A CONCRETIZAÇÃO DA CIDADANIA PELO ACESSO A UMA ORDEM JURÍDICA JUSTA: O NÚCLEO DE CIDADANIA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO DA URI, SANTO ÂNGELO/RS

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1 A CONCRETIZAÇÃO DA CIDADANIA PELO ACESSO A UMA ORDEM JURÍDICA JUSTA: O NÚCLEO DE CIDADANIA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO DA URI, SANTO ÂNGELO/RS Anderson de Souza 1 Jean Carlos Voges 2 Charlise P. Colet Gimenez 3 RESUMO: A partir da premissa que o ser humano tem mais facilidade para envolver-se em um conflito do que tratá-lo, e de que o conflito é inerente à evolução da sociedade e às relações entre os seres humanos, tem-se observado o crescente aumento da demanda de processos judiciais que buscam a tutela do Estado para decidir quem ganha e quem perde. No entanto, o aumento de litígios e a complexidade da sociedade atual pós-moderna, revelam o exaurimento da resposta dada por um Terceiro-juiz primeira onda do acesso à justiça. Nessa ótica, a partir do método de abordagem hipotético-dedutivo, e método de procedimento bibliográfico, objetiva-se abordar o acesso a uma ordem jurídica justa terceira onda a partir do Núcleo de Cidadania do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, campus Santo Ângelo, cujas atividades desenvolvidas consultoria jurídica, advocacia preventiva, encaminhamento extrajudicial e conciliação extrajudicial e judicial garantem o empoderamento da pessoa e a dignidade da pessoa humana, por meio da concretização da sua cidadania. Compreende-se, assim, que o trabalho desenvolvido legitima a estabilização de direitos contemplados constitucionalmente no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal, ou seja, o acesso à justiça, para que ocorra o adequado tratamento ao conflito, com a ideologia de evidenciar os meios para sobrelevar a Justiça na busca da concretização da cidadania. PALAVRAS-CHAVE: Acesso à Justiça; Tratamento do Conflito; Cidadania; Ordem Jurídica Justa. 1 Acadêmico do Sétimo Semestre do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, campus Santo Ângelo. anderson.de1990@hotmail.com 2 Acadêmico do Décimo Semestre do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, campus Santo Ângelo. jeancarlosvoges@hotmail.com 3 Doutora em Direito e Mestre em Direito pela UNISC Universidade de Santa Cruz do Sul e Especialista em Direito Penal e Processo Penal pela UNIJUÍ Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Professora de Direito Penal e Estágio de Prática Jurídica pela URI Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões (Santo Ângelo/RS). Membro do Grupo de Estudos Tutela dos Direitos e sua Efetividade vinculado ao CNPq. Advogada. charliseg@santoangelo.uri.br

2 CONSIDERAÇÕES INICIAS O presente artigo, procura abordar o projeto de extensão Núcleo de Cidadania, desenvolvido pelo curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus Santo Ângelo, como mecanismo de promoção do acesso à justiça a pessoas de baixa renda. Em um primeiro momento, serão apresentados os direitos fundamentais do ser humano até chegar ao acesso à justiça, para que assim possa desenvolver uma relação, onde o acadêmico possa unir a teoria e prática, principalmente com relação às funções, que seriam dentre elas, promover o acesso à justiça, a assistência jurídica gratuita e a assessoria. Desse modo, o presente estudo não tem a intenção de expor teorias ou conceitos de funcionamento de um Núcleo de Pratica Jurídica, mas apontar uma relação de como resolver os litígios de forma extrajudicial, perante a grande demanda que o Poder Judiciário vem sofrendo. Em consequência disso, tem-se desenvolvido projetos de extensões que buscam sanar essa problemática, como um instrumento de transformação social. 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS DO SER HUMANO Os direitos fundamentais conduzem o Direito como mecanismo para alternações sociais que impulsionam a função da ordem jurídica, e para que seja servido de uma percepção mais ampla a respeito dos Direitos Fundamentais, é imprescindível que ocorra uma análise histórica a respeito do tema. Portanto, cumpre-se ressaltar que [...] o valor extrínseco da pessoa humana deita raízes já no pensamento clássico e no ideário cristão (SARLET, 2012, p. 34). Nesse sentido, tem-se então a relevância de apontar que o cristianismo apresentou uma determinada concepção quanto à dignidade da pessoa humana, sendo ela descrita no Livro Gênesis 1:26-27: 26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. 27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (BIBLIA, p ). Nota-se que tal referência - conforme grifo apresenta o entendimento de que o ser humano foi criado a partir da imagem e semelhança de Deus, eis que se tem a premissa da qual

3 o cristianismo extraiu de que o ser humano é dotado de um valor próprio (SARLET, 2012, p.34). Assim, percebe-se que a dignidade da pessoa humana surgiu inicialmente como um valor religioso, descrito na Bíblia, e que com o passar do tempo houve então a necessidade de ser incluído junto os valores culturais, valores dos quais tiveram que ser moldados de acordo as concepções histórico-culturais de cada sociedade, revelando assim em primeiro lugar sua vertente axiológica. Por isso, se situa ao lado de outros valores centrais para o Direito, como justiça, segurança e solidariedade (BARROSO, 2010, p. 10). Tal perspectiva faz com que se tenha um conceito aberto referente ao tema, pois: Sustenta-se que uma dimensão dúplice da dignidade da manifesta-se enquanto simultaneamente expressão da autonomia da pessoa humana (vinculada à ideia de autodeterminação no que diz com as decisões essenciais a respeito da própria existência), bem como da necessidade de sua proteção (assistência) por parte da comunidade e do Estado, especialmente quando fragiliza ou até mesmo e principalmente quando ausente a capacidade de autodeterminação. Assim, a dignidade, na sua perspectiva (protetiva) da pessoa humana, poderá, dadas as circunstancias, prevalecer em face da dimensão autonômica, de tal sorte que, todo aquele a qual faltarem as condições para uma decisão própria e responsável (SARLET, 2012, p. 61). Surge, então, a Constituição Federal de 1988, a qual tem o contexto que busca defesa dos direitos fundamentais do indivíduo, assim como também da coletividade onde [...] registra-se que a dignidade da pessoa humana foi objeto de expressa previsão no texto constitucional vigente mesmo em outros capítulos da nossa Lei Fundamental, seja quando estabeleceu que a ordem econômica tem por finalidade assegurar a todos uma existência digna (SARLET, 2012, p. 76). Conforme o aponta o artigo 170, caput, a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios (BRASIL, 1988). Ainda, com relação ao texto constitucional, no âmbito da ordem social, com relação ao planejamento familiar responsável no qual se funda nos princípios descritos no artigo 226, parágrafo 7º da Constituição Federal de 1988, o qual se baseia nos fundamentos dispostos para que assim possa vedar qualquer forma coerciva por parte de instituições oficiais ou privadas.

4 Art A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. [...] 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. (BRASIL, 1988, grifo nosso). Além disso, prevê, também, às crianças e aos adolescentes o direito á dignidade, como um dever da família, da sociedade e do Estado conforme vê-se na redação do artigo 227, caput: Art É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (BRASIL, 1988, grifo nosso). Ademais, também ao idoso é assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 230 delimitando a [...] a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida (BRASIL, 1988, grifo nosso). Eis que se chega então a teoria dimensional dos direitos fundamentais, a qual [...] não aponta, tão-somente, para o caráter cumulativo do processo evolutivo e para a natureza complementar de todos os direitos fundamentais, mas afirma, para, além disso, sua unidade e indivisibilidade no contexto do direito constitucional interno [...]. Esse termo dimensões é apresentado como um [...] dissídio na esfera terminológica, verifica-se crescente convergência de opiniões no que concerne à ideia que norteia a concepção das três (ou quatro, se assim preferirmos) dimensões dos direitos fundamentais, onde vem sendo abordado a partir das promulgações das primeiras Constituições escritas. 2. ACESSO À JUSTIÇA COMO DIREITO FUNDAMENTAL Em um primeiro momento, cabe conceituar o acesso à justiça é um direito fundamental que busca endereçar conflitos que ficavam sem solução em razão na falta de instrumentos processuais efetivos, voltando-se a reduzir a denominada litigiosidade contida, que nos últimos anos aumenta a cada dia que passa (AZEVEDO, 2013, p. 06).

5 Logo, agrega-se que o conceito de acesso à justiça vem se alterando com o passar do tempo, sendo [...] correspondente a uma mudança equivalente no estudo e no ensino do processo civil. Dá a ideia de que o [...] Direito ao acesso à proteção judicial significava essencialmente o direito formal do indivíduo agravado de propor ou contestar uma ação. A teoria era a de que, embora o acesso à justiça pudesse ser um direito natural, os direitos naturais não necessitavam de uma ação do Estado para a sua proteção (CAPPELLETTI; GARTH, 2002, p.04). Com o objetivo de proporcionar maior efetividade ao acesso à justiça, no que tange ao ordenamento jurídico pátrio, garante ao cidadão o acesso à justiça, como um direito, baseado no princípio fundamental da inafastabilidade da apreciação judicial, o qual vem expresso na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, XXXV: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; (BRASIL, 1988). Mauro Cappelletti e Bryant Garth apontam um movimento em relação ao acesso à justiça, que nada mais é senão uma forma de solução de litígios que se divide em três ondas, sendo elas: primeira onda -, assistência jurídicas aos pobres, - segunda onda -, representação dos interesses difusos e, - terceira onda, do acesso a representação em juízo a uma concepção mais ampla de acesso à justiça. Portanto, essas ondas destinam-se a aprimorar a atividade jurisdicional por ora exercida pelos operadores do direito. No território brasileiro um dos fatos relevantes que introduziram a primeira onda, foi a promulgação Lei 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, na qual estabelece critérios e normas de concessão de assistência jurídica aos necessitados. Posteriormente, a Constituição Federal de 1988, consagrou em seu artigo 5º inciso LXXIV que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos (BRASIL, 1988). Além disso, no artigo 134 do mesmo dispositivo, foi instituída a Defensoria Pública a prestar a assistência judiciária gratuita aos necessitados, conforme traz a sua redação:

6 Art A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal (BRASIL, 1988). Os brasileiros considerados leigos não se sentem seguros para procurar uma assistência judiciária, fazendo com que optem por não solucionarem seus litígios, embora o artigo 98, I da Constituição Federal de 1988, possibilita o acesso à justiça de forma gratuita para a solução de litígios de baixa complexidade. Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; (BRASIL, 1988). É nesse sentido que Boaventura Souza Santos aponta que: [...] dois fatores parecem explicar esta desconfiança ou esta resignação: por um lado, experiências anteriores com a justiça de que resultou uma alienação em relação ao mundo jurídico (uma reação compreensível à luz dos estudos que revelam ser grande a diferença de qualidade entre os serviços advocatícios prestados às classes de maiores recursos e os prestados às classes de menores recursos), por outro lado, uma situação geral de dependência e de insegurança que produz o temor de represálias se recorrer aos tribunais (BOAVENTURA, 1989, p ). Nota-se, então, que intenção do autor é de destacar a importância da criação de regras processuais que incentivassem esta classe a ter um interesse maior para enfrentar seus conflitos, de modo que houvesse uma abertura a partir destes meios abordados, um interesse de modo participativo da população, na forma de uma justificativa usada como base para o Estado Democrático de Direito. Em se tratando de representação dos interesses difusos segunda onda é de suma relevância, pois é direcionada a coletividade e ao direito difuso, tendo em vista que a primeira onda é voltada a população carente e é nesse sentido que Mauro Cappelletti e Bryant Garth apontam que:

7 Uma vez que nem todos os titulares de um direito difuso podem comparecer em juízo por exemplo, todos os interessados na manutenção da qualidade do ar, numa determinada região é preciso que haja um representante adequado para agir em benefício da coletividade, mesmo que os membros dela não sejam citados individualmente. Da mesma forma, para ser efetiva, a decisão deve obrigar a todos os membros do grupo, ainda que nem todos tenham tido a oportunidade de ser ouvidos. Dessa maneira, outra noção tradicional, a da coisa julgada, precisa ser modificada, de modo a permitir a proteção judicial efetiva dos interesses difusos. (CAPPELLETTI; GARTH, 1989, p. 50). Essa segunda onda é apresentada também dentro do Código de Defesa do Consumidor CDC, em seu artigo 103, no qual o legislador se importou de prever o direito transindividual em seus efeitos erga omnes ou ultra partes Art Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81; II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81 [...] (BRASIL, 1990). Percebe-se, então, que um dos enfoques dessa segunda onda foi a criação de mecanismos que servissem como uma espécie de viabilização dos direitos difusos de modo que o processo acompanhe a disposição da coletivização da tutela. Nesse sentido, a terceira onda direcionou-se à reforma do processo, onde o acesso a representação em juízo a uma concepção mais ampla de acesso à justiça (CAPPELLETTI; GARTH, 2002, p.67). Ainda em relação ao entendimento de Mauro Cappelletti e Bryant Garth com a terceira onda, destaca-se que [...] encoraja a exploração de uma ampla variedade de reformas, incluindo alterações nas formas de procedimento, mudanças na estrutura dos tribunais ou a criação de novos tribunais, o uso de pessoas leigas ou paraprofissionais, tanto como juízes quanto como defensores, modificações no direito substantivo destinadas a evitar litígios ou facilitar sua solução e a utilização de mecanismos privados ou informais de solução dos litígios. Esse enfoque, em suma, não receia

8 inovações radicais e compreensivas, que vão muito além da esfera de representação judicial (CAPPELLETTI; GARTH, 2002, p.67). Assim, entende-se que os Núcleos de Praticas jurídicas das universidades tem como objetivo apresentar um contexto atual do Poder Judiciário ao acadêmico, de modo que tenha uma visão mais social, usando do ensino ao acadêmico para proporcionar à população hipossuficiente uma forma de solucionar seus conflitos, auxiliando estas a diversos direitos e deveres. Ademais, não tem apenas a finalidade de realização de processos e sim um meio alternativo para solucionar seus litígios por meio de acordos extrajudiciais. Então, a partir dessa premissa destaca-se que a finalidade dessas três ondas aqui apresentadas, não servem apenas para reforma das regras processuais, mas que possibilitem uma mudança na mentalidade da sociedade que por muitas vezes desconhecem as formas de solução de conflitos. 3. Núcleo de Cidadania O projeto aborda como tema central a prestação de assistência jurídica às pessoas que vivem nas comunidades carentes dos municípios de Santo Ângelo, Entre-Ijuis, Eugênio de Castro, São Miguel das missões e Vitorias das Missões, já que o Poder Judiciário não está suficiente preparado para oferecer sozinho solução para atual demanda. Nota-se que as pessoas que não tem meios para custear as despesas que um processo gera, assim, como também pela falta de orientação de um profissional apto e/ou capacitado são deixadas de lado, ou seja, restam por não terem acesso à justiça. Cumpre ressaltar que a Defensoria Pública, órgão público no qual caberia ser responsável por efetuar este encaminhamento, também não consegue suprir a atual demando. Eis, então, que surge o questionamento quanto os incontáveis litígios que poderiam ser resolvidos de forma amigável. O projeto Núcleo de Cidadania trabalha, então, com dois eixos, em um primeiro momento é trabalhado na forma de prevenção, assim como também, orientação para que o cidadão seja aconselhado juridicamente de modo que evite a instauração do conflito. Posteriormente em um segundo momento é trabalhado a solução de forma amigável, onde destaca-se o uso da celebração de acordos ou mediante a arbitragem. A partir desse entendimento, pretende-se ampliar, entre outros, o desenvolvimento integrado do ensino-

9 pesquisa-extensão, a fim de que os acadêmicos do curso de Direito possam assim vivenciar um processo no qual relacione-se o ensino aprendizagem vinculado aos processos sociais, participando da transformação da realidade sócio-econômica e cultural do país. O Núcleo de cidadania, em funcionamento desde marco de 2016, é um projeto desenvolvido pela professora Drª Charlise P. Colet Gimenez e conta com bolsistas voluntários sendo esses acadêmicos do curso de direito a partir do 4ª semestre da graduação e monitorados por uma advogada e um professor. Atualmente, o projeto funciona na sexta-feira das 09:00 ao 12:00 no segundo andar do fórum da comarca de Santo Ângelo RS. Com isso, a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus Santo Ângelo URI, através do Núcleo de Cidadania e do Núcleo de Pratica Jurídica NPJUR, realizar junto a sociedade um trabalho de prevenção, auxiliando e prestando informações relacionados a problemas jurídicos que englobam a população carente, garantindo, assim, um auxilio jurídico gratuito. Outra finalidade do projeto é mostrar uma visão mais cidadã ao acadêmico, ora estagiário, apresentando a ele uma possibilidade de mudanças sociais pelo seu comprometimento que até então é resultante das atividades acadêmicas a serviço da sociedade. A exemplo disso tem-se o auxílio prestado em casos como numeração predial, regularização de documento junto a prefeitura, instalação de água, parcelamento de débitos, conciliação com direito de família, acordos em casos de divórcio e solicitação de medicamentos necessários que não precisem de ajuizamento de ação, detectados em nosso meio social, no qual se objetiva proporcionar um auxílio a cidadania, para que haja a construção de um mundo mais humano e mais ético. CONSIDERAÇOES FINAIS Resta claro que os Núcleos de Prática Jurídicas são instaurados dentro das universidades com o intuito de formar profissionais competentes, em outro norte, é viabilizado o acesso à justiça a quem não tem condições de arcar com as custas de um processo, buscando o devido aprendizado dos acadêmicos, fazendo, assim, uma relação entre comunidade e universidade. Com isso, foram apresentados os meios alternativos criados pela própria legislação. A exemplo disso temos a Defensoria Pública e o CEJUSC, que muito embora disponibilizem um serviço gratuito de acesso à justiça, não supriram a necessidade das demandas. A partir disso,

10 a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus Santo Ângelo URI, com iniciativa professora Drª Charlise P. Collet Gimenez do curso de direito realizou o trabalho e a criação do projeto de extensão Núcleo de Cidadania, visando, assim, prestar assistência gratuita e solucionar pequenos litígios de forma extrajudicial da população que abrangem a comarca de Santo Ângelo-RS. 4. REFERÊNCIAS BARROSO, Luís Roberto. A dignidade da pessoa humana no direito constitucional contemporâneo: natureza jurídica, conteúdos mínimos e critérios de aplicação. Mimeografado Disponível em: < Acessado em 03 jul. de BÍBLIA. A. T. Gênesis. In: BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada: contendo o antigo e o novo testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, p BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, BRASIL. Lei 1.060, de 5 de fevereiro de Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados. Diário Oficial da União, Brasília BRASIL. Lei nº de 11 de Setembro de Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça: subtítulo do livro. 1 ed. [S.L.]: SERGIO FABRIS, SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. 8ª Edição, Porto Alegre: Livraria do Advogado Ed., 1989.

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