Modulação por Largura de Pulso e Correção de Fator de Potência

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Modulação por Largura de Pulso e Correção de Fator de Potência"

Transcrição

1 Marcus Vinícius de Oliveira Modulação por Largura de Pulso e Correção de Fator de Potência Belo Horizonte 2011

2 Sumário 1 MODULAÇÃO POR LARGURA DE PULSO PWM COM REFERÊNCIA DC PWM SENOIDAL PWM DOIS NÍVEIS E TRÊS NÍVEIS PWM APLICADO À CONVERSORES DE FREQUÊNCIA PWM COM REFERÊNCIA DC PWM 2 Níveis com referência DC PWM 3 Níveis com referência DC PWM COM REFERÊNCIA SENOIDAL PWM senoidal 2 níveis aplicado à topologia Ponte Completa PWM senoidal 3 níveis aplicado à topologia Ponte completa PWM senoidal 2 Níveis aplicado à topologia Meia Ponte CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HARMÔNICOS Definição de Fator de Potência Distorção harmônica total e fator de potência FATOR DE POTÊNCIA E ELETRÔNICA CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA: SOLUÇÃO PASSIVA CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA: SOLUÇÃO ATIVA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. Lista de Ilustrações Figura 1 Portadora, referência (Modulante) e Sinal PWM gerado... 4 Figura 2 Circuito utilizado para geração do PWM com referência DC... 5 Figura 3 Formas de onda para o circuito da figura 2 com Vref = 0,5V... 5 Figura 4 Forma de onda do circuito da figura 2 com Vref = 0V... 6 Figura 5 Formas de onda do circuito da figura 2 com Vref = -0.5V... 6 Figura 6 Formas de onda do PWM senoidal... 7 Figura 7 Inversor Ponte completa, PWM 2 Níveis, com referência DC Figura 8 Inversor com PWM de referência DC, ponte completa, 2 níveis. Sinais de controle, saída da ponte inversora e saída do filtro passa baixas Figura 9 FFT dos sinais de saida da ponte inversora (a), e sinal filtrado (b) Figura 10 Inversor com PWM de referência DC, ponte completa, 3 níveis Figura 11 Inversor na topologia Ponte completa com PWM senoidal 2 níveis e filtro Figura 12 Sinal de chaveamento aplicado às chaves. PWM senoidal 2 níveis Figura 13 Saída da ponte inversora com frequência de chaveamento de 1kHz. PWM senoidal 2 níveis... 14

3 Figura 14 Saída filtrada com PWM senoidal 2 níveis. Frequência de chaveamento de 10kHz Figura 15 FFT do sinal de saída da ponte inversora e do sinal filtrado. Frequência de chaveamento de 10kHz Figura 16 Inversor de frequência na topologia Ponte completa com PWM 3 níveis Figura 17 Tetraedro de Potências Figura 18 Fator de distorção em função do THD Figura 19 Circuito de uma fonte construída com ponte de diodos sem correção de fator de potência Figura 20 Forma de onda de uma fonte à ponte de diodos sem correção de fator de potência 28 Figura 21 FFT da corrente na rede para fonte de diodos sem correção de fator de potência Figura 22 Correção de fator de potência. Solução ativa. Circuito utilizado na simulação Figura 23 Formas de onda de tensão e corrente na rede e corrente no indutor do conversor Boost, com correção de fator de potência ativa. PI da malha de tensão: Constante de tempo:0,02, Ganho: 1. PI malha de corrente. Constante de tempo: 50u, Ganho: 0, Figura 24 FFT das ondas de tensão e corrente nas condições da figura anterior... 32

4 1 Modulação por Largura de Pulso Os dispositivos em Eletrônica de Potência são baseados em chaveamentos, de forma com que as formas de onda possam ser devidamente modificadas, proporcionando, após um processamento do sinal chaveado, a alteração da forma de onda de acordo com a aplicação que se deseja obter. Portanto, uma das principais técnicas de modulação utilizadas em Eletrônica de Potência, a Modulação por Largura de Pulso, será objetivo deste trabalho. Para obter o sinal PWM é necessário um processo de geração que envolve basicamente a comparação dos valores instantâneos de uma portadora e de um sinal de referência (modulante). Com isso, será gerado um sinal digital que será utilizado no acionamento das chaves eletrônicas, como pode ser observado na figura 1. Figura 1 Portadora, referência (Modulante) e Sinal PWM gerado A figura 1 apresenta um tipo de PWM específico, largamente utilizado, o PWM senoidal. No entanto, será apresentado inicialmente um tipo de PWM simples, utilizado por exemplo para o chaveamento de conversores CC-CC. Será apresentado no final do trabalho um tipo específico denominado PWM caótico, que utiliza portadora caótica. 1.1 PWM com referência DC Considere o circuito apresentado na figura 3. Ele é composto por um comparador e um sinal modulante DC e um sinal de portadora com forma de onda triangular. O circuito utilizado nesta simulação está apresentado na figura 2. Através da variação da amplitude da tensão de referência V REF, é possível variar o ciclo de trabalho do PWM, ou seja, a relação entre o tempo em que o sinal PWM fica em nível 1 e o tempo em que fica em nível 0.

5 T D= ON T Figura 2 Circuito utilizado para geração do PWM com referência DC Figura 3 Formas de onda para o circuito da figura 2 com Vref = 0,5V Observa-se que se V = 0V, tem-se que D= 1/ 2. Se V = 1 então D= 1. Entre estes REF dois valores, a distribuição é linear, sendo que a reta que passa por estes pontos é dada por: ( ) D V REF 1 1 = + V 2 2 Os sinais de referência, portadora e saída do PWM para a tensão de referência V = 0V está apresentado na figura 4, demonstrando o fato de que nesta situação o ciclo de trabalho é igual a ½. Nesta topologia, para obter um ciclo de trabalho menor que ½, é necessário utilizar um valor de referência negativo, o que pode ser observado na figura 5. O princípio de funcionamento do circuito é muito simples: Se V ( t) V ( t) V ( t) = 1, caso REF REF REF TRI PWM REF

6 contrário, VPWM ( t ) = 0. Este sinal de saída é digital e deverá passar por um detector de valor nulo com saída digital. Figura 4 Forma de onda do circuito da figura 2 com Vref = 0V Figura 5 Formas de onda do circuito da figura 2 com Vref = -0.5V Observa-se ainda que D( V 1) = 1 e ( ) REF D V 1 = 0. REF Observe que o tempo em que o sinal V PWM = 1 é sempre constante nesta topologia, o que caracteriza este tipo de PWM com referência DC. Uma das aplicações deste tipo de PWM é o chaveamento de conversores DC-DC, tais como Buck, Boost, Buck-Boost, Flyback, Forward, etc.

7 1.2 PWM Senoidal Alterando o sinal de referência do circuito da figura 2 para um sinal senoidal, e aplicando o mesmo princípio de funcionamento já apresentado, constrói-se o PWM senoidal, que está exemplificado na figura 6. A comparação é realizada da mesma maneira que ocorre no PWM com referência DC, utilizando, no entanto, como referência um sinal senoidal. Neste caso, verifica-se que há uma alteração entre os intervalos de tempo em que o sinal V PWM assume valor 1 e valor 0, o que é justificado pelo fato de que o valor de referência varia com o tempo.. Figura 6 Formas de onda do PWM senoidal A análise de conteúdo harmônico do PWM será realizada nas próximas seções, quando serão analisados a aplicação de PWM a inversores. Assim, será discutida a influência do tipo de PWM na ordem dos harmônicos que aparecem devido ao chaveamento. 1.3 PWM dois níveis e três níveis Vamos apresentar estas definições tendo em vista a aplicação da técnica de PWM à inversores de freqüência. O PWM será dito de dois níveis quando existirem apenas dois valores possíveis para a tensão de saída do inversor. Analogamente, o esquema de chaveamento será dito de três níveis quando foram possíveis três níveis de tensão na saída do inversor. Na seção seguinte estes conceitos serão esclarecidos. As figuras a seguir apresentam estes dois tipos de PWM. O espectro harmônico desses sinais é diferente, sendo que no caso do PWM de dois níveis os primeiros harmônicos que aparecem tem frequência em torno da frequência de chaveamento. Já no caso do PWM três níveis esses harmônicos estão em torno do dobro da frequência de chaveamento.

8 Figura 7 PWM senoidal a dois níveis Figura 8 PWM senoidal a três níveis Nas figuras 7 e 8 verifica-se que o PWM senoidal de três níveis é sintetizado utilizando como modulante duas senóides, no caso de um inversor monofásico. A portadora ditará como no caso do PWM dois níveis a ordem dos harmônicos de chaveamento. Nas próximas seções serão apresentadas aplicações de PWM com referência DC e com referência senoidal à inversores de freqüência nas topologias meia ponte e ponte completa. 1.4 Filtro de saída para inversores PWM senoidais Para filtrar os harmônicos que aparecem em torno da frequência de chaveamento (para PWM dois níveis) e no dobro da frequência de chaveamento (para PWM três níveis), será necessário implementar filtros. Os harmônicos a serem filtrados estão em alta freqüência e portanto não é necessário implementação de filtros altamente sofisticados com resposta em freqüência muito íngreme. Existem diversas configurações que podem ser utilizadas, tais como LC, LCC, LCLC. Aqui vamos apresentar a função de transferência do filtro LC, cujo circuito está apresentado na figura 9.

9 Figura 9 Filtro LC utilizado nos inversores A função de transferência do filtro apresentado na figura 9 é dada ela equação a seguir, e tem a resposta em frequência dada pela figura 10. Vout ( s) H ( s) = = Vin ( s) s 2 1 LC s+ RC LC Figura 10 Resposta em frequência do filtro LC 2 PWM aplicado à conversores de Frequência Nesta seção serão apresentadas aplicações da técnica de modulação por largura de pulso a inversores de freqüência na topologia ponte completa e meia ponte. 2.1 PWM com referência DC Utilizando o PWM com referência DC como foi apresentado anteriormente, pode-se construir um PWM em dois e três níveis, o que será apresentado a seguir.

10 2.1.1 PWM 2 Níveis com referência DC Figura 11 Inversor Ponte completa, PWM 2 Níveis, com referência DC Através da figura 9 verificamos que o sinal de saída da ponte inversora é um sinal de dois níveis ( + E ou E, onde Eé a amplitude da fonte DC). Dessa forma, o espectro harmônico apresentado todos as componentes ímpares, como explício na forma de onda 9.a. A forma de onda obtida após a filtragem passa baixas tem sua FFT apresentada na figura 9.b. Verifica-se que há um ganho no filtro que não prejudica a análise. Observa-se que o filtro foi suficiente para atenuar substancialmente o terceiro harmônico, fazendo ainda com que os harmônicos de ordem superiores sejam insignificantes.

11 Figura 12 Inversor com PWM de referência DC, ponte completa, 2 níveis. Sinais de controle, saída da ponte inversora e saída do filtro passa baixas Figura 13 FFT dos sinais de saida da ponte inversora (a), e sinal filtrado (b) PWM 3 Níveis com referência DC Figura 14 Inversor com PWM de referência DC, ponte completa, 3 níveis

12 Figura 15 Sinais de chaveamento do inversor ponte completa PWD ref DC 3 níveis Figura 16 Saída do PWM senoidal DC 3 níveis Figura 17 FFT WM senoidal 3 níveis referência DC. Frequência de chaveamento de 2kHz

13 2.2 PWM com referência senoidal A referência neste caso é a senoide que se deseja obter. Portanto, é possível um controle de freqüência do sinal de saída, uma vez que esta não será a freqüência de chaveamento, o que é uma enorme vantagem em relação ao PWM com referência senoidal. Verifica-se ainda que é possível proceder ao controle de tensão e freqüência simultanemante, de forma a manter constante a razão V f, de forma que o fluxo de uma máquina CA alimentada pelo inversor de freqüência seja mantido constante. Serão apresentadas as versões dois níveis e três níveis PWM senoidal 2 níveis aplicado à topologia Ponte Completa O circuito da figura 11 representa a topologia ponte completa com chaveamento através do PWM senoidal 2 níveis. Para tanto é necessário apenas um sinal de controle, uma vez que se trata de um PWM 2 níveis. O sinal de controle está apresentado na figura 12. Na figura 13 está plotada a tensão de saída da ponte inversora, antes da filtragem, na qual se verifica claramente a diferença entre o PWM com referência DC e o PWM senoidal, sob o aspecto de que a freqüência do sinal de saída é controlada pela freqüência do sinal de referência. Figura 18 Inversor na topologia Ponte completa com PWM senoidal 2 níveis e filtro As formas de onda das figuras 12 e 13 representando os sinais de chaveamento e a saída da ponte H, respectivamente, tem aspectos semelhantes, uma vez que o segundo nada mais é que a aplicação do primeiro e seu inverso lógico às chaves do inversor. Já a saída, após a filtragem está apresentada na figura 14, cuja FFT (figura 15) evidencia o fato de que os

14 harmônicos devido ao chaveamento ocorrem ao redorr da freqüência de chaveamento, no caso igual a 10kHz, sendo que a atenuação do filtro nesta freqüência é suficientemente grande, de forma que o sinal filtrado apresente basicamente o sinal desejado, como pode ser observado nas FFT. Figura 19 Sinal de chaveamento aplicado às chaves. PWM senoidal 2 níveis Figura 20 Saída da ponte inversora com frequência de chaveamento de 1kHz. PWM senoidal 2 níveis

15 Figura 21 Saída filtrada com PWM senoidal 2 níveis. Frequência de chaveamento de 10kHz Verifica-se que a amplitude dos harmônicos de chaveamento é bastante elevada, o que seria prejudicial ao sinal, mas de fato, a atenuação do filtro nesta freqüência é muito elevada, de forma que o sinal objetivo foi suficientemente bem sintetizado. Figura 22 FFT do sinal de saída da ponte inversora e do sinal filtrado. Frequência de chaveamento de 10kHz

16 2.2.2 PWM senoidal 3 níveis aplicado à topologia Ponte completa Figura 23 Inversor de frequência na topologia Ponte completa com PWM 3 níveis Figura 24 Saída do inversor ponte completa com PWM 3 níveis. Frequência de chaveamento = 500Hz

17 Figura 25 Saída do inversor e saída após filtragem. PWM senoidal 3níveis com frequência de chaveamento igual a 5kHz Figura 26 FFT dos sinais da figura anterior Observa-se que as componentes harmônicas mais próximas estão na vizinhança do dobro da freqüência de chaveamento, no caso do circuito da figura 23 temos a freqüência de chaveamento de 5kHz para a obtenção da FFT apresentada na figura 26. Note que após a filtragem praticamente não há presença de harmônicos, uma vez que na freqüência em que os harmônicos aparecem a atenuação do filtro LC é suficientemente elevada, de forma que os harmônicos são severamente atenuados.

18 2.2.3 PWM senoidal 2 Níveis aplicado à topologia Meia Ponte Considere o inversor apresentado na figura 27, na topologia meia ponte. Figura 27 Inversor na topologia meia ponte com PWM senoidal dois níveis Para facilitar a visualização utilizamos uma freqüência de chaveamento muito baixa, 500Hz, o que permite a vizualização mais clara da modulação de largura de pulso. Por ser PWM de dois níveis, uma vez que só existem duas chaves a comandar e devem ter obrigatoriamente comandos complementares uma vez que estão no mesmo braço do inversor, só há dois níveis possíveis +E e E como pode ser observado na figura 28. Figura 28 Saída do inversor meia ponte com PWM dois níveis. Frequência de chaveamento de 500Hz

19 Figura 29 Saída do inversor meia ponte com PWM senoidal e filtro LC. Frequência de chaveamento de 20kHz Como citado anteriormente, o inversor na topologia meia ponte que é chaveado por PWM senoidal de dois níveis apresenta, como no caso da ponte completa, harmônicos de chaveamento na vizinhança da freqüência de chaveamento. Analogamente ao anterior, o filtro LC foi capaz de atenuar estes harmônicos de forma que a senóide desejada foi intetizada de forma adequada. Deve-se frisar, no entanto, que a amplitude do sinal de saída do inversor é igual à metade do que seria no caso de meia ponte, na medida em que apenas metade da freqüência da fonte DC fica aplicada sobre os terminais de saída do inversor, +E/2 e E/2. Figura 30 FFT da saída da ponte inversora e PWM do sinal filtrado. Frequência de chaveamento de 20kHz

20 Reduzindo a freqüência de chaveamento para 2kHz e mantendo o filtro LC anteriormente utilizado, obtém-se as formas da figura que segue. Verifique que há uma componente em 2kHz que não foi suficientemente bem atenuada pelo filtro. Para analisar isso, verifique a resposta em freqüência de tal filtro na figura 32. Figura 31 Sinal de saída e FFT do inversor meia ponte e filtro LC com frequência de chaveamento de 2kHz. Verifique que o filtro é altamente inadequado para o circuito, na medida em que as componentes harmônicas próximas à freqüência de chaveamento experimentam uma atenuação de 3dB aproximadamente, o que obviamente não é suficiente. A solução para operar com o circuito nesta freqüência de chaveamento é alterar o filtro. Considere então o filtro apresentado na figura 33.

21 Figura 32 Resposta em frequência do filtro utilizado no inversor meia ponte Figura 33 Adaptação do filtro LC do inversor em meia ponte para frequência de chaveamento de 2kHz Figura 34 Resultado do filtro adaptado no inversor meia ponte com frequência de chaveamento de 2kHz

22 2.3 PWM real O circuito da figura 35 representa uma implementação real do PWM três níveis aplicado à um inversor de freqüência na topologia ponte completa. Os sinais de controle das chaves são obtidas através da comparação de uma senóide com uma onda triangular e da mesma senóide deslocada de 180º. Figura 35 Inversor na topologia ponte completa com PWM três níveis real Figura 36 Sinais de comendo PWM trifásico 3 níveis implementação real Os sinais de controle apresentados na figura anterior são gerados da mesma forma, basta comparar o valor instantâneo da senóide com o valor instantâneo da onda triangular. A saída

23 será 1 se a senóide for maior que a triangular e será zero caso contrário. O mesmo vale para a senóide deslocada de 180º, que é obtida invertendo-se a senóide inicial. A figura 37 apresenta a tensão vab ( t ) e a tensão de saída, após a passagem pelo filtro. Observe que a envoltória da forma de onda da figura 37 mantém-se senoidal, o que é suficiente para acionamento de máquinas elétricas em velocidade variável por exemplo, na medida em que a dinâmica da máquina é muito lenta perante estas oscilações rápidas de tensão aplicada à armadura. Figura 37 Tensão de saída da ponte e tensão após a passagem pelo filtro LC Figura 38 FFT do sinal de saída do inversor na implementação real Observe que o filtro não foi capaz de atenuar as componentes na vizinhança de1khz por exemplo. Como as componentes nestas freqüências tem amplitude relativamente alta, então a

24 forma de onda de saída apresenta oscilações nestas freqüências, o que justifica o aspecto chaveado na forma de onda de saída, que foi visualizado na figura 37. Figura 39 Corrente na fonte de tensão DC 3 Correção de Fator de Potência Um tema altamente relevante no que se refere à qualidade da energia elétrica é a correção do fator de potência. Podendo provocar danos financeiros através da aplicação de multas por parte das concessionária de energia elétrica pelo não cumprimento do fator de potência mínimo para consumidores industriais, um baixo fator de potência é uma característica de uma gama de dispositivos, tanto passivos quanto ativos. A presença de um retificador a diodos e um grande capacitor eletrolítico em praticamente totalidade dos equipamentos eletrônicos faz com que o fator de potência do equipamento esteja muito longe de ser aceitável. Neste trabalho, objetiva-se uma análise da correção do fator de potência através de soluções passivas e ativas. Para tanto, será necessário uma introdução sobre conceitos fundamentais relativos à potência elétrica e fator de potência, o que é, em geral, tema de cursos de Qualidade da Energia Elétrica. 3.1 Introdução ao Estudo de Harmônicos

25 Considere as expressões de tensão e corrente genéricas em uma carga. Considerando regime permanente, pode-se considerar que a tensão e a corrente são sinais periódicos de período T, sendo possível então obter a série de Fourier para ambas. Por conveniência V h e I h representarão os valores RMS de tensão e corrente de ordem harmônica h. h= 1 ( ω θ ) vt ( ) = 2V sin h t+ h= 1 h 0 h ( ω δ ) it ( ) = 2I sin h t+ Defina a potência instantânea por pt ( ) = vtit ( ) ( ). A potência média, parcela que será efetivamente transformada em trabalho, é dada por: h 0 h 1 P= T t0+ T t0 pt ( ) dt Como as senóides formam um conjunto ortogonal, tem-se que 1 t0+ T P= sin( mω 0t) sin( nω0t ) dt 0 m n T = t0 Analogamente, é fácil ver que: ( θ δ ) P= VI cos = P h h h h h h= 1 h= 1 1 V v t dt V t0+ T 2 2 RMS = ( ) t h T = 0 h= 1 1 I i t dt I t0+ T 2 2 RMS = ( ) t h T = 0 h= 1 A potência aparente generalizada para o caso em que existem harmônicos é dada por: S = VRMSIRMS Observe que estamos considerando o caso monofásico, uma vez que o trifásico é absolutamente análogo. Observa-se que h= 1 ( ) Q= VI sin θ δ h h h h S > P + Q, devido aos termos cruzados de senos e cossenos, de modo que torna-se necessário definir um novo tipo de potência, que será aqui denotada por D, como referência à palavra distorção (harmônica). Assim, tem-se que:

26 S = P + Q + D A figura a seguir evidencia de maneira gráfica a relação anterior, de forma a construir o chamado tetraedro de potências, que verifica a relação. Figura 40 Tetraedro de Potências Definição de Fator de Potência A definição de fator de potência será a definição tradicional para circuitos sem harmônicos, no entanto ela não assumirá a conotação de cosseno do ângulo de deslocamento entre tensão e corrente, de forma que esse será conhecido daqui em diante como fator de potência de deslocamento ou fator de deslocamento, apara diferenciação da definição seguinte de fator de potência. P FP= S Ou seja, a parcela da potência aparente que, de fato, representa trabalho, ou seja, a menos de rendimento, representará trabalho útil. Note que o fato de haver potência de distorção faz com que o fator de potência em circuitos com presença de harmônicos tenda a ser inferior ao fator de potência de circuitos em que isso não ocorra Distorção harmônica total e fator de potência Na verdade define-se distorção harmônica total de tensão e corrente. É fato porém, que em geral, o interesse no caso deste trabalho é a distorção harmônica de corrente, na medida em que a tensão está imposta em geral pela fonte à qual a carga não linear está aplicada.

27 THD V = h= 2 V 1 V 2 h THD I = h= 2 I 1 I 2 h Considerando a distorção harmônica, o fator de potência total pode ser escrito como FP= cosθ 1+ THD 1+ THD 2 2 V I Considerando que a fonte de tensão não apresenta harmônicos tem-se que o fator de potência (Fator de potência com fonte de tensão perfeita): FP PVS = cosθ 1+ THD 2 I Onde θ é o deslocamento angular entre as ondas de tensão e corrente fundamental. Nestas 1 relações, tem-se que o termo é dito fator de distorção. A figura a seguir 2 1+THDI apresenta a forma de variação do fator de distorção em função da distorção harmônica total de corrente considerando fonte de tensão perfeita. Figura 41 Fator de distorção em função do THD 3.2 Fator de potência e Eletrônica Em geral, os dispositivos eletrônicos apresentam na entrada uma ponte de diodos seguida de um grande capacitor eletrolítico. Dessa forma, o período de condução dos diodos é muito pequeno e deve ser suficiente para fornecer toda a energia a ser dissipada na carga, daí a forma de onda de corrente é formada por picos de curta duração que estão apresentados a seguir.

28 Figura 42 Circuito de uma fonte construída com ponte de diodos sem correção de fator de potência A figura 20 apresenta as formas de onda de tensão e corrente na rede sem correção de fator de potência para o circuito da figura 19, na qual pode ser observada a corrente na rede que apresenta a característica pulsada. A FFT da forma de onda da corrente na rede está apresentada na figura 20. Observe que existem componentes das mais diversas ordens. Figura 43 Forma de onda de uma fonte à ponte de diodos sem correção de fator de potência Figura 44 FFT da corrente na rede para fonte de diodos sem correção de fator de potência

29 3.3 Correção de fator de potência: Solução Passiva A passiva correção de fator de potência é realizada basicamente através de filtros LC. oferecem características como robustez, alta confiabilidade, insensibilidade a surtos, operação silenciosa. No entanto, existem diversas desvantagens, tais como: São pesados e volumosos (em comparação com soluções ativas); Afetam as formas de onda na freqüência fundamental; Alguns circuitos não podem operar numa larga faixa da tensão de entrada (90 a 240V); Não possibilitam regulação da tensão; A resposta dinâmica é pobre; O correto dimensionamento não é simples. Figura 45 Correção de fator de potência com filtro LC de saída A colocação de um filtro indutivo na saída do retificador (sem capacitor) produz uma melhoria significativa do FP uma vez que é absorvida uma corrente quadrada da rede, o que leva a um FP de 0,90 Figura 46 Tensão e corrente de Entrada. Tensão de saída

30 Figura 47 FFT de corrente com correção passiva de fator de potência com filtro LC de saída Observe que há uma componente significativamente elevada de terceiro harmônico, que é muito difícil de ser filtrado. Para mitigar este harmônico a solução ativa é sintonizar um filtro LC de entrada na freqüência de terceiro harmônico, logo 180Hz. Fazendo isso, tem-se a forma de onda da figura 48 Figura 48 Correção de fator de potência com filtro LC de entrada e saída Figura 49 Circuito para correção de fator de potência com filtro LC de entrada e saída

31 3.4 Correção de Fator de Potência: Solução ativa Observa-se que a forma de onda da tensão de saída da ponte de retificadora é da forma módulo de senóide. Se a corrente na saída da ponte retificadora for também desta forma de onda, então a forma de onda da corrente na fonte será senoidal. Vantagens A presença do indutor na entrada absorve variações bruscas na tensão de rede ( spikes ), de modo a não afetar o restante do circuito, além de facilitar a obtenção da forma desejada da corrente (senoidal). Energia é armazenada no capacitor de saída, o qual opera em alta tensão (Vo>E), permitindo valores relativamente menores de capacitância. O controle da forma de onda é mantido para todo valor instantâneo da tensão de entrada, inclusive o zero. Como a corrente de entrada não é interrompida (no modo de condução contínuo), as exigências de filtros de IEM são minimizadas. O transistor deve suportar uma tensão igual à tensão de saída e seu acionamento é simples, uma vez que pode ser feito por um sinal de baixa tensão referenciado ao terra. Desvantagens O conversor posterior deve operar com uma tensão de entrada relativamente elevada. A posição do interruptor não permite proteção contra curto-circuito na carga ou sobrecorrente. Não é possível isolação entre entrada e saída. Figura 50 Correção de fator de potência. Solução ativa. Circuito utilizado na simulação

32 Figura 51 Formas de onda de tensão e corrente na rede e corrente no indutor do conversor Boost, com correção de fator de potência ativa. PI da malha de tensão: Constante de tempo:0,02, Ganho: 1. PI malha de corrente. Constante de tempo: 50u, Ganho: 0,5 Figura 52 FFT das ondas de tensão e corrente nas condições da figura anterior

33 4 Conclusões Neste trabalho foi analisada a técnica de modulação por largura de pulso, PWM, suas diversas topologias e implementação, bem como a aplicação da técnica em inversores de freqüência. Foram analisados espectros de tensão e corrente dos sinais de tensão e corrente. Na segunda parte foi analisado o problema de correção de fator de potência. Foram apresentadas soluções ativas e passivas. A solução passiva é baseada na inserção de um conversor boost e uma malha de controle de forma que a corrente de saída da ponte retificadora acompanhe uma referência senoidal modulada, de forma que a corrente de entrada seja mais próxima da senoidal.

LIMITAÇÕES DAS DISTORÇÕES HARMÔNICAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RURAIS

LIMITAÇÕES DAS DISTORÇÕES HARMÔNICAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RURAIS LIMITAÇÕES DAS DISTORÇÕES HARMÔNICAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RURAIS Paulo José Amaral Serni Ricardo Martini Rodrigues Paulo Roberto Aguiar José Francisco Rodrigues Departamento de Engenharia Elétrica

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do RS Faculdade de Engenharia

Pontifícia Universidade Católica do RS Faculdade de Engenharia Pontifícia Universidade Católica do RS Faculdade de Engenharia LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Experiência nº 9 Retificador Trifásico de Três pulsos a Tiristor OBJETIVO: Verificar o comportamento

Leia mais

UFRJ LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

UFRJ LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA DEPARTAMENTO DE ELETROTÉCNICA - EP/UFRJ Luis Guilherme B. Rolim Richard M. Stephan Walter I. Suemitsu Maurício Aredes DEPARTAMENTO

Leia mais

ESTUDO DE UM CIRCUITO RC COMO FILTRO

ESTUDO DE UM CIRCUITO RC COMO FILTRO Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T6 Física Experimental I - 2007/08 ESTUDO DE UM CIRCUITO RC COMO FILTRO 1. Objectivo Estudo do funcionamento, em regime estacionário,

Leia mais

CENTRO TECNOLÓGICO ESTADUAL PAROBÉ CURSO DE ELETRÔNICA

CENTRO TECNOLÓGICO ESTADUAL PAROBÉ CURSO DE ELETRÔNICA CENTRO TECNOLÓGICO ESTADUAL PAROBÉ CURSO DE ELETRÔNICA SISTEMAS ANALÓGICOS Prática: 4 Assunto: Amplificador Operacional - Parte IV Objetivos: Montar e testar as configurações de comparadores. Material

Leia mais

Alta Tensão em Corrente Contínua (HVDC) Componentes: Danilo Barreto Igor Alves Luiz Carlos Rafael Saback

Alta Tensão em Corrente Contínua (HVDC) Componentes: Danilo Barreto Igor Alves Luiz Carlos Rafael Saback Alta Tensão em Corrente Contínua (HVDC) Componentes: Danilo Barreto Igor Alves Luiz Carlos Rafael Saback Salvador, 2012 Sumário Histório do HVDC Principais esquemas HVDC Conversores utilizados Principais

Leia mais

Segundo tempo- transistores T1 e T4 desligados, e T3 e T 2 ligados. Nesse caso, a corrente circula no sentido de B para A (figura abaixo).

Segundo tempo- transistores T1 e T4 desligados, e T3 e T 2 ligados. Nesse caso, a corrente circula no sentido de B para A (figura abaixo). 1 Como visto na apostila anterior, podemos considerar o inversor de frequência como uma fonte de tensão alternada de frequência variável. Claro que isso é uma aproximação grosseira, porém dá uma idéia

Leia mais

Veja na figura abaixo o retificador de meia onda sem filtro e o respectivo sinal de saída.

Veja na figura abaixo o retificador de meia onda sem filtro e o respectivo sinal de saída. Retificadores com filtro capacitivo Introdução As saídas dos retificadores são sinais contínuos, porém pulsados. Esse tipo de saída não interessa à maioria dos circuitos eletrônicos que necessitam de tensão

Leia mais

Experimento #3 OSCILADORES SENOIDAIS. Guia de Experimentos. Osciladores senoidais com amplificadores operacionais LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA

Experimento #3 OSCILADORES SENOIDAIS. Guia de Experimentos. Osciladores senoidais com amplificadores operacionais LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA Experimento #3 OSCILADORES SENOIDAIS Osciladores senoidais

Leia mais

Circuitos com Diodo. Prof. Jonathan Pereira

Circuitos com Diodo. Prof. Jonathan Pereira Circuitos com Diodo Prof. Jonathan Pereira Introdução Figura 1 Válvula hidráulica uidirecional 2 Sinal Senoidal Sinal elétrico alternado pode ser representado matematicamente

Leia mais

Aula 02 Circuitos retificadores com e sem filtro capacitivo; Regulador Zener;

Aula 02 Circuitos retificadores com e sem filtro capacitivo; Regulador Zener; ELT 054 (LAB) Turmas D/D D3/D4 º. Sem 0 Aula 0 Circuitos retificadores com e sem filo capacitivo; egulador Zener; Objetivo. Simulação de tensões e correntes em circuitos retificadores Inodução O diodo

Leia mais

PLANO DE ENSINO/SEMESTRE 2007/1

PLANO DE ENSINO/SEMESTRE 2007/1 INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Departamento de Engenharia Elétrica - Centro Tecnológico Universidade Federal de Santa Catarina Caixa Postal 5119, CEP: 88.040-970 - Florianópolis - SC Tel. : (048)

Leia mais

Choppers Conversores CC/CC. Professor: Cleidson da Silva Oliveira

Choppers Conversores CC/CC. Professor: Cleidson da Silva Oliveira Choppers Conversores CC/CC Professor: Cleidson da Silva Oliveira Choppers Conversores CC/CC São utilizados para converter uma fonte CC fixa em uma fonte CC variável; São amplamente utilizados em controle

Leia mais

FIGURAS DE LISSAJOUS

FIGURAS DE LISSAJOUS FIGURAS DE LISSAJOUS OBJETIVOS: a) medir a diferença de fase entre dois sinais alternados e senoidais b) observar experimentalmente, as figuras de Lissajous c) comparar a frequência entre dois sinais alternados

Leia mais

Campo Magnético Girante de Máquinas CA

Campo Magnético Girante de Máquinas CA Apostila 3 Disciplina de Conversão de Energia B 1. Introdução Campo Magnético Girante de Máquinas CA Nesta apostila são descritas de forma sucinta as equações e os princípios relativos ao campo magnético

Leia mais

Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48) Tema: Técnicas de Modulação

Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48) Tema: Técnicas de Modulação Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48) Tema: Técnicas de Modulação Prof.: Eduardo Simas eduardo.simas@ufba.br Aula

Leia mais

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA Nº 03

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA Nº 03 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA Nº 03 TÍTULO DA AULA PRÁTICA: Equipamentos e Resistores 1. PRÉ-REQUISITOS A partir desta aula, os circuitos elétricos serão tema de estudo no Laboratório de Física 2. Para testar

Leia mais

Circuito integrado Temporizador 555. Circuito Integrado Temporizador (Timer) 555

Circuito integrado Temporizador 555. Circuito Integrado Temporizador (Timer) 555 Circuito Integrado Temporizador (Timer) 555 Apesar de não se tratar de um componente digital, faremos agora um estudo do Timer 555. Este circuito Integrado é largamente utilizado como base de marcação

Leia mais

Eletrônica Analógica

Eletrônica Analógica Eletrônica Analógica Experiência 01 - Bancada de Teste e uso dos equipamento de geração e medição de sinais ( Osciloscópio, multímetro, Gerador de Funções e Fonte de Alimentação. 1 - Objetivo Nesta experiência,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7011 ELETRICIDADE BÁSICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7011 ELETRICIDADE BÁSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7011 ELETRICIDADE BÁSICA CIRCUITO PARA ACIONAMENTO DE LÂMPADA DE EMERGÊNCIA Equipe: Angela Crepaldi. Laís Pallaoro de Souza.

Leia mais

entre a entrada e a saída, resultado que à primeira vista poderia parecer destituído de aplicação prática.

entre a entrada e a saída, resultado que à primeira vista poderia parecer destituído de aplicação prática. 3 Circuitos com AmpOps As montagens inversora e não - inversora são utilizadas numa infinidade de aplicações de processamento de sinal, designadamente de amplificação, filtragem, retificação de sinais,

Leia mais

p. 1/1 Resumo Circuitos não lineares de formatação de Ondas Circuitos Rectificadores de Precisão

p. 1/1 Resumo Circuitos não lineares de formatação de Ondas Circuitos Rectificadores de Precisão p. 1/1 Resumo Circuitos não lineares de formatação de Ondas p. 2/1 Circuitos não lineares de formatação de Ondas Díodos e transístores podem ser combinados com resistências para sintetizar dipolos com

Leia mais

Experiência 01: ACIONAMENTO DE MOTORES COM O INVERSOR DE FREQUÊNCIA. Objetivo Geral: - Acionar um motor elétrico através de um inversor de frequência.

Experiência 01: ACIONAMENTO DE MOTORES COM O INVERSOR DE FREQUÊNCIA. Objetivo Geral: - Acionar um motor elétrico através de um inversor de frequência. ( ) Prova ( ) Prova Semestral ( ) Exercícios ( ) Prova Modular ( ) Segunda Chamada ( ) Exame Final ( ) Prática de Laboratório ( ) Aproveitamento Extraordinário de Estudos Nota: Disciplina: Turma: Aluno

Leia mais

FERNANDO HAEMING GERENT METODOLOGIA DE PROJETO DE INVERSORES MONOFÁSICOS DE TENSÃO PARA CARGAS NÃO-LINEARES

FERNANDO HAEMING GERENT METODOLOGIA DE PROJETO DE INVERSORES MONOFÁSICOS DE TENSÃO PARA CARGAS NÃO-LINEARES FERNANDO HAEMING GERENT METODOLOGIA DE PROJETO DE INVERSORES MONOFÁSICOS DE TENSÃO PARA CARGAS NÃO-LINEARES FLORIANÓPOLIS 2005 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para

Leia mais

INF01 118 Técnicas Digitais para Computação. Conceitos Básicos de Circuitos Elétricos. Aula 2

INF01 118 Técnicas Digitais para Computação. Conceitos Básicos de Circuitos Elétricos. Aula 2 INF01 118 Técnicas Digitais para Computação Conceitos Básicos de Circuitos Elétricos Aula 2 1. Grandezas Elétricas 1.1 Carga A grandeza fundamental em circuitos elétricos é a carga elétrica Q. As cargas

Leia mais

Carga elétrica, condutores e isolantes, unidades de medida, v, i, potência e energia

Carga elétrica, condutores e isolantes, unidades de medida, v, i, potência e energia Carga elétrica, condutores e isolantes, unidades de medida, v, i, potência e energia 1) Uma minúscula esfera de metal que contém 1,075.10²² átomos está com uma falta de elétrons de 3,12.10 18 elétrons.

Leia mais

1) Modulação PWM. 1.1) Sinal de Referência

1) Modulação PWM. 1.1) Sinal de Referência 1) Modulação PWM Na maioria das aplicações industriais necessita-se ter variação de velocidade no motor a ser acionado. Isso é possível controlando-se a tensão na saída, no caso de motores CC ou controlando-se

Leia mais

Amplificador a transistor

Amplificador a transistor Amplificador a transistor Amplificador significa ampliar um sinal ou um som através da amplitude. Tipos de amplificadores Os amplificadores podem ser divididos em várias categorias: Quanto à amplitude

Leia mais

3. TÉCNICAS DE MODULAÇÃO DE POTÊNCIA

3. TÉCNICAS DE MODULAÇÃO DE POTÊNCIA 3. TÉCNICAS DE MODULAÇÃO DE POTÊNCIA Uma vez que as fontes de alimentação são, tipicamente, de valor constante, sejam elas CA ou CC, caso seja preciso variar a tensão aplicada sobre uma carga, é necessário

Leia mais

PLANO DE ENSINO/SEMESTRE 2012/02

PLANO DE ENSINO/SEMESTRE 2012/02 INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Departamento de Engenharia Elétrica - Centro Tecnológico Universidade Federal de Santa Catarina Caixa Postal 5119, CEP: 88.040-970 - Florianópolis - SC Tel. : (048)

Leia mais

TRABALHO SOBRE DIODOS. AUTORES Al 2046 Fernandes Al 2430 Lourenço. Prof. Cap Carrilho

TRABALHO SOBRE DIODOS. AUTORES Al 2046 Fernandes Al 2430 Lourenço. Prof. Cap Carrilho MINISTÉRIO DA DEFESA SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA (REAL ACADEMIA DA ARTILHARIA, FORTIFICAÇÃO E DESENHO 1792) DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE SISTEMAS TRABALHO SOBRE

Leia mais

4.1 Esquema de ligação para Baixa Tensão

4.1 Esquema de ligação para Baixa Tensão 15 4 Esquemas elétricos 4.1 Esquema de ligação para Baixa Tensão Os projetos elétricos em baixa tensão devem ser utilizados, conforme esquemas de ligação, onde as ligações são desenvolvidas através de

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA UNIDADE ACADEMICA DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA UNIDADE ACADEMICA DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA UNIDADE ACADEMICA DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA (1) Determine o valor da tensão na saída V o. LISTA DE EXERCICIOS

Leia mais

CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA

CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA CRCUTOS DE CORRENTE ALTERNADA NTRODUÇÃO As correntes e tensões na maioria dos circuitos não são estacionárias, possuindo uma variação com o tempo. A forma mais simples da variação temporal de tensão (corrente)

Leia mais

Fibras Ópticas Modulação de um díodo emissor de luz (LED)

Fibras Ópticas Modulação de um díodo emissor de luz (LED) Fibras Ópticas Modulação de um díodo emissor de luz (LED) Equipamento: * Fonte de alimentação * Gerador de sinal * Osciloscópio * Multímetro digital de bancada * LED SFH750V * 2N3904 NPN Transístor * 2N2222A

Leia mais

Curva característica de transferência (VsxVe) em malha aberta, para um ganho de malha aberta de 100.000.

Curva característica de transferência (VsxVe) em malha aberta, para um ganho de malha aberta de 100.000. APLICAÇÕES NÃO LINEARES COM AMPLIFICADOR OPERACIONAL APLICAÇÕES NÃO LINEARES: INTRODUÇÃO 741 Ro = 75 Ohms Apresentação de circuitos não - lineares Saída função não linear do sinal de entrada Larga utilização

Leia mais

MODELAGEM MATEMÁTICA DE UM SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM MÉDIA TENSÃO 1. Gabriel Attuati 2, Paulo Sausen 3.

MODELAGEM MATEMÁTICA DE UM SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM MÉDIA TENSÃO 1. Gabriel Attuati 2, Paulo Sausen 3. MODELAGEM MATEMÁTICA DE UM SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM MÉDIA TENSÃO 1 Gabriel Attuati 2, Paulo Sausen 3. 1 Parte integrante do Projeto de pesquisa Análise, Modelagem e Desenvolvimento

Leia mais

Instalações Elétricas de BT. Odailson Cavalcante de Oliveira

Instalações Elétricas de BT. Odailson Cavalcante de Oliveira Instalações Elétricas de BT Odailson Cavalcante de Oliveira Circuito Monofásico A tensão monofásica refere-se a tensão entre fase e neutro. v = 2Vsen ωt - valor instantâneo de tensão i = 2Isen ωt φ - valor

Leia mais

Aparelhos de Laboratório de Electrónica

Aparelhos de Laboratório de Electrónica Aparelhos de Laboratório de Electrónica Este texto pretende fazer uma introdução sucinta às características fundamentais dos aparelhos utilizados no laboratório. As funcionalidades descritas são as existentes

Leia mais

Capítulo VI. Teoremas de Circuitos Elétricos

Capítulo VI. Teoremas de Circuitos Elétricos apítulo VI Teoremas de ircuitos Elétricos 6.1 Introdução No presente texto serão abordados alguns teoremas de circuitos elétricos empregados freqüentemente em análises de circuitos. Esses teoremas têm

Leia mais

Gráfico da tensão em função da intensidade da corrente elétrica.

Gráfico da tensão em função da intensidade da corrente elétrica. . Introdução A corrente elétrica consiste no movimento ordenado de elétrons e é formada quando há uma diferença de potencial (V) em um fio condutor elétrico. Esse movimento, por sua vez, fica sujeito a

Leia mais

Aula 01 TEOREMAS DA ANÁLISE DE CIRCUITOS. Aula 1_Teoremas da Análise de Circuitos.doc. Página 1 de 8

Aula 01 TEOREMAS DA ANÁLISE DE CIRCUITOS. Aula 1_Teoremas da Análise de Circuitos.doc. Página 1 de 8 ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ZONA SUL CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA II. CIRCUITOS ELÉTRICOS Aula 0 TEOREMAS DA ANÁLISE DE CIRCUITOS Prof. Marcio Leite Página de 8 0 TEOREMA DA ANÁLISE DE CIRCUITOS.0 Introdução

Leia mais

Capacitor em corrente contínua

Capacitor em corrente contínua Capacitor em corrente contínua OBJETIVOS: a) estudar o processo de carga e descarga de um capacitor em regime de corrente contínua; b) verificar experimentalmente o significado da constante de tempo (τ)

Leia mais

Guias de Telecomunicações

Guias de Telecomunicações Guias de Telecomunicações Wander Rodrigues CEFET MG 2005 Sumário Apresentação do Laboratório de Telecomunicações... 04 Circuitos ressonantes... 28 Circuitos osciladores de onda senoidal oscilador Hartley...

Leia mais

PROJETO DE DIPLOMAÇÃO

PROJETO DE DIPLOMAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CARLOS ALBERTO TURCATTO PROJETO DE DIPLOMAÇÃO INVERSOR DE TENSÃO 127V/1kVA Porto alegre 2010 UNIVERSIDADE

Leia mais

Também com o inversor de tensão é possível estabelecer o controle pelo escorregamento, ajustando a tensão e frequência adequadamente.

Também com o inversor de tensão é possível estabelecer o controle pelo escorregamento, ajustando a tensão e frequência adequadamente. - Acionamento e Controle do MI com Inversor de Tensão Nesta proposta, o MI é alimentado com tensões provenientes de inversor de tensão, proporcionando amplitude e frequência variável. Também com o inversor

Leia mais

CRONÔMETRO DIGITAL PROJETO

CRONÔMETRO DIGITAL PROJETO CRONÔMETRO DIGITAL PROJETO OBJETIVOS: a) Verificação do funcionamento dos contadores; b) Aplicabilidade de circuitos contadores; c) Verificação do funcionamento de um cronômetro digital. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Leia mais

6 Estudo de Caso - Sistema Radial de 3 Barras

6 Estudo de Caso - Sistema Radial de 3 Barras 6 Estudo de Caso - Sistema Radial de 3 Barras 6.1 Introdução No primeiro capítulo foi apresentado o objetivo deste trabalho. No segundo capítulo foi feita uma síntese dos conceitos utilizados em estabilidade

Leia mais

OS ELEMENTOS BÁSICOS E OS FASORES

OS ELEMENTOS BÁSICOS E OS FASORES CAPITULO 14 OS ELEMENTOS BÁSICOS E OS FASORES Como foi definido anteriormente a derivada dx/dt como sendo a taxa de variação de x em relação ao tempo. Se não houver variação de x em um instante particular,

Leia mais

a) 200Ω b) 95,24Ω c) 525Ω d) 43,48Ω e) 325Ω

a) 200Ω b) 95,24Ω c) 525Ω d) 43,48Ω e) 325Ω Questão 1: Um técnico em eletrônica combinou três resistores para formar um resistor que faltava na coleção, como indicado na figura. Qual é o valor da resistência que ele formou? 125Ω 100Ω 300Ω a) 200Ω

Leia mais

Lista de Exercícios 2 (L2)

Lista de Exercícios 2 (L2) 1 ELETRÔNICA DE POTÊNICA II Professor: Marcio Luiz Magri Kimpara Lista de Exercícios 2 (L2) 1) Um inversor monofásico de meia-ponte alimenta uma carga resistiva R=10Ω e possui a tensão de entrada Vcc=220V.

Leia mais

Engenharia Biomédica ELECTRÓNICA UNIVERSIDADE DO MINHO ESCOLA DE ENGENHARIA. Ficha Técnica do trabalho prático: Aparelhos de Medida

Engenharia Biomédica ELECTRÓNICA UNIVERSIDADE DO MINHO ESCOLA DE ENGENHARIA. Ficha Técnica do trabalho prático: Aparelhos de Medida DEI 1/15 DEI 2/15 DEI 3/15 DEI 4/15 DEI 5/15 DEI 6/15 Elementos Constituintes Breve Descrição: DEI 7/15 6. PONTAS DE PROVA DO OSCILOSCÓPIO As pontas de prova do osciloscópio têm num extremo um conector

Leia mais

Ruído IPT DEM/DITT/DEC

Ruído IPT DEM/DITT/DEC Ruído O termo ruído se usa geralmente para sinais indesejadas que aparecem durante o processo de medição e podem interferir com o sinal sendo medido, existem dois tipos básicos de ruído: Ruído de Interferência

Leia mais

Aplicação do Conversor SEPIC como Regulador de Tensão em Reatores Eletrônicos com Entrada Universal

Aplicação do Conversor SEPIC como Regulador de Tensão em Reatores Eletrônicos com Entrada Universal 42 Aplicação do Conversor SEPIC como Regulador de Tensão em Reatores Eletrônicos com Entrada Universal SEPIC Usage as Voltage Regulator in Universal Input Electronic Ballasts Leonam V. Hemann, lvhemann@gmail.com

Leia mais

ANÁLISE DE CIRCUITOS LABORATÓRIO

ANÁLISE DE CIRCUITOS LABORATÓRIO ANÁLISE DE CIRCUITOS LABORATÓRIO Ano Lectivo 20 / 20 Curso Grupo Classif. Rubrica Trabalho N.º 2 Equivalentes de Thévenin e de Norton. Transferência Plano de Trabalhos e Relatório: Máxima de Potência,

Leia mais

Disciplina: Máquinas e Automação Elétrica. Prof.: Hélio Henrique DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA

Disciplina: Máquinas e Automação Elétrica. Prof.: Hélio Henrique DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA Disciplina: Máquinas e Automação Elétrica Prof.: Hélio Henrique 1 INTRODUÇÃO 2 3 Introdução O gerador de CA é o meio mais importante

Leia mais

Universidade Federal de Juiz de Fora Laboratório de Eletrônica CEL 037 Página 1 de 7

Universidade Federal de Juiz de Fora Laboratório de Eletrônica CEL 037 Página 1 de 7 Universidade Federal de Juiz de Fora Laboratório de Eletrônica CEL 037 Página 1 de 7 1 Título Prática 3 Aplicações do CI 555 2 Objetivos Apresentar o Circuito Integrado 555 e suas aplicações. Desenvolver

Leia mais

Lista de Exercícios de Eletrônica Analógica. Semicondutores, Diodos e Retificadores

Lista de Exercícios de Eletrônica Analógica. Semicondutores, Diodos e Retificadores Lista de Exercícios de Eletrônica Analógica Semicondutores, Diodos e Retificadores Questões sobre Semicondutores: 1) O que é um material semicondutor? Dê 2 exemplos. 2) O que é camada de valência? 3) O

Leia mais

CORRENTE E RESITÊNCIA

CORRENTE E RESITÊNCIA CORRENTE E RESITÊNCIA Até o momento estudamos cargas em repouso - a eletrostática. A partir de agora concentramos nossa atenção nas cargas em movmento, isto é, na corrente elétrica. Corrente elétrica :

Leia mais

Universidade Federal de Mato Grosso Faculdade de Engenharia Elétrica. Fator de Potência. Orientadora: Prof. Dr. Tereza. Autor: Eng.

Universidade Federal de Mato Grosso Faculdade de Engenharia Elétrica. Fator de Potência. Orientadora: Prof. Dr. Tereza. Autor: Eng. Universidade Federal de Mato Grosso Faculdade de Engenharia Elétrica Fator de Potência Orientadora: Prof. Dr. Tereza Autor: Eng. Valdecir Mateus Cuiabá, Outubro de 2001 Introdução Este trabalho vem apresentar

Leia mais

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 707 PROJETO DE UM INVERSOR MULTINÍVEIS HÍBRIDO PARA MÉDIA TENSÃO INDUSTRIAL. Luiz Gustavo Oliveira Gonçalves

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 707 PROJETO DE UM INVERSOR MULTINÍVEIS HÍBRIDO PARA MÉDIA TENSÃO INDUSTRIAL. Luiz Gustavo Oliveira Gonçalves DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 707 PROJETO DE UM INVERSOR MULTINÍVEIS HÍBRIDO PARA MÉDIA TENSÃO INDUSTRIAL Luiz Gustavo Oliveira Gonçalves DATA DA DEFESA: 22/10/2011 Universidade Federal de Minas Gerais Escola

Leia mais

AEM. Acionamento Eletrônico de Máquinas Elétricas INVERSORES MONOFÁSICOS

AEM. Acionamento Eletrônico de Máquinas Elétricas INVERSORES MONOFÁSICOS AEM Acionamento Eletrônico de Máquinas Elétricas INVERSORES MONOFÁSICOS Professor Ms :Volpiano MODULAÇÃO POR LARGURA DE PULSO PWM Regulador linear Vantagem do conversor chaveado sobre o regulador linear

Leia mais

MANUAL DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO ST8000C

MANUAL DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO ST8000C MANUAL DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO ST8000C Índice Apresentação...3 Introdução...3 Princípio de funcionamento...3 Operação...4 Modo de Operação...4 Esquema elétrico das ligações...4 Sinalizações do equipamento...7

Leia mais

FUNÇÕES MATEMÁTICAS NÚMERO : PI() SENO E COSSENO: SEN() E COS()

FUNÇÕES MATEMÁTICAS NÚMERO : PI() SENO E COSSENO: SEN() E COS() FUNÇÕES MATEMÁTICAS FUNÇÕES MATEMÁTICAS O Excel possui uma série de funções matemáticas em sua biblioteca. Para utilizar uma função, sempre devem ser utilizados os parêntesis, mesmo que estes fiquem vazios.

Leia mais

Parte 05 - Técnicas de programação (mapas de Veitch-Karnaugh)

Parte 05 - Técnicas de programação (mapas de Veitch-Karnaugh) Parte 05 - Técnicas de programação (mapas de Veitch-Karnaugh) Mapas de Veitch-Karnaugh Montar circuitos lógicos a partir de tabela verdade, embora seja tarefa fácil, geral um circuito extremamente grande.

Leia mais

ANÁLISE DE FALHAS DE COMPUTADORES

ANÁLISE DE FALHAS DE COMPUTADORES UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DANIELE APARECIDA DE OLIVEIRA VERANICE POLATO ANÁLISE DE FALHAS DE COMPUTADORES LINHA DE PESQUISA: Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de

Leia mais

Tópicos Especiais em Energia Elétrica (Projeto de Inversores e Conversores CC-CC)

Tópicos Especiais em Energia Elétrica (Projeto de Inversores e Conversores CC-CC) Departamento de Engenharia Elétrica Tópicos Especiais em Energia Elétrica () Aula 4.1 Princípio de Operação dos Inversor Prof. João Américo Vilela Introdução Conversor CC-CA (Inversor) A função de um inversor

Leia mais

Divisão da instalação em circuitos

Divisão da instalação em circuitos Divisão da instalação em circuitos 285 Tipo de proteção a ser empregada Vamos optar pela instalação do DR nos circuitos terminais e DTM na entrada + demais terminais. 286 Página 143 Tipo de proteção a

Leia mais

Filtros Capacitivos para Retificadores

Filtros Capacitivos para Retificadores Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Eletrônica de Potência Filtros Capacitivos para Retificadores Florianópolis, novembro de 2012.

Leia mais

Diodo e Ponte Retificadora

Diodo e Ponte Retificadora Capítulo 5 Diodo e Ponte Retificadora 5.1 Introdução Diodo semicondutor é um componente eletrônico composto de cristal semicondutor de silício ou germânio numa película cristalina cujas faces opostas são

Leia mais

ELETRICIDADE INDUSTRIAL. Professor: Robson Vilela E-mail: nosbor001@hotmail.com

ELETRICIDADE INDUSTRIAL. Professor: Robson Vilela E-mail: nosbor001@hotmail.com ELETRICIDADE INDUSTRIAL Professor: Robson Vilela E-mail: nosbor001@hotmail.com O motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em mecânica. É o mais usado de todos os tipos de motores,

Leia mais

A Transformada de Fourier e Suas Aplicações

A Transformada de Fourier e Suas Aplicações Ciclo de Seminários Técnicos A Transformada de Fourier e Suas Aplicações Joseana Macêdo Fechine Grupo PET Computação DSC/CEEI/UFCG Agenda Motivação Transformada de Fourier: Breve Histórico Conceitos Básicos

Leia mais

Protótipo de um túnel de vento com Controle de Vazão e Temperatura em ambiente LabVIEW

Protótipo de um túnel de vento com Controle de Vazão e Temperatura em ambiente LabVIEW Protótipo de um túnel de vento com Controle de Vazão e Temperatura em ambiente LabVIEW "O kit de desenvolvimento do LabVIEW mostrou-se uma excelente alternativa em relação às outras ferramenta de desenvolvimento

Leia mais

Cap. 2 Hart, Eletrônica de Potência. Cálculos de potência

Cap. 2 Hart, Eletrônica de Potência. Cálculos de potência Cap. 2 Hart, Eletrônica de Potência Cálculos de potência Material auxiliar Revisão de circuitos RL Me Salva! RLC10 - Indutores: Introdução https://www.youtube.com/watch?v=yaicexbwtgg Me Salva! RLC11 -

Leia mais

CHAVES DE PARTIDA. Prof. Marcos Fergütz mar/2014

CHAVES DE PARTIDA. Prof. Marcos Fergütz mar/2014 CHAVES DE PARTIDA Prof. Marcos Fergütz mar/2014 TIPOS DE CIRCUITOS CIRCUITO DE POTÊNCIA CIRCUITO DE COMANDO CIRCUITO QUE OPERA À CORRENTE NOMINAL DA CARGA A SER ACIONADA. CIRCUITO QUE OPERA A LÓGICA DE

Leia mais

- 21-7897-5100 Efeitos e causas de harmônicas no sistema de energia elétrica

- 21-7897-5100 Efeitos e causas de harmônicas no sistema de energia elétrica Efeitos e causas de harmônicas no sistema de energia elétrica A análise aqui feita baseia-se no texto da recomendação IEEE-519 [4.1] que trata de práticas e requisitos para o controle de harmônicas no

Leia mais

v = velocidade média, m/s; a = aceleração média do corpo, m/s 2 ;

v = velocidade média, m/s; a = aceleração média do corpo, m/s 2 ; 1. Cinemática Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - Laboratório de Engenharia Agrícola EAG 0304 Mecânica Aplicada Prof. Ricardo Ferreira

Leia mais

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I EPO I Aula 22 Chaves estáticas UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I Aula 22

Leia mais

Projeto pelo Lugar das Raízes

Projeto pelo Lugar das Raízes Projeto pelo Lugar das Raízes 0.1 Introdução Controle 1 Prof. Paulo Roberto Brero de Campos Neste apostila serão estudadas formas para se fazer o projeto de um sistema realimentado, utilizando-se o Lugar

Leia mais

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS Prof. Epaminondas de Souza Lage Introdução Os motores de indução monofásicos possuem uma grande aplicabilidade e funcionalidade, que se estendem desde as nossas residências

Leia mais

Trabalho sobre Topologia de Redes

Trabalho sobre Topologia de Redes Trabalho sobre Topologia de Redes Emerson Baptista da Silva 27 de Janeiro de 2013 Topologia das Redes A topologia de rede descreve como o fica a sua situação física através do qual os dados, imagens e

Leia mais

Implementação de um Filtro Activo de Potência para Optimização da Interface entre a Rede e outros Sistemas Eléctricos

Implementação de um Filtro Activo de Potência para Optimização da Interface entre a Rede e outros Sistemas Eléctricos Capítulo 3 Simulação de Sistemas de Controlo do Filtro Activo Série em Várias Condições de Operação 3.1 Introdução Neste capítulo são apresentados alguns modelos computacionais, desenvolvidos em Matlab/Simulink

Leia mais

Problemas de Mecânica e Ondas 8

Problemas de Mecânica e Ondas 8 Problemas de Mecânica e Ondas 8 P 8.1. ( Introdução à Física, J. Dias de Deus et. al. ) a) A figura representa uma onda aproximadamente sinusoidal no mar e uma boia para prender um barco, que efectua 10

Leia mais

Artigo publicado na Revista Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Vol. 16 n o 2, 1990 - Editora da EFEI

Artigo publicado na Revista Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Vol. 16 n o 2, 1990 - Editora da EFEI ART493-07 - CD 6-07 - PÁG.: 1 ANÁLSE E SMULAÇÃO DO CONVERSOR DE 1 PULSOS Ângelo José Junqueira Rezek (*) João Roberto Cogo (*) Jocélio Souza de Sá (*) José Policarpo Gonçalves de Abreu (*) Alexandre Silva

Leia mais

Operações Básicas em Sinais 1

Operações Básicas em Sinais 1 Operações Básicas em Sinais Operações realizadas em variáveis dependentes Mudança de escala de amplitude Adição Multiplicação Diferenciação Integração Operações Básicas em Sinais 1 Operações Realizadas

Leia mais

Circuito Elétrico - I

Circuito Elétrico - I 1 1. Um resistor de 32 ohms é ligado em paralelo a outro resistor de 20 ohms e o conjunto é ligado a uma fonte de tensão de 12VDC. a) Qual é a resistência da ligação em paralelo? b) Qual é a corrente total

Leia mais

MANUAL DE INSTRUÇÕES 6 a Edição 07/2007. HipER-1. Fonte para Soldagem Submarina.

MANUAL DE INSTRUÇÕES 6 a Edição 07/2007. HipER-1. Fonte para Soldagem Submarina. MANUAL DE INSTRUÇÕES 6 a Edição 07/2007 HipER-1 Fonte para Soldagem Submarina. 1 - INTRODUÇÃO Este manual descreve os componentes básicos para a operação da fonte de soldagem HIPER-1, este equipamento

Leia mais

PROJETOS DE INVERSORES

PROJETOS DE INVERSORES PROJETOS DE INVERSORES Prof. Ivo Barbi Este documento reúne relatórios escritos pelos atuais professores, Telles B. Lazzarin Romeu Hausmann Hugo S. Larico Glayson Luiz Piazza quando cursaram a disciplina

Leia mais

Capítulo IX. Carregamento de transformadores

Capítulo IX. Carregamento de transformadores 42 Capítulo IX Carregamento de transformadores Por Manuel Luís Barreira Martinez* A tipificação dos transformadores contempla três agrupamentos distintos, o que em tese significa três diferentes tipos

Leia mais

Turbina eólica: conceitos

Turbina eólica: conceitos Turbina eólica: conceitos Introdução A turbina eólica, ou aerogerador, é uma máquina eólica que absorve parte da potência cinética do vento através de um rotor aerodinâmico, convertendo em potência mecânica

Leia mais

Prof. Dr. Emerson S. Serafim 1

Prof. Dr. Emerson S. Serafim 1 H4- Conhecer as características da velocidade síncrona e do escorregamento em um motor trifásico; H5- Conhecer as características do fator de potência de um motor de indução; H6- Conhecer as características

Leia mais

Fonte de alta tensão CA/CC simultânea. Manual de operação

Fonte de alta tensão CA/CC simultânea. Manual de operação Fonte de alta tensão CA/CC simultânea Manual de operação Atenção! Risco de Vida! Este equipamento gera tensões e correntes que podem ser letais! Leia este manual até o fim, e somente tente utilizar o equipamento

Leia mais

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I Retificadores monofásicos a diodo com filtro capacitivo

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I Retificadores monofásicos a diodo com filtro capacitivo UNIESIDADE DO ESTADO DE SANTA CATAINA CENTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPATAMENTO DE ENGENHAIA ELÉTICA CUSO DE ENGENHAIA ELÉTICA ELETÔNICA DE POTÊNCIA I etificadores monofásicos a diodo com filtro capacitivo

Leia mais

Sistemas Digitais Ficha Prática Nº 7

Sistemas Digitais Ficha Prática Nº 7 Departamento de Sistemas Digitais Ficha Prática Nº 7 Implementação de um conversor analógico/ digital tipo Flash: com Codificador e com Descodificador Grupo: Turma: Elementos do Grupo: 1. Introdução Os

Leia mais

RESUMO TEÓRICO CONVERSORES DIGITAL/ANALÓGICO

RESUMO TEÓRICO CONVERSORES DIGITAL/ANALÓGICO RESUMO TEÓRICO CONERSORES DIGITAL/ANALÓGICO Baseado na apostila Conversor Digital/Analógico da disciplina PCS 2498 LABORATÓRIO DE PROCESSADORES II Autores: Andréa Massamyi Matsunaga e Maurício Ossamu Tsugawa

Leia mais

II-6 Análise de ruído e capacidade de canal

II-6 Análise de ruído e capacidade de canal II-6 Análise de ruído e capacidade de canal (28 de janeiro de 2013) 1 Sumário 1. Causa dos erros na transmissão 1. Modelo AWGN e ISI 2. Modelo BSC 3. Efeito do ruído 4. Relação sinal/ruído 2. Curvas de

Leia mais

As constantes a e b, que aparecem nas duas questões anteriores, estão ligadas à constante ρ, pelas equações: A) a = ρs e b = ρl.

As constantes a e b, que aparecem nas duas questões anteriores, estão ligadas à constante ρ, pelas equações: A) a = ρs e b = ρl. 9.3. Representando a constante de proporcionalidade por ρ, podemos reunir as equações R = a L e R = b S 1 (vistas nas duas questões anteriores) da seguinte maneira: L R = ρ (segunda lei de Ohm). S As constantes

Leia mais

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. Compensação Reativa em Circuitos Secundários Aéreos de Baixa Tensão.

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. Compensação Reativa em Circuitos Secundários Aéreos de Baixa Tensão. XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2008-06 a 10 de outubro Olinda - Pernambuco - Brasil Compensação Reativa em Circuitos Secundários Aéreos de Baixa Tensão. Alessandro Gomes

Leia mais

Figura 3 Diagrama do conversor buck a ser estudado

Figura 3 Diagrama do conversor buck a ser estudado Conversores cc-cc: Choppers 1. Conversor Buck Nesta primeira parte iremos estudar o funcionamento de um conversor buck. A carga é composta por um filtro LC e um resistor em paralelo com o capacitor. A

Leia mais

CAPÍTULO 2 AMOSTRAGEM DE SINAIS CONTÍNUOS 2.1 CONVERSORES ANALÓGICO-DIGITAL E DIGITAL-ANALÓGICO

CAPÍTULO 2 AMOSTRAGEM DE SINAIS CONTÍNUOS 2.1 CONVERSORES ANALÓGICO-DIGITAL E DIGITAL-ANALÓGICO 17 Prof. César Janeczko (2º semestre de 2014) CAPÍTULO 2 AMOSTRAGEM DE SINAIS CONTÍNUOS 2.1 CONVERSORES ANALÓGICO-DIGITAL E DIGITAL-ANALÓGICO Muitos dos sinais diretamente encontrados na ciência e engenharia

Leia mais