UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Instituto de Psicologia

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Instituto de Psicologia Avaliação exploratória do critério de fidedignidade da forma abreviada da Escala de Inteligência Wechsler para Adultos - WAIS III conforme o Modelo de Ward para um contexto brasileiro. Relatório Final Fernanda Pereira Labiak Prof. Orientador: Joaquim Carlos Rossini

2 Resumo A recente publicação da terceira edição da Escala Wechsler de Inteligência para Adultos (Nascimento, 2004), suscitou a necessidade do desenvolvimento de formas abreviadas deste instrumento, que possa ser aplicada em diferentes contextos. O presente estudo examinou a adequação do modelo de forma abreviada composto por sete subtestes (Ward, 1990), em uma amostra de jovens adultos saudáveis. Os resultados sugerem, de maneira geral, que o modelo composto por sete subtestes é bastante robusto na estimativa rápida das funções cognitivas verbais e de execução, bem como na estimativa dos quatro índices fatoriais que compõem a WAIS- III: compreensão verbal, organização perceptual, memória operacional, e velocidade de processamento.

3 Abstract The recent publication of the Wechsler Adult Intelligence Scale (WAIS-III), in Brazil, requires the development of short forms for many purposes. This study examined the utility of seven-subtest short form (Ward, 1990) in healthy young adults in Brazilian sample. Results supported the utility of seven-subtest short form to a quick estimation of full scale IQ, performance IQ, verbal IQ, and to the four IQ indexes scores: verbal comprehensive, perceptual organization, working memory, and processing speed.

4 1. Introdução A avaliação psicológica está diretamente ligada à mensuração das habilidades cognitivas relacionadas, de maneira geral, ao desempenho em tarefas cotidianas ou em situações em que há mudanças significativas no funcionamento cognitivo. Frente a esta demanda é imprescindível uma mensuração acurada de aspectos relacionados à memória, a atenção seletiva, a velocidade do processamento da informação e a organização lógica do pensamento. No que se refere à avaliação cognitiva, a neuropsicologia conta com vários métodos que são sistematicamente empregados para o psicodiagnóstico. Dentre estes métodos, os testes psicométricos representam um importante recurso. Mais especificamente dentre os instrumentos psicométricos atualmente utilizados, a Escala de Inteligência Wechsler para Adultos WAIS-III tem sido ao longo dos últimos cinqüenta anos um dos principais testes para a avaliação da capacidade cognitiva e suas eventuais desordens. De fato, a Escala de Inteligência Wechsler para Adultos WAIS conta com uma longa história. Criada em 1939, por David Wechsler, ela representou um importante marco na avaliação intelectual adotando duas escalas de avaliação, uma verbal e outra de execução, que permitiram a composição de um escore geral global de desempenho intelectual. Outro avanço importante para a época foi proporcionar escores de QI de desvio com base em resultados padrão, calculados com distribuições de características iguais para todas as idades o que, de certa forma, aumentou o seu valor preditivo (Wechsler, 1997). Desde a sua construção, o teste WAIS teve o seu uso amplamente difundido, fato este que tornou possível a confirmação da sua utilidade em vários contextos de avaliação, tanto em grupos não clínicos (ex. avaliação de habilidades cognitivas no contexto escolar) como clínicos (ex. avaliação do desempenho do paciente em tarefas de memorização, atenção, velocidade do processamento da informação entre outras). Ao longo da sua história, o teste WAIS foi submetido a duas grandes revisões: uma que resultou na versão WAIS-R (1981) e outra mais recente que resultaram na versão WAIS-III (1997). A adaptação e padronização para a população brasileira da última versão do teste WAIS foi realizada por Nascimento (2004) e representou um importante avanço na atualização normativa deste

5 instrumento. Nesta versão ocorreram algumas mudanças significativas, tais como: a atualização das normas, a ampliação da extensão das faixas etárias, a modificação de itens obsoletos e a ampliação da sua utilidade clínica. Destas mudanças, duas são fundamentais para a presente proposta de pesquisa: a ampliação da extensão da faixa etária do grupo normativo e a ampliação da sua utilidade clínica no campo da neuropsicologia. A ampliação da extensão da faixa etária normativa foi uma alteração importante dado o aumento da expectativa média de vida em vários países. No Brasil, dados do IBGE mostraram uma expectativa de vida, após o nascimento, superior a 75 anos para mulheres e superior a 67 anos para os homens. Tal expectativa de aumento também é expressa na proporção geral de idosos na população total. Este fato levou a ampliação das normas da WAIS-III para 89 anos de idade. Este fato proporcionou um aumento na precisão da avaliação desta população, que até então, estava excluída dos dados normativos. A segunda mudança significativa foi o aumento da utilidade clínica da WAIS-III. Assim, a nova versão do teste conta com normas específicas para o desempenho cognitivo em várias psicopatologias, dentre elas a Doença de Parkinson, a Doença de Alzheimer, a Doença de Huntington, a Esclerose Múltipla e os quadros de Lesão Cerebral Traumática. Isto aumentou significativamente a utilidade clínica deste instrumento e tornou imprescindível a continuidade e o desenvolvimento de novas pesquisas, principalmente, com grupos normativos que apresentam características especiais de avaliação. Especificamente no contexto da sua aplicação na clínica, a administração do teste WAIS apresenta alguns desafios técnicos. Um problema relevante a ser considerado é o tempo de aplicação da bateria de testes na sua íntegra, que pode ser demasiadamente longo para a população com idade superior a 75 anos ou para indivíduos com algum comprometimento neurológico. Um segundo desafio, é o desenvolvimento de normas clínicas brasileiras, que permitirão uma maior precisão na interpretação dos escores obtidos. 2. Formas abreviadas da Escala de Inteligência Wechsler para Adultos - WAIS Tellegen e Briggs (1967) abordaram as formas abreviadas dos testes psicométricos referindo-se a eles como um mal necessário (citado em Silverstein, 1990). A administração na integra da WAIS-III compreende 14

6 subtestes: Completar Figuras, Vocabulário, Códigos, Semelhança, Cubos, Aritmética, Raciocínio Matricial, Dígitos, Informação, Arranjo de Figuras, Compreensão, Procurar Símbolos, Seqüências de Números e Letras e Armar Objetos. Os 14 subtestes são agrupados em dois conjuntos: verbal e de Execução com sete subtestes cada, a posição de cada conjunto e o número que precede cada subteste indica a posição de cada subteste que ele ocupa na ordem padronizada de aplicação. Os subtestes que apresentam a regra de reversão ou seqüência inversa são: vocabulário, Semelhança, Aritmética, Informação, Compreensão, Completar figura, Cubos e Raciocínio Matricial. Os subtestes que representam importantes inovações no WAIS-III são: Seqüência de Números e Letras, Raciocínio Matricial e Procurar Símbolos. Do ponto de vista psicométrico o subteste Raciocínio Matricial pode ser considerado, juntamente com Cubos como a melhor medida de capacidade intelectual geral entre os subtestes da Escala de Execução. Nesta situação, o manual de aplicação da WAIS-III estabelece um tempo total de administração por volta de 90 minutos, podendo ser este tempo ampliado até 120 minutos dependendo de particularidades do testando (Ryan, Lopez, & Werth, 1998). Frente a este problema, alguns modelos de formas abreviadas de administração que utilizam apenas alguns subtestes foram propostos (Blyler, Gold, Iannone e Buchanan, 2000; Pilgrim, Myers, Bayless e Whetstone, 1999; Ryan e Ward, 1999; Silverstein, 1982; Ward, 1990), bem como modelos que utilizam apenas alguns itens de todos os subtestes foram delineados (Satz & Mogel, 1962). Todos estes modelos visam basicamente à redução do tempo de aplicação em vistas da condição do testando, sem afetar as qualidades psicométricas da avaliação. Além dos modelos das formas abreviadas da WAIS propostos a partir dos subtestes da forma completa, a editora responsável pela publicação da WAIS nos Estados Unidos, The Psychological Corporation, USA, desenvolveu em 1999 uma versão abreviada com características específicas, a Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence - WASI, na tentativa de constituir um instrumento mais restrito, rápido e fidedigno de avaliação cognitiva. Contudo, ainda são poucos os estudos comparativos com o uso deste instrumento na população norte-americana (Axelrod, 2002). Das versões abreviadas que utilizam um conjunto de subtestes da WAIS, as mais difundidas são: as versões de Silverstein (1982) e a versão de Ward (1990). A versão abreviada de Silverstein

7 (1982) conta com duas formas: uma primeira forma que utiliza apenas dois subtestes (Vocabulário e Cubos) e uma segunda forma que utiliza quatro subtestes (Vocabulário, Arranjo de Figuras, Cubos e Aritmética) (citado por Wymer, Rayls, & Wagner, 2003). As duas versões reduzidas de Silverstein permitem uma avaliação geral e preliminar das funções cognitivas verbais e de execução do testando. Já a versão abreviada de Ward (1990) é composta por sete subtestes (Informação, Dígitos, Aritmética, Semelhanças, Completar Figuras, Cubos e Códigos) com um tempo estimado de administração de 40 minutos (Paolo & Ryan, 1993). Este modelo ainda apresenta algumas variações, como por exemplo, uma possível substituição do subteste Cubos pelo subteste Raciocínio Matricial, mais adequada na avaliação de algumas condições clínicas (Ryan & Ward, 1999). Ao comparar as formas abreviadas atuais do WAIS-III, incluindo o WASI, todas as versões atendem ao critério de redução do tempo de administração em pelo menos 50%. O tempo elevado de testagem freqüentemente resulta em fadiga, frustração e desmotivação, principalmente em populações com necessidades especiais. Aspectos estes que causam, consequentemente, uma redução na qualidade psicométrica do instrumento ou até mesmo a sua inviabilidade. 3. Forma abreviada da Escala de Inteligência Wechsler para Adultos - WAIS III conforme o modelo de Ward (1990). Ward (1990) sugere um arranjo de sete subtestes da WAIS para estimar o funcionamento cognitivo geral do testando: Informação, Dígitos, Aritmética, Semelhanças, Completar Figuras, Cubos e Códigos. Este procedimento reduz significativamente o tempo de testagem (em média 50% do tempo total gasto na administração da versão completa do instrumento). Este fato apresenta um lado positivo e outro negativo na avaliação de pacientes com necessidades especiais. O aspecto positivo é que a redução no tempo de administração representa um ganho na qualidade da avaliação, reduzindo a fadiga do testando e evitando a desmotivação e os problemas atencionais, característicos em longas sessões de testagem. O aspecto negativo, por outro lado, é expresso em uma perda na qualidade psicométrica, principalmente sob os aspectos preditivos do instrumento. Todavia, um grande número de pesquisas aponta uma correlação bastante alta (acima de 0,90) entre os escores obtidos com a administração completa da WAIS e suas formas abreviadas (Hoffman & Nelson, 1988; Margolis, Taylor, &

8 Greenlief, 1986; Wymer, Rayls, & Wagner, 2003) o que é um bom indicativo da viabilidade da sua aplicação. Tais índices, no entanto, são aceitáveis dentro de um contexto de avaliação geral das habilidades cognitivas e como um indicativo para a realização posterior de uma avaliação mais abrangente. Contudo, a forma abreviada da WAIS ainda se mostra superior a muitos instrumentos rápidos de avaliação cognitiva em termos normativos e no que se refere a suas características psicométricas (Noronha, 2004). No Brasil a investigação da viabilidade da administração das formas abreviadas da WAIS-III não conta, até o momento, com pesquisas exploratórias quanto às características normativas e psicométricas deste instrumento. Portanto, a investigação destas características é fundamental e urgente, principalmente quando se trata da sua aplicabilidade em pacientes neurológicos e idosos. Nesta situação uma questão importante a ser investigada é uma possível redução da fidedignidade dos índices fatoriais com a utilização das formas abreviadas da WAIS- III. Um dos fatores que contribuem para a redução de alguns índices psicométricos gerais está relacionado diretamente a redução no número de subtestes administrados. A presente pesquisa teve como objetivo geral investigar as características de equivalência psicométrica do modelo abreviado proposto por Ward (1990) em uma amostra não clínica composta por indivíduos na faixa etária de 20 a 39 anos. 2. Material e Método. Participantes Participaram da primeira etapa desta pesquisa 30 voluntários não clínicos nos quais 15 eram do sexo masculino, com idade mínina de 20 anos e máxima de 38 anos, DP= 5,28 anos. Dentre os participantes 12 estavam na faixa etária entre 20 e 26 anos (seis do sexo masculino e seis do sexo feminino), 10 estavam na faixa etária entre 27 e 32 anos (cinco do sexo masculino e cinco do sexo masculino) e oito estavam na faixa etária entre 33 e 39 anos (quatro do sexo masculino e quatro do sexo feminino). Os critérios gerais de exclusão dos participantes constam no Anexo A. A segunda etapa deste estudo (forma completa) foi realizada por 23 sujeitos, dos 30 testados na primeira etapa (forma abreviada). Destes 23 participantes 11 estavam na faixa etária entre 20 e 26 anos, oito na faixa etária entre 27 e 32 anos, e cinco na faixa etária entre 33 e 39 anos. Todos os participantes foram submetidos a um questionário para o levantamento do histórico médico e

9 psiquiátrico. A participação dos sujeitos foi voluntária, e todas as informações obtidas na avaliação, que possam vir a identificar o participante, foram consideradas sigilosas. Da mesma forma, todas as informações recomendadas pela Resolução 196/ 96 da Comissão Nacional de Saúde foram prestadas ao participante. Material e delineamento A coleta de dados da primeira e segunda etapa foi realizada na Clínica Escola do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia. Os participantes foram submetidos ao instrumento psicométrico Escala de Inteligência Wechsler para Adultos WAIS- III, no qual foi administrado na sua versão abreviada- primeira etapa (segundo o modelo de Ward). A segunda etapa deste trabalho foi a e a coleta de dados com a forma integral do WAIS III (conforme a padronização brasileira, Nascimento, 2004). Os subtestes de cada versão são apresentados na Tabela 1. A forma abreviada era composta pelos seguintes subtestes: Informação, Aritmética, Semelhanças, e Dígitos (utilizados para o cálculo do QI Verbal, QIV), Completar Figuras, Códigos, e Cubos (utilizados para o cálculo do QI de Execução, QIE). O cálculo do escore ponderado estimado foi obtido através da multiplicação da soma dos escores ponderados de cada subteste que compunha o QIV por 6/4. O cálculo do escore ponderado estimado nas escalas de execução foi obtido através da multiplicação da soma dos escores ponderados de cada subteste que compunha o QIE por 5/3. Para o cálculo estimado dos Índices Fatoriais na forma abreviada, a soma dos escores ponderados dos subtestes dos índices fatoriais compreensão verbal, organização perceptual, e memória operacional, foi multiplicada por 3/2. O índice fatorial Velocidade de Processamento teve o escore ponderado obtido no subteste Códigos multiplicado por 2 (Tam, 2004). Para a forma completa todos os cálculos para a obtenção dos índices de QI e dos índices fatoriais, obedeceram às normas e tabelas da adaptação e padronização do instrumento (Nascimento, 2004). A equivalência dos resultados da versão integral do teste WAIS-III e a sua forma abreviada segundo o modelo de Ward (1990) foram investigadas através do método teste-reteste, que permitiu o cálculo da correlação produto momento de Person (r) entre as duas situações de aplicação. O intervalo médio entre as duas aplicações foi de 17 semanas.

10 Tabela 1 Descrição dos Subtestes do WAIS-III Subtestes Descrição Forma Abreviada Completar Figuras Um conjunto de figuras coloridas representando objetos e ambientes comuns, em cada figura falta uma parte importante que o examinando deve identificar. Vocabulário Uma série de palavras apresentadas de forma oral e visual que o examinando deve definir oralmente. Códigos Uma série de números, cada um associado a um símbolo (semelhante a um hieróglifo) correspondente. Usando uma chave, o examinando escreve o símbolo associado a cada número. Semelhanças Uma série de pares de palavras apresentadas oralmente. O examinando deve explicar a semelhança entre os objetos ou conceitos comuns que são representados pela palavra. Cubos Um conjunto de padrões geométricos bidimensionais formados por cubos que o examinando deve reproduzir a partir de um padrão apresentado. Aritmética Uma série de problemas de aritmética que o examinando deve resolver mentalmente e responder oralmente. Raciocínio Matricial Uma serie de padrões incompletos colocados em uma matriz que o examinando deve completar. Dígitos Uma série de seqüências numéricas apresentadas oralmente que o examinando deve repetir literalmente, na ordem direta e inversa. Informação Uma série de perguntas apresentadas oralmente que avaliam o conhecimento do examinando sobre eventos, objetos e lugares. Arranjo de Figuras Um conjunto de figuras apresentadas fora de ordem que o examinando deve reordenar para formar uma história com seqüência lógica. Compreensão Uma série de perguntas, apresentadas oralmente que exigem que o examinando compreenda e articule regras sociais e conceitos da vida diária. Procurar Símbolos Uma série de símbolos pareados, cada qual consistindo de um grupomodelo e de um grupo de procura. O examinando indica, marcando no quadro apropriado, se um símbolo-modelo se encontra no grupo de procura. Seqüência de Uma série de números e letras apresentadas oralmente que o Números e Letras examinando deve repetir, também oralmente, com os números em ordem crescente e as letras em ordem alfabética. Armar Objetos Uma série de quebra-cabeças de objetos comuns, apresentados em uma disposição padronizada, que o examinando monta para formar um todo significativo. Consta Não Consta Consta Consta Consta Consta Não Consta Consta Consta Não Consta Não Consta Não Consta Não Consta Não Consta (Adaptado de: Nascimento, 2004, pág. 20)

11 Resultados As médias e o desvio padrão do quociente de inteligência geral (QIG), dos quocientes de inteligência verbal (QIV) e executiva (QIE), assim como os índices fatoriais de compreensão verbal (ICV), organização perceptual (IOP), memória operacional (IMO), e velocidade de processamento (IVP) obtidos na aplicação da forma abreviada e da forma completa da WAIS-III, com suas respectivas comparações (ANOVA) para um único fator e as correlações (produto-momento de Pearson), são apresentadas na Tabela 2. Tabela 2 Comparação dos QIs e índices Fatoriais entre a Forma Completa e Abreviada (7 subtestes) da WAIS-III. Forma Completa M (DP) Forma Abreviada M (DP) ANOVA r (Pearson) Poder valor-p QI geral 99,5 QI geral 101,3 0,62 0,93*** 0,99 (11,3) (13,2) QIV 97,8 QIV 104,9 0,03* 0,95*** 0,88 (9,4) (11,5) QIE 100,8 QIE 95,9 0,27 0,81*** 0,97 (13,5) (15,9) ICV 98,7 (9,0) ICV 105,9 0,02* 0,95*** 0,87 (11,4) IOP 97,6 IOP 93,8 0,39 0,91*** 0,98 (14,7) (15,4) IMO 102,7 IMO 103,3 0,85 0,91*** 0,99 (11,3) (11,3) IVP 96,8 (11,2) IVP 100,3 (19,4) 0,45 0,70*** 0,99 * Diferença significativa entre o desempenho nas duas versões do teste p < 0,05. *** O coeficiente r é significativo a um nível menor do que Todos os coeficientes de correlação foram significativos a um nível menor do que 0,01, o que sugere que os escores obtidos com a forma abreviada do teste WAIS-III (com 7 subtestes) é um bom preditor, de um modo geral, do desempenho do participante. Os resultados mostram uma forte correlação (r= 0.93) do QIT dos participantes obtido com a forma completa do teste (14 subtestes) e a forma abreviada (7 subtestes). A análise da variância (ANOVA) para um único fator corrobora esta afirmação mostrando que não há uma diferença significativa entre o

12 QIT obtido com 14 subtestes e o QIT obtido com 7 subtestes (F(1,44)= 0,24; p = 0,62). A correlação entre o QIV da forma completa e o QIV da forma abreviada também mostra uma boa correlação (r = 0.95), porém a análise da variância indicou uma diferença significativa no desempenho geral das duas formas (F(1,44)= 5,20; p < 0,05), o que pode indicar uma menor fidedignidade na mensuração deste fator com a aplicação da forma abreviada do teste. O QIE obtido com a forma completa apresentou uma boa correlação (r = 0,81) com o QIE obtido com a forma abreviada e a análise da variância não indicou diferença significativa no desempenho nas duas aplicações (F(1,44)= 1,24; p = 0,27). Assim a discrepância observada entre QIT Forma completa e o QIT Forma abreviada foi de 1,8 pontos; entre o QIV Forma completa e o QIV Forma abreviada foi de 7,1 pontos; e entre o QIE Forma completa e o QIE Forma abreviada foi de 4,9 pontos. A discrepância entre a QIV e o QIE observada nas duas formas, abreviada e completa, foi de 9 pontos e 3 pontos, respectivamente. A média da discrepância esperada na faixa etária examinada é de 9 pontos a um nível de significância de 0,05 (Nascimento, 2004, pg. 263). Isto indica que, apesar de limítrofe, a discrepância observada não é significativa. O desempenho nos índices fatoriais indicou uma boa consistência teste-reteste entre a forma completa e abreviada para os índices fatoriais. O índice fatorial organização perceptual apresentou uma correlação elevada (r = 0,91, poder = 0,98) sem apresentar uma diferença significativa no desempenho confirmada pela ANOVA (F(1,44)= 0,72; p = 0,40). O índice fatorial memória operacional também apresentou uma forte correlação teste reteste (r= 0,91, poder = 0,99) e não apresentou uma diferença significativa na análise da variância entre o desempenho nas duas formas (F(1,44)= 0,03; p = 0,85). O índice fatorial velocidade de processamento apresentou uma correlação razoável (r= 0,70, poder = 0,99) e não apresentou uma diferença significativa na análise da variância nas duas aplicações (F(1,44)= 0,56; p = 0,45), o que sugere, que apesar de um índice de correlação menor em comparação aos obtidos nos demais fatores, o índice fatorial velocidade de processamento pode ser mensurado com uma boa fidedignidade com a forma abreviada investigada. Ao contrário do observado nos três fatores já descritos, o índice fatorial compreensão verbal mostrou uma correlação bastante significativa (r = 0,95, poder = 0,87) porem com uma variação significativa no desempenho nas duas aplicações (F(1,44)= 5,73; p < 0,05). Assim como no resultado observado no QIV, o ICV indica uma fidedignidade significativamente menor na estimativa das

13 habilidades verbais do participante submetido a forma abreviada do teste. A comparação entre o tempo total de administração da forma completa da WAIS- III e da sua forma abreviada é mostrado na Tabela 3. Houve uma diminuição no tempo de administração de aproximadamente 65 minutos. Tabela 3 Comparação do tempo de administração da forma abreviada e da forma completa da WAIS-III. N M DP Mínimo Máximo Forma Abreviada 30 51,4 13, Forma Completa ,8 38, Discussão A Escala de Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS) é um dos instrumentos mais abrangentes e utilizados no mundo para a avaliação cognitiva de adultos com idade entre 17 e 89 anos. Ela foi elaborada com a finalidade de auxiliar na avaliação do funcionamento intelectual de adultos, e revela análises psicométricas de precisão e validade, atualização e expansão das normas até o limite etário de 89 anos. A sua terceira, e mais recente edição, padronizada para uma amostra brasileira por Nascimento (2004), conta com itens atualizados e uma consistência estatística robusta para a análise de possíveis vieses cometidos durante a sua administração. Esta última versão conta com a adição de medidas de raciocínio fluido, memória de trabalho e velocidade de processamento, além do desenvolvimento de quatro Índices Fatoriais suplementares ao QI verbal e o QI de Execução. O objetivo geral da WAIS-III é possibilitar a identificação de diferentes habilidades cognitivas e contribuir na investigação de problemas ou transtornos emocionais, psiquiátricos e neurológicos no funcionamento mental, podendo ainda ser útil na predição de desempenho acadêmico e problemas de aprendizagem. Atualmente a WAIS-III é composta por 14 subtestes agrupados em dois conjuntos: verbal e de execução, com sete subtestes cada. Esta última versão conta com subtestes que representam uma

14 importante inovação na avaliação, como: Seqüência de Números e Letras, Raciocínio Matricial e Procurar Símbolos. Do ponto de vista psicométrico o subteste Raciocínio Matricial pode ser considerado, juntamente com Cubos como a melhor medida de capacidade intelectual geral entre os subtestes da Escala de Execução, enquanto que os subtestes Seqüência de Números e Letras e Procurar Símbolos são importantes mediadas do funcionamento do sistema executivo central relacionado a memória operacional e a atenção. Todavia, apesar das inovações e do enriquecimento psicométrico apresentado por este instrumento atualmente, o tempo total de administração da bateria padronizada ainda é demasiadamente longo. Isto dificulta ou até impede a sua aplicação em determinadas condições. Tendo em vista este fator limitante, ao longo dos anos foram desenvolvidos tipos diferentes de formas abreviadas da WAIS. A maioria das seleções de subtestes para a composição de uma forma abreviada é baseada, na maioria das vezes, com base na revisão da literatura ou na demanda específica de cada avaliação. Assim, uma análise empírica pode ser baseada em variáveis como: cliente com necessidades especiais, educação, fundo cultural, limitações no tempo de aplicação ou preferências do examinador enquanto que uma análise estatística deve ser baseada na manutenção dos índices psicométricos de validade e fidedignidade. Desta forma, uma boa bateria abreviada deve manter um nível significativo de correlação com os escores obtidos na sua forma completa, apresentando uma redução significativa no tempo de aplicação, sem afetar as qualidades psicométricas da avaliação. No que se refere a WAIS, todas as formas abreviadas atuais, incluindo a WASI, apresentam uma redução no tempo de administração em pelo menos 50%. O tempo elevado de testagem freqüentemente resulta em fadiga, frustração e desmotivação, principalmente em populações com necessidades especiais. Aspectos estes que causam, conseqüentemente, uma redução na qualidade psicométrica do instrumento ou até mesmo a sua inviabilidade. A presente pesquisa investigou a fidedignidade dos escores obtidos com uma forma abreviada de sete subtestes que preserva todos os índices de desempenho obtidos com a forma completa do instrumento. Os resultados mostraram que, a partir de uma estimativa do desempenho, os resultados observados com a administração da forma abreviada são bastante correlacionados ao desempenho obtido pelo participante submetidos a avaliação completa da WAIS-III. Para tanto, a relação entre a forma abreviada e completa foi analisada através dos

15 seguintes critérios: a) diferenças não significativas entre o desempenho observado nas duas formas, b) correlações significativas entre as duas formas do teste, e c) diferenças absolutas nos escores obtidos com as duas formas inferiores a nove pontos nas escalas de QIs. Seguindo estes critérios, todos os índices mostraram uma correlação significativa (p < 0,01) entre o desempenho dos participantes submetidos a forma abreviada e a forma completa do teste. A menor correlação observada foi no índice fatorial Velocidade de Processamento (r = 0,70), o que se deve em grande parte ao reduzido número de subtestes neste fator (dois subtestes na forma completa e apenas um subteste na forma abreviada). Frente a este resultado, e considerando que este é um fator importante a ser avaliado, talvez fosse mais adequado manter os dois subtestes, códigos e procurar símbolos, na forma abreviada. Em suma, os resultados observados mostram a viabilidade da administração da forma abreviada da WAIS-III com sete subtestes com a manutenção da fidedignidade em todos os índices de desempenho.

16 10. Bibliografia Axelrod, B. N.. Validity of the Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence and other very short forms of estimating intellectual functioning. Assessment, 9 (1), 17-23, Blyler, C. R.; Gold, J. M.; Iannone, V. N.; Buchanan, R.W.. Short Forms of WAIS-III for use with patients with schizofhrenia. Schizofhrenia Research, 46, , Cunha, J. A.. Manual da versão em português das Escalas Beck/ Jurema Alcides Cunha. São Paulo: Casa do Psicólogo, Hoffman, R.G.; Nelson, K.S.. Crossvalidation of six short forms of the WAIS- R in a healthy geriatric sample. Journal of Clinical Psychology, 44, , Margolis, R. B.; Taylor, J. M.; Greenlief, C. L.. A cross-validation of two short forms of the WAIS-R in a geriatric sample suspected of dementia. Journal of Clinical Psychology, 42, , Nascimento, E.. WAIS-III - Escala de Inteligência Wechsler para adultos: Manual/ David Wechsler; Adaptação e padronização de uma amostra brasileira. [Tradução Maria Cecília de Vilhena Moraes Silva]. 1 o edição- São Paulo: Casa do Psicólogo, Paolo, A. M.; Ryan, J. J.. WAIS-R abbreviated forms in the elderly: A comparison of the Satz-Mogel with sevensubtest short form. Psychological Assessment, 5, , Pilgrim, B. M.; Meyers, J. E., Bayless, J.; Whetstone, M. M.. Validity of Ward seven subtest WAIS-III short form in a neuropsychological population. Applied Neuropsychology, 6, , Ryan, J. J; Ward, L. C.. Vality, reability, and standart erros of measurement for two seven-subtest short forms of the Wechsler Adult Intelligence Scale-III. Psychological Assessment, 11 (2), , Ryan, J. J.; Lopez, S. J.; Werth, T. R.. Administration time estimates for WAIS- III subtest, scales, and short forms in a clinical sample. Journal of Psychoeducational Assessment, 2(4), , Satz, P.; Mogel, S.. An abbreviation of the WAIS for clinical use. Journal of Clinical Psychology, 18, 77-79, 1962.

17 Silverstein, A. B.. Two-and-four-subtest short forms of the Wechsler Adult Intelligence Scale- Revised. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 50, , Silverstein, A. B.. Short forms of individual intelligence tests. Psychological Assessment: A Journal of Consulting and Clinical Psychology, 2 (1), 3-11, Tellegen, A.; Briggs, P.F.. Old wine in new skins: grouping Wechsler subtests into new scales. Journal of Consulting Psychology, 31, , Ward, L. C.. Prediction of verbal, performance, and full scale IQ s from seven subtests of the WAIS-R. Journal of Clinical Psychology, 46, , Wymer, J. H.; Rayls, K.; Wagner, M. T.. Utility of a clinically derived abbreviated form of the WAIS-III. Archives of Clinical Neuropsychology, 18, , 2003.

18 Anexo A Sujeito Número: Data / / Critérios Gerais de Exclusão Será excluído da pesquisa os participantes potenciais que atendam a um dos seguintes critérios: Apresente deficiência visual ou auditiva ( ) SIM ( ) NÃO Experiência anterior com o teste WAIS ( ) SIM ( ) NÃO Conhecimento insuficiente do idioma português (menos de 6 anos de educação formal) ( ) SIM ( ) NÃO Abuso atual de substância ou álcool. ( ) SIM ( ) NÃO Comportamento inadequado durante a aplicação do teste ( ) SIM ( ) NÃO Deficiência de extremidade superior que afete significativamente o desempenho motor durante a aplicação do teste ( ) SIM ( ) NÃO Histórico de transtornos psicóticos. ( ) SIM ( ) NÃO Observações Comportamentais: Atitude receptiva em relação ao teste ( ) SIM ( ) NÃO Problemas Visual / Auditivo / Motor corrigidos ( ) SIM ( ) NÃO Outras observações:

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