ACIDENTES DE TRÂNSITO REGISTRADOS PELO 2º SUB- GRUPAMENTO DE BOMBEIROS DA CIDADE DE RIO CLARO/SP: UMA ANÁLISE GEOGRÁFICA REGIONAL E LOCAL
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1 119 DRUCIAKI, V.P; FERREIRA, E. R.; OLIVEIRA, R.R.; (Orgs.) 8 ACIDENTES DE TRÂNSITO REGISTRADOS PELO 2º SUB- GRUPAMENTO DE BOMBEIROS DA CIDADE DE RIO CLARO/SP: UMA ANÁLISE GEOGRÁFICA REGIONAL E LOCAL Iára Regina Nocentini André 33 ; Thiago Salomão de Azevedo 34 ; Mariana Figueiredo Oliveira 35, Kleber Moura de Oliveira 36 ; Vanessa da Silva Brum Bastos 37. ACIDENTES DE TRÂNSITO No Brasil, a migração da população rural para as cidades ocorreu na década de 1960, como consequência ao incentivo à modernização agrícola e a geração de empregos nas áreas urbanas. A ausência do planejamento urbano adequado, o contínuo crescimento urbano e populacional, associado às manifestações das novas demandas da vida moderna, resultou em sérios problemas sociais, urbanos e ambientais (MARÍN e QUEIROZ, 2000). Segundo Bastos (2007), a dinâmica dos centros urbanos proporcionou a necessidade de rápido deslocamento da população, porém as deficiências no sistema viário, do transporte público e a utilização dos automóveis como instrumento de trabalho, acarretou no crescimento da frota de veículos, na poluição do ar, no aumento do número de acidentes de trânsito, e consequentemente na qualidade de vida da população. No cotidiano, o termo acidente de trânsito tem diversas definições. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID -10), considera os acidentes de trânsito como todo tipo de acidente com veículo ocorrido em vias públicas. 33 Prof. Dra. Departamento de Geografia Unesp Rio Claro. 34 Prof. Dr. Faculdades Integradas Claretianas de Rio Claro. 35 Graduanda em Geografia Unesp Rio Claro. 36 Comandante tenente do Segundo Sub-Grupamento do Corpo de Bombeiros da Cidade Rio Claro. 37 Geógrafa Mestranda em Sensoriamento Remoto - INPE - São José dos Campos-SP.
2 GEOGRAFIA E TRANSPORTES: ESTUDOS SOBRE CIRCULAÇÃO, MOBILIDADE E 120 ACESSIBILIDADE Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (2010), os acidentes de trânsito causam 1,3 milhões de mortes por ano no mundo. O Brasil ocupa a oitava colocação entre os países com maior número de mortalidade no trânsito. Neste contexto, a redução dos números de acidentes de trânsito no Brasil é amplamente discutida tanto pelos gestores públicos quanto por pesquisadores que buscam desenvolver políticas públicas, melhorias na infraestrutura viária e medidas preventivas relativas à violência no trânsito. Para melhorar esse quadro, que se intensifica a cada ano, foram instituídas várias ações e programas, que visam reduzir estas estatísticas. Dentre muitas campanhas que foram implementadas em todo o território nacional, destacam-se o novo Código de Trânsito Brasileiro em janeiro de 1998, a criação o projeto Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito em 2002, o Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes de Trânsito (Pacto pela Vida) em maio de Em maio de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a década de como a Década de Ações para a Segurança no Trânsito, incentivando os países a agir com eficiência em todos os níveis e âmbitos de competência, buscando medidas a curto, médio e longo prazo (BRASIL, 2011). Além das medidas governamentais, deve-se destacar a produção científica das mais diversas áreas do conhecimento envolvendo a temática de acidentes de trânsito, desde a própria Geografia, até áreas relacionadas à saúde como Enfermagem, Medicina e Psicologia. Matsumoto et al (2010) trabalharam com o mapeamento e aplicação da estatística nos acidentes de trânsito no município de Presidente Prudente/SP, constatando áreas de maior concentração, tipos de veículos envolvidos e os dias com maior número de ocorrências. As ocorrências de acidentes de trânsito são causadas em inúmeras situações e por motivos diversos, os quais são noticiados na mídia e estudados por pesquisadores. Mello Jorge et al (1994) destacam que a mortalidade por acidentes de trânsito corresponde à maioria dos óbitos por causas externas, portanto torna-se imprescindível uma investigação a respeito dos fatores que interferem nessas ocorrências. As melhorias que poderiam ser feitas para diminuição das ocorrências, segundo Abreu (2006), são a melhoria de vias de circulação, o planejamento do tráfego, o aumento das medidas de segurança dos veículos, a redução dos limites de velocidade estipulados pelos setores tráfego urbanos e a proibição do consumo de álcool. Apesar de todas as melhorias estruturais passíveis de ser executado, o fator meteorológico é um agravante de ocorrências e que muitas vezes pode piorar as condições para dirigir. De acordo com a Companhia de Engenharia de Trânsito de São Paulo (1996), por exemplo, a chuva torna mais difícil e perigoso o ato de dirigir, basicamente por prejudicar a visibilidade dos motoristas e a aderência dos pneus à pista. Portanto, é a partir da situação atual do trânsito e da necessidade de soluções alternativas para diminuição dos acidentes de trânsito, que o contato com o
3 121 DRUCIAKI, V.P; FERREIRA, E. R.; OLIVEIRA, R.R.; (Orgs.) 2º Sub-Grupamento de Bombeiros da cidade de Rio Claro/SP, permitiu observar a carência de um estudo específico sobre essa temática. A PESQUISA E UMA PROPOSTA DE ANÁLISE Este trabalho tem por objetivo averiguar os aspectos geográficos das ocorrências de acidentes de trânsito registrados no ano de 2010 no município de Rio Claro/SP (Figura 1), elaborando um mapeamento detalhado dos episódios ocorridos, mostrando através de técnicas cartográficas novas perspectivas que são essenciais para a gestão de tráfego urbano. Figura 1. Localização da área de Estudo Para tal foram utilizados os registros das ocorrências de acidentes de trânsito de 2010 atendidos 2º Sub-Grupamento de Bombeiros, responsável pelo serviço de resgate aos atendimentos de acidentes de trânsito do município de Rio Claro/SP, através da Central de Atendimento (COPOM) pelo número 193. O plano de informação espacial contendo a divisão municipal por bairros, utilizado para a inserção da base de dados no Sistema de Informação Geográfica ArcView (ESRI, 1996), foi fornecido em formato shapefile, pelo Centro de Análise e Planejamento Ambiental (CEAPLA) IGCE/Campus Rio Claro. A adoção unidades espaciais discretas, como as divisões político administrativas são, em geral, adotadas como territórios de referência para a construção desses indicadores, têm sido uma das estratégias mais utilizadas, e
4 GEOGRAFIA E TRANSPORTES: ESTUDOS SOBRE CIRCULAÇÃO, MOBILIDADE E 122 ACESSIBILIDADE criticadas (NURMINEN, 1995), pois causam instabilidade de taxas, que acabam mascarando a distribuição espacial dos acidentes. Assim, com o aprimoramento dos sistemas de informação, particularmente dos SIG, incrementou-se a possibilidade de produzir diferentes formas de agregação de dados, construindo-se indicadores em diferentes unidades espaciais conforme o interesse de pesquisa. Para que haja uma relação unívoca entre pontos, as unidades espaciais devem ser contíguas (BAILEY e GRATELL, 1995). A utilização de técnicas de suavização de dados espaciais pode dissolver os limites previamente estabelecidos entre unidades discretas, onde a concepção de unidades espaciais como áreas homogêneas baseia-se na delimitação de um território a partir da uniformidade de certas características onde os critérios e objetivos de trabalho indicarão as variáveis a serem utilizadas para regionalização (PIQUET et al., 1986). A utilização de campos contínuos proporciona maiores variabilidades de taxas sugerem a existência de dependência espacial e a atuação de fatores de risco ambientais, cabendo aos estudos ecológicos a busca de níveis de agregação de dados em que as variabilidades são maiores. Essa tendência parece ser mais forte quando os dados originais estão auto correlacionados no espaço (VINE et. al., 1997). Para demonstrar essa técnica cartográfica, foi compilado um mapa da densidade de acidentes de transito, para o mês de janeiro de 2010, através da utilização do algoritmo de Kernel, que ajusta os dados a uma superfície de tendência (ESRI, 2006). A Densidade de Kernel, ajusta uma função bidimensional sobre os eventos considerados, compondo uma superfície cujo valor é proporcional à intensidade das amostras por unidade de área. Segundo (CARVALHO e CÂMARA, 2004), a função kernel compila uma contagem de todos os pontos dentro de um limite de influência que é ponderado pela distância de cada ponto (Figura 2). Figura 2. Estimador Kernel de Intensidade de Distribuição de Pontos Fonte: Adaptado de Carvalho e Câmara (2004). Desta forma, o estimador de densidade kernel é compilado a partir da localização µ dos n eventos contidos em um raio de tamanho t em torno de µ e da
5 Frota de veículos 123 DRUCIAKI, V.P; FERREIRA, E. R.; OLIVEIRA, R.R.; (Orgs.) distância d entre a posição na i-ésima amostra. A expressão desta função é dada por: Assim, conclui-se que a função do Kernel é interpolar um valor de intensidade para cada amostra em uma área, considerando uma função simétrica, centrada nas amostras, utilizando para o cálculo os pontos situados até certa distância do centro da amostra (COELHO et al, 2011). RESULTADOS PRELIMINARES Análise Geográfica Regional dos Acidentes de Transito de Rio Claro - SP em A frota de veículos no município de Rio Claro/SP apresentou um aumento de 30% nos últimos cinco anos, porém a estrutura viária da cidade pouco se modificou para atender a essa demanda, e com isso, cresce a possibilidade de ocorrências de acidentes de trânsito (Gráfico 1). Gráfico 1. Frota total de veículos no município de Rio Claro/SP no ano de Anos Fonte: Fundação Seade. (2011) A frota de veículos rioclarense é constituída em sua maioria por automóveis e motocicletas, 52,62% e 33,69% respectivamente. Além desses tipos de veículos aparecem também ônibus, caminhões e outros tipos de veículos (Vans,
6 GEOGRAFIA E TRANSPORTES: ESTUDOS SOBRE CIRCULAÇÃO, MOBILIDADE E 124 ACESSIBILIDADE caminhonetes, etc.) que somam um total de 13,67% em relação a frota total de veículos (Gráfico 2). Gráfico 2. Porcentagem dos tipos de veículos no município de Rio Claro/SP no ano de % , ,31 3,05 10,31 Ônibus Caminhões Outros tipos de veículos Típos de veículos 33,69 Motocicletas e outros afins Automóveis Fonte: Fundação Seade (2011) Em relação aos acidentes de trânsito por tipo de veículo, observa-se que há uma concentração de ocorrências com tipos de veículos que apresentam maior porcentagem na frota. Os acidentes de trânsito envolvendo automóveis com motocicletas e motocicletas concentram 65,89% das ocorrências, e além disso passam a ser consideradas as bicicletas que estão presentes em 23,66% das ocorrências no município de Rio Claro/SP (Gráfico 3).
7 Incidência/100 mil veículos 125 DRUCIAKI, V.P; FERREIRA, E. R.; OLIVEIRA, R.R.; (Orgs.) Gráfico 3. Porcentagem dos acidentes de trânsito por tipos de veículos no município de Rio Claro/SP em % ,99 4,73 7,41 7,81 11,12 31,09 34,8 Tipos de veículos Fonte: Corpo de Bombeiros do Município de Rio Claro. (2010) No que diz respeito à distribuição durante o ano, os acidentes de trânsito, os meses de Janeiro, Maio, Julho e Outubro, possuem os maiores picos de incidência (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Segundo os registros do Corpo de Bombeiros, em julho a incidência dos acidentes é maior, pois este período coincide com as férias escolares. Gráfico 4. Incidência de acidentes de trânsito por mês a cada 100 mil veículos no município de Rio Claro/SP no ano de ,24 71,51 93,70 85,48 88,77 83,02 106,85 85,48 87,13 95,35 83,02 81,37 Meses Fonte: Fundação Saede (2011) e Corpo de Bombeiros do Município de Rio Claro (2010).
8 GEOGRAFIA E TRANSPORTES: ESTUDOS SOBRE CIRCULAÇÃO, MOBILIDADE E 126 ACESSIBILIDADE A porcentagem de acidentes de trânsito por bairros no município de Rio Claro/SP mostra que as ocorrências se concentram na área central da cidade, 14,56%, seguida do Jardim Cervezão que apresenta 5,30% e do Jardim Claret com 3,09%. Além destes, dos 140 bairros do município 112 apresentaram alguma ocorrência de acidente de trânsito durante o ano. Tabela 1: Porcentagem de acidentes de trânsito nos bairros mais significativos de Rio Claro/SP em Bairros % dos Acidentes Centro 14,56 Cervezão 5,30 Jardim Claret 3,09 Santana 2,93 Jardim Floridiana 2,85 Vila Alemã 2,69 Jardim São Paulo 2,53 Jardim das Palmeiras 2,53 Distrito Insdustrial 2,37 Parque Universitário 2,37 Fonte: Corpo de Bombeiros do Município de Rio Claro/SP. (2010) A distribuição espacial dos acidentes de trânsito ocorridos em 2010 atendidos pelo Corpo de Bombeiros (Mapa 1) mostra um padrão muito peculiar onde se destacam três regiões. A primeira região crítica localiza-se na zona central e em alguns bairros adjacentes. A segunda zona de maior concentração das ocorrências localiza-se no Bairro do Jardim Cervezão, a noroeste da cidade. Nestas áreas se encontram o maior fluxo de veículos e a maior densidade populacional rioclarense. A terceira região de maior frequência de acidentes localiza-se a norte, no Distrito Industrial. Esta área apresenta uma grande quantidade de acidentes, pois é uma das vias de circulação mais movimentadas em virtude de ser uma via de entrada da cidade onde o tráfico e veículos pesados são mais intensos. Os bairros que apresentam as menores frequências de acidentes de trânsito estão localizados de uma forma aleatória na cidade. Estes eventos ocorrem
9 127 DRUCIAKI, V.P; FERREIRA, E. R.; OLIVEIRA, R.R.; (Orgs.) principalmente nas vias de circulação, as quais são acessos entre os bairros e fazem a ligação com a área central da cidade. Os bairros que não registraram ocorrências estão situados na periferia da cidade próximos as zonas rural e peri-urbana do município. Mapa 1. Distribuição espacial dos acidentes de trânsito da cidade de Rio Claro/SP em Fonte: Corpo de Bombeiros do Município de Rio Claro/SP. (2010)
10 GEOGRAFIA E TRANSPORTES: ESTUDOS SOBRE CIRCULAÇÃO, MOBILIDADE E 128 ACESSIBILIDADE Análise Geográfica Local dos Acidentes de Transito de Rio Claro - SP em 2010: o exemplo do mês de Janeiro No mês de janeiro de 2010 (Gráfico 5), o período vespertino apresentou a maior frequência de acidentes de transito (42,73%), o segundo período com mais ocorrências foi o noturno com 25,45%, no período matutino foram constatados 18,18% de acidentes e a menor porcentagem de episódios com 9,09%. Gráfico 5. Porcentagem dos Acidentes de Trânsito do Mês de Janeiro de 2010 por período na Cidade de Rio Claro SP. Fonte: Corpo de Bombeiros do Município de Rio Claro/SP. (2010) A partir de Gráfico 6, nota-se que há um padrão nos acidentes de trânsitos ocorridos no mês de janeiro de Este padrão apresenta quatro picos distintos de ocorrências. Os picos mais proeminentes encontram-se nos horários entre 12:01hs a 13:00hs e das 18:01hs as 19:00hs, com 10 acidentes. Estes períodos correspondem ao horário de saída e entrada de estudantes dos colégios e ao final do expediente de trabalho, respectivamente. O terceiro horário de maior frequência de acidentes de transito ocorre entre os horários de 07:01hs e 08:00hs da manhã, correspondendo ao horário de início de expediente de serviço e ao início do horário letivo das escolas (Gráfico 6). O último pico crítico de acidentes corresponde ao horário das 23:01hs e 24:00hs. Estes acidentes ocorreram sempre nos finais de semana e segundo as informações coletadas no banco de dados do Corpo de Bombeiros a causa provável destas ocorrências estavam correlacionadas com o consumo de álcool.
11 129 DRUCIAKI, V.P; FERREIRA, E. R.; OLIVEIRA, R.R.; (Orgs.) Gráfico 6. Horário dos Acidentes de Transito ocorridos em Janeiro de 2010 no Município de Rio Claro SP Fonte: Corpo de Bombeiros do Município de Rio Claro/SP. (2010) A distribuição espacial dos acidentes de transito ocorridas em Rio Claro no mês de Janeiro de 2010 apresenta-se de forma heterogênea. Embora, os incidentes ocorram por toda a cidade, o Mapa 2 mostra que os acidentes envolvendo somente automóveis ocorrem na região central da cidade. Os acidentes envolvendo motos incidem por toda a cidade tanto na região central como nos bairros periféricos, esta categoria de ocorrência é a mais frequente. Os acidentes com bicicletas acontecem na região centro-norte desta comuna, principalmente nos bairros periféricos localizados ao norte do município. Os acasos envolvendo Transportes maiores como ônibus e caminhões são mais raros, porém foi notificada uma ocorrência entre um ônibus e uma bicicleta no centro da cidade, um acidente envolvendo um ônibus e um caminhão na Avenida Visconde do Rio Claro, que é considerada a via mais movimentada da cidade e um acidente no distrito industrial entre um ônibus e uma bicicleta.
12 GEOGRAFIA E TRANSPORTES: ESTUDOS SOBRE CIRCULAÇÃO, MOBILIDADE E 130 ACESSIBILIDADE Mapa 2. Distribuição Espacial dos acidentes de trânsito Ocorridos no Mês de Janeiro de 2010 em Rio Claro - SP N Legenda Acidentes de Trânsito: 1 Quadrado Azul (Bicicletas), 2. Quadrado Vermelho (Bicicletas com Carro), 3. Quadrado Verde (Bicicleta com Moto), 4. Quadrado Amarelo (Bicicleta com Ônibus), 5. Triângulo Verde (Motos), 6. Triângulo Preto (Moto com Motoneta), 8 Triângulo Vermelho (Moto com Carro), 7. Círculo Laranja (Carro), 9. Losango Roxo (Caminhão com Ônibus), 10. Losango Verde (Caminhão com Moto). Fonte: Corpo de Bombeiros do Município de Rio Claro/SP. (2010)
13 131 DRUCIAKI, V.P; FERREIRA, E. R.; OLIVEIRA, R.R.; (Orgs.) Mapa 3: Distribuição Espacial da Densidade Kernel dos acidentes de trânsito Ocorridos no Mês de Janeiro de 2010 em Rio Claro - SP Fonte: Corpo de Bombeiros do Município de Rio Claro/SP. (2010)
14 GEOGRAFIA E TRANSPORTES: ESTUDOS SOBRE CIRCULAÇÃO, MOBILIDADE E 132 ACESSIBILIDADE Em Mapa 3, observa-se através da densidade de kernel que as áreas mais críticas de ocorrência de acidentes estão distribuídas por toda a cidade, principalmente nos cruzamentos mais movimentados, em especial os localizados na zona central. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização do sistema de informação geográfica ArqView, mostrou-se muito eficiente, rápida e de fácil aplicação para efetuar o mapeamento dos acidentes de trânsito atendidos pelo Corpo de Bombeiros, ocorridos em Além disso, estas técnicas proporcionaram uma exposição visual da ocorrência dos acidentes, sendo extremamente útil tanto para a gestão pública quanto para o planejamento urbano, pois foi através destes mapeamentos que foram destacadas as áreas mais críticas do mês de Janeiro de Estas informações podem ser utilizadas também como diretrizes primárias para efetuar planos de prevenção e contingência. REFERÊNCIAS BASTOS, Y. G. L. Violência no trânsito: uma epidemia do século XX. Universidade Estadual de Londrina, Disponível em: < Acesso em: 09 Set BAILEY, T. C.; GATRELL, A. C. Interactive spatial data analysis. Essex: Longman Scientific, p. BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação do Projeto de Promoção da Saúde. Projeto de redução da morbimortalidade por acidente de trânsito: mobilizando a sociedade e promovendo a saúde. Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação do Projeto de Promoção da Saúde. 2. ed. revista. Brasília: Ministério da Saúde, BRASIL Proposta para o Brasil para a redução de acidentes e segurança viária. Resolução ONU nº 2 de ANTP, CEDATT, IE: São Paulo, Disponível em: < Acesso em: 10 Set CARVALHO, M. S.; CÂMARA, G. Análise de eventos pontuais. In: Druck, S. et al. (Ed) Análise Espacial de Dados Geográficos, São José dos Campos: INPE, Disponível em: acesso em março de COELHO, J. G. A. M. Acidentes de transito: uma abordagem espacial das ocorrências atendidas pelo SAMU em um município da região metropolitana. In: VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, 2011, Anais... São Paulo SP: cdrom.
15 133 DRUCIAKI, V.P; FERREIRA, E. R.; OLIVEIRA, R.R.; (Orgs.) ESRI Using ArcView GIS Redlands: Esri, 1996, 350p. FUNDAÇÃO SEADE <Disponível em: MARÍN, L.; QUEIROZ, M. S. A atualidade dos acidentes de trânsito na era da velocidade: uma visão geral. São Paulo: Cadernos de Saúde Pública, v. 16, n. 1, p. 7-21, MATSUMOTO, P. S. S. et al. Mapeamento e aplicação de estatística espacial nos acidentes de trânsito do município de Presidente Prudente SP. Anais... XI Semana da Geografia e VI Encontro de Estudantes de Licenciatura em Geografia. Presidente Prudente MELLO-JORGE, M. H. P. & LATORRE, M. R. D. O. Acidentes de trânsito no Brasil: Dados e tendências. Cadernos de Saúde Pública, v. 10. p.19-44, NURMINEN, M. Linkage failures in ecological studies. World Health Statistic Quarterly, v. 48, p OMS (Organização Mundial da Saúde), Classificação Internacional das Doenças, 10a revisão (CID-10). São Paulo: Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português. Disponível em: < Acesso em: 10 Set PIQUET, R.; RANDOLPH, R.; SMOLKA, M. & VETTER, D. Análise das Articulações Socioeconômicas Regionais: sugestões metodológicas. Rio de Janeiro: Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, VINE, M. F.; DEGNAN, D. & HANCHETTE, C. Geographic Information Systems: their use in environmental epidemiologic research. Environmental Health Perspectives v.105. p , 1997.
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