDEC, LE, q. 696).
10 Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amálos, a cuidar deles e a fazê-los progredir. [ ]. (KARDEC, ESE, cap. XXII).
11 No capítulo das afeições terrenas, o casar ou não casar está fora da vontade dos seres humanos? O matrimônio na Terra é sempre uma resultante de determinadas resoluções tomadas na vida do Infinito, antes da reencarnação dos Espíritos, [ ] razão pela qual os consórcios humanos estão previstos na existência dos indivíduos, no quadro escuro das provas expiatórias ou no acervo de valores das missões que regeneram e santificam. (EMMANUEL, O Consolador, q. 179).
12 O colégio familiar tem suas origens sagradas na esfera espiritual. Em seus laços, reúnem-se todos aqueles que se comprometeram, no Além, a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva. Preponderam nesse instituto divino os elos do amor, fundidos nas experiências de outras eras; todavia, aí acorrem igualmente os ódios e as perseguições do pretérito obscuro, a fim de se transfundirem em solidariedade fraternal, com vistas ao futuro. ==>
13 É nas dificuldades provadas em comum, nas dores e nas experiências recebidas na mesma estrada de evolução redentora, que se olvidam as amarguras do passado longínquo, transformando-se todos os sentimentos inferiores em expressões regeneradas e santificadas. Purificadas as afeições, acima dos laços do sangue, o sagrado instituto da família se perpetua no Infinito, através dos laços imperecíveis do Espírito. (EMMANUEL, O Consolador, q. 175). Olvidar: não se lembrar, esquecer. (AURÉLIO).
14 As principais funções do casamento são: 1ª) Formação do lar: através do casamento haverá a formação do grupo familiar, permitindo que novos Espíritos mergulhem nos fluidos do planeta, para avançarem em sua fieira evolutiva. A poligamia permitiria a reprodução, mas sem estrutura do lar, indispensável ao crescimento espiritual da criatura.
15 As principais funções do casamento são: 2ª) Permuta afetiva: a instituição do casamento vai tornar harmônica e sadia a relação entre os casais, permitindo a troca de valores energéticos, através da permuta de vibrações simpáticas.
16 As principais funções do casamento são: 3ª) Aprimoramento sexual: o casamento é um dos elementos mais efetivos no burilamento do instinto sexual. Com o passar dos anos, haverá um natural arrefecimento do interesse sexual entre os cônjuges, e eles estarão aprendendo a se alimentarem do afeto do parceiro através de métodos mais espiritualizados. Aprende, igualmente, o casal a conduzir a sua energia erótica para outras atividades, sublimando a sua função hedonista. (APOSTILA DO IDE Juiz de Fora). Hedonismo: S. m. Tendência a considerar que o prazer individual e imediato é a finalidade da vida. (AURÉLIO).
17 Tipos de casamentos Almas gêmeas
18 Tipos de casamentos Almas gêmeas Almas algemadas
19 Martins Peralva [Estudando a Mediunidade] apresenta uma divisão didática dos diferentes tipos de casamento em 5 tipos distintos: afins transcendentais provacionais sacrificiais acidentais
20 Afins: São aqueles formados por parceiros simpáticos, afins, onde há uma verdadeira afeição da alma. Geralmente, eles sobrevivem à morte do corpo e mantém-se em encarnações diversas. Pouco comuns na Terra.
21 Transcendentais: São casamentos afins entre almas enobrecidas, que juntas, vão dedicar-se a obras de grande valor para a Humanidade.
22 Provacionais: São uniões entre almas mutuamente comprometidas, que estão juntas para pacificarem as consciências ante erros graves perpetrados no passado e simultaneamente desenvolverem os valores da paciência, da tolerância e da resignação. São os mais comuns.
23 Sacrificiais: São aqueles que se caracterizam por uma grande diferença evolutiva entre os cônjuges. Um Espírito de mais alta envergadura que aceita o consórcio com outro menos adiantado para ajudá-lo em seu progresso espiritual.
24 Acidentais: São os casamentos que não foram programados no mundo espiritual. Obedecem apenas à afeição física, sem raízes na afetividade sincera. (APOSTILA DO IDE Juiz de Fora).
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27 Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, é mais conforme a lei da Natureza? 'A poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há afeição real, há apenas sensualidade.' (KARDEC, LE, q. 701). Poligamia: união conjugal de um indivíduo com vários outros, simultaneamente. (AURÉLIO). Monogamia: Regra, costume ou prática socialmente regulamentada segundo a qual uma pessoa (homem ou mulher) não pode ter mais de um cônjuge. (AURÉLIO).
28 Se a poligamia fosse conforme a lei da Natureza, deveria tornar-se universal, o que seria materialmente impossível, considerando-se a igualdade numérica dos sexos. A poligamia deve ser considerada como um uso ou legislação particular apropriada a certos costumes, e que o aperfeiçoamento social faz que desapareça pouco a pouco. (KARDEC, LE, q. 701).
29 Apesar de, nos dias atuais, existirem povos que ainda adotam a poligamia, como as populações muçulmanas do Norte da África e grande parte dos asiáticos, a tendência, por força do progresso moral, é a total abolição dessa prática. (FEB, ESDE Programa III).
30 Formação do lar e suas finalidades
31 De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida. (EMMANUEL, Vida e Sexo).
32 [ ] no passado, a família era vista como agrupamento de pessoas ligadas pelos laços da consanguinidade, o conceito hoje se ampliou, considerando os sociólogos que se podem aceitar como família um casal e seus filhos, um casal sem filhos, ou mesmo pessoas que se unem por afinidade [ ]. O conceito atual aproxima-se bastante da ideia espírita, já que [ ] os verdadeiros laços de família não são os da consanguinidade, mas os da afinidade espiritual [ ]. (ODYR BRAGA XA- VIER, A Família na Visão Espírita).
33 Há pessoas que deduzem, do fato de os animais abandonarem suas crias, que os laços de família entre os homens resultam apenas dos costumes sociais e não de uma lei da Natureza. Que devemos pensar disso? 'O destino do homem é diferente do dos animais. Por que, então, querer sempre identificálos? Há no homem alguma coisa mais, além das necessidades físicas: há a necessidade de progredir. Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família tornam mais apertados os laços sociais: eis por que os laços de família são uma lei da Natureza. Quis Deus, dessa forma, que os homens aprendessem a amar-se como irmãos.' (KARDEC, LE, q. 774).
34 Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família? 'Uma recrudescência do egoísmo'. (KARDEC, LE, q. 775). Recrudescer: Tornar-se mais intenso; agravar-se, aumentar, exacerbar-se, recrescer. (AURÉLIO).
35 Reprodução
36 Uma das consequências naturais do casamento é a reprodução, da qual resulta o aumento do núcleo familiar com a vinda dos filhos. Evidencia-se, na reprodução, funções importantes como, por exemplo, essas três: Ł ao transmitir a vida a novos indivíduos, assegura a perpetuação da espécie humana. Ł proporciona nova oportunidade aos espíritos desencarnados de voltar a um corpo físico para continuarem sua evolução. Ł favorece ocasião de se ampliar o sentimento do amor com os afins, como também de estendê-lo aos desafetos, acabando com os ódios sur gidos nos relacionamentos em vidas passadas.
37 Obstáculos à reprodução: - os naturais - os provocados pela ação do homem
38 Sabemos que inúmeros homens e mulheres têm, na infertilidade, um impedimento natural quanto à reprodução; sem generalizar, muitos deles são espíritos que, em vidas anteriores, se comprometeram sobremaneira perante a justiça divina.
39 Mas será justo que um casal coloque obstáculo à reprodução ou será que o crescei e multiplicai-vos deve ser aplicado ao pé da letra?
40 O que não se deve jamais fazer é algo... cujo efeito consiste em obstar à reprodução, para satisfação da sensualidade, uma vez que... Isso prova a predominância do corpo sobre a alma e quanto o homem é material. (KAR- DEC, LE, q. 694).
41 Acreditamos que os elevados compromissos, que, nós pais, temos perante os filhos, não nos permitem, hoje em dia, ter muitos filhos. Antigamente era comum encontrar-se famílias com 10, 12, 15 e até mais filhos. Teríamos condições de dar vida digna a uma prole desse tamanho? É por isso que, na atualidade, a maioria dos casais faz um planejamento familiar estabelecendo a quantidade de filhos que irá ter.
42 Planejamento familiar
43 [ ] Planejamento familiar é o número de filhos de cada um dos grupos familiares que constituem uma comunidade humana, controle feito através de métodos naturais (tabelinha, ovulação e temperatura), métodos artificias (preservativo, espermicidas, diafragma, pílula anticoncepcional, bem como a laqueadura de trompa e a vasectomia). A família deve ser programada, a fim de que constitua e se multiplique com equilíbrio, vivência proveitosa e salutar experiência coletiva. [ ]. (GILMAR ALVES BARBOSA, Planejamento Familiar).
44 Vejamos algumas considerações do escritor Richard Simonetti, disponível em seu site ( 1 É lícito o planejamento familiar, o casal estabelecer quantos filhos deseja? Quem cuidará deles? quem os sustentará, ali mentará, protegerá, medicará, orientará, edu cará? Então, se os pais assumem tão sérios compromissos, obviamente têm o direito de decidir quantos serão os seus filhos.
45 2 Isso não contraria a vontade de Deus? não devemos deixar que o Criador decida? Ao nos outorgar a inteligência, Deus concedeu-nos, paralelamente, o livre-arbítrio, a liberdade de decidir quanto à nossa vida. Isso inclui a prole. É assim que crescemos para a responsabilidade. Família planejada é família melhor cuidada. Deixar que venham filhos à vontade, sem depois cuidar deles, como acontece com frequência, envolvendo casais menos esclarecidos, está longe de representar o cumprimento da vontade de Deus.
46 3 Aprendemos com a doutrina espírita que muitas vezes a família é planejada na espiritualidade. O casal que limita a natalidade não corre o risco de estar negligenciando seus deveres? Colocaríamos melhor a questão dizendo que 'algumas vezes' esse planejamento é feito, porquanto poucos Espíritos revelam, ao reencarnar, suficiente maturidade para assumir tal compromisso. Se há o planejamento, o casal tende a observá-lo. Reencarna com essa ideia. Ambos, intuitivamente, desejam determinado número de filhos, e acabam por consumar o que foi planejado. (SIMONETTI).
47 Os filhos, porém, não são realizações fortuitas, decorrentes de circunstâncias secundárias, na vida. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros progenitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. É-lhes lícito adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que se reencarnem por seu intermédio. (JOANNA DE ÂNGELIS, S.O.S. Família).
48 O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos, período propício para a maternidade, nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado. Melhor usar o anticonceptivo do que abortar... (JOANNA DE ÂNGELIS, S.O.S. Família).
49 O aborto
50 Reconhece-se duas formas de aborto: o aborto espontâneo e o provocado. O aborto espontâneo é aquele que se verifica contra a vontade dos pais, dependente de enfermidades maternas ou fetais. O aborto provocado ou criminoso, como o próprio nome indica, se deve a uma ação física ou primária provocada pelos pais, ou por outrem, com o objetivo de destruir o feto intrauterino. Há uma forma de aborto espontâneo que, na realidade, ante a Lei Divina, apresentase como criminoso. (APOSTILA DO IDE, Juiz de Fora).
51 Em Missionários da Luz, o diretor Apuleio denomina-o de aborto inconsciente, onde a destruição do feto não se efetivará através de ações físicas ou químicas, mas em consequência de descargas mentais deletérias da mãe, ou de situações de extremo conflito no lar, pondo dificuldades magnéticas ao desenvolvimento da gestação. (APOSTILA DO IDE Juiz de Fora).
52 [ ] Uma mãe, ou qualquer outra pessoa, cometerá crime sempre que tirar a vida de uma criança antes do nascimento, pois está impedindo uma alma de suportar as provas de que serviria de instrumento o corpo que estava se formando. (KARDEC, LE, q. 358). Segundo nos informam os Espíritos Superiores, o aborto somente não será um crime nos casos em que o nascimento da criança colocar em perigo a vida da mãe, pois aí É preferível sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe. (KARDEC, LE, q. 359).
53 Admitimos seja suficiente uma breve meditação em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões. (EMMANUEL, Vida e Sexo). Etiologia: estudo das causas das doenças (HOUAISS). Patologia: qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença (HOUAISS).
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55 Paternidade e Maternidade responsáveis
56 Os Espíritos se ligam por simpatia, e o nascimento em tal ou tal família não é um efeito do acaso, mas depende muitas vezes da escolha feita pelo Espírito, que vem juntar-se àqueles a quem amou no mundo espiritual ou em suas precedentes existências. Por outro lado, os pais têm por missão ajudar o progresso dos Espíritos que encarnam como seus filhos, e, para excitá-los a isso, Deus lhes inspira uma afeição mútua; muitos, porém, faltam a essa missão, sendo por isso punidos. (KARDEC, O que é o Espiritismo, q. 122).
57 Pode-se considerar a paternidade como missão? 'Sem dúvida é uma missão. É, ao mesmo tempo, um dever muito grande e que envolve, mais do que o homem pensa, a sua responsabilidade quan to ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pelo caminho do bem, e lhes facilitou a tarefa dando à criança uma organização frágil e delicada, que a torna acessível a todas as impressões. Mas há quem se ocupe mais em endireitar as árvores do seu jardim e fazer que deem bons e abundantes frutos, do que em endireitar o caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa dos pais, sofrerão os genitores as consequências dessa queda, recaindo sobre eles os sofrimentos do filho na vida futura, por não terem feito tudo quanto deles dependia para que o filho avançasse na estrada do bem.'" (KARDEC, LE, q. 582).
58 Áulus, instrutor de André Luiz, informa-nos que a paternidade vai além da missão de edu cador: [ ] A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois através delas a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza. [ ]. (ÁULUS, Nos domínios da mediunidade). Sacerdócio: função que apresenta caráter nobre e venerável em razão do devotamento que exige. (HOUAISS).
59 Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos afas tados entre si por antipatias igualmente ante riores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes servem de provação. [ ]. (KARDEC, ESE, cap. XIV).
60 "[ ] Deus permite que, nas famílias, ocorram encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso. Assim, os maus se melhoram pouco a pouco, ao contato dos bons e por efeito dos cuidados que se lhes dispensam. O caráter deles se abranda, seus costumes se apuram, as antipatias se esvaem. (KARDEC, ESE, cap. IV).
61 Muitos casais [ ], acreditam que o essencial é atender as necessidades materiais de seus filhos tais como uma boa escola, alimentação, roupas, plano de saúde e outros mais. São aspectos importantes, mas que não devem ser as únicas prioridades. É imprescindível a preocupação com as bases morais em que esse novo ser será recebido, valorizando o ser e não o ter. Neste sentido Emmanuel nos alerta em O Consolador 'O período infan til é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos.' (EDITORIAL FERGS, A paternidade e a maternidade responsável, in: Boletim Chama de Luz, n 88, de ago/2011).
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65 Deveres dos pais e dos filhos
66 Dos pais Oh, Espíritas! Compreendei hoje o grande papel da Humanidade; compreendei que quando produzis um corpo, a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. (SANTO AGOSTINHO, ESE, Cap. XIV).
67 Dos pais Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua exis tência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males têm seu princípio do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatêlos, [ ] Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. (SANTO AGOSTINHO, ESE, Cap. XIV).
68 Dos pais [ ] Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. [ ]. (SANTO AGOSTINHO, ESE, cap. XIV).
69 Dos pais É preciso se reconheça que o lar não é um estabelecimento destinado a reproduzir seres humanos em série, mas sim um santuárioescola onde os pais devem pontificar como plasmadores de nobres caracteres, incutindo nos filhos, a par do amor a Deus, uma vivência sadia, pautada nos princípios da Moral e da Justiça, de modo que se tornem elementos úteis a si mesmos, à família e à sociedade. (RODOLFO CALLIGARIS, As Leis Morais).
70 Dos pais Os filhos necessitam de que seus pais deem exemplos de moralidade, de devotamento e de equilíbrio. É fundamental que os cônjuges se compenetrem dos deveres perante si mes mos, perante a prole e perante Deus. (FEB, ESDE Programa III).
71 Dos filhos Honrai a vosso pai e a vossa mãe. (Êxodo 20,12; Deuteronômio 5,16).
72 Dos filhos [ ] não é menos verdade que aos filhos cabe o dever de amar, respeitar e assistir os pais em suas necessidades; principalmente na velhice, quando o peso da idade os torna dependentes. É importante lembrar, que o cumprimento desse dever, independe de como os pais se comportaram, se cumpriram ou não seus deveres. Isso não deve interferir no dever dos filhos; a oportunidade reencarnatória, da qual os pais se fizeram instrumentos, já é suficiente para que os filhos lhes sejam gratos. (ALTAMIR DA CUNHA, A Família e os Deveres dos Filhos com relação aos pais).
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77 Divórcio
78 A indissolubilidade absoluta do casamento está na lei da Natureza ou somente na lei humana? 'É uma lei humana muito contrária à lei da Natureza. Mas os homens podem modificar suas leis; só as leis da Natureza são imutáveis'. (KARDEC, LE, q. 697). Indissolubilidade: qualidade do que é indissolúvel Indissolúvel: que não se pode dissolver, desfazer, desligar; indissolvível, indivisível (HOUAISS).
79 O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina. [ ]. (KARDEC, ESE, Cap. XXII, item 5).
80 [ ] Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da astisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais. [ ]. (KARDEC, ESE, cap. XXII, item 3).
81 Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei de amor, se esta não preside à união, resultando, frequentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram. [ ] Daí as uniões infelizes [ ] que se evitariam se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. [ ]. (KARDEC, ESE, cap. XXII, item 3).
82 Se a união das pessoas pelos laços do casamento é precedida por interesses materiais, pelo furor das paixões ou pelo jogo das conveniências, é uma realidade destinada ao fra casso, visto que a lei de amor não foi cogitada. Tais ligações, com o passar do tempo, após as ilusões dos primeiros momentos, permitirão que entre os consortes se estabeleçam antipatias mútuas que, com o desgaste natural, cristalizar-se-ão em relações inamistosas. (FRANCISCO DO MONTE ALVERNE [espírito], Florilégios Espirituais).
83 Quanto ao divórcio [ ] somos de parecer que não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum. Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre simplesmente atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores. (ANDRÉ LUIZ, Evolução em dois mundos).
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85 Referências bibliográficas: ALMEIDA, J. R. e MARQUES, S. Fonte. Família: frente e verso. Porto Alegre: Francisco Spinelli, CALLIGARIS, R. As leis morais. Rio de Janeiro: FEB, FEB - ESDE Programa III Leis Morais. Rio de Janeiro: FEB, s/d. FRANCO, D. P. Florilégios Espirituais. Araras-SP: IDE, FRANCO, D. P. S.O.S. Família. Salvador: LEAL, KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, KARDEC, A. O que é o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 2001, XAVIER, F. C. Evolução em dois mundos. Rio de Janeiro: FEB, XAVIER, F. C. Missionários da Luz. Rio de Janeiro: FEB, 1986 XAVIER, F. C. Nos domínios da mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, XAVIER, F. C. O Consolador. Rio de Janeiro: FEB, XAVIER, F. C. Vida e Sexo. Rio de Janeiro: FEB, BARBOSA, G. A. Planejamento Familiar. Disponível em XAVIER, O. B. A família na visão espírita. Disponível em Apostila do IDE Juiz de Fora, CUNHA, A. A Família e os Deveres dos Filhos com relação aos pais disponível em FERGS Boletim Chama de Luz. A paternidade e a maternidade responsável, disponível em SIMONETTI, R. Planejamento Familiar,
86 Imagens Capa A família: Francisco de Assis: Chico Xavier: 4K5uQvtjg14/T499HYQFSGI/AAAAAAAACBs/O8KdVriG_lM/s1600/Chico+Xavier.jpg Papa Francisco: papa-francisco-resized.jpg Casamento: Alma gêmeas: Almas algemadas: Tipos casamento x Tipos reencarnação: Paulo Neto Poligamia: Exg8BfJTy6U/TdsKmfx7_XI/AAAAAAAAAW8/ZE9HAPlm010/s1600/polygamy.gif Monogamia: Família feliz: WXEwOJ42XkY/TuTRFuP_GsI/AAAAAAAAAAQ/j2qL7CEaN8E/s728/margarina-familiafeliz.jpg Cegonha: X8/s1600/cegonha.jpg Planejamento familiar: VeeFAMNwHkA/TyMe1MEP2BI/AAAAAAAABh8/NieLy8EX28E/ScreenShot001%25255B 1%25255D.jpg
87 Aborto, não: Droga.jpg Mário Quintana: Paternidade e Maternidade responsável: Escola ensina x pai educa: XrN5hHrBEp4/T5ia5J4flZI/AAAAAAAACDU/uAgDIPX_bnc/s400/familia+escola.jpg Ensino x valores: z3vj6vm0_6o/uuxrlptllti/aaaaaaaaxna/louxutzcdbe/photo.jpg Um filho se carrega: Deveres pais e filhos: NtpRyIejI/AAAAAAAADOE/FkUvixzbuEI/s1600/deveres2.jpg Família 1983/2013: ojl5vrd6fds/ui7mfnk5ozi/aaaaaaaahci/aeficfzl9_c/s640/blogger-image jpg Divórcio: Separados: jpg Separação judicial: /s1600/divorcio.gif Sapo e sapa:
88 Site: Versão 13
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