ENTENDENDO A PERSONALIDADE ANIMAL

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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. Unifal-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas/MG. CEP Fone: (35) Fax: (35) Minicurso: ENTENDENDO A PERSONALIDADE ANIMAL Ministrantes/Discentes: Beatriz de Souza Silva Damaris Helena Ferreira Alfenas-MG 2016

2 1 Introdução à personalidade animal A personalidade animal surgiu a partir do estudo das diferenças individuais de comportamento consistentes no tempo e em diferentes contextos (MONJE, 2010). A palavra personalidade é definida como o estilo característico da resposta emocional e comportamental de um indivíduo em diversas situações. Assim, as diferenças do comportamento entre os indivíduos de uma mesma população são referidas como características de personalidade animal e são definidas como tendências comportamentais que afetam o comportamento em diferentes contextos (RÉALE, 2007). Essas diferenças individuais, também são chamadas de Síndrome Comportamental (BELL, 2007) e têm sido amplamente estudadas em vertebrados, embora estejam presentes em uma grande variedade de invertebrados (GOSLING; JOHN, 1999). A personalidade nada mais é que uma forma de especialização comportamental (KRALJ-FI; SCHUETT, 2014). 2 Causas da personalidade animal Existem duas maneiras para que estratégias diferentes se mantenham na população (DALL; HOUSTON; MCNAMARA, 2004): I. Cada indivíduo tem ações ao acaso com probabilidades fixas e então geram uma mistura de estratégias previsíveis; II. Uma proporção fixa de indivíduos usa cada estratégia constantemente. Nesse cenário, surgem as personalidades diferentes. Existem evidências consistentes de que personalidade animal seja herdada (VAN OERS et al., 2005), uma vez que ela interfere no fitness, ou seja, na sobrevivência, sucesso reprodutivo e longevidade do indivíduo (BERGERON et al., 2013). Assim, a personalidade animal se torna um objeto da seleção natural (DALL; HOUSTON; MCNAMARA, 2004). Algumas pesquisas relacionam a neurologia, a fisiologia, metabolismo e a endocrinologia, ao comportamento, analisando receptores, neurotransmissores e estruturas cerebrais que colaborem para agressão, atividade e ousadia. O estudo de personalidade com invertebrados podem melhorar a compreensão da evolução dos mecanismos subjacentes que integrados formam a personalidade em animais, como: genes, genomas, fisiologia e fatores ambientais (KRALJ-FI; SCHUETT, 2014). Para compreender a evolução dos traços de personalidade é necessário explorar a variabilidade genética de características comportamentais e sua transmissão genética (e não genética). Além disso, o progresso no conhecimento sobre genética oferece a oportunidade de relação entre os genes e fatores ambientais contribuindo para a expressão de traços de personalidade (KAIN; STOKES; DE BIVORT, 2012). 3 Tipos de personalidade animal Réale et al. (2007) classificam os traços da personalidade animal como: 1. Timidez Ousadia: reação de um indivíduo a qualquer situação de risco, mas não em novas; 2. Explorar Evitar: reação de um indivíduo a uma situação nova; 3. Atividade: nível geral de atividade; 4. Agressividade: reação agonista frente ao indivíduo da mesma espécie;

3 5. Sociabilidade: reação à presença ou ausência de indivíduos da mesma espécie - exclui comportamento agressivo. Resumidamente, se pode levar em conta apenas três categorias: ousadia, atividade e agressividade. Essas características influenciam na produtividade dos animais (crescimento e reprodução) (BIRO; STAMPS, 2008). 4 Contexto evolutivo e ecológico da personalidade animal e seus efeitos na vida do indivíduo Todos os fenômenos ecológicos e os padrões de organização de comunidades podem ser vistos como consequências imediatas de comportamentos e ações individuais (REAL, 1994). A variação no comportamento é distribuída de maneira não aleatória em ramos específicos, sugerindo que é possível que existam consequências ecológicas e evolutivas e, portanto, ser foco da seleção natural (GOSLING; JOHN, 1999). Da perspectiva adaptativa, faz sentido que indivíduos ajustem o seu comportamento de acordo com as condições ambientais (inclusive seu estado interno) e isso pode resultar em diferenças individuais no comportamento se há variação nos indivíduos naquele local (DALL; HOUSTON; MCNAMARA, 2004). A manutenção de tipos de personalidades diferentes pode favorecer a evolução da cooperação (CROWLEY; SARGENT, 1996). Diferenças na personalidade podem evoluir em conjunto com a morfologia e outros traços, facilitando a especiação e conservação da mudança adaptativa (WCISLO, 1989; WILSON, 1998). Indivíduos podem mudar para estratégias alternativas de acordo com o comportamento dos outros, suas próprias condições ou por razões ecológicas. Isso resulta em outra rota para manter uma gama de tipos diferentes dentro de uma população (GROSS, 1996), comportamentos condicionais como esses podem gerar diferenças consistentes no comportamento de indivíduos idênticos geneticamente (DALL; HOUSTON; MCNAMARA, 2004). Diferentes personalidades podem surgir se há variação em comportamentos determinados geneticamente dentro da população e a flexibilidade comportamental nem sempre traz benefícios. De uma perspectiva adaptativa, dentro de uma população a variação genética pode persistir por diversos motivos, inclusive por seleção dependente da frequência (ROFF, 1998), equilíbrio entre mutação e seleção (SANTIAGO, 1998) e comportamento ótimo que varia no espaço ou tempo (MANGEL, 1991). A flexibilidade pode ser cara em um mundo que muda continuamente, independentemente, das ações e comportamentos individuais. Isso porque responder de forma adaptativa (comportamental, fisiológica e morfológica) a esse ambiente, provavelmente, melhora a previsão das expectativas do local, mas aumenta a incerteza acerca do restante do ambiente. Isso aumenta as chances de responder de forma inadequada ou demorar mais para responder adequadamente, sob condições que ainda não foram vividas (DALL; HOUSTON; MCNAMARA, 2004) Há diversas explicações funcionais, pelas quais as diferenças de personalidade podem existir (BIRO; STAMPS, 2008) e há pouco tempo a seleção sexual entrou como um dos mecanismos que são capazes gerar e manter a variação de personalidade (SCHUETT; TREGENZA; DALL, 2010).

4 REFERÊNCIAS BELL, A. M. Future directions in behavioural syndromes research. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 274, p , BERGERON, P. et al. Disruptive viability selection on adult exploratory behaviour in eastern chipmunks. Journal of Evolutionary Biology, v. 26, , BIRO, P. A.; STAMPS, J. A. Are animal personality traits linked to life-history productivity? Trends in Ecology and Evolution, v. 23, p , CROWLEY, P. H.; SARGENT, R. C. Whence tit-for-tat? Evolutionary Ecology, v. 10, p , DALL, S. R. X.; HOUSTON, A. I.; MCNAMARA, J. M. The behavioural ecology of personality: consistent individual differences from an adaptive perspective. Ecology Letters, v. 7, p , GOSLING, S. D.; JOHN, O. P. Personality dimensions in nonhuman animals: a cross-species review. Current Directions in Phychological Science, v. 8, p , GROSS, M.R. Alternative reproductive strategies and tactics: diversity within sexes. Trends in Ecology and Evolution, v. 11, p , KAIN, J. S.; STOKES, C.; DE BIVORT, B. L. Phototactic personality in fruit flies and its suppression by serotonin and white. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 109, p , KRALJ-FI, S.; SCHUETT, W. Studying personality variation in invertebrates: why bother? Animal Behaviour, v. 91, p , MANGEL, M. Adaptive walks on behavioural landscapes and the evolution of optimal behaviour by natural selection. Evolutionary Ecology, v. 5, p , MONJE, J. A. M.. Carunchos vs Inseticidas: individualidade importa? Tese (Mestrado em Entomologia) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa REAL, L. A. How to think about behavior: an introduction. In: Behavioral Mechanisms in Evolutionary Ecology. Real, L. A. (ed.), University of Chicago Press, Chicago, IL, p.

5 REALE, D., S. M. et al. Integrating animal temperament with ecology and evolution. Biological Reviews, v. 82, p , ROFF, D.A. The maintenance of phenotypic and genetic variation in threshold traits by frequencydependent selection. Journal of Evolutionary Biololgy, v. 11, p , SANTIAGO, E. Linkage and the maintenance of variation for quantitative traits by mutationselection balance: an infinitesimal model. Genetical Research, v. 71, p , SCHUETT, W.; TREGENZA, T.; DALL, S. R. X. Sexual selection and animal personality. Biological Reviews of the Cambridge Philosophical Society, v. 85, p , VAN OERS, K. et al. Contribution of genetics to the study of animal personalities: a review of case studies. Behaviour, v. 142, p , WCISLO, W.T. Behavioral environments and evolutionary change. Annual Review of Ecology and Systematics, v. 20, p , WILSON, D.S. Adaptive individual differences within single populations. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 353, p , 1998.

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