EXMO. Sr. JUIZ DA ª VARA DO TRABALHO DE TRT 13a Região. Ref.: Ação nº (ex.: RT )
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1 EXMO. Sr. JUIZ DA ª VARA DO TRABALHO DE TRT 13a Região Ref.: Ação nº (ex.: RT ), Médico(a) (especialidade, ex: Médico do Trabalho), inscrito(a) no Conselho Regional de Medicina nº /, nomeado(a) para atuar como perito(a) na ação interposta por contra, vem mui respeitosamente apresentar seu laudo. Coloca-se à disposição de V. Exª para quaisquer outros esclarecimentos necessários. Solicita liberação dos honorários periciais no valor de R$,., de de. Local e data Assinatura Nome
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS: As partes foram notificadas antecipadamente, sendo a avaliação pericial realizada no dia às horas na sede da Reclamada situada à Rua. Estiveram presentes o Reclamante, a Dra. (Procuradora do Reclamante) e o Sr. (Gerente da Reclamada). AVALIAÇÃO PERICIAL: O reclamante (autor do processo) foi admitido pela reclamada (ré do processo) em / / para exercer a função de. Sua jornada de trabalho era das às horas e das às horas, de 2ª a 6ª feira (eventualmente trabalhava também no sábado e no domingo) com 2 intervalos de 15 minutos para lanche. Suas tarefas consistiam em,, (ex.: cortar, lixar e soldar estruturas metálicas diversas, utilizando lixadeira ou policorte, furadeira, maçarico de corte, esmerilhador, máquina de solda elétrica e MIG (esta última foi utilizada por 4 ou 5 meses). Recebia como EPI s (Equipamentos de Proteção Individual):,, (ex.: óculos para solda e para lixadeira, máscara de poliuretano, luvas de couro e avental de couro. Não assinava ficha de recebimento de EPI s. O reclamante refere que na 1ª quinzena de outubro/2002, durante a jornada de trabalho, ele e mais 3 colegas estavam manuseando uma porta contra-peso (11m largura x 1,5m altura; peso em torno de 250 a 300Kg) para colocá-la na entrada da sede da Reclamada. Ao descer o degrau da calçada próximo à entrada, sentiu forte dor na região da coluna lombar, não conseguindo mais trabalhar. Pediu para um amigo que morava próximo para levá-lo ao Hospital São Francisco de Assis, onde foi medicado com calmante e analgésicos. Consultou ortopedista que diagnosticou deslocamento da vértebra lombar (sic) e prescreveu tratamento medicamentoso e fisioterápico. Foi encaminhado para a perícia do INSS, recebendo o benefício auxílio-doença previdenciário até a presente data. Não houve emissão de CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho). Possuía firma de serralheria no Rio Grande do Sul (desde 1968). Atualmente queixa-se de dores na região lombar sem irradiação, acompanhado de diminuição de força em membros inferiores. Faz uso de antiinflamatório para alívio
3 das dores e fisioterapia alternada com hidroterapia. O reclamante tem atualmente 65 anos, peso: 75 Kg, altura: 175 cm. Ao exame físico apresenta marcha e postura normais; acentuação da cifose dorsal; dor referida à flexão da coluna lombar; movimentos normais de extensão, rotação e lateralização da coluna lombar; força mantida; sinal de Lasegue negativo (ausência de sinais de compressão de raiz nervosa). LOCAL DE TRABALHO: Oficina (atualmente desativada) com área de 15x15 m2, pé direito de 2,30m; ventilação através de 1 porta larga; iluminação através de 6 lâmpadas fluorescentes. Foi medido o nível de ruído das ferramentas que estão em uso atualmente, utilizando decibelímetro da marca REALISTIC, operando no circuito de compensação A e resposta lenta (SLOW), sendo encontrados os seguintes valores: Furadeira: 75dB Esmerilhador: 82 db Lixadeira: 88 db
4 ANÁLISE DA NR-15 (Portaria nº de 08/06/1978): Anexo nº 1: O limite de tolerância para ruído contínuo ou de impacto é de 85 db para uma jornada de trabalho de 8 horas diárias. O Autor manuseva várias ferramentas, dentre as quais furadeira e lixadeira. Não recebia protetor auricular. Foi medido o nível de ruído das ferramentas que estão em uso atualmente, utilizando decibelímetro da marca REALISTIC, operando no circuito de compensação A e resposta lenta (SLOW), sendo encontrados os seguintes valores: Furadeira: 75dB Esmerilhador: 82 db Lixadeira: 88 db O grau de insalubridade para exposição ao ruído acima dos limites de tolerância é o médio. Anexo nº 2: O Autor não exercia suas funções sob ruídos de impacto. Anexo nº 3: O Autor não esteve exposto ao calor. Anexo nº 4: Revogado pela Portaria nº 3.751, de 23/11/1990. Anexo nº 5: O Autor não esteve exposto a radiações ionizantes. Anexo n 6: O Autor não exercia sua atividade sob pressão hiperbárica. Anexo nº 7: O Autor manuseva solda elétrica (radiação não ionizante), porém recebia máscara e óculos para solda, elidindo a insalubridade. Anexo n 8: O Autor não foi submetido a vibrações localizadas ou de corpo inteiro nas atividades
5 em que trabalhava. Anexo nº 9: O Autor não esteve exposto ao frio. Anexo nº 10: O Autor não esteve exposto ao agente umidade. Anexo nº 11: O Autor não este exposto a agentes químicos constantes deste Anexo. Anexo nº 12: O Autor em suas funções não esteve exposto a poeiras minerais. Anexo nº 13: O Autor não esteve exposto a agentes químicos constantes deste Anexo. Anexo nº 14: O Autor não esteve exposto a agentes biológicos em suas atividades.
6 RESPOSTA AOS QUESITOS: QUESITOS DO AUTOR (fl. 56 e 57): 1- Dizer o Sr. Perito, qual era a função (com descrição das atividades) que realizava o reclamante na empresa? R: Descrito no laudo. 2- Esclarecer o Sr. Perito, se na função de Serralheiro o reclamante utilizava solda elétrica ou solda acetilênica? R: Sim, o reclamante utilizava solda elétrica e MIG. 3- Informar o Sr. Perito, se à época (2002) a reclamada fornecia Equipamento de Proteção Individual-EPI s? Em caso positivo, quais? R: Sim, a reclamada fornecia os seguintes EPI s (Equipamentos de Proteção Individual): óculos para solda e para lixadeira, máscara de poliuretano, luvas de couro e avental de couro. 4- Dizer o Expert se o reclamante estava exposto a agentes insalubres? Em caso positivo, qual o grau de exposição? R: O reclamante estava exposto ao ruído; grau de insalubridade médio. 5- Dizer o Sr. Perito se o reclamante apresenta algum problema de coluna? Em sendo a resposta a este positiva, informar o Expert se esta lesão se originou com o acidente de trabalho sofrido em outubro de 2002? R: O reclamante queixa-se de dores na região lombar acompanhado de diminuição de força em membros inferiores. Nos autos não consta nenhum exame complementar (tal como radiografia, tomografia computadorizada etc) realizado por ocasião do acidente de trabalho nem exames recentes que permitam avaliar a extensão do acidente e a lesão resultante. Pode-se apenas concluir que o encaminhamento à perícia do INSS foi decorrente do acidente de trabalho, embora não tenha sido emitida a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho). 6- Esclarecer o Expert se o afastamento do trabalho do reclamante por mais de 4 anos e meio, deu-se em função da lesão na coluna oriunda do acidente de trabalho? R: O encaminhamento à perícia do INSS foi decorrente do acidente de trabalho; para melhor avaliar as seqüelas resultantes desse acidente, é importante a apresentação de exames complementares, tais como tomografia computadorizada ou ressonância magnética da coluna.
7 Seria importante também que fosse solicitado ao INSS as cópias dos laudos periciais referentes ao benefício auxílio-doença. 7- Informar o Sr. Perito se a lesão na coluna apresentada pelo reclamante gera seqüela que o impossibilita para o trabalho, e se há nexo causal entre as atividades desempenhadas pelo reclamante e o acidente/lesão da coluna? R: Há nexo entre o acidente e os sintomas que levaram o reclamante a afastar-se do trabalho. Quanto a possíveis seqüelas, faz-se necessária a apresentação de exames complementares. No exame físico realizado por ocasião da avaliação pericial, não foram evidenciadas alterações significativas. 8- Descrever o Sr. Perito o grau de comprometimento e/ou extensão da perda funcional que afeta a vida pessoal e profissional do reclamante? R: Vide resposta ao quesito anterior.
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