XX Encontro Anual de Iniciação Científica EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG
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- Raul Paiva Flores
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1 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FÁCIES AMBIENTAL NO PLANALTO DE PALMAS/ÁGUA DOCE: O CASO DA HS1 Leandro Oliveira (PIBIC/CNPq/UNIOESTE), Júlio César Paisani (Orientador), julio.paisani@unioeste.br Universidade Estadual do Oeste do Paraná/ Centro de Ciências Humanas/ Campus de Francisco Beltrão/ PR Palavras-chave: formações superficiais, Quaternário, Planalto de Palmas/Água Doce Geociências - Geomorfologia Resumo As formações Superficiais foram caracterizadas com a obtenção de informações a respeito da identificação e caracterização de fácies ambiental no Planalto de Palmas/Água Doce: o caso da HS1. O canal de 2ª ordem hierárquica colmatado apresenta 7 camadas litológicas, 2 pedoestratigráficas e 5 aloformacões geradas entre o Pleiscoceno Superior e o Holoceno. O movimento de massa das encostas e a área-fonte de sedimentos próxima do canal revelam registros importantes do Quaternário no Sudoeste do Paraná. Introdução As paisagens do Sudoeste do Paraná possuem poucas referências de trabalhos Geocientíficos que busquem compreendê-las. No Sudoeste do Paraná predominam formações superficiais in situ, originado pelo intemperismo de rochas dos derrames vulcânicos que produziram latossolos e nitossolos. Registros estratigráficos quaternários coluviais, aluviais e paleossolos são raros no sudoeste do Paraná e coram identificados no Planalto de Palmas/Água (PAISANI et al., 2008). O Grupo de Pesquisa Gênese e Evolução de Superfícies Geomórficas e Formações Superficiais, cadastrado no CNPq, vem desenvolvendo conhecimentos Geocientíficos a respeito das paisagens do Sudoeste do Paraná, essencialmente, através da caracterização de seções estratigráficas. A HS1 é exemplo de seção estratigráfica que vem sendo caracterizada pelo Grupo de Pesquisa nessa área. Este trabalho traz informações a respeito da identificação e caracterização de fácies ambiental no Planalto de Palmas/Água Doce: o caso da HS1. Materiais e métodos
2 As formações superficiais da seção HS1 foram organizadas sistematicamente por critérios estratigráficos e são apresentados a seguir (PAISANI et al., submetido). Figura 1 Estratigrafia da HS1. 1: saprolito do riolito. 2: cascalho lamoso macio com clastos suportados. 3: cascalho lamoso com matriz suportada. 4: lama cascalhenta com atriz suportada. 5: horizontes pedológicos. 6: manchas de hidromorfia. 7: raízes. 8: bioturbação. 9: contato abrupto. 10: contato erosivo. 11: contato erosivo. 12: contato claro com incisão de canal. UP: unidade pedoestratigráfica. A: horizonte superficial rico em matéria orgânica. AC: horizonte de transição. Cg: horizonte hidromórfico. b: horizonte enterrado. O canal de 2ª ordem hierárquica colmatado apresenta 7 camadas litológicas, 2 pedoestratigráficas e 5 aloformacões geradas entre o Pleiscoceno Superior e o Holoceno. Em relação às camadas litológicas foram classificadas em: 2 aluviais (camadas I e III), 1 colúvio-aluvial
3 (camada II), 3 coluviais (camada IV, V e VI) e 1 tecnogênica (camada VII). Quanto às fácies ambiental foram descritas em: depósito aluvial constituído de cascalho lamoso maciço com clastos suportados ( 0 m 2 MyG-A) nas camadas I e III; depósito colúvio-aluvial pedogenizado constituído de lama (mm-ac) na camada II; depósito coluvial constituído de lama (m 2 M-C; mm-c) e cascalho lamoso maciço com matriz suportada com 2 lentes de lama contíguas ( 0 m 2 MyG-C) na camada IV; linha de pedras descontínua, constituída de cascalho lamoso maciço com matriz suportada ( 0 m 1 MyG-C) na camada V; depósito coluvial pedogenizado constituído de lama (mm-c) na camada VI e depósito tecnogênico constituído de lama cascalhenta com matriz suportada ( 0 m 1 GyM-T) na camada VII. Foram extraídas as classes granulométricas de 22 amostras das camadas I, II, V, VI e VII da seção HS1 do Planalto de Palmas/Água Doce. Utilizou-se no laboratório de Análise de Formações Superficiais da UNIOESTE-FBE o processo de peneiramento para obtenção das classes granulométricas em mm, escala de tamanho de Wentworth (1922), obtendo-se areia muito fina, fina, média, grossa, muito grossa, grânulo e seixo. Calcularam-se os parâmetros estatísticos granulométricos dessas classes através do programa GRÂNULO (UNESP). Tal programa calcula os percentis 5, 16, 25, 50, 75, 84 e 95 da distribuição e os parâmetros estatísticos granulométricos (diâmetro médio, grau de seleção, assimetria e curtose) baseados nas equações de Folk e Ward (1957). As classes utilizadas para realização da análise de morfoscopia são as mesmas obtidas por peneiramento que foram utilizadas para o cálculo dos parâmetros estatísticos. Utilizou-se o microscópio petrográfico do laboratório de Microscopia Ótica, da UNIOESTE-FBE, com lente de 2mm para as análises da morfoscopia nas frações areia muito fina a areia média. Já as classes de areia grossa a seixo fez-se a análise com uso de lupa. Analisaram-se os constituintes e o grau de arredondamento/esfericidade, conforme diagrama de Pettijohn et al. (NICHOLS, 1999). Realizaram-se as contagens dos grãos analisados conforme o número da população, conforme pressupostos estatísticos (GERARDI & SILVA, 1981), para converter em porcentagem os constituintes e o arredondamento/esfericidade, proporcional à quantidade total. Resultados e Discussão Os parâmetros estatísticos das camadas II, V, VI e VII da seção apresentaram grau de seleção muito pobremente selecionado e lama como diâmetro médio. A camada I apresentou grau de seleção extremamente mal selecionado a muito pobremente selecionado e o diâmetro médio variou em lama, areia muito fina, areia fina a areia grossa.
4 O grau de seleção muito pobremente selecionado expressa que os materiais estão associados ao movimento de massa das encostas e não foram selecionados pelo transporte a longa distância. Os constituintes dos grãos analisados na morfoscopia são calcedônia e litorrelíquia. Os grãos de litorrelíquia variaram na camada I de 32 a 73%, na camada II de 18 a 53%, na V de 18 a 75%, na VI de 16 a 27% e na VII até 39%. Quanto aos grãos de calcedônia na cama I variaram de 22 a 63%, na camada II de 43 a 70%, na V de 20 a 78%, na VI de 57 a 77% e na VII até 54%. Os resultados do arredondamento/esfericidade apresentaram predominância de grãos subarredondados tanto com alta quanto com baixa esfericidade. Os grãos subarredondados com alta esfericidade na camada I variaram de 22 a 41%, na camada II de 19 a 47%, na V de 21 a 42%, na VI de 32 a 47% e na VII até 52%. Já os grãos subarredondados com baixa esfericidade na camada I variaram de 22 a 61%, na camada II de 48 a 77%, na V de 55 a 76%, na VI de 32 a 53% e na VII até 49%. Os grãos subarredondados refletem o intemperismo e não o transporte, bem como a área-fonte próxima. Conclusões A seção estratigráfica HS1 do Planalto de Palmas/Água Doce possui 7 camadas litológicas que foram classificadas em 2 fácies aluviais, 1fácie colúvio-aluvial, 3 fácies coluviais e 1 fácie tecnogênica, as quais foram geradas entre o Pleistoceno Superior e o Holoceno. O movimento de massa das encostas e a área-fonte próxima do canal de 2ª ordem hierárquica colmatado revelam registros importantes do Quaternário no Sudoeste do Paraná. Referências GERARDI, L. H. O.; SILVA, B. C. N. Quantificação em Geografia. SP: Difel, NICHOLS, G. Sedimentology and stratigraphy. Blackwell Science, pp.355, PAISANI, J. C.; PONTELLI, M. E.; ANDRES, J. Superfícies aplainadas em zona morfoclimática subtropical úmida no Planalto Basáltico da Bacia do Paraná (SW Paraná/ NW Santa Catarina): primeira aproximação. Geociências, v.27, n.4., p , PAISANI, J. C.; PONTELLI, M. E.; CALEGARI, M. R. Evolução de bacias de baixa ordem hierárquica no Planalto de Palmas/Água Doce (Sul do Brasil) nos anos AP o caso da seção HS1. Mercator, UFC, submetido em 27/04/2011.
5 SUGUIO, K. Introdução à sedimentologia. SP: Ed. Blücher, Ed. USP, 1973.
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