CORRELAÇÃO ENTRE FREQÜÊNCIA ALIMENTAR DE LACTANTES E ACIDEZ NO LEITE DE UM BANCO DE LEITE HUMANO*
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- Malu Klettenberg de Almeida
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1 ISSN Alim. Nutr., Araraquara v.20, n.2, p , abr./jun CORRELAÇÃO ENTRE FREQÜÊNCIA ALIMENTAR DE LACTANTES E ACIDEZ NO LEITE DE UM BANCO DE LEITE HUMANO* Isis Sabrina SCARSO** Ernani PORTO*** Solange Guidolin CANNIATTI-BRAZACA*** RESUMO: O Banco de Leite Humano (BLH) é responsável pela promoção e incentivo ao aleitamento materno. São obrigatórias as análises de acidez Dornic no leite humano cru e de coliformes após pasteurização em todas as amostras recebidas. Alguns fatores são apontados como determinantes da acidez: composição química do leite, crescimento microbiano, temperatura de armazenamento e supostamente a alimentação da nutriz. Foi aplicado questionário de freqüência alimentar a quarenta e nove doadoras cadastradas no BLH de Sorocaba, abordadas em visitas domiciliares. O estudo, visou constatar os hábitos alimentares das lactantes e correlacionar os grupos de alimentos selecionados com os valores de acidez Dornic, através da correlação de Pearson. De acordo os valores encontrados não foi possível estabelecer correlação entre os alimentos consumidos pelas lactantes e os valores de acidez do leite. PALAVRAS-CHAVE: Dieta alimentar; freqüência alimentar; leite humano; acidez Dornic. INTRODUÇÃO O Banco de Leite Humano (BLH) é responsável pela promoção e incentivo ao aleitamento materno e execução de coleta, processamento e controle de qualidade do colostro, leite de transição e leite humano maduro, para posterior distribuição, sob prescrição médica ou de nutricionista. 1, 3, 4, 5, 6, 7 Nos BLHs são obrigatórias as análises de acidez Dornic no leite humano (LH) cru e de coliformes no pasteurizado, em todas as amostras recebidas. O limite estabelecido pela RDC 171, de 4 de setembro de para acidez é < 8 D acidez, valores maiores condenam o produto para o consumo. A acidificação do leite pode levar à redução dos componentes nutricionais - principalmente a diminuição da biodisponibilidade do cálcio e fósforo presentes e imunológicos e desqualificar sua utilização. 9 A medida da acidez é feita individualmente e alguns fatores são apontados como determinantes desta, como: composição química do leite, crescimento microbiano, temperatura de armazenamento e, possivelmente, a alimentação da nutriz. 5, 8, 9, 10 A lactação é uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos, psicológicos e o desenvolvimento da criança no seu primeiro ano de vida. 8 A lactação provoca no organismo feminino modificações fisiológicas que resultam em aumento dos requisitos nutricionais. A dieta, nestas circunstâncias, deve prover as necessidades básicas do organismo materno e suprir a quota recomendada para a produção láctea de forma a manter as condições de nutrição da mulher durante a lactação. 10 Em média, a mulher é capaz de secretar meio litro de leite entre a primeira e segunda semana pós-parto, depois, até um litro pode ser secretado por dia até o quinto mês pós-parto. 11 Estudos de Tudisco et al. 10 verificaram a ingestão de alimentos por mulheres no período da lactação. Foram entrevistadas 190 lactantes em visitas domiciliares. O questionário foi elaborado na forma de inquérito alimentar que relata o recordatório de 24h. Os alimentos foram agrupados em: cereais e derivados, féculas, leguminosas, hortaliças, frutas, carnes e ovos, embutidos, leite e derivados. O estudo identificou o padrão alimentar caracterizado pelo consumo de açúcar refinado, óleo vegetal, arroz, feijão, pão, leite tipo C, carne bovina, batata, macarrão, alface, tomate, banana e laranja, mostrando ser a dieta satisfatória em termos qualitativos e indicando que o grupo analisado é bastante racional na seleção de seus alimentos. O objetivo deste estudo foi verificar os hábitos alimentares das doadoras e correlacionar os valores de acidez Dornic com a dieta aplicando questionários de freqüência alimentar. * Trabalho elaborado com auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Processo nº 2006/ ** Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos Curso de Mestrado Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo USP Piracicaba SP Brasil. *** Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz USP Piracicaba SP Brasil. eporto@esalq.usp.br; sgcbraza@esalq.usp.br. 301
2 MATERIAL E MÉTODOS O BLH do Conjunto Hospitalar de Sorocaba que colaborou com a pesquisa possui número reduzido de doadoras em seu banco de dados, aproximadamente 30 doadoras eram cadastradas. Destas, 90% pertencem a classe sócioeconômica baixa, residindo em lugares de difícil acesso e na sua maioria em condições de saneamento básico precárias. Esse número variou consideravelmente, pois o BLH em questão possui acordo de cooperação com unidades de postos de coleta de leite que enviam LH para a pasteurização e tais amostras também foram contempladas nesta pesquisa. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade de Campinas, campus Piracicaba, São Paulo. A caracterização do padrão de consumo alimentar foi realizada agrupando os alimentos mais consumidos pelas lactantes em grandes grupos, ou seja, grupo das hortaliças: alface, couve e chicória; grupo das frutas e grupo das leguminosas. O questionário foi aplicado pela própria pesquisadora, durante as coletas domiciliares, em nutrizes que faziam parte do grupo de doadoras do BLH de Sorocaba. Foi realizada entrevista, inquérito alimentar, com 49 doadoras a respeito de sua alimentação. O registro alimentar incluiu: horário das refeições, forma de preparo dos alimentos e quantidades em medidas caseiras, tendo um catálogo fotográfico para auxiliar. Através do questionário foi possível verificar a freqüência de consumo de determinados grupos de alimentos, sendo escolhidos: alimentos ácidos (frutas, legumes), à base de amido (arroz, batata, etc), leguminosas em geral e os alimentos gordurosos ou associados a grandes índices de teor calórico. Como critério de seleção dos alimentos a serem aplicados no questionário foi utilizada a hipótese da degradação lipídica de alguns alimentos e a constituição naturalmente ácida de outros. Tais critérios poderiam, supostamente, interferir na acidez do leite materno. De acordo com os interesses da pesquisa foram enfatizados grupos que continham alimentos ácidos e ou gordurosos que durante o metabolismo poderiam produzir ácidos livres que interfeririam na acidez do leite secretado. O levantamento dos dados nutricionais foi elaborado utilizando o programa Microsoft Excel do pacote Microsoft Office Os dados foram agrupados de acordo com o valor de acidez Dornic recebida na análise físicoquímica do leite humano. Para tanto, foi estabelecido um grupo referente às amostras de LH aprovadas por acidez ou seja, aquelas que apresentaram valores inferiores ou iguais a 8ºD e outro grupo referente as amostras rejeitadas por acidez elevada (> 8ºD). Foi designado um índice percentual de acordo com os alimentos e o número total de questionários aplicados. E foi considerado como diferente um índice de 20 % em relação à freqüência de alimentos consumidos por grupo estabelecido. O coeficiente de correlação de Pearson foi usado para verificar a correlação entre o valor da acidez Dornic e consumo de alimentos, sendo correlacionada a frequência de alimento consumido para acidez dentro da normalidade e a frequência de alimento consumido para acidez elevada. O nível de significância foi estabelecido em p > 0,05. RESULTADOS E DISCUSSÃO O questionário foi aplicado a 49 doadoras de leite humano, sendo que 65,31% (32 doadoras) apresentaram amostras de LH com acidez < 8ºD; e 34,69% (17 doadoras), amostras acima do valor aceito para acidez (> 8ºD). Durante a entrevista foi possível observar dificuldade das doadoras na distinção dos itens alimentares, como é o caso da margarina, citada inúmeras vezes como manteiga. O mesmo ocorreu com o grupo das leguminosas, no qual sempre houve necessidade de exemplificação de produtos. A Tabela 1, demonstra os dados agrupados e calculados em porcentagem. Os dados da Tabela 1 foram apresentados de acordo com os valores de acidez encontrados nas amostras de leite humano. Para tal, os índices percentuais foram re-agrupados conforme a Tabela 2 em: mais freqüentes (somando os alimentos consumidos com freqüência alimentar diária e semanal pelas lactantes) e menos freqüentes (para alimentos consumidos mensalmente, eventualmente e não consumidos pelo grupo de mulheres estudado). Como indicado na Tabela 2, os índices percentuais encontrados aparecem dentro da faixa estabelecida de 20% de diferença entre as colunas mais freqüentes e menos freqüentes. O grupo de alimento miúdos aparece como exceção, sendo consumido por 75% das lactantes entrevistadas que possuíam amostras com acidez aprovada; este índice de consumo é de 100% entre as lactantes que possuíam amostras ácidas. Os valores são iguais quanto à freqüência de consumo para os alimentos: carne bovina, bebida alcoólica e banha, e muito próximos para os demais alimentos como: leite, ovos, hortaliças e refrigerantes. Para o grupo de leites, o consumo diário de leite tipo C foi relatado pela quase totalidade das entrevistadas, média de 81,9% entre os grupos, sendo 87,5% para o grupo das amostras não ácidas e 76,47% para o grupo de amostras que apresentou acidez elevada. Dado este semelhante aos encontrados por Tudisco et al. 10 que estudaram padrão alimentar em mães de nível sócio-econômico baixo durante a fase de lactação. Tal estudo relatou a prevalência de consumo de leite integral tipo C para mulheres nesta condição. Quanto aos grupos de alimentos protéicos de origem animal como: ovos, carne bovina e frango, o consumo semanal prevaleceu, encontrando valores médios de 90% para o consumo de frango, por exemplo. No grupo das leguminosas e hortaliças, o índice de consumo diário e semanal foi estabelecido em 97%. Sendo que no grupo de leguminosas o feijão foi o mais citado e 302
3 Tabela 1 Distribuição da freqüência de consumo alimentar de lactantes doadoras de LH. Freqüência alimentar (%) Grupo referente as amostras de LH aprovadas por acidez Grupo referente as amostra de LH rejeitadas por acidez Grupo D S M E N D S M E N leite 87,50 3, ,38 76,47 17, ovos 6,25 68,75 18, ,25 11,76 64,71 11, ,76 carne bovina 50,00 50, ,65 82, frango 6,25 84, ,38 5,88 94, peixe... 3,13 68,75 9,38 18, , ,65 miúdos... 25,00 18,75 21,88 34, ,88 47,06 47,06 leguminosas 87,50 12, ,59 23, ,88 hortaliças 75,00 18, ,25 47,06 52, doces 28,13 43,75 6, ,88 47,06 41, ,76 fritura 12,50 65,63 12,50 6,25 3,13 11,76 76,47 5, ,88 refrigerantes 9,38 31, , ,82 5, ,29 sucos 87,50 12, ,59 17, ,76 café 34,38 12,50 3, ,13 17,65 47, ,41 bebida alcoólica , , , ,12 frutas 62,50 31,25 3, ,13 64,71 29, ,88 manteiga 3,13 3,13 3,13 6,25 84, ,76 5, ,35 margarina 75,00 9,38 3, ,50 47,06 11, ,18 banha , ,00 óleo 96, ,13 100, Nota: sinal convencional utilizado:... dado não numérico não disponível D consumo diário; S consumo semanal; M consumo mensal; E consumo eventual (1 vez por ano); N nunca consome. no de hortaliças, alface. Fato semelhante foi observado nos estudos desenvolvidos por Tudisco et al. 10 no qual o feijão do grupo das leguminosas foi o único componente citado, e quanto ao grupo de hortaliças a preferência das mães foi por alface. O consumo do grupo de alimentos preparados fritos (fritura) foi mais frequente para as doadoras que apresentaram amostras de LH com acidez mais elevada (8 D) as quais apresentaram consumo diário (11,76%) somado ao semanal (76,48%) igual a 88,24%, já as doadoras que apresentaram amostras de LH com acidez aprovada (< 8 D) apresentaram consumo diário (12,50%) somado ao semanal (65,63%) igual a 78,13%. Para as amostras aprovadas o consumo mais frequente foi 10,11% menor que o consumo mais frequente das amostras rejeitadas (Tabela 2) indicando que as doadoras que tiveram maiores índices de acidez consumiram com maior freqüência frituras. Para doces, o grupo das amostras de leite humano rejeitados por acidez elevada, apresentou índice de consumo diário e semanal igual a 88,24%, valor este considerado significante perto do índice 11,76% encontrado nas lactantes que nunca consomem doces. O consumo acentuado de sucos entre as lactantes foi observado em ambos os grupos, ficando o índice percentual próximo a 90%, somando o consumo diário e semanal. Este item procurou avaliar o consumo de sucos naturais, porém os altos índices encontrados foram relacionados com sucos artificiais disponíveis em pó no comércio. Conforme Tabela 1, dentre o grupo de lactantes com amostras aprovadas por acidez, é possível observar índice igual a 53,13% para o não consumo de café puro. Enquanto para o outro grupo foi encontrado um valor muito próximo, 47,06%, porém para o consumo semanal desta bebida. O não consumo de bebida alcoólica prevaleceu nos dois grupos analisados com índices de 93,75% e 94,12% entre os grupos com amostras aprovadas e rejeitadas por acidez, respectivamente. Semelhante aos dados encontrados por Tudisco et al., 10 para o consumo de frutas houve predomínio de banana e laranja, porém o presente estudo relata índices percentuais próximos a 60% para ingestão diária enquanto no estudo comparativo esta foi considerada mínima. O baixo consumo de frutas pelas lactantes pode ser explicado por Ichisato, 8 que pesquisou sobre aleitamento materno e as 303
4 Tabela 2 Dados agrupados em maior e menor frequência de consumo. Grupo/alimento Grupo referente as amostras de LH aprovadas por acidez Grupo referente as amostras de LH rejeitadas por acidez Leite 90,63 9,38 94,12 5,88 Ovos 75,00 25,00 76,47 23,53 Carne bovina 100, ,00... Frango 90,63 9,38 100,00... Peixe 3,13 96, ,00 Miúdos 25,00 75, ,00 Leguminosas 100, ,12 5,88 Hortaliças 93,75 6,25 100,00... Doces 71,88 28,13 88,24 11,76 Fritura 78,13 21,88 88,24 11,76 Refrigerantes 40,63 59,38 58,82 41,18 Sucos 100, ,24 11,76 Café 46,88 56,25 64,71 29,41 Beb. alcoólica , ,00 Frutas 93,75 6,25 94,12 5,88 Manteiga 6,25 93,75 11,76 88,24 Margarina 84,38 15,63 58,82 41,18 Banha , ,00 Óleo 96,88 3,13 100,00... Nota: sinal convencional utilizado: (...) dado não numérico não disponível 1 mais freqüentes (%) 2 menos freqüentes (%) Tabela 3 Correlação entre dados de acidez Dornic e consumo de alimentos. Correlação de Pearson Correlação p-valor Acidez Dornic (ºD) X % de alimentos consumidos 0, , crenças alimentares e verificou através de relatos de mulheres lactantes que estas acreditavam que tudo que comiam passava para o leite materno e poderiam muitas vezes fazer mal a criança. Os mais antigos ordenavam às lactantes que restringissem a ingestão de algumas frutas e isso era respeitado. No grupo óleos e gorduras onde se contemplam: margarina, manteiga, óleos e banha o mais consumido foi a margarina, 84,38% do consumo diário e semanal do grupo de amostras aprovadas por acidez. Este valor é igual a 58,82% para a mesma freqüência do grupo de amostras rejeitadas por acidez. A diferença entre os índices percentuais é 25,56%, ultrapassando o critério estabelecido (20%). Porém, este alimento em questão foi motivo de muitas incertezas por parte das entrevistadas, havendo sempre um equívoco entre a distinção de manteiga e margarina. Pequenas diferenças foram observadas em relação ao consumo de alimentos e valores de acidez, como é o caso dos grupos óleos e gorduras e do grupo miúdos que ultrapassaram o critério estabelecido de 20% de diferença. As variáveis, acidez Dornic e consumo de alimentos foram correlacionadas utilizando o coeficiente de correlação de Pearson. Para a variável acidez Dornic foi realizada a média dos valores de acidez de todas as amostras analisadas (49 amostras) e para a variável consumo de alimentos foram utilizados os dados descritos na Tabela 2, na coluna dos alimentos mais frequentemente consumidos. A Tabela 3 demonstra os valores obtidos na correlação. Pode-se observar que para os valores médios de acidez, o coeficiente de correlação amostral foi de 0, indicando uma baixa correlação. A Tabela 3 também testa as hipóteses: H0 : r 0 H1 : r 0. Como p-valor >α=5% então não rejeita-se H 0, indicando que estatisticamente não existe uma relação linear entre as variáveis envolvidas no estudo (α: nível de significância). 304
5 De acordo com os valores encontrados não foi possível estabelecer correlação entre os alimentos consumidos pelas lactantes e os valores de acidez encontrados nas amostras de leite humano. Devido a maior parte das doadoras (90%) residirem em lugares em condições precárias de saneamento básico, é importante considerar a hipótese de contaminação do leite no ato da ordenha e consequente acidificação do leite. 9 Embora exista na literatura trabalhos sobre alimentação de lactantes, não há trabalhos científicos que estude alimentação das lactantes doadoras de LH em relação a acidez Dornic, para a comparação e discussão dos dados. Mais pesquisas nessa área são importantes para esclarecer o papel da acidez no leite humano. O presente estudo não encontrou relação entre consumo de alimentos e acidez do leite humano. CONCLUSÃO Para os dados de consumo de alimentos apresentados não foi estabelecida correlação com a acidez Dornic das amostras analisadas. Pesquisas mais aprofundadas poderão ser realizadas nesta frente de estudo. SCARSO, I. S.; PORTO, E.; CANNIATTI-BRAZACA, S. G. Correlation between alimentary frequency of mother who feeding by breast feeding and milk acidity of bank of human milk. Alim. Nutr., Araraquara, v. 20, n. 2, p , abr./jun ABSTRACT: The Bank of Human Milk (BHM) is responsible for the promotion and incentive to maternal breast feeding. In the raw human milk are obligatory the analyses of acidity Dornic and coliforms after pasteurized in all of the received samples. Some factors are pointed as determinant of the acidity, such as: milk chemical composition, microbial growth, storage temperature and the feeding of the lactant supposedly. A questionnaire of alimentary frequency was applied to forty nine donors registered in the Sorocaba BHM, they were approached in home visits. The aim of the present study is to establish the correlation between alimentary habits and values of acidity Dornic using Pearson`s coefficient. According to the results, there wasn t a correlation between food consumption by the mothers who were feeding by breast feeding and the acidity of milk. KEYWORDS: Alimentary diet; alimentary frequency; human milk; acidity Dornic. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALMEIDA, J. A. G. Amamentação: um híbrido da natureza-cultura. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, p. 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 171, de 04 de dezembro de Estabelece o banco de leite humano dentro da regulamentação técnica é o responsável pela promoção, execução, processamento e controle do colostro, leite de transição e leite maduro, para posterior distribuição sob prescrição do médico ou de nutricionista. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 05 dez Seção 2, p CANOTILHO, A. A amamentação no peito: como e porquê amamentar, doenças transmissíveis. Disponível em: htm. Acesso em: 17 jan CAVALCANTE, J. L. P. Aspectos físico-químicos do leite humano cru e congelado f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CAVALCANTE, J. L. P. et al. Uso da acidez titulável no controle de qualidade do leite humano ordenhado. Ciênc. Tecnol. Alim., v.25, n.1, p , HAMOSH, M. Bioactive factors in human milk. Pediatr. Clin. North Am., v. 48, n.1, p.69-86, HEINE, W. Is mother s milk the most suitable food for very low birth weight infants? Early Hum. Develop., v.29, n.1-3, p , ICHISATO, S. M. T.; SHIMO, A. K. K. Aleitamento materno e as crenças alimentares. Rev. Lat. Am. Enfer., v.9, n.5, p.70-76, NOVAK, F. R.; CORDEIRO, D. M. The correlation between aerobic mesophilic microorganism counts and Dornic acidity in expressed human breastmilk. J. Pediatr., v.83, n.1, p.87-91, TUDISCO, E. S. et al. Comparação do padrão alimentar de mães de baixo nível sócio-econômico durante a fase de lactação e após desmame. Rev. Saúde Públ., v.19, n.2, p , WILSON, E. D.; FISHER, K. H.; FUQUA, M. E. Principles of nutrition. 3 rd ed. New York: John Wiley & Sons, p. 305
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