Escola da Cidadania UM PROJETO DE FORMAÇÃO PARA UM CIDADANIA ATIVA
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- Maria Júlia Bicalho Raminhos
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1 Escola da Cidadania UM PROJETO DE FORMAÇÃO PARA UM CIDADANIA ATIVA
2 Escola da Cidadania - origem Objetivo: formar rede para alfabetizar negros a partir da Constituição Federal. Myles Horton Paulo Freire Concepção Metodológica: Diálogo e experiência compartilhada entre educador e educando.
3 Escola da Cidadania - origem Surgiu nos anos 50 e 60, no sul dos EUA (Ilha Johns, na Carolina do Sul) no contexto das lutas anti-racista: negros não votavam por serem analfabetos, em sua maioria. Referência do perfil de professor: identidade cultural com o alfabetizado, postura não superior e qualificação instrucional (professores negros e da comunidade). Estrutura organizativa: de auto-gestão e rede (muitas escolas foram se espalhando pelos EUA, com a mesma denominação, sem uma hierarquia de comando). Deste projeto nasceu a rede de lutas civis que teve como principal líder Martin Luther King.
4 Objetivos atuais: fortalecer e ampliar o exercício de uma cidadania ativa e de uma cultura democrática participativa. Respaldo: conquistas expressas na Constituição Federal de 1988, em especial, os artigos 14 e 204.
5 Lei de Responsabilidade Social Experiência de Maringá Em 27 de março de 2006 a lei foi aprovada na câmara municipal e instituída em 16 de maio do mesmo ano pelo poder executivo (Lei Municipal N.7144). Debate: envolveu Conselhos Municipais, Governo Municipal, Ministério Público, Sociedade Civil, Empresários, Vereadores Municipais.
6 Lei de Responsabilidade Social Experiência de Maringá LEI EXPRESSA A CONJUNÇÃO DE INTERESSES E VISÕES Visão do empresariado: empresas devem se relacionar de modo mais direto com os consumidores e a comunidade a partir do desenvolvimento de projetos sociais, melhorias nas condições de vida e diminuição dos riscos de conflitos sociais.
7 Lei de Responsabilidade Social em Maringá Visão das ONGs, movimentos sociais e algumas instituições de ensino superior: desenvolvimento de mecanismos que subsidiem o controle social sobre a definição, execução e monitoramento das ações públicas. Entre as proposições a Lei estabeleceu a criação da Escola da Cidadania
8 OBJETIVO ESCOLA DA CIDADANIA PELA LEI DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DE MARINGÁ Objetivo: oferecer formação política e técnica aos conselheiros e gestores públicos, membros de organizações da sociedade civil, sindicatos, movimentos sociais e outros interessados em atuar de forma responsável nos mecanismos de controle social junto ao poder público.
9 LRS: Art. 9º O município de Maringá promoverá, anualmente no orçamento Municipal, previsão de recursos financeiros para a realização de cursos e palestras de formação para os conselheiros que compõem os diversos conselhos municipais. Parágrafo único. Os cursos e palestras devem observar as diretrizes e prioridades sugeridas pela Política de Responsabilidade Social, formuladas pelo Fórum de Responsabilidade Social.
10 Fases de implantação Escola da Cidadania Elaboração do Regimento Interno e da Carta de Princípios Definição do Plano de Trabalho Eleição do Comitê Gestor da Escola (paritário) Formação dos Professores da Escola Início dos cursos Produção de materiais pedagógicos
11 Escola da Cidadania de Maringá Regimento interno Capítulo I: FINALIDADES E OBJETIVOS Art. 1º. A Escola da Cidadania é uma Unidade da Administração Pública de Maringá, de caráter de Estado e não de Governo, vinculada à Secretaria de Assistência Social e Cidadania. Sua finalidade é constituir-se como instância de formação política e técnica, fornecendo subsídios para a população exercer o controle social sobre as políticas públicas do município de Maringá.
12 Escola da Cidadania de Maringá Regimento Interno Capítulo IV: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Art. 4º. A estrutura organizacional da Escola da Cidadania será formada por um Comitê Gestor, uma equipe administrativa e educadores. Parágrafo único. Os serviços prestados pelos Educadores não implicarão em voluntários e serão considerados como de interesse público e de relevante valor social.
13 Composição do Comitê Gestor Regimento Interno 1º. O Comitê Gestor da Escola da Cidadania será formado por 10 (dez) membros, assim distribuídos: I 05 (cinco) membros de Conselhos Municipais, com 05 (cinco) suplentes; II 03 (três) membros da administração pública, com 03 (três) suplentes; III 02 (dois) representantes da Escola da Cidadania, com 02 (dois) suplentes. 2º. Os membros titulares do Comitê Gestor elegerão um Coordenador Geral e um Vice Coordenador.
14 Carta de Princípios Políticos e Metodológicos Os cidadãos e as cidadãs: como sujeitos. Respeito às diversidades, aos diferentes tipos de saberes, de culturas e de experiências trazidas pelos participantes; Democratização das informações e saberes A ação educativa deve estar em sintonia com as diferentes realidades sócio-territoriais da cidade;
15 Carta de Princípios Políticos e Metodológicos Postura ética (fala, postura corporal, atitudes) que atente para a relação com o outro ; Experiência deve contribuir para o debate público e democrático da cultura política vigente; Formação em serviço, ou seja, vinculada à ação concreta das lideranças na sua prática de conselheiros.
16 Escola da Cidadania: perfil dos educadores Em Maringá o grupo de educadores da Escola da Cidadania constituiu-se de forma plural, ou seja, pessoas de diferentes áreas de formação e atuação. A construção de um espaço plural começa pelo próprio diálogo entre os educadores, respeitando-se os saberes, experiências e visões de mundo de cada um.
17 Escola da Cidadania: Princípios formação dos educadores Independência pedagógica; Negocia permanentemente com os governos, a partir das demandas dos educandos Decisões coletivas (corpo docente e comitê gestor) Defesa de políticas públicas, sem identidade partidária; Programações: a partir da experiência concreta.
18 Escola da Cidadania: atividades Programa de formação permanente; Oficinas temáticas; Material de apoio; Troca de experiências em gestão participativa
19 Escola da Cidadania: Plano de aula Carga horária e público; Número de educadores necessários; Conteúdo e Metodologia; Recursos Pedagógicos; Etapas da atividade; Avaliação contínua.
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22 Escola da Cidadania: atividades desenvolvidas OFICINAS têm como objetivo resgatar, por meio de atividades dinâmicas, alguns conceitos como participação, comunidade, cultura etc. Esse resgate visa incentivar e despertar nos educandos a importância do papel de liderança social. O enfoque principal se dá na construção da cidadania, levando em conta a realidade de cada indivíduo e garantindo uma aproximação do conceito com a vida cotidiana.
23 Escola da Cidadania: experiências de oficinas Lar Escola da Criança grupo Agente Jovem; Colégio Est. Alfredo M. Maluf líderes de sala e grêmio estudantil; Penitenciária Estadual de Maringá grupo de alunos do CEBJA; Instituição Moliv- grupo de apoio e recuperação de dependentes químicos; Comunidade N. Srª de Sião grupo conjunto Requião; Agente Jovem Colégio Est. Independência (Sarandi) líderes de sala e grêmio estudantil.
24 1º ENCONTRO: CIDADANIA E EDUCAÇÃO PARTICIPAÇÃO CULTURA CULTURA E SUBJETIVIDADE: RELAÇÕES DE CUMPLICIDADE CIDADÃO: PREOCUPAR-SE COM AS COISAS PÚBLICAS.
25 CIDADANIA: DIMENSÃO PÚBLICA DA MINHA SUBJETIVIDADE
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27 NADA É IMPOSSÍVEL DE MUDAR DESCONFIAI DO MAIS TRIVIAL, NA APARÊNCIA SINGELO. E EXAMINAI, SOBRETUDO, O QUE PARECE HABITUAL. SUPLICAMOS EXPRESSAMENTE: NÃO ACEITEIS O QUE É DE HÁBITO COMO COISA NATURAL, POIS EM TEMPO DE DESORDEM SANGRENTA, DE CONFUSÃO ORGANIZADA, DE ARBITRARIEDADE CONSCIENTE, DE HUMANIDADE DESUMANIZADA, NADA DEVE PARECER NATURAL NADA DEEVE PARECER IMPOSSÍVEL DE MUDAR. Bertold Brecht
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30 Escola da Cidadania: atividades desenvolvidas CURSOS têm como objetivo proporcionar uma formação política através da discussão de temas de interesse da comunidade, como, por exemplo, Estado, políticas públicas, o papel dos conselhos. Esta proposta visa auxiliar a participação e autonomia dos indivíduos, de modo que estes possam contribuir de maneira efetiva com a construção de uma realidade com menos desigualdade social. As reflexões, portanto, objetivam fornecer subsídios que contribuam para um controle mais amplo dos indivíduos em relação as políticas efetuadas em Maringá.
31 Escola da Cidadania: atividades desenvolvidas Curso de formação para o Conselho Municipal de Assistência Social Formação de Educadores da Escola da Cidadania 2ª turma Curso de Formação Básica para os conselheiros de direitos Curso para o Conselho da Alimentação Escolar Capacitação para Estagiários dos Telecentros Municipais Seminário Controle Social sobre Políticas Públicas
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33 CIDADANIA: EU SÓ EXISTO PORQUE O OUTRO ME PÕE DE PÉ - TER COISAS PÚBLICAS - CIDADANIA NÃO É INDIVÍDUO. EU SÓ EXISTO SE O OUTRO TIVER A MESMA EXISTÊNCIA QUE EU. NÃO APRENDEMOS CONOSCO MESMO, MAS NO EMBATE COM O OUTRO. APRENDIZAGEM: PRODUTO DE UMA RELAÇÃO - OBRIGA A REPENSAR.
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37 I Fórum Regional de Educação Popular e Políticas Públicas Foi realizado de 29/02/2007 à 01/02/2007, realizou-se na Universidade Estadual de Maringá/PR, com o objetivo de reunir lideranças sociais, acadêmicos, conselheiros e representantes de Ongs para debates e palestras como temas como: desafios da educação para a cidadania e protagonismo social.
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39 Divulgação do Fórum:
40 fotos
41 Oficinas
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43 Mesas temáticas
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46 ENTREVISTA NA RADIO LOCAL (23/11/2006) Em entrevista à CBN Maringá foi ressaltado a importância de educar a população para participar de forma efetiva dos governos, fazendo o controle social: o sistema democrático brasileiro ainda é adolescente; ou seja, as pessoas ainda não sabem exercitar o poder que possuem sobre as administrações públicas(...) sabe reclamar dos serviços prestados, mas precisa aprender a participar, cobrar e transformar. (Rudá Ricci)
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