RECONHECIMENTO DE INDIVÍDUOS ATRAVÉS DA ÍRIS USANDO VETOR NOVIDADE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RECONHECIMENTO DE INDIVÍDUOS ATRAVÉS DA ÍRIS USANDO VETOR NOVIDADE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA RECONHECIMENTO DE INDIVÍDUOS ATRAVÉS DA ÍRIS USANDO VETOR NOVIDADE CLÁUDIO FRANKLIN MARTINS PINHEIRO MANAUS 200

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA CLÁUDIO FRANKLIN MARTINS PINHEIRO RECONHECIMENTO DE INDIVÍDUOS ATRAVÉS DA ÍRIS USANDO VETOR NOVIDADE Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação Strictu Sensu em Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial para obtenção de título de Mestre em Engenharia Elétrica, área de concentração Controle e Automação de Sistemas. Orientador: Prof. Dr. Marly Guimarães Fernandes Costa Co-orientador: Prof. Dr. Cícero Ferreira F. Costa Filho MANAUS 200

3 Ficha Catalográfica (Catalogação realizada pela Biblioteca Central da UFAM) P654r Pinheiro, Cláudio Franklin Martins Reconhecimento de indivíduos através da íris usando vetor novidade / Cláudio Franklin Martins Pinheiro. Manaus: UFAM, f.; il. color. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) Universidade Federal do Amazonas, 200. Orientadora: Profª. Dra. Marly Guimarães Fernandes Costa Co-orientador: Prof. Dr. Cícero Ferreira F. Costa Filho. Sistemas biométricos 2. Reconhecimento da íris 3. Filtros de novidadei. Costa, Marly Guimarães Fernandes II. Costa Filho, Cícero Ferreira F. III. Universidade Federal do Amazonas IV. Título CDU (043.3)

4 ii

5 iii Aos meus pais, Aldemir e Lúcia.

6 iv AGRADECIMENTOS A realização deste trabalho não seria possível sem as várias colaborações diretas e indiretas que me foram oferecidas. Desta forma presto meus sinceros agradecimentos a todos que me ajudaram nesta conquista. Primeiramente agradeço à minha orientadora Marly Guimarães F. Costa por ter depositado em mim sua confiança pelo seu constante esforço para que fizéssemos um bom trabalho. Ao professor Cícero F. F. Costa Filho que, como meu co-orientador, contribuiu com várias questões essenciais para o desenvolvimento deste trabalho. Aos amigos de mestrado, em especial Charles Melo e Almir Kimura, pelo freqüente apoio durante as dificuldades do curso. Ao Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Pólo Industrial de Manaus CT- PIM pelo apoio e investimento na minha qualificação, me liberando de horas de trabalho pra que eu pudesse me dedicar às atividades do mestrado. E também aos colegas de trabalho que sempre me apoiaram. Ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Eletrônica e da Informação CETELI-UFAM pela disponibilização da infra-estrutura física e laboratorial necessárias ao desenvolvimento desse trabalho. Por fim, meu agradecimento especial à minha amada companheira Susy Freitas, pelo carinho, incentivo e apoio, além da compreensão nos momentos em que este trabalho nos privou de estarmos juntos.

7 v RESUMO A utilização da íris como parâmetro biométrico em sistemas de reconhecimento de indivíduos tem recebido crescente atenção por parte tanto da indústria quanto da academia, e muito esforço tem sido empregado para o desenvolvimento de novas técnicas em busca de bons resultados. Neste trabalho é proposto um classificador baseado no conceito de Filtro de Novidade para aplicação em sistemas de reconhecimento. Utilizando imagens de íris segmentadas do banco de imagens UBIRIS, são realizadas simulações de sistemas de verificação e identificação usando o classificador proposto, além de testes comparativos com uso da distância de Hamming. Diferentes técnicas são usadas para a obtenção do vetor de característica que representa a íris, tais quais os próprios níveis de intensidade das imagens, e os coeficientes da decomposição wavelet. Empregando técnicas de avaliação de sistemas biométricos, como as curvas ROC e CMC, são obtidas valores de EER de até 2,82 para verificação e taxas de identificação de até 97,97% para identificação. Os mesmos testes são realizados utilizando-se a distância de Hamming, resultando em EER de no mínimo 7,07% e taxas de identificação até 85,3%. Palavras-chave: sistemas biométricos, filtro de novidade, reconhecimento da íris.

8 vi ABSTRACT The use of iris as a biometric parameter for recognition systems has been received growing attention from both industry and researchers, and a lot of effort has been put into developing new techniques in order to improve results. This work proposes a new classifier based on Novelty Filter concepts for using in recognition systems. By using segmented iris images from UBIRIS database, several simulations of verification and identification systems are performed using the proposed classifier, in addition to comparative tests using Hamming Distance. Different techniques are used to obtain a feature vector for iris representation, such as taking intensity levels directly from image and the output coefficients of the discrete wavelet transform. Evaluation techniques for biometric systems, such as ROC and CMC curves, are used for evaluating the system s performance. For verification modes they are obtained a minimum EER value of 2,82% and for identification, simulations resulted in identification taxes up to 97,97%. The same tests are made when using Hamming distance as classifier. In this case, the minimum value for EER is 7,07%, and identification taxes are up to 85,3%. Key-words: biometric systems, novelty filter, iris recognition.

9 vii LISTA DE FIGURAS Figura 2. - Exemplo de imagem disponível no banco CASIA v Figura Pré-processamento da imagem capturada do olho de um indivíduo....5 Figura Representação numérica da Íris...7 Figura Ilustração da distância de Hamming...9 Figura 3. - Diagrama do algoritmo da decomposição da Transformada Wavelet 2D...22 Figura 3.2 Ilustração da Aplicação da transformada wavelet 2D em um nível...23 Figura Projeções ortogonais em R 3 (um vetor x decomposto como x = xˆ + ~ x )...24 Figura Distribuição de probabilidade para clientes e impostores...28 Figura Variação da FAR e da FRR em função do limiar...29 Figura Curva ROC para três casos fictícios distintos...29 Figura Exemplo de Watchlist ROC...3 Figura 3.8 Exemplo de Curva CMC típica...33 Figura 4. - Configuração de captura da imagem para a sessão do banco UBIRIS...35 Figura Imagens não utilizadas. Fonte: Banco de imagens UBIRIS...36 Figura 5. - Etapas do processo de reconhecimento...37 Figura Determinação da região de interesse...38 Figura 5.3 Separação da ROI a partir da imagem normalizada da íris...39 Figura Vetor de característica usando níveis de intensidade da imagem...40 Figura Aplicação da decomposição wavelet. (a) Nível 3. (b) Nível Figura 6. - Curva ROC Caso : Escala de Cinza, 3 imagens por base...46 Figura Curva ROC -Componentes RGB Caso 2 (R), Caso 3 (G) e caso 4 (B), 3 imagens por base Figura Curva ROC Caso 5: Escala de Cinza, 4 imagens por base...48 Figura Curva ROC Componentes RGB Caso 6 (R), Caso 7 (G) e caso 8 (B), 4 imagens por base Figura Curva ROC: Wavelet nível 4, Caso 9 (Vertical), Caso 0 (horizontal) e Caso (Diagonal) utilizando-se 3 imagens por base. (a) Sessão da UBIRIS. (b) Sessão 2 da UBIRIS...50 Figura Curva ROC: Wavelet nível 3, Caso 2 (Vertical), Caso 3 (horizontal) e Caso 4 (Diagonal) utilizando-se 3 imagens por base. (a) Sessão da UBIRIS. (b) Sessão 2 da UBIRIS...5 Figura Curva CMC - Escala de Cinza, Caso : 3 imagens por base e Caso 5: 4 imagens por base. (a) Sessão da UBIRIS. (b) Sessão 2 da UBIRIS...55 Figura Curva CMC - Componentes RGB Caso 2 (R), Caso 3 (G) e caso 4 (B), com 3 imagens por base. (a) Sessão da UBIRIS. (b) Sessão 2 da UBIRIS...56 Figura Curva CMC - Componentes RGB Caso 6 (R), Caso 7 (G) e Caso 8 (B), com 4 imagens por base. (a) Sessão da UBIRIS. (b) Sessão 2 da UBIRIS...57 Figura Curva CMC: Wavelet nível 4, com 3 imagens por base. Caso 9 (Vertical), Caso 0 (Horizontal) e Caso (Diagonal). (a) Sessão da UBIRIS. (b) Sessão 2 da UBIRIS...58 Figura 6. - Curva CMC: Wavelet nível 3, com 3 imagens por base. Caso 2 (Vertical), Caso 3 (Horizontal) e Caso 4 (Diagonal). (a) Sessão da UBIRIS. (b) Sessão 2 da UBIRIS...59

10 viii LISTA DE TABELAS Tabela 4. - Resultado da segmentação automática...35 Tabela 4.2 Total de imagens utilizadas no desenvolvimento do método de reconhecimento proposto...36 Tabela 6. Descrição dos testes realizados...44 Tabela Total de verificações realizadas...45 Tabela Valores obtidos de AUC e EER...52 Tabela Número de possíveis bases por indivíduo em função do número de imagens por indivíduos...53 Tabela Tamanho do conjunto de prova e número de galerias...54 Tabela Taxas de identificação obtidas para rank...60 Tabela Valores obtidos de AUC e EER usando Distância de Hamming...6 Tabela Taxas de identificação para rank usando Distância de Hamming...6

11 ix LISTA DE SIGLAS AUC CAR CASIA CMC CRR DWT EER FAR FRR HD LDA PNN ROC ROI SVM Area Under Curve Correct Acceptance Rate Chinese Academy of Sciences Institute of Automation Cumulative Match Characteristic Correct Rejection Rate Discrete Wavelet Transform Equivalent Error Rate False Acceptance Rate False Rejection Rate Hamming Distance Linear Discriminat Analysis Probabilistic Neural Network Receiver Operating Characteristic Region Of Interest Support Vetor Machine

12 x SUMÁRIO INTRODUÇÃO.... A ÍRIS HUMANA....2 BIOMETRIA UTILIZANDO A ÍRIS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS O PROCESSO DE RECONHECIMENTO DE INDIVÍDUOS ATRAVÉS DA ÍRIS AQUISIÇÃO DE IMAGEM Bancos de Imagens PRÉ-PROCESSAMENTO EXTRAÇÃO DE CARACTERÍSTICA CLASSIFICAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA TRANSFORMADA WAVELET FILTRO DE NOVIDADE Aplicações do filtro de novidade SISTEMAS BIOMÉTRICOS Desempenho de Sistemas Biométricos de Verificação Desempenho de Sistemas Biométricos de Identificação MATERIAIS O BANCO DE IMAGENS DA UBIRIS SEGMENTAÇÃO AUTOMÁTICA DA ÍRIS SEGMENTAÇÃO MANUAL DA IRIS METODOLOGIA EXTRAÇÃO DE CARACTERÍSTICA Vetor de características usando Níveis de intensidade Vetor de características usando Decomposição wavelet ASSINATURA DO INDIVÍDUO (BASE) Algoritmo para composição das bases OBTENÇÃO DO VETOR NOVIDADE TESTES EXPERIMENTAIS VERIFICAÇÃO Resultados da Verificação: Curvas ROC Resultados da Verificação: AUC e EER IDENTIFICAÇÃO Resultados da Identificação: Curva CMC Resultados da identificação: Rank-One TESTES USANDO DISTÂNCIA DE HAMMING DISCUSSÃO DOS RESULTADOS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 66

13 INTRODUÇÃO Atualmente, vem crescendo cada vez mais a importância de métodos para se determinar a identidade de pessoas, seja para restringir o acesso à ambientes seguros ou informações, ou ainda para questões de segurança pública, como identificação de criminosos. Métodos tradicionais de identificação de indivíduos são baseados no que uma pessoa possui (uma chave física, um cartão de identificação) ou no que a pessoa sabe (uma palavra secreta, por exemplo). É sabido, no entanto, que esses métodos têm alguns problemas; uma chave pode ser perdida, uma senha pode ser esquecida. Tais problemas nos levam a pensar em métodos de identificação baseados em características inerentes ao indivíduo, que não sejam tão voláteis. A Biometria busca a identificação (ou verificação) automática de um indivíduo (ou uma identidade reivindicada) pelo uso de certos traços físicos ou comportamentais associados à pessoa. Pelo uso da biometria é possível estabelecer uma identidade baseada em quem é você em vez de o que você tem (por exemplo, um cartão de identificação) ou o que você lembra (por exemplo, uma senha). Nas últimas décadas, a identificação pessoal baseada em uma característica biométrica tem tido um crescente interesse por parte tanto da academia quanto da indústria. Estão disponíveis no mercado e/ou estão sendo pesquisados e desenvolvidos novos sistemas biométricos para identificação humana que usam, por exemplo, impressões digitais, geometria da mão, íris, retina, face, assinatura, impressão das mãos, padrões de voz. Dentre essas características físico-comportamentais a identificação através da íris vem ganhando bastante destaque.. A ÍRIS HUMANA A íris, uma membrana localizada entre a córnea e o cristalino, é responsável pelo controle da quantidade de luz que atinge a retina. Em sua estrutura há músculos responsáveis por expandir ou contrair a abertura localizada eu seu centro, a pupila, conforme a necessidade de luz. A cor dos olhos de uma pessoa é a própria coloração da íris. Basicamente duas regiões compõem a íris; a Zona Pupilar, mais interna e próxima a pupila, e a Zona Ciliar, mais externa, conectada ao músculo ciliar. As duas regiões são

14 2 divididas por uma fina camada chamada collarette (WILDES, 997). Essas regiões formam a complexa textura da íris, que possui um padrão extremamente particular, diferindo inclusive entre os olhos esquerdo e direito de uma mesma pessoa (FLOM et al, 987). Tal fato credencia o seu uso em sistemas biométricos..2 BIOMETRIA UTILIZANDO A ÍRIS Os primeiros passos no campo de identificação de indivíduos através a íris foram dados pelo oftalmologista Franck Burch, em 936. Em 987 os oftalmologistas Aran Safir e Leonard Flom patentearam um algoritmo para a identificação de indivíduos através da íris. Todo esse interesse se deve ao fato deste órgão humano possuir uma estrutura particular em cada individuo, estimando-se que a probabilidade de duas pessoas possuírem íris semelhantes seja em torno de em 0 72 (FLOM et al, 987)..3 OBJETIVO GERAL O presente trabalho objetiva o desenvolvimento de uma nova técnica automatizada para identificação humana através de imagens pré-processadas de sua íris, utilizando métodos computacionais e fundamentos algébricos..4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Entre os objetivos específicos temos a implementação do Filtro de Novidade como classificador, e o uso do mesmo em sistemas biométricos, simulação de tais sistemas e a avaliação de seu desempenho. Além disso, podemos realizar uma comparação com métodos existentes.

15 3 2 O PROCESSO DE RECONHECIMENTO DE INDIVÍDUOS ATRAVÉS DA ÍRIS Muito se tem feito nos últimos anos no campo do reconhecimento de padrões aplicado a identificação de indivíduos através de suas íris. Em decorrência, uma variedade de trabalhos pode ser encontrada em bases de dados literárias como Engineering Village ou IEEEXplore. Dessa forma, e utilizando as bases de dados literárias citadas, foi realizada uma busca bibliográfica a respeito do tema identificação automática de indivíduos através de íris com o fim de justificar e balizar o desenvolvimento do trabalho proposto. Neste capítulo são discutidos alguns pontos importantes desses trabalhos, visando sintetizar o que vem sendo feito neste campo de estudo, além detalhar seus principais aspectos. Um ponto em comum encontrado nos vários trabalhos lidos se refere à seqüência de procedimentos que compõe um sistema de reconhecimento por imagens, que pode ser resumido em três fases: Aquisição da imagem, Pré-processamento, Extração de característica e Classificação. A seguir, apresenta-se, de forma sumariada, um relato dos métodos propostos para cada uma das fases típicas do sistema de reconhecimento referidas acima. Também são apresentados os bancos de imagens oculares mais utilizados para teste e validação dos métodos propostos. 2. AQUISIÇÃO DE IMAGEM Como estágio inicial no processo, é de suma importância um bom sistema de captura de imagens da íris de um indivíduo. Os trabalhos desenvolvidos nessa área tendem a se concentrar em dois pontos. O primeiro consiste no desenvolvimento de técnicas de captura de imagens que sejam menos intrusivas, por exemplo, evitando a exposição do olho à excessiva iluminação, e também procurando cada vez mais a menor cooperação do indivíduo, como a necessidade do indivíduo permanecer imóvel ou abrir bem os olhos. O outro ponto é a utilização de métricas para a avaliação da qualidade das imagens capturadas, podendo classificá-las como boas ou ruins para um sistema de reconhecimento, por exemplo, a verificação do foco das imagens (BOWYER et al, 2007).

16 4 2.. BANCOS DE IMAGENS Para fins possibilitar a comparação entre os resultados de pesquisa em reconhecimento de indivíduos através da íris, alguns grupos e instituições produziram e disponibilizam bancos de imagens. A maioria das propostas de utilização da íris na identificação de indivíduos encontrada na literatura faz uso de um desses bancos na validação das técnicas desenvolvidas. O banco mais amplamente usado nos trabalhos lidos foi o produzido pela Chinese Academy of Sciences Institute of Automation (CASIA), que é formado por 756 imagens em escala de cinza de 08 indivíduos diferentes, sendo sete imagens por indivíduos (ELSHERIEF et al, 2006). Figura 2. - Exemplo de imagem disponível no banco CASIA v.0 Uma característica que levanta algumas incertezas quanto aos resultados obtidos de testes com este banco é que em suas imagens, as áreas da pupila foram substituídas por um círculo preto, a fim de eliminar os problemas com a reflexão de luz na pupila. Dessa forma a segmentação é artificialmente facilitada (BOWYER et al, 2007). Outro banco de imagens que vem ganhado destaque é o do Departamento de Informática da Universidade da Beira Interior (UBIRIS), que é composto por mais de 2500 imagens tanto em escala de cinza como imagens true-color. A maior particularidade deste banco é que ele foi construído com o intuito de minimizar a cooperação do individuo do qual se está capturando a imagem, diminuindo a necessidade do indivíduo se manter estático, sem mover os olhos, etc. Muitas das imagens que compõem este banco possuem ruídos, problemas

17 5 de foco, e outras adversidades, exigindo uma maior robustez do algoritmo de reconhecimento (PROENÇA et al, 2005). Há também outros bancos de imagens, como os gerados pelo National Institute of Standards and Technology (NIST), para os projetos ICE (Iris Challenge Evaluation), como os desenvolvidos pela Multimedia University, denominados MMU e MM2, dentre outros. 2.2 PRÉ-PROCESSAMENTO Nesse estágio, a imagem é processada de forma a facilitar a extração das características relevantes para a identificação. Como as características relevantes estão localizadas na íris, as imagens são submetidas a um processo de segmentação da íris (extração da região de interesse). Há ainda a necessidade de um processamento, denominado de padronização ou normalização da íris, o qual consiste em ajustar a região segmentada a um tamanho pré-definido, com o fim de tornar possível a comparação entre imagens de diferentes indivíduos ou do mesmo indivíduo capturadas em diferentes condições. A Figura 2.2(a) ilustra o processo de localização das bordas interna (Pupila - Íris) e externa (Íris - Esclera) da íris em uma imagem ocular de um dado indivíduo. Com a região da íris devidamente localizada, é necessário gerar uma imagem normalizada desta região (Figura 2.2(b)). (a) (b) Figura Pré-processamento da imagem capturada do olho de um indivíduo. (a) imagem original com região da íris delimitada. (b) Imagem resultante do processo de normalização da região de interesse segmentada (a íris)

18 6 Várias técnicas são utilizadas para a segmentação da região da íris. Jong-Gook Ko et al (2007), por exemplo, usam um conjunto de 4 máscaras de tamanho 7x7 pixels para a detecção das bordas da íris, sendo 8 máscaras para a borda interna, e 6 para a borda externa. Os segmentos detectados relativos à borda interna e à borda externa por esse processo são conectados através de círculos. Para a obtenção da imagem normalizada final, são utilizadas apenas as regiões laterais esquerda (35 ~ 225 ) e direita (45 ~ 35 ) da íris Os autores testaram o método em imagens do banco de imagens CASIA. De acordo com resultados apresentados, a íris foi segmentada corretamente em todas as imagens disponíveis. Elsherief et al (2006) usam uma versão modificada do método de Canny para detecção de bordas a fim de se obter o contorno da íris dentro da imagem e, desta forma, isolar a região de interesse. Com o uso da transformada de Hough circular (Gonzales, Wood, 2008), os segmentos de borda internos e externos (pupila-íris e íris-esclera respectivamente) são conectados. Os melhores resultados apresentados foram taxas de reconhecimento de 99,3% e 93,9% para imagens dos bancos de imagens CASIA quanto o UBIRIS, respectivamente. Daugman (993), considerando as bordas da íris como círculos perfeitos, propôs um operador integro-diferencial para a determinação dos parâmetros necessários a definição da íris (coordenadas do centro e raio da circunferência). Esse operador é dado como max ( r, x0, y0 ) ( x, y) I Gσ () r ds, (2.) r 2πr r, x0, y0 onde () r G σ é uma função de suavização e ( x y) I, é a imagem ocular. Lima (2008) utiliza informações do espaço de cores HSI de imagens oculares coloridas como entrada de uma rede neural para determinação dos pontos pertencentes à pupila. Com auxilio de operações morfológicas a pupila é separada e, em conseqüência, a borda interna da íris é obtida. Para a localização da borda externa, uma segunda rede neural, tendo também como entradas as informações das componentes HSI da imagem, é utilizada em conjunto com um algoritmo para determinar o ponto central da íris e seu raio. Como o método utiliza informações de cor da imagem, os testes foram realizados com uso de imagens do banco UBIRIS.

19 7 O processo de normalização da íris realizado em Lima (2008), assim como na maioria dos trabalhos revisados, se apresenta como uma tarefa de mapeamento geométrico inverso. Nesse processo, a região anular correspondente a região da íris é mapeada em uma região retangular de dimensões pré-definidas, convertendo-se as coordenadas polares da íris em coordenadas retangulares. Imagens do banco UBIRIS pré-processadas (segmentadas e normalizadas) através do método de Lima (2008) serão a base para o desenvolvimento do presente trabalho. 2.3 EXTRAÇÃO DE CARACTERÍSTICA Esta fase consiste em definir uma forma de representar uma imagem através de uma grandeza numérica ou um conjunto destas, como ilustra Figura 2.3. É nesta etapa do processo que se concentra o maior esforço dos trabalhos acerca do reconhecimento de indivíduos através da íris. Vários métodos foram propostos nos últimos anos a fim de se conseguir parâmetros que melhor caracterizassem a íris de um indivíduo e assim viabilizar o seu uso para distinguir dois ou mais indivíduos. Figura Representação numérica da Íris Diversas formas de extração de características de imagens de íris humana vêm sendo propostas, como análise da sua textura utilizando filtro de Gabor 2D (DAUGMAN, 993;

20 8 ELSHERIEF et al, 2006), somas cumulativas baseadas na intensidade dos níveis de cinza da imagem (Jong-Gook Ko et al, 2007), transformada 2D de Wavelet (ELSHERIEF et al, 2006), Análise de componentes independentes (YOUNG WANG et al, 2005), entre muitas outras. Um grande número dos métodos de extração desenvolvido resulta na obtenção de vetores binários, o código da íris. O primeiro autor a fazer uso de vetores binários para caracterizar a íris foi Daugman (993). No entanto há alguns trabalhos que utilizam um vetor com valores reais (BOLES et al, 998) e um grupo menor de pesquisadores que trabalham com combinações dessas duas formas de representar a íris (BOWYER et al, 2007). Elsherief et al (2006) usam a transformada Wavelet 2D discreta para a extração do vetor de características da imagem. O algoritmo desta transformada produz quatro sub-bandas de freqüência da imagem, denominados HH, HL, LH e LL (H = High-pass e L = Low-pass), em cada nível da transformada. A partir da imagem de tamanho 360x60 obtida na fase de préprocessamento, a transformada é aplicada quatro vezes (nível quatro), gerando assim subimagens de tamanho 23x4. Cada imagem junto com os valores médios dos três níveis maiores compõe um vetor com 95 números reais variando de - a. A partir deste é gerado um vetor binário que é usado como vetor de características. Elsherief et al também utilizam o filtro de Gabor para formar o vetor de características, a fim de realizar uma comparação de desempenho com a transformada Wavelet. A vantagem da utilização do filtro de Gabor está no fato desta operação ser invariante a transformações em imagens como rotação, translação e redução, além de apresentar alta tolerância a ruídos. Boles e Boashash (998) utilizam uma variação da transformada Wavelet, a transformada wavelet diática. O vetor de característica, neste caso, é baseado no número de cruzamentos por zero do resultado obtido após a transformação. Uma nova técnica, apresentada por Jong-Gook Ko et al (2007), usa a soma cumulativa dos níveis médios de intensidade de cinza em subdivisões da imagem. O processo possui quatro etapas; a) A imagem normalizada é dividida em varias células, cujos valores médios da intensidade são usados como valor representativo de cada célula, b) as células são agrupadas vertical e horizontalmente, c) são calculadas as somas cumulativas sobre cada grupo, e d) o vetor de características binário é gerado baseado nas variações do resultado da soma em cada grupo.

21 9 2.4 CLASSIFICAÇÃO Essa última fase do processo de reconhecimento de indivíduos através da íris consiste em comparar as características retiradas de uma imagem de prova com as retiradas de imagens de referência e, por fim, expressar essa comparação através de uma medida de dissimilaridade. Através dessa medida o sistema efetua o reconhecimento ou não de um determinado indivíduo. Em geral, autores que utilizam vetores binários como forma de representar a íris fazem uso da Distância de Hamming normalizada como medida de dissimilaridade em seus trabalhos. A Distância de Hamming entre dois vetores binários, A e B, corresponde ao número de bits diferentes quando é feita uma comparação bit a bit nos vetores, vide ilustração na figura A = B = 0 0 Distância = 2 0 Figura Ilustração da distância de Hamming A Distância de Hamming normalizada, comumente chamada apenas de Distância de Hamming (HD), é calculada como HD = N N i= A I B I, (2.2) onde A e B são vetores com N elementos e o operador refere-se à operação de OU Exclusivo. Quanto menor for esse valor, mais similares são os vetores. Essa métrica foi usada por Daugman para comparar os Códigos da Íris em seu trabalho de 993 e em vários outros trabalhos revisados, tais como os descritos a seguir.

22 20 Elsherief et al (2006) usam essa medida em seus testes e traçam várias curvas de desempenho para cada técnica de representação da íris sugerida. Também informam as taxas de acerto variando o valor de limiar da distância de Hamming. Para vetores de características compostos por valores reais, alguns autores utilizam a distância Euclidiana como medida de dissimilaridade. Yu et al (2007) utilizam essa métrica para comparar os vetores resultantes dos 32 pontos-chave encontrados após a divisão da íris em 6 sub-imagens. Son et al (2004) utilizam o método de aprendizado supervisionado SVM (Support Vector Machine) para fazer a classificação de vetores obtidos através de combinações entre Análise de Componentes Principais (PCA), transformada discreta Wavelet (DWT) e análise de discriminantes lineares (LDA). Elsherief et al (2006), além da distância de Hamming, também utilizam o Vetor de Quantização de Aprendizagem (LVQ), que é uma técnica de aprendizagem de Redes Neurais supervisionadas onde são usadas informações de classe para mover informações de autovalores desprezíveis. Outra técnica abordada pelos citados autores consiste do modelo de Rede Neural Probabilístico (PNN) orientado para problemas de classificação. Em um grande número de propostas a medida de dissimilaridade ou score usada para classificação é obtida através da comparação entre duas imagens da íris. No entanto, há alguns trabalhos que usam mais de uma imagem para formar a base de referência de um indivíduo (BOWYER et al, 2007). Grande parte deles considera que o número de imagens usadas para representar uma mesma íris pode aumentar o desempenho dos classificadores, tal qual o algoritmo usado por Liu et al (2006), baseado em LDA, que utiliza várias imagens de treinamento para cada indivíduo cadastrado no sistema. Seus resultados confirmam que o desempenho aumenta conforme se aumenta o número de imagens de treinamento. Além do objetivo de aumentar o desempenho do classificador, algumas técnicas requerem o uso de mais de uma imagem de uma mesma íris para compor a base de informação de cada indivíduo, como é o caso da SVM. O método proposto no presente trabalho o Filtro de Novidade também requer múltiplas imagens. Da revisão bibliográfica efetuada evidenciou que a proposta de reconhecer indivíduos através de íris, utilizando-se o conceito de filtro de novidade para obtenção de uma medida de dissimilaridade é uma proposta inovadora.

23 2 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Nesta seção são apresentados alguns dos conceitos fundamentais que suportam o desenvolvimento deste trabalho. É dada uma atenção especial à transformada Wavelet, necessária ao entendimento dos trabalhos revisados, bem como sua utilização em uma das etapas do processo de reconhecimento. Como conceito base para este trabalho, é também apresentada a teoria do Filtro de Novidade, utilizado como classificador. Além disso, são mostradas também as técnicas de avaliação de classificadores biométricos mais utilizados, tais como a curva ROC (Receiver Operating Characteristics) para testes de verificação e curva CMC (Cumulative Match Characteristic) para testes de identificação. 3. TRANSFORMADA WAVELET As wavelets são funções matemáticas que são particionadas em diversas sub-funções, de acordo com uma escala de interesse. Esta escala varia conforme o nível de descrição que se deseja da sub-função. Fazendo-se uma comparação com a Transformada de Fourier, as wavelets permitem a análise da função em relação ao tempo, o que não é possível com a Transformada de Fourier. Apesar de suas características, as wavelets somente atingiram a representação esperada após o estudo realizado por Stephane Mallat (989), que relacionava filtros-espelho de quadratura, algoritmos piramidais e wavelets de base ortonormal. Poucos anos depois, Ingrid Daubechies baseou-se no trabalho de Mallat para construir o conjunto de wavelets de base ortonormal mais utilizados atualmente. O matemático húngaro Alfred Haar propôs, em 909, a primeira e mais simples forma de transformada Wavelet discreta, conhecida também como transformada de Haar. Os algoritmos da transformada wavelet possuem uma estrutura de bancos de filtros em diferentes escalas, que decompõem um sinal em diferentes bandas para análise. Dada uma imagem de tamanho NxN, ela é inicialmente filtrada na direção das linhas por dois filtros, um

24 22 passa altas (P-A) e outro passa baixas (P-B). As imagens obtidas são sub-amostradas na direção das colunas, obtendo assim imagens L (passa-baixas) e H (passa-altas) de dimensões NxN/2 (NOGUEIRA et al, 2005). Em seguida, realiza-se a filtragem na direção das colunas das imagens L e H, resultando em quatro sub-imagens, que serão sub-amostradas na direção das linhas. Esse processo é conhecido como Transformada Wavelet 2D. Figura 3. - Diagrama do algoritmo da decomposição da Transformada Wavelet 2D Uma vez aplicada a transformada em uma imagem, tem-se como resultado três imagens detalhes (HL, LH e HH) e uma imagem aproximação (LL) sendo, que todas possuem um quarto da resolução da imagem inicial. Aplicando-se a transformada na imagem LL, obtêm-se três imagens detalhes HL, LH, HH e uma imagem aproximação LL. Aplicando-se a transformada em LL obtém-se HL2, LH2, HH2, LL2 e assim sucessivamente.

25 23 a b d c e Figura 3.2 Ilustração da Aplicação da transformada wavelet 2D em um nível. (a) imagem exemplo. (b)(c)(d)(e) Imagens resultantes da transformada, LL, HL, LH e HH respectivamente. [Fonte: MATLAB, Mathworks Coorp.] 3.2 FILTRO DE NOVIDADE O conceito de novidade foi derivado dos trabalhos de Kohonen et al (984) e baseiase na representação vetorial de uma característica comparada com uma base vetorial de referência. n Seja a base vetorial {x, x 2, x 3,... x m,} R que gera um subespaço L Um vetor arbitrário n R, sendo m<n. n x R pode ser decomposto na soma de dois vetores, xˆ e ~ x, dos quais xˆ é uma combinação linear dos vetores x k e representa a projeção ortogonal de x no subespaço L. Enquanto que x ~ é a projeção ortogonal de x em um sub-espaço L (complemento ortogonal L). Na Figura 3.3, são mostradas as projeções x ~ e xˆ de um vetor arbitrário x em um espaço tridimensional, com xˆ sendo a melhor representação de x em relação a L, e x ~ a componente de x não prevista por L.

26 24 x ~ L x ~ x L x = xˆ + x ~ xˆ Figura Projeções ortogonais em R 3 (um vetor x decomposto como x = xˆ + ~ x ) A componente x ~ do vetor x é a parte deste vetor que não é conhecida pela base {x, x 2, x 3,... x m,}, representando assim a parte nova de x. Essa componente é denominada de novidade e o sistema que extrai do dado de entrada x e o apresenta na saída é denominado de filtro de novidade. Os vetores x k podem ser entendidos como a memória do sistema, também denominados de padrões de referências, enquanto x é o padrão-chave através do qual a informação é associativamente procurada na memória (COSTA, 996, p.43) APLICAÇÕES DO FILTRO DE NOVIDADE Os fundamentos do filtro de novidade vêm sendo utilizados nos mais variados campos da engenharia e informática, seja na sua forma original, seja como rede neural. Kassab et al (2005) utilizam o conceito de filtro de novidade para construir um sistema de modelagem de perfil de usuário, que se adéqua ao gosto de seu dono, conforme o histórico de web sites visitados, por exemplo. Por meio de uma avaliação do conteúdo feita pelo usuário, o sistema pode aprender seus costumes. Já no campo de reconhecimento de padrões, Haltsonen et al (978) propuseram um método de segmentação da fala usando o filtro de novidade para determinar se um determinado fonema extraído de uma amostra de áudio combina com padrões previamente armazenados no sistema. No trabalho de Hanseok Ko et al (2000), o filtro de novidade é utilizado como rede neural para melhoramento de sinais através da supressão de ruído de fundo. A detecção de um

27 25 sinal é sensivelmente melhorada ao usar padrões de ruídos como vetores de treinamento para o filtro, resultando em valores de novidade altos na saída do filtro quando um sinal não estacionário (característico do ruído de fundo) é aplicado à entrada. Costa (996) utiliza o filtro de novidade para detecção de lesões em imagens de cintilografia de mama. Seu trabalho propõe um método automatizado de diagnóstico, possibilitando também a classificação das lesões caso sejam detectadas como malignas ou benignas. Um conjunto de imagens cintilográficas de mamas saudáveis é utilizado para compor a base do filtro (padrões de treinamento), e quando uma imagem de teste é submetida à entrada, tem-se na saída uma imagem cujos pixels referentes a regiões de lesões são marcados. A versatilidade do filtro de novidade permite a sua utilização em uma ampla variada de aplicações nos mais diferentes campos da engenharia. 3.3 SISTEMAS BIOMÉTRICOS Um sistema biométrico é basicamente um sistema de reconhecimento de padrões que usa informações biométricas de um indivíduo para gerar um padrão que lhe represente e compará-lo com outros padrões previamente armazenados. Cada indivíduo cadastrado no sistema possui um conjunto de dados que o representa, uma assinatura. A operação de reconhecimento é feita quando uma informação de teste de um indivíduo é comparada a um ou mais assinaturas do sistema, gerando assim uma medida de dissimilaridade entre o padrão de entrada e o padrão previamente armazenado e, conforme o valor obtido o sistema pode ou não autenticar uma identidade. Dependendo da aplicação, o sistema biométrico pode operar de dois modos distintos: modo de Verificação e modo de Identificação (JAIN et al, 2004). No modo de Verificação, um indivíduo solicita uma identidade cadastrada e fornece uma característica biométrica sua ao sistema, da qual é extraída a assinatura. O sistema então busca em sua base de dados o modelo referente ao usuário cuja identidade foi solicitada. É feita a comparação entre essas duas informações e é então gerada uma medida de dissimilaridade. A verificação é uma comparação : (um para um).

28 26 Assumindo que o valor da medida de dissimilaridade varia entre 0 e, por exemplo, com 0 representando a confirmação exata da identidade e, adotando-se um valor de limiar como regra de classificação, quando a comparação gerar o valor menor que o limiar a solicitação de identidade é validada, se for maior a solicitação é rejeitada. No modo de Identificação, um indivíduo fornece uma característica biométrica, mas não declara nenhuma identidade. O sistema extrai a assinatura e a compara com todos os modelos armazenados em sua base dados, gerando um valor de dissimilaridade a cada comparação. Dessa forma, a Identificação consiste em uma comparação de :N (sendo N o número de indivíduos cadastrados no sistema). Sistemas biométricos de identificação podem ser de dois tipos; Identificação em conjunto-fechado ou em conjunto-aberto. Na identificação em conjunto-fechado o indivíduo a ser identificado sempre pertence ao conjunto de indivíduos cadastrados. Dessa forma, o sistema assume que a identidade procurada é referente ao modelo que resultou no menor valor para a medida de dissimilaridade. Na identificação em conjunto-aberto, o indivíduo não precisa necessariamente pertencer à base de dados do sistema, cabendo ao classificador determinar se a pessoa é ou não cadastrada DESEMPENHO DE SISTEMAS BIOMÉTRICOS DE VERIFICAÇÃO Num ambiente de verificação, duas situações de entrada são possíveis; um indivíduo que solicita a própria identidade, denominado cliente, ou um indivíduo que solicita uma identidade que não é a dele, denominado impostor (BENGIO et al, 2004 citado por DROVETTO JUNIOR, 2007). O sistema pode dar duas respostas distintas; identidade validada ou rejeitada. Desta forma há quatro resultados possíveis em um teste de verificação:. Aceitação correta (Correct Acceptance, CA) Ocorre quando um cliente solicita sua identidade e sistema valida a solicitação. A definição de qual região (acima ou abaixo do limiar) se refere à verificação fica a critério da natureza do classificador do sistema. Neste trabalho é adotado que um valor abaixo do limiar representa a verificação.

29 27 2. Falsa aceitação (False Acceptance, FA) Quando um impostor solicita uma identidade e o sistema valida a solicitação. 3. Rejeição correta (Correct Rejection, CR) Ocorre quando um impostor solicita uma identidade e o sistema rejeita a solicitação. 4. Falsa rejeição (False Rejection, FR) Quando um cliente solicita sua identidade e o sistema rejeita a solicitação. Tomando a medida de dissimilaridade como uma variável aleatória, seu valor tem uma distribuição de probabilidade para o caso em que clientes solicitam suas identidades, e uma distribuição de probabilidade para as solicitações de impostores. Estas distribuições são mostradas na Figura 3.4. O limiar define a regra para classificação do sistema. A parte da curva azul (clientes) na Figura 3.4 à esquerda do valor de limiar refere-se às aceitações corretas, e a parte à direta refere-se falsas rejeições. A parte da curva verde (impostores) à esquerda do limiar representa a porção de falsas aceitações, e a parte à direita refere-se às rejeições corretas. A probabilidade de um sistema biométrico classificar um impostor como cliente é chamada de Taxa de Falsa Aceitação, False Acceptance Rate (FAR) e pode ser calculada de acordo com a Equação 3.. FAR N + N FA = (3.) N FA onde N FA é o número de falsas aceitações e N CR é número de rejeições corretas, e a soma dos dois representa o total de impostores submetidos ao sistema. Por outro lado, a probabilidade do sistema classificar um cliente como impostor é chamada de Taxa de Falsa Rejeição, False Rejection Rate (FRR), que é calculada através da equação 3.2. FRR FR N + N CR FR = (3.2) N onde N FR é o número de falsas rejeições e N CA é número de aceitações corretas, e a soma dos dois representa o total de clientes submetidos ao sistema. CA

30 28 Figura Distribuição de probabilidade para clientes e impostores Os valores de FAR e FRR variam conforme o valor de limiar escolhido, a Figura 3.5 mostra essa variação. Se o limiar for o valor mínimo da medida de dissimilaridade, FAR será 0 e FRR será, o que significa nenhum impostor será classificado como cliente, porém todos os clientes serão classificados como impostores. Se o limiar for o valor máximo da medida de dissimilaridade, FAR será e FRR será 0 e nenhum cliente será classificado como impostor. No entanto, todos os impostores serão classificados como clientes. Pelo exposto, deve-se considerar um valor de limiar que resulte numa situação balanceada e mais apropriada à aplicação do sistema biométrico. Os valores de FAR e FRR variam em função do valor de limiar, conforme ilustra a Figura 3.5. Quando ocorre sobreposição das distribuições de probabilidade para clientes e impostores, a FAR e a FRR se cruzam num determinado ponto. Esse ponto de cruzamento dá origem a um índice conhecido como Taxa de Erro Equivalente, Equal Error Rate (EER). Esse índice é muitas vezes usado como um parâmetro de desempenho de sistemas biométricos de verificação.

31 29 Figura Variação da FAR e da FRR em função do limiar Uma ferramenta gráfica bastante útil para se avaliar o desempenho de um sistema de verificação é curva Receiver-Operating Characteristic (ROC). Trata-se de um gráfico onde no eixo das abscissas estão os valores de FAR e nos eixo das ordenadas estão os valores da Taxa de Aceitação Correta, Correct Acceptance Rate (CAR), que é dado por FRR. Os termos sensibilidade e especificidade, bastante utilizados há vários anos em laboratórios médicos (ZWEIG, 993), correspondem a CAR e -FAR, respectivamente, e seu uso torna a análise da curva ROC mais intuitiva. Dessa forma, a curva pode ser traçada como na Figura especificidade Figura Curva ROC para três casos fictícios distintos.

32 30 A sensibilidade significa o quão sensível é o sistema para detectar clientes. Já a especificidade mostra o quão criterioso é o sistema para rejeitar impostores. Quanto mais próximo de forem os seus valores, melhor é o desempenho do sistema. No entanto, essa situação é extremamente difícil de ocorrer em sistemas biométricos no mundo real. Com o propósito de avaliar o desempenho de sistemas, é possível reduzir toda a informação da curva ROC em um valor escalar (FAWCETT, 2005). O método mais comum é o cálculo da área sob a curva, Área Under Curve (AUC), que, por convenção, pode variar entre 0,5 e (ZWEIG, 993). Quanto mais próxima de for a AUC mais próximo ao ponto (0,) a curva passa. Isso significa a existência de pontos onde se tem valores de sensibilidade e especificidade próximos de, resultando num sistema com bom desempenho DESEMPENHO DE SISTEMAS BIOMÉTRICOS DE IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO EM CONJUNTO ABERTO No caso de identificação em conjunto-aberto, o sistema determina se a característica biométrica do indivíduo confere com algum dos modelos previamente inseridos no banco de dados, sem haver a solicitação por uma das identidades (NSTC, 2006). Uma característica biométrica do indivíduo de teste é comparada a todos os modelos armazenados no sistema, gerando uma medida de dissimilaridade em cada comparação. Caso essa medida esteja na faixa de aceitação (abaixo ou acima de um dado limiar, conforme a natureza do classificador) um alarme indicando que o indivíduo pertence ao grupo é gerado. Este limiar é chamado Watchlist Threshold. Uma vez que um indivíduo seja detectado como pertencente à base de dados, o sistema pode analisar melhor os valores obtidos da medida de dissimilaridade e tentar determinar a qual indivíduo a característica biométrica de entrada pertence. Uma identificação bem sucedida ocorre quando o sistema identifica corretamente o indivíduo. A razão do número de identificações bem sucedidas pelo total de operações

33 3 realizadas resulta na Taxa de Identificação para Conjunto Aberto, ou Open-Set Identification Rate. A razão do número de indivíduos que não pertencem à base de dados, mas que são detectados como pertencentes no processo de identificação pelo total de indivíduos testados dá a Taxa de Falso Alarme, ou False Alarm Rate. Essas duas taxas são usadas para traçar uma forma particular da curva ROC que é bastante utilizada para avaliar o desempenho de sistemas biométricos de identificação em conjunto aberto. Essa curva é chamada Watchlist ROC e pode ser vista na Figura False Alarm Rate Figura Exemplo de Watchlist ROC IDENTIFICAÇÃO EM CONJUNTO FECHADO Em um sistema de identificação em conjunto fechado, qualquer indivíduo a ser testado deve ter um modelo previamente armazenado na base de dados, ou seja, deve ser um indivíduo cadastrado no sistema. Uma ferramenta para avaliar o desempenho desse tipo de sistema é a curva Cumulative Match Characteristic (CMC). Para a construção da curva CMC, os testes devem ser baseados em dois conjuntos (PHILIPS et al, 997 citado por BOLLE et al, 2005): A galeria (G), composta pelo modelo biométrico de cada indivíduo cadastrado no sistema. Uma galeria formada por m indivíduos é representada por G = {B, B 2,..., B m } ou {B i, i =,..., m}.

34 32 O conjunto de prova (Q), formado pelas n amostras biométricas dos indivíduos testados {B, B 2,..., B n } ou {B j, j =,..., n}. O conjunto Q pode conter mais de uma amostra biométrica para o mesmo indivíduo e não precisa ter amostras de todos os indivíduos, mas de forma alguma pode ter amostras de indivíduos cujos modelos não estão contidos na galeria, G. A cada comparação entre uma amostra B j e um modelo B i é gerado um valor de dissimilaridade s(b j, B i ). Desta forma, a comparação de todas as n amostras de teste com todos os m modelos contidos na galeria produz um total de n x m valores de dissimilaridade correspondentes a n conjuntos S j de m valores, conforme mostra a equação 3.3. j { s( B B ), s( B, B ),..., s( B B )} S =,, j =, 2,..., n. (3.3) j, j 2 j m Esses conjuntos, então, são ordenados de forma que o valor que representa a melhor dissimilaridade na comparação, venha em primeiro lugar seguido do segundo melhor valor, e assim por diante até a pior dissimilaridade. A partir daí, é criado o conjunto L j = { L j(), L j(2),..., L j(m) }, sendo L j() o modelo contido em G que resultou na melhor dissimilaridade, L j(2) o modelo contido em G que resultou na segunda melhor dissimilaridade e assim consecutivamente. Assumindo um rank K (com K m), uma identificação é bem sucedida quando o modelo referente ao mesmo indivíduo que possui a amostra B j aparece entre os K primeiros elementos do conjunto L j, e pode ser formalmente dado por:, se houver um modelo do mesmo indivíduo de B j b ( K B j ) = entre os primeiros K elementos de L j. (3.4) 0, caso contrário. Segundo ZHAO et al (2005), a Taxa de Identificação para um rank K de um teste sobre o conjunto de prova Q de tamanho n é dada por: p ck K ( Q) =, onde = b ( B ) n c K K j (3.5) B j Q

35 33 A curva CMC é finalmente construída traçando-se a taxa de identificação p em função do rank K. A Figura 3.8 mostra um exemplo de curva CMC típica.,00 Taxa de identificação (p) 0,95 0,90 0,85 0,80 0, m - m Rank (K) Figura 3.8 Exemplo de Curva CMC típica Pode ser visto que a curva CMC sempre alcança o, mesmo que seja somente com rank igual a m. Outro ponto importante é o valor da taxa de identificação para rank, pois o mesmo indica a melhor probabilidade de identificação bem sucedida. O valor ideal de p é.

36 34 4 MATERIAIS Para fins de verificação do método proposto de classificação, são utilizadas imagens de íris segmentadas e normalizadas do banco de imagens da UBIRIS, considerando as duas sessões que compõem esse banco. Inicialmente as imagens são submetidas ao processo de segmentação automático do algoritmo desenvolvido por Lima (2008). Em seguida, as imagens que não têm a íris segmentada e normalizada corretamente pelo processo automático são tratadas em um processo manual. O objetivo é utilizar o máximo de imagens de íris disponíveis a fim de maximizar a precisão dos testes realizados. 4. O BANCO DE IMAGENS DA UBIRIS Este banco se caracteriza por imagens nem sempre com foco adequado ou boa iluminação, e em muitos casos com interferência de ruídos, e obstrução da íris causada pelos cílios e pálpebra. A proposta dos criadores da base de imagens UBIRIS é dispor de um conjunto de imagens capturadas sob condições de não colaboração do indivíduo, a fim de simular um ambiente mais realístico. Este fator demanda sistemas de localização e segmentação da íris e classificadores mais eficientes, capazes de tratar essas dificuldades presentes nas situações práticas. As imagens desse banco foram coletadas em duas sessões; a primeira, usando a configuração mostrada na Figura 4., na tentativa de reduzir os ruídos, relativos especialmente à reflexão, luminosidade e contraste, e uma segunda sessão onde o ambiente de captura foi mudado com o intuito de simular a pouca ou nenhuma colaboração do indivíduo (PROENÇA et al, 2005).

37 35 20 cm Lâmpada de halogênio Câmera 50 cm Figura 4. - Configuração de captura da imagem para a sessão do banco UBIRIS 4.2 SEGMENTAÇÃO AUTOMÁTICA DA ÍRIS Foi utilizado o algoritmo de segmentação automática da íris desenvolvido por Lima (2008) para o pré-processamento das imagens da UBIRIS. Imagens das sessões e 2 foram utilizadas, tendo como resultado os valores da Tabela 4.. A verificação do sucesso da segmentação foi realizada através da visualização direta das imagens resultantes, sem uso de critérios quantitativos. Tabela 4. - Resultado da segmentação automática Sessão Número de Total de Íris segmentadas indivíduos imagens com sucesso Percentual ,0% ,00% 4.3 SEGMENTAÇÃO MANUAL DA IRIS As imagens cuja segmentação falhou com o processo automático foram submetidas a uma segmentação manual a fim de se obter o maior número possível de íris segmentadas. Ressalta-se que a maioria destas falhas se deve à obstrução da íris pela pálpebra, e, por este motivo, estas imagens não podem ser utilizadas com fim de reconhecimento. Algumas destas podem ser vistas na Figura 4.2.

Implementação dos Algoritmos e Resultados

Implementação dos Algoritmos e Resultados Capítulo 6 Implementação dos Algoritmos e Resultados 6.1 Considerações Iniciais Diversas situações foram exploradas neste trabalho visando analisar qual seria a wavelet mais adequada para sistemas de extração

Leia mais

Biometria: Processamento de Imagem para Reconhecimento de Padrões na Íris

Biometria: Processamento de Imagem para Reconhecimento de Padrões na Íris Biometria: Processamento de Imagem para Reconhecimento de Padrões na Íris Biometria Impressões Digitais Íris Rosto Voz Gestos Etc. João Maltez e Leandro do Vale, 2005 Diapositivo 2 Utilização Geral Identificação/Verificação

Leia mais

RECONHECIMENTO FACIAL 2D

RECONHECIMENTO FACIAL 2D RECONHECIMENTO FACIAL 2D PARA SISTEMAS DE AUTENTICAÇÃO EM DISPOSITIVOS MÓVEIS Luciano Pamplona Sobrinho Orientador: Paulo César Rodacki Gomes ROTEIRO Introdução Objetivos Fundamentação Teórica Conceitos

Leia mais

Visão Computacional. Alessandro L. Koerich. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Visão Computacional. Alessandro L. Koerich. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal do Paraná (UFPR) Visão Computacional Alessandro L. Koerich Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal do Paraná (UFPR) Análise da Imagem Análise da Imagem O algoritmo opera sobre a imagem e extrai

Leia mais

Brilliant Solutions for a Safe World

Brilliant Solutions for a Safe World TESTES DE CONFIABILIDADE A confiabilidade da identificação é importante para sistemas de grande escala. O SDK MegaMatcher inclui um algoritmo mesclado para identificação rápida e confiável usando vários

Leia mais

2 Reconhecimento Facial

2 Reconhecimento Facial 2 Reconhecimento Facial Em termos gerais, o reconhecimento facial é o processo pelo qual se mede o grau de similaridade entre duas imagens faciais com o proposito de identificar a um indivíduo ou de verificar

Leia mais

SEMINÁRIO DOS ARTIGOS:

SEMINÁRIO DOS ARTIGOS: SEMINÁRIO DOS ARTIGOS: Text Detection and Character Recognition in Scene Images with Unsupervised Feature Learning End-to-End Text Recognition with Convolutional Neural Networks Fernanda Maria Sirlene

Leia mais

SEGMENTAÇÃO E RECONHECIMENTO DA ÍRIS

SEGMENTAÇÃO E RECONHECIMENTO DA ÍRIS SEGMENTAÇÃO E RECONHECIMENTO DA ÍRIS Edno José Bozoli Junior¹, Osvaldo Severino Junior². 1. Universitário do curso de Ciências da Computação Rodovia Vicinal Raul Galvani nº. 831, Centro, CEP: 15.845-000

Leia mais

Um sistema de identificação biométrica utilizando reconhecimento de íris e OpenCV

Um sistema de identificação biométrica utilizando reconhecimento de íris e OpenCV Um sistema de identificação biométrica utilizando reconhecimento de íris e OpenCV Rodrigo Mendes Garcês 1, Geraldo Braz Júnior 2 1 Laboratório de métodos de otimização e robótica Universidade Federal do

Leia mais

Reconhecimento de palma de mão. Peterson Wagner Kava de Carvalho

Reconhecimento de palma de mão. Peterson Wagner Kava de Carvalho Reconhecimento de palma de mão Peterson Wagner Kava de Carvalho 1 Sumário 1. Introdução 2. Artigo 1: Palmprint Recognition a. Pré-Processamento b. Extração de Features c. Classificação d. Resultados 3.

Leia mais

Processamento digital de imagens

Processamento digital de imagens Processamento digital de imagens Agostinho Brito Departamento de Engenharia da Computação e Automação Universidade Federal do Rio Grande do Norte 6 de outubro de 2016 Segmentação de imagens A segmentação

Leia mais

RECONHECIMENTO DE ÍRIS EM AMBIENTES NÃO COOPERATIVOS UTILIZANDO WAVELETS E GABOR 2D

RECONHECIMENTO DE ÍRIS EM AMBIENTES NÃO COOPERATIVOS UTILIZANDO WAVELETS E GABOR 2D RECONHECIMENTO DE ÍRIS EM AMBIENTES NÃO COOPERATIVOS UTILIZANDO WAVELETS E GABOR 2D Fernanda Maria Sirlene Pio SUMÁRIO 1. Introdução 2. Trabalhos relacionados 3. Metodologia 1. Segmentação 2. Normalização

Leia mais

Determinação de vícios refrativos oculares utilizando Support Vector Machines

Determinação de vícios refrativos oculares utilizando Support Vector Machines Determinação de vícios refrativos oculares utilizando Support Vector Machines Giampaolo Luiz Libralão, André Ponce de Leon F. de Carvalho, Antonio Valerio Netto, Maria Cristina Ferreira de Oliveira Instituto

Leia mais

Descritores de Imagens

Descritores de Imagens Descritores de Imagens André Tavares da Silva PPGCA/UDESC Outubro de 2017 André Tavares da Silva (PPGCA/UDESC) Descritores de Imagens Outubro de 2017 1 / 18 Descritores Locais e Frameworks SIFT SURF Viola-Jones

Leia mais

2 Cenário Atual Visão Geral

2 Cenário Atual Visão Geral 2 Cenário Atual 2.1. Visão Geral Esta seção apresenta de maneira simples e sucinta as principais técnicas propostas na literatura científica sobre sistemas de identificação através da íris. A literatura

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Tópicos Detecção de Pontos Isolados Detecção de Linhas Prof. Sergio Ribeiro 2 Operações lógicas e aritméticas orientadas a vizinhança utilizam o conceito

Leia mais

Aula 9. Prof. Adilson Gonzaga

Aula 9. Prof. Adilson Gonzaga Aula 9 Prof. Adilson Gonzaga Mapeamento Atribuir uma Instância a uma classe. Cada Instância é mapeada para um elemento do conjunto de Rótulos de Classe {p,n} p positivo n negativo Atribui uma Instância

Leia mais

Aprendizagem de Máquina

Aprendizagem de Máquina Aprendizagem de Máquina Alessandro L. Koerich Programa de Pós-Graduação em Informática Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Rejeição Introdução Em aplicações reais, sistemas de reconhecimento

Leia mais

Objetivos. 1. O método desenvolvido usa características de pares de pixeis para fazer estatísticas e formar

Objetivos. 1. O método desenvolvido usa características de pares de pixeis para fazer estatísticas e formar Introdução Comidas podem apresentar deformações e variações em sua forma, além de conter muitos ingredientes, nem todos visíveis; Métodos tradicionais de reconhecimento requerem a detecção de características

Leia mais

Boas Maneiras em Aprendizado de Máquinas

Boas Maneiras em Aprendizado de Máquinas Universidade Federal do Paraná (UFPR) Bacharelado em Informática Biomédica Boas Maneiras em Aprendizado de Máquinas David Menotti www.inf.ufpr.br/menotti/ci171-182 Boas Maneiras Agenda Introdução Métricas

Leia mais

SEL-0339 Introdução à Visão Computacional. Aula 5 Segmentação de Imagens

SEL-0339 Introdução à Visão Computacional. Aula 5 Segmentação de Imagens Departamento de Engenharia Elétrica - EESC-USP SEL-0339 Introdução à Visão Computacional Aula 5 Segmentação de Imagens Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira Prof. Dr. Adilson Gonzaga Segmentação de

Leia mais

Reconhecimento de Faces Utilizando Análise de Componentes Principais e a Transformada Census

Reconhecimento de Faces Utilizando Análise de Componentes Principais e a Transformada Census Reconhecimento de Faces Utilizando Análise de Componentes Principais e a Transformada Census Ícaro Ribeiro, Giovani Chiachia, Aparecido Nilceu Marana Universidade Estadual Paulista - UNESP (Campus de Bauru)

Leia mais

Signature verification

Signature verification Signature verification Thiago Jorge Abdo Departamento de informática Universidade Federal do Paraná Junho, 2018 Sumário 1 Introducao 2 Dificuldades 3 Offline signature verification 4 Online signature verification

Leia mais

Dr. Sylvio Barbon Junior. Departamento de Computação - UEL. 1 o Semestre de 2015

Dr. Sylvio Barbon Junior. Departamento de Computação - UEL. 1 o Semestre de 2015 Introdução a Computação Gráfica [5COP100] Dr. Sylvio Barbon Junior Departamento de Computação - UEL 1 o Semestre de 2015 Assunto Aula 8 Descritores de Imagens Digitais 2 of 47 Sumário Descritores e Reconhecimento

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens 1 Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Prof. Sergio Ribeiro Tópicos Introdução Espectro Eletromagnético Aquisição e de Imagens Sensoriamento Remoto 2 Introdução Espectro Eletromagnético

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Prof. Sergio Ribeiro Tópicos Introdução Espectro Eletromagnético Aquisição e Digitalização de Imagens Efeitos da Digitalização Digitalização Sensoriamento

Leia mais

ESRIC EXTRACÇÃO, SEGMENTAÇÃO E RECONHECIMENTO DA ÍRIS A PARTIR DO CENTRO DA PUPILA

ESRIC EXTRACÇÃO, SEGMENTAÇÃO E RECONHECIMENTO DA ÍRIS A PARTIR DO CENTRO DA PUPILA CMNE/CILAMCE 2007 Porto, 13 a 15 de Junho, 2007 APMTAC, Portugal 2007 ESRIC EXTRACÇÃO, SEGMENTAÇÃO E RECONHECIMENTO DA ÍRIS A PARTIR DO CENTRO DA PUPILA Edno José Bozoli Junior 1*, Osvaldo Severino Junior

Leia mais

Diego Martin Mancini Orientador: Prof. Paulo A. V. de Miranda Instituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo

Diego Martin Mancini Orientador: Prof. Paulo A. V. de Miranda Instituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo Estudo de comparação do descritor de imagens coloridas BIC empregando diferentes abordagens de classificação de detecção de bordas: Canny e Operador Laplaciano Diego Martin Mancini Orientador: Prof. Paulo

Leia mais

Consultas por Similaridade em Domínios de Dados Complexos

Consultas por Similaridade em Domínios de Dados Complexos Consultas por Similaridade em Domínios de Dados Complexos Guilherme Felipe Zabot Orientador: Profº Dr Caetano Traina Jr Roteiro Objetivo Introdução Dados Complexos Representação de Dados Complexos Extração

Leia mais

Análise Quantitativa de Tecidos em Úlceras de Perna

Análise Quantitativa de Tecidos em Úlceras de Perna 49 5 Análise Quantitativa de Tecidos em Úlceras de Perna A avaliação das áreas proporcionais de cada tecido interno das úlceras fornece informações importantes sobre seu estado patológico [BERRISS, 2000],

Leia mais

Lip Recognition. Victor Mocelin

Lip Recognition. Victor Mocelin Lip Recognition Victor Mocelin Sumário 1. Introdução do problema 2. Por que usar os lábios? 3. Dificuldades 4. Artigos relacionados 5. Referências 2 Introdução do problema Entradas Credencial Imagem dos

Leia mais

Biometria Multimodalidade Íris + Face. Luiz Antonio Zanlorensi Junior

Biometria Multimodalidade Íris + Face. Luiz Antonio Zanlorensi Junior Biometria Multimodalidade Íris + Face Luiz Antonio Zanlorensi Junior Sumário Introdução Fusionamento Artigo 1 Seleção de características Multimodal Problemas Base de dados Artigo 2 Unimodal + Multimodal

Leia mais

Rastreamento de objeto e estimativa de movimento

Rastreamento de objeto e estimativa de movimento Hiroito Watanabe Rastreamento de objeto e estimativa de movimento Brasil 2015 Hiroito Watanabe Rastreamento de objeto e estimativa de movimento Relatório do trabalho 2 da disciplina de Processamento Digital

Leia mais

SISTEMA AUTOMÁTICO PARA AVALIAÇÃO POSTURAL BASEADO EM DESCRITORES DE IMAGENS

SISTEMA AUTOMÁTICO PARA AVALIAÇÃO POSTURAL BASEADO EM DESCRITORES DE IMAGENS SISTEMA AUTOMÁTICO PARA AVALIAÇÃO POSTURAL BASEADO EM DESCRITORES DE IMAGENS GIAN LUCAS DE OLIVEIRA PAIVA GRADUANDO EM ENGENHARIA ELETRÔNICA ORIENTADOR: PROF. CRISTIANO JACQUES MIOSSO DR. EM ENGENHARIA

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE

Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE Processamento de Imagens Segmentação Antonio G. Thomé thome@nce.ufrj.br Sala AEP/133 Conceituação Segmentação é uma tarefa básica no processo de análise

Leia mais

Caracterização Automática dos Agentes Causadores de Lesões em Folíolos de Cultivares do Brasil. Suellen Silva de Almeida David Menotti

Caracterização Automática dos Agentes Causadores de Lesões em Folíolos de Cultivares do Brasil. Suellen Silva de Almeida David Menotti Caracterização Automática dos Agentes Causadores de Lesões em Folíolos de Cultivares do Brasil Suellen Silva de Almeida David Menotti 1 Introdução Grande ocorrência de ataques de pragas nos cultivares

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES DE PAVIMENTAÇÃO NA ORIENTAÇÃO DE CEGOS. André Zuconelli 1 ; Manassés Ribeiro 2

IDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES DE PAVIMENTAÇÃO NA ORIENTAÇÃO DE CEGOS. André Zuconelli 1 ; Manassés Ribeiro 2 IDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES DE PAVIMENTAÇÃO NA ORIENTAÇÃO DE CEGOS André Zuconelli 1 ; Manassés Ribeiro 2 INTRODUÇÃO As tecnologias assistivas têm a finalidade de auxiliar pessoas com deficiência a alcançar

Leia mais

Classificação de Padrões por Blocos em Imagens Não Segmentadas de Tomografia Computadorizada

Classificação de Padrões por Blocos em Imagens Não Segmentadas de Tomografia Computadorizada Classificação de Padrões por Blocos em Imagens Não Segmentadas de Tomografia Computadorizada Aline Dartora Prof. David Menotti Departamento de Informática Universidade Federal do Paraná (UFPR) 23 de outubro

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática. Reconhecimento de Padrões. Introdução

Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática. Reconhecimento de Padrões. Introdução Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática Reconhecimento de Padrões Introdução Luiz Eduardo S. Oliveira, Ph.D. http://lesoliveira.net Objetivos Introduzir os conceito básicos de reconhecimento

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática. Reconhecimento de Padrões. Extração de Características

Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática. Reconhecimento de Padrões. Extração de Características Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática Reconhecimento de Padrões Extração de Características Luiz Eduardo S. Oliveira, Ph.D. http://lesoliveira.net Objetivos Entender os conceitos de

Leia mais

VISÃO COMPUTACIONAL PARA RECONHECIMENTO DE FACES APLICADO NA IDENTIFICAÇÃO E AUTENTICAÇÃO DE USUÁRIOS NA WEB. Márcio Koch

VISÃO COMPUTACIONAL PARA RECONHECIMENTO DE FACES APLICADO NA IDENTIFICAÇÃO E AUTENTICAÇÃO DE USUÁRIOS NA WEB. Márcio Koch VISÃO COMPUTACIONAL PARA RECONHECIMENTO DE FACES APLICADO NA IDENTIFICAÇÃO E AUTENTICAÇÃO DE USUÁRIOS NA WEB Márcio Koch Orientador: Jacques Robert Heckmann ROTEIRO Introdução Objetivos do trabalho Fundamentação

Leia mais

Sistema Adaptativo de Reconhecimento Biométrico por Impressão Digital

Sistema Adaptativo de Reconhecimento Biométrico por Impressão Digital Sistema Adaptativo de Reconhecimento Biométrico por Impressão Digital Fernanda Baumgarten Ribeiro do Val e Priscila Ribeiro Marcelino Orientador: João José Neto Introdução Identificação biométrica, em

Leia mais

Processamento de Imagens Digitais

Processamento de Imagens Digitais Processamento de Imagens Digitais Antonio Cesar Germano Martins 2º semestre de 2018 Apresentações Nascido em Sorocaba. Graduado em Bacharelado em Física pela UNICAMP em 1989, tendo participado de pesquisas

Leia mais

Reconhecimento de Imagens de Faces Humanas

Reconhecimento de Imagens de Faces Humanas Capítulo 3 Reconhecimento de Imagens de Faces Humanas 3.1 Introdução Um sistema de reconhecimento de faces é um sistema biométrico que identifica ou verifica seres humanos através de uma característica

Leia mais

Aula 7 - Representação e Descrição de Estruturas Bi-dimensionais. Prof. Adilson Gonzaga

Aula 7 - Representação e Descrição de Estruturas Bi-dimensionais. Prof. Adilson Gonzaga Aula 7 - Representação e Descrição de Estruturas Bi-dimensionais Prof. Adilson Gonzaga 1 Introdução Objetos ou Segmentos são representados como uma coleção de pixels em uma imagem. Para o reconhecimento

Leia mais

Desenvolvimento de um método para segmentação de imagens histológicas da rede vascular óssea

Desenvolvimento de um método para segmentação de imagens histológicas da rede vascular óssea Desenvolvimento de um método para segmentação de imagens histológicas da rede vascular óssea Pedro Henrique Campos Cunha Gondim Orientador: André Ricardo Backes Coorientador: Bruno Augusto Nassif Travençolo

Leia mais

[2CTA121] Processamento de Imagens em Alimentos: Conceitos e Aplicações

[2CTA121] Processamento de Imagens em Alimentos: Conceitos e Aplicações [2CTA121] Processamento de Imagens em Alimentos: Conceitos e Aplicações Dr. Sylvio Barbon Junior PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DE ALIMENTOS - UEL 2016 Assunto Aula 4 Segmentação de Imagens 2 de

Leia mais

Mapeamento do uso do solo

Mapeamento do uso do solo Multidisciplinar Mapeamento do uso do solo para manejo de propriedades rurais Allan Arnesen Frederico T. Genofre Marcelo Pedroso Curtarelli CAPÍTULO 4 Técnicas de classificação de imagens e processamento

Leia mais

INF Fundamentos da Computação Gráfica Professor: Marcelo Gattass Aluno: Rogério Pinheiro de Souza

INF Fundamentos da Computação Gráfica Professor: Marcelo Gattass Aluno: Rogério Pinheiro de Souza INF2608 - Fundamentos da Computação Gráfica Professor: Marcelo Gattass Aluno: Rogério Pinheiro de Souza Trabalho 02 Visualização de Imagens Sísmicas e Detecção Automática de Horizonte Resumo Este trabalho

Leia mais

Visão computacional. Juliana Patrícia Detroz Orientador: André Tavares Silva

Visão computacional. Juliana Patrícia Detroz Orientador: André Tavares Silva Visão computacional Juliana Patrícia Detroz Orientador: André Tavares Silva Visão computacional Tentativa de replicar a habilidade humana da visão através da percepção e entendimento de uma imagem; Fazer

Leia mais

Respostas do Teste de Analise de Imagens :

Respostas do Teste de Analise de Imagens : Respostas do Teste de Analise de Imagens - 2004: 1Diga com suas palavras o que é: (Valor total da questão: 12) Filtragem passa alta (valor deste item até 0,3) - importante falar que apesar do nome ser

Leia mais

Descritores de Imagem (introdução)

Descritores de Imagem (introdução) Descritores de Imagem (introdução) André Tavares da Silva andre.silva@udesc.br Roteiro da aula Definição de descritor de imagem Extração de Característica Tipos Geral x Específico Global (cor, textura,

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Propriedades de Imagem Digital Prof. Sergio Ribeiro Tópicos Propriedades de uma Imagem Digital Vizinhança Conectividade Operações Lógicas e Aritméticas

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Propriedades de Imagem Digital Prof. Sergio Ribeiro Tópicos Propriedades de uma Imagem Digital Vizinhança e Aritméticas Efeitos de em Pixel a Pixel

Leia mais

Processamento de Imagem. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto

Processamento de Imagem. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto Processamento de Imagem Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com Filtragem de Imagens A utilização de filtros tem como objetivo melhorar a qualidade das imagens através da: ampliação

Leia mais

4 Detecção de Silhueta

4 Detecção de Silhueta 4 Detecção de Silhueta No decorrer deste capítulo é proposto um modelo de detecção da silhueta da mão capaz de lidar com os erros da segmentação e ruídos na sua morfologia. Num primeiro passo são considerados

Leia mais

1 Introdução Motivação

1 Introdução Motivação 1 Introdução 1.1. Motivação Garantir sistemas e serviços seguros é um dos grandes problemas encontrados por países, indústrias e organizações de maneira geral. Esta preocupação vai desde evitar fraudes

Leia mais

Conceitos de Aprendizagem de Máquina e Experimentos. Visão Computacional

Conceitos de Aprendizagem de Máquina e Experimentos. Visão Computacional Conceitos de Aprendizagem de Máquina e Experimentos Visão Computacional O que você vê? 2 Pergunta: Essa imagem tem um prédio? Classificação 3 Pergunta: Essa imagem possui carro(s)? Detecção de Objetos

Leia mais

VISÃO COMPUTACIONAL. Marcelo Henrique dos Santos

VISÃO COMPUTACIONAL. Marcelo Henrique dos Santos VISÃO COMPUTACIONAL Marcelo Henrique dos Santos marcelosantos@outlook.com São Paulo SP, Agosto/2013 INTRODUÇÃO Processamento de imagens é um processo onde a entrada do sistema é uma imagem e a saída é

Leia mais

Portugal, Porto Junho 2007

Portugal, Porto Junho 2007 Portugal, Porto - 13. 15 Junho 2007 ESRIC EXTRACÇÃO, SEGMENTAÇÃO E RECONHECIMENTO DA ÍRIS A PARTIR DO CENTRO DA PUPILA Edno José Bozoli Junior1, Osvaldo S. Junior e João Manuel R. S. Tavares IMES / FAFICA

Leia mais

Reconhecimento de texturas utilizando padrão binário local e classificador knn.

Reconhecimento de texturas utilizando padrão binário local e classificador knn. Reconhecimento de texturas utilizando padrão binário local e classificador knn. Vinicius Santos Andrade 1 Resumo. Através de uma imagem é possível obter inúmeras informações. Portanto, é cada vez mais

Leia mais

Reconhecimento de Íris em Ambientes Não Cooperativos Utilizando Wavelets e Gabor 2D

Reconhecimento de Íris em Ambientes Não Cooperativos Utilizando Wavelets e Gabor 2D Reconhecimento de Íris em Ambientes Não Cooperativos Utilizando Wavelets e Gabor 2D Sirlene Pio UFOP sirlenepg@gmail.com Fernanda Maria Ribeiro UFOP fernandamaria si@yahoo.com.br Abstract Ainda há muitas

Leia mais

Processamento de Imagem. Filtragem no Domínio Espacial Professora Sheila Cáceres

Processamento de Imagem. Filtragem no Domínio Espacial Professora Sheila Cáceres Processamento de Imagem Filtragem no Domínio Espacial Professora Sheila Cáceres Filtragem A filtragem de imagens pode ser realizada no domínio do espaço e da frequência Operadores de filtragem são classificados

Leia mais

Busca de imagens baseada no conteúdo: Aplicação em imagens médicas

Busca de imagens baseada no conteúdo: Aplicação em imagens médicas Busca de imagens baseada no conteúdo: Aplicação em imagens médicas Rafael Gessele Orientador: Prof. Dr. Mauro Marcelo Mattos Sumário Introdução Objetivos do trabalho Fundamentação teórica Desenvolvimento

Leia mais

Um Estudo das Técnicas de Obtenção de Forma a partir de Estéreo e Luz Estruturada para Engenharia

Um Estudo das Técnicas de Obtenção de Forma a partir de Estéreo e Luz Estruturada para Engenharia Um Estudo das Técnicas de Obtenção de Forma a partir de Estéreo e Luz Estruturada para Engenharia Aluno: Gabriel Malizia Orientador: Professor Marcelo Gattass Co-Orientador: Professor Paulo Cezar Carvalho

Leia mais

TELEVISÃO DIGITAL LEEC 2006/2007

TELEVISÃO DIGITAL LEEC 2006/2007 TELEVISÃO DIGITAL LEEC 2006/2007 DETECÇÃO DE CONTORNOS GRUPO 6: Hugo Miguel Rodrigues Gonçalves Dinis Guedes Afonso ee01171 ee01148 Introdução Este trabalho tem como objectivo a implementação de métodos

Leia mais

Compressão de Imagens Usando Wavelets: Uma Solução WEB para a Codificação EZW Utilizando JAVA. Utilizando JAVA. TCC - Monografia

Compressão de Imagens Usando Wavelets: Uma Solução WEB para a Codificação EZW Utilizando JAVA. Utilizando JAVA. TCC - Monografia Compressão de Imagens Usando Wavelets: Uma Solução WEB para a Codificação EZW Utilizando JAVA TCC - Monografia Wanderson Câmara dos Santos Orientador : Prof. Dr. Luiz Felipe de Queiroz Silveira 1 Departamento

Leia mais

Visão Computacional. Alessandro L. Koerich. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Visão Computacional. Alessandro L. Koerich. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal do Paraná (UFPR) Visão Computacional Alessandro L. Koerich Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal do Paraná (UFPR) Processamento da Informação Capturei uma Imagem! E agora? Assumindo que

Leia mais

T4 Processamento de Imagem

T4 Processamento de Imagem T4 Processamento de Imagem Proc. Sinal e Imagem Mestrado em Informática Médica Hélder Filipe Pinto de Oliveira Resumo 1. Manipulação ponto a ponto 2. Conetividade 3. Filtros espaciais 4. Extração de estruturas

Leia mais

Capítulo II Imagem Digital

Capítulo II Imagem Digital Capítulo II Imagem Digital Proc. Sinal e Imagem Mestrado em Informática Médica Miguel Tavares Coimbra Resumo 1. Formação de uma imagem 2. Representação digital de uma imagem 3. Cor 4. Histogramas 5. Ruído

Leia mais

O reconhecimento facial é dividido em três etapas: i) detecção da face, ii) extração de características e iii) reconhecimento da face.

O reconhecimento facial é dividido em três etapas: i) detecção da face, ii) extração de características e iii) reconhecimento da face. ESTUDO SOBRE MÉTODOS DE RECONHECIMENTO FACIAL EM FOTOGRAFIAS DIGITAIS Ana Elisa SCHMIDT¹, Elvis Cordeiro NOGUEIRA² ¹ Orientadora e docente do IFC-Campus Camboriú; ² Aluno do curso de Bacharelado em Sistemas

Leia mais

Descritores de Imagens

Descritores de Imagens Descritores de Imagens André Tavares da Silva PPGCA/UDESC Outubro de 2017 André Tavares da Silva (PPGCA/UDESC) Descritores de Imagens Outubro de 2017 1 / 17 Introdução Excelentes pesquisas sobre descritores

Leia mais

SEL Visão Computacional. Aula 2 Processamento Espacial

SEL Visão Computacional. Aula 2 Processamento Espacial Departamento de Engenharia Elétrica - EESC-USP SEL-5895 - Visão Computacional Aula 2 Processamento Espacial Prof. Dr. Adilson Gonzaga Prof. Dr. Evandro Linhari Rodrigues Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa

Leia mais

5 Implementação da Metodologia

5 Implementação da Metodologia 5 Implementação da Metodologia A implementação da metodologia proposta no Capítulo 4 é possível devido ao importante avanço que os métodos numéricos e a capacidade de processamento computacional atuais

Leia mais

Brilliant Solutions for a Safe World

Brilliant Solutions for a Safe World AFIS PARA GRANDE ESCALA E IDENTIFICAÇÃO MULTI-BIOMÉTRICA O MegaMatcher foi projetado para desenvolvedores de sistemas AFIS e multi-biométricos para verificação em grande escala. A tecnologia garante alta

Leia mais

Capítulo III Processamento de Imagem

Capítulo III Processamento de Imagem Capítulo III Processamento de Imagem Proc. Sinal e Imagem Mestrado em Informática Médica Miguel Tavares Coimbra Resumo 1. Manipulação ponto a ponto 2. Filtros espaciais 3. Extracção de estruturas geométricas

Leia mais

Classificação de Folhas por Tamanho e Forma Através de Descritores Geométricos e Análise dos Componentes Principais

Classificação de Folhas por Tamanho e Forma Através de Descritores Geométricos e Análise dos Componentes Principais Classificação de Folhas por Tamanho e Forma Através de Descritores Geométricos e Análise dos Componentes Principais MARCOS C. DE ANDRADE, LÚCIO C. M. PINTO Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear

Leia mais

Edmundo Daniel Hoyle Delgado

Edmundo Daniel Hoyle Delgado COPPE/UFRJ RECONHECIMENTO DE ÍRIS USANDO TRANSFORMADA WAVELET E ZERO-CROSSING Edmundo Daniel Hoyle Delgado Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica, COPPE,

Leia mais

Introdução à Mineração de Dados com Aplicações em Ciências Espaciais

Introdução à Mineração de Dados com Aplicações em Ciências Espaciais Introdução à Mineração de Dados com Aplicações em Ciências Espaciais Escola de Verão do Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada Rafael Santos Dia 2: 1 /59 Programa Dia 1: Apresentação

Leia mais

1.1. Trabalhos Realizados na Área

1.1. Trabalhos Realizados na Área 1 1 Introdução Várias formas de tratamento de lesões de úlceras de perna têm sido empregadas hoje em dia. O método de tratamento dependerá da origem da úlcera bem como de seu estado patológico. Com o objetivo

Leia mais

Álgebra Linear Aplicada à Compressão de Imagens. Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico. Mestrado em Engenharia Aeroespacial

Álgebra Linear Aplicada à Compressão de Imagens. Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico. Mestrado em Engenharia Aeroespacial Álgebra Linear Aplicada à Compressão de Imagens Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico Uma Breve Introdução Mestrado em Engenharia Aeroespacial Marília Matos Nº 80889 2014/2015 - Professor Paulo

Leia mais

Detalhes do método proposto e da sua implementação são descritos nas

Detalhes do método proposto e da sua implementação são descritos nas 4 Método Proposto 4.1. Descrição geral do método O objetivo do método proposto consiste em avaliar o potencial dos FERNS para detecção das características faciais, em tempo real, em uma seqüência de imagens

Leia mais

4 Método Proposto Visão geral do Método

4 Método Proposto Visão geral do Método 52 4 Método Proposto Neste trabalho é sugerida uma nova metodologia para compressão de dados sísmicos volumétricos. O método proposto é baseado no uso da transformada wavelet 3D. Também será apresentado

Leia mais

PMR2560 Visão Computacional Detecção de bordas. Prof. Eduardo L. L. Cabral

PMR2560 Visão Computacional Detecção de bordas. Prof. Eduardo L. L. Cabral PMR56 Visão Computacional Detecção de bordas Prof. Eduardo L. L. Cabral Objetivos Processamento de imagens: Características; Detecção de bordas. Características Tipos de características: Bordas; Cantos;

Leia mais

Programa do Curso. Transformação de Dados. Sistemas Inteligentes Aplicados. Carlos Hall. Discretização de Variáveis Contínuas

Programa do Curso. Transformação de Dados. Sistemas Inteligentes Aplicados. Carlos Hall. Discretização de Variáveis Contínuas Sistemas Inteligentes Aplicados Carlos Hall Programa do Curso Limpeza/Integração de Dados Transformação de Dados Discretização de Variáveis Contínuas Transformação de Variáveis Discretas em Contínuas Transformação

Leia mais

Estatística: Aplicação ao Sensoriamento Remoto SER ANO Avaliação de Classificação

Estatística: Aplicação ao Sensoriamento Remoto SER ANO Avaliação de Classificação Estatística: Aplicação ao Sensoriamento Remoto SER 204 - ANO 2018 Avaliação de Classificação Camilo Daleles Rennó camilo@dpi.inpe.br http://www.dpi.inpe.br/~camilo/estatistica/ Classificação e Incerteza

Leia mais

T4.1 Processamento de Imagem

T4.1 Processamento de Imagem T4.1 Processamento de Imagem Proc. Sinal e Imagem Mestrado em Informática Médica Miguel Tavares Coimbra Resumo 1. Manipulação ponto a ponto 2. Filtros espaciais 3. Extracção de estruturas geométricas 4.

Leia mais

Introdução USP - EESC

Introdução USP - EESC Introdução O controle de acesso para prevenir abusos. O roubo de identidade. Interesse crescente no desenvolvimento de sistemas de identificação pessoal confiáveis. Aplicações civil, comercial e financeira.

Leia mais

3 Identificação de Locutor Usando Técnicas de Múltiplos Classificadores em Sub-bandas Com Pesos Não-Uniformes

3 Identificação de Locutor Usando Técnicas de Múltiplos Classificadores em Sub-bandas Com Pesos Não-Uniformes 3 Identificação de Locutor Usando Técnicas de Múltiplos Classificadores em Sub-bandas Com Pesos Não-Uniformes Neste capítulo, é apresentada uma nova proposta de combinação de múltiplos classificadores

Leia mais

RECONHECIMENTO DE FALANTE

RECONHECIMENTO DE FALANTE MARCOS PAULO RIKI YANASE RECONHECIMENTO DE FALANTE Trabalho da disciplina de Processamento Digital de Sinais do curso de Engenharia Elétrica, Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná. Prof.

Leia mais

4 as Jornadas Politécnicas de Engenharia

4 as Jornadas Politécnicas de Engenharia 4 as Jornadas Politécnicas de Engenharia Imagens de Faces: Exemplos de Metodologias e Aplicações Fernando Carvalho, João Manuel R. S. Tavares Aplicação Metodologias Modelos Conclusões Trabalho Futuro Introdução:

Leia mais

PMR2560 ELEMENTOS DE ROBÓTICA 2016 TRABALHO DE VISÃO COMPUTACIONAL CALIBRAÇÃO DE CÂMERAS E VISÃO ESTÉREO

PMR2560 ELEMENTOS DE ROBÓTICA 2016 TRABALHO DE VISÃO COMPUTACIONAL CALIBRAÇÃO DE CÂMERAS E VISÃO ESTÉREO PMR2560 ELEMENTOS DE ROBÓTICA 2016 TRABALHO DE VISÃO COMPUTACIONAL CALIBRAÇÃO DE CÂMERAS E VISÃO ESTÉREO Esse trabalho consiste de três partes. Na primeira parte do trabalho você vai calibrar duas câmeras

Leia mais

Acadêmicos: Cassiano Cesar Casagrande Claudir Galesky Junior Rafael Voltolini

Acadêmicos: Cassiano Cesar Casagrande Claudir Galesky Junior Rafael Voltolini JPEG2000 Acadêmicos: Cassiano Cesar Casagrande Claudir Galesky Junior Rafael Voltolini Compressão JPEG2000 A codificação pode ser dividida em três partes principais: Pré-processamento Processamento principal

Leia mais

Descritores de Imagem

Descritores de Imagem Descritores de Imagem André Tavares da Silva 31 de março de 2014 1 Descritores de imagem (continuação) 1.1 Frameworks de detecção de objetos SIFT (scale-invariant features transform) (Lowe, 1999) SIFT

Leia mais

3 Extração de Regras Simbólicas a partir de Máquinas de Vetores Suporte 3.1 Introdução

3 Extração de Regras Simbólicas a partir de Máquinas de Vetores Suporte 3.1 Introdução 3 Extração de Regras Simbólicas a partir de Máquinas de Vetores Suporte 3.1 Introdução Como já mencionado na seção 1.1, as SVMs geram, da mesma forma que redes neurais (RN), um "modelo caixa preta" de

Leia mais

Processamento de Imagens: fundamentos. Julio C. S. Jacques Junior

Processamento de Imagens: fundamentos. Julio C. S. Jacques Junior Processamento de Imagens: fundamentos Julio C. S. Jacques Junior juliojj@gmail.com Fronteiras do Processamento de Imagens Processamento de dados Dados / Informação Visão Computacional Computação Gráfica

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA REPRESENTAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE TEXTURAS DA ÍRIS BASEADO NA ANÁLISE DISCRIMINANTE DE FISHER BI-DIMENSIONAL

Leia mais

2 SIFT (Scale Invariant Feature Transform)

2 SIFT (Scale Invariant Feature Transform) SIFT (Scale Invariant Feature Transform) O SIFT é um algoritmo de visão computacional proposto e publicado pelo pesquisador David Lowe (Lowe, 1999), professor do departamento de Ciência da Computação na

Leia mais

Processamento de Imagem. A Imagem digital Professora Sheila Cáceres

Processamento de Imagem. A Imagem digital Professora Sheila Cáceres Processamento de Imagem A Imagem digital Professora Sheila Cáceres Visão Humana Processamento de Imagens 2 Semelhança entre o sistema visual humano e uma câmera fotográfica Várias semelhanças podem ser

Leia mais

Resultados da Segmentação

Resultados da Segmentação 59 6 Resultados da Segmentação Neste capítulo são avaliados os três algoritmos de binarização abordados no capítulo 4. A avaliação é obtida comparando-se as imagens segmentadas, com as mesmas imagens segmentadas

Leia mais