CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO

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1 Mestrado em Química Têxtil _Página 1 de 100_ CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO O uso de batas cirúrgicas e de campos operatórios como forma de protecção dos pacientes contra possíveis infecções na sala de operações data já dos finais do século XIX [1]. Eram então usados tecidos 100% algodão de contextura apertada, materiais que ainda hoje são utilizados em muitos hospitais, apesar de já em 1952 o Dr. William Beck ter alertado a comunidade científica para o facto dos tecidos de algodão apresentarem um razoável efeito barreira bacteriológica quando secos, mas perderem essa propriedade quando molhados [2]. Além disso, libertam partículas, sendo relatado um número significativo de infecções provocadas durante as operações. O alerta do Dr. Beck induziu a investigação que levou ao aparecimento dos materiais descartáveis à base de não-tecidos (designados na altura por artigos "de papel") e posteriormente aos materiais reutilizáveis de nova geração, que constituem a principal base deste trabalho. Com o aparecimento do vírus da SIDA, transmitido através do sangue, surgiu uma maior preocupação por parte da equipa cirúrgica e então as batas passaram não só a assumir o papel de protecção do paciente mas também de protecção de toda a equipa médica contra possíveis infecções do paciente [1]. Os materiais têxteis cirúrgicos baseados em não - tecidos, descartáveis, que asseguram uma protecção eficaz quer do doente quer da equipa médica, apresentam aspectos negativos em termos económicos e ecológicos: com efeito, após utilização são normalmente incinerados, com todos os inconvenientes que este processo implica para o meio ambiente. Os têxteis cirúrgicos reutilizáveis de nova geração são normalmente baseados em materiais compostos laminados, incluindo uma membrana intermediária com micro poros que assegura o efeito barreira aos microorganismos, conferindo no entanto algum conforto à equipa médica, dado serem permeáveis ao vapor de água. Estes materiais permitem uma utilização múltipla, mas só se tornam economicamente atractivos se aguentarem um elevado número de ciclos de lavagem, secagem e esterilização. 1.1 OBJECTIVOS O principal objectivo deste trabalho é o estudo de têxteis cirúrgicos reutilizáveis, de nova geração, para uso em blocos operatórios, mais resistentes à lavagem/desinfecção, secagem e esterilização, incluindo a avaliação do seu impacte ambiental.

2 Mestrado em Química Têxtil _Página 2 de 100_ 1.2 MOTIVAÇÃO O bloco operatório fascina-me no seu todo A procura de novos desafios e conhecimentos, interesses tecnológicos, ambientais e profissionais levaram-me à realização deste trabalho. As solicitações do mercado são grandes em termos de batas cirúrgicas para o bloco operatório, os aspectos ambientais, a directiva referente à obrigação do uso de vestuário de protecção médico: 93/42/CEE de 14 Junho 1993, a retirada das batas tradicionais do bloco operatório, a protecção da equipa cirúrgica em termos de higiene e segurança no trabalho, a existência de mercado para as duas situações reutilizáveis vs descartáveis, motivaram-me para este assunto. 1.3 METODOLOGIA O desenvolvimento inicial deste trabalho compreendeu o levantamento e pesquisa bibliográfica, artigos disponíveis na Internet e patentes registadas. Foram analisados os processos de fabricação dos têxteis cirúrgicos e processos de lavagem/desinfecção, secagem, esterilização e reparação. Foi feito o acompanhamento da utilização das batas cirúrgicas em bloco operatório, lavandaria e esterilização. A avaliação das características dos artigos após os diversos ciclos de utilização foi feita através dos seguintes testes representativos para o tipo de materiais desenvolvidos: Resistência ao rebentamento; Força de deslaminação; Permeabilidade à água (método da coluna de água); Permeabilidade ao vapor de água; Ensaio do drape; Tendência para a formação de linting (libertação de fibras e partículas); Determinação da eficácia do efeito barreira através de testes bacteriológicos. Por último, foi feita uma avaliação do impacte ambiental dos têxteis cirúrgicos reutilizáveis, com especial ênfase no estudo de todas as fases envolvidas na sua utilização.

3 Mestrado em Química Têxtil _Página 3 de 100_ 1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO A organização desta dissertação tem uma estrutura de seis capítulos subdivididos em vários pontos, onde são abordados os assuntos estudados. O capítulo 1 aborda este trabalho apresentando os objectivos, a motivação que levou à sua execução, a metodologia utilizada e contendo a sua própria estrutura. No capítulo 2 são abordados alguns aspectos gerais relacionados com o enquadramento legislativo e inclui os seguintes pontos: O primeiro ponto inclui os aspectos legislativos e normativos ligados à higiene e segurança e saúde no bloco cirúrgico. No segundo ponto sé feita uma abordagem geral relativa aos aspectos ambientais. O terceiro ponto aborda os processos de tratamento dos resíduos hospitalares. O capítulo 3 é dedicado a uma pesquisa bibliográfica sobre os têxteis médico-cirúrgicos. Este capítulo encontra-se subdividido nos seguintes pontos: No primeiro ponto é abordada a definição de têxteis técnicos. O segundo ponto aborda os têxteis técnicos na medicina. O terceiro ponto foca as características dos materiais para aplicações médicas. O quarto ponto aborda as estruturas têxteis utilizadas para aplicação na medicina. Finalmente no quinto ponto são apresentadas as perspectivas futuras dos têxteis médico-cirúrgicos. No capítulo 4 é descrito o trabalho experimental desenvolvido. O ponto um descreve o fabrico das batas cirúrgicas. O ponto dois descreve as condições de lavagem e esterilização. O terceiro ponto aborda os ensaios hospitalares. O quarto ponto aborda os ensaios específicos de controlo da qualidade. O quinto ponto aborda a apreciação qualitativa das batas. No capítulo 5 é feita uma análise e discussão dos resultados. O ponto um descreve os ensaios têxteis de controlo da qualidade. O ponto dois apresenta a determinação da eficácia do efeito barreira através de testes bacteriológicos. O terceiro ponto descreve a apreciação qualitativa das batas. O quarto ponto foca a análise do impacte ambiental. O quinto ponto apresenta a comparação entre os materiais reutilizáveis e os materiais descartáveis. O capítulo 6 apresenta as conclusões gerais e as perspectivas futuras dos têxteis reutilizáveis de nova geração.

4 Mestrado em Química Têxtil _Página 4 de 100_ CAPÍTULO 2 ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO A necessidade de protecção dos profissionais na área hospitalar e dos pacientes levou ao desenvolvimento de legislação a nível nacional e a nível da União Europeia, cujo correcto conhecimento é essencial para o âmbito deste trabalho. Inclui-se também as normas europeias em desenvolvimento na área dos têxteis cirúrgicos. Por outro lado, nos hospitais e em particular nos blocos cirúrgicos, são produzidos resíduos perigosos em quantidade apreciável. Apresenta-se também neste capítulo um levantamento relativo aos aspectos ambientais relacionados com o tema. 2.1 HIGIENE E SEGURANÇA E SAÚDE NO BLOCO CIRÚRGICO Introdução Nos países da União Europeia realizam-se perto de 30 milhões de cirurgias por ano, com tendência para um significativo crescimento, face ao envelhecimento que se verifica na população. Estima-se que uma percentagem significativa destas cirurgias conduzem a infecções, que levam muitas vezes ao prolongamento da estadia do doente no hospital e por vezes até podem provocar a morte. Com efeito, estima-se que o número de mortes provocadas por infecções surgidas nas salas de operações pode atingir as por ano na Europa. A protecção adequada entre o doente e a equipa cirúrgica, assegurada essencialmente pelas batas e campos operatórios, é essencial para reduzir as contaminações. Os artigos tradicionais, à base de algodão, não asseguram um efeito de protecção adequada e libertam partículas, razão pela qual deixarão de poder ser utilizados face ao desenvolvimento da normalização europeia nesta área [3], [4] Enquadramento Legislativo e Normativo Em termos de enquadramento Nacional da Segurança e Saúde do Trabalho, há que referir nomeadamente o Decreto-Lei nº441/91 de 14 de Novembro, do qual consta: "[ ]A realização pessoal e profissional encontra na qualidade de vida do trabalho, particularmente a que é favorecida pelas condições de segurança, higiene e saúde, uma matriz fundamental para o seu desenvolvimento. Nesta mesma perspectiva deverá ser compreendido o relevo particularmente significativo que o ordenamento jurídico-constitucional português reservou à matéria de segurança, higiene e

5 Mestrado em Química Têxtil _Página 5 de 100_ saúde no trabalho, na esteira, aliás, do lugar cimeiro que estas matérias adquiriram no fórum mundial das questões do trabalho e da saúde, nomeadamente na Organização Internacional do Trabalho e na Organização Mundial de Saúde, bem como a importância de que se reveste para o conteúdo da dimensão social do mercado único. Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com diminuição da sinistralidade". Neste enquadramento, o vestuário de protecção tem como objectivo proteger a saúde dos profissionais da contaminação provocada pelo sangue ou outros líquidos infecciosos. Os materiais têxteis de protecção para salas de operações incluem vestuário com efeito de barreira, gorros e máscaras para cirurgiões e enfermeiras. O vestuário de protecção deve ser "respirável", confortável, confiável e eficiente, podendo ser produzido a partir de tecidos, malhas ou não-tecidos. Os tecidos de algodão são tradicionalmente utilizados em batas cirúrgicas devido ao facto de o algodão não produzir electricidade estática. No entanto, pode libertar partículas e gerar altos níveis de pó que é uma fonte de contaminação. Além disso, o efeito de barreira deste material é baixo, sobretudo quando se encontra molhado, sendo relatadas um número significativo de infecções provocadas durante as operações [4]. Foram entretanto desenvolvidos têxteis cirúrgicos baseados em não-tecidos, descartáveis, que asseguram uma protecção eficaz quer do doente quer da equipa médica. Os não-tecidos provaram ser bastante eficazes na protecção do pessoal médico contra líquidos infecciosos. Estes materiais apresentam no entanto aspectos negativos em termos económicos e ecológicos: com efeito, necessitam de ser incinerados após utilização, com todos os inconvenientes que a incineração provoca no meio ambiente. A indústria produtora de nãotecidos tem efectuado um marketing poderoso utilizando o termo "uso único" em vez de "descartável". Os têxteis cirúrgicos reutilizáveis de nova geração são normalmente baseados em materiais compostos laminados, incluindo uma membrana intermediária com micro poros que assegura o efeito barreira aos microorganismos, conferindo no entanto algum conforto à equipa médica, dado serem permeáveis ao vapor de água. Estes materiais permitem uma utilização múltipla, mas só se tornam economicamente atractivos se aguentarem um elevado número de ciclos de lavagem, secagem e esterilização. Qualquer compromisso que se assuma no bloco operatório pode significar um risco para os seus pacientes e para a equipa cirúrgica. Uma verdade irrefutável: a protecção da equipa que se encontra no bloco operatório tem uma importância crucial, todas as intervenções e todo e qualquer equipamento não podem comprometer o acto cirúrgico. Os riscos são reais: Um estudo realizado em cerca de 700 cirurgias, de todas as especialidades, revelou que em 28% do total, houve contacto directo do sangue do paciente com a pele de profissionais da equipa cirúrgica (figura 1). Isto significa que, quando o sangue do doente está contaminado, em média, numa de quatro cirurgias existe o risco de infecção viral adquirida no local [5].

6 Mestrado em Química Têxtil _Página 6 de 100_ A equipa cirúrgica não pode correr riscos, o que significa partir do princípio que todos os pacientes estão contaminados. É essencial, para evitar riscos desnecessários, que a equipa se proteja convenientemente [5]. Frequência de contacto com sangue do paciente 0,3 27% 0,25 0,2 22% 20% 17% 0,15 0,1 0,05 0 Enfermeiras circulantes Anestesistas Cirúrgiões Cirúrgião assistente(s) Figura 1 Frequência de contacto da equipa cirúrgica com sangue do paciente [5] Surgiu assim uma directiva referente à obrigação do uso de vestuário de protecção médico: 93/42/CEE de 14 Junho Esta directiva obriga a que os materiais obedeçam a determinado número de requisitos e que sejam efectuados ensaios laboratoriais segundo normas específicas. Para avaliar o efeito barreira, o próprio Dr. William Beck, que conforme referimos na introdução alertou em 1952 para o problema da falta de efeito barreira das batas de algodão quando molhadas, foi pioneiro na tentativa de desenvolvimento de um método de ensaio adequado. O primeiro ensaio clínico foi desenvolvido pelo Dr. Harold Laufman, cirurgião investigador a quem se deve o método ainda hoje designado por strike-through [6]. No entanto, o método mais utilizado é um simples ensaio têxtil, mais conhecido por "coluna de água", e que consiste em medir a pressão hidrostática que o material suporta antes de ser atravessado pela água [7]. Foi este o principal método de ensaio utilizado no presente trabalho. Diversos métodos têm sido desenvolvidos, mais ou menos sofisticados. São de referir especialmente os métodos de ensaio desenvolvidos pela ASTM [8], os quais estão em fase final de adopção como norma ISO [9]. A nível europeu, com vista a regulamentar as características destes materiais e assim especificar as condições que permitem a colocação da marca CE nas batas cirúrgicas e nos campos operatórios, está a ser desenvolvida normalização europeia neste domínio, no âmbito do Comité Técnico CEN/TC205 (dispositivos médicos não-activos). Para tal, foi criado no

7 Mestrado em Química Têxtil _Página 7 de 100_ âmbito deste Comité Técnico o grupo de trabalho WG14 Batas cirúrgicas e campos operatórios, que está a desenvolver uma norma que inclui especificações e métodos de ensaio específicos. A norma em desenvolvimento é designada por [3]: EN Campos operatórios, batas e fatos para salas limpas, utilizados como dispositivos médicos para pacientes, equipa médica e equipamento. Esta norma está dividida em cinco partes: Parte 1: Requisitos gerais para fabricantes, para os processadores e para os produtos Parte 2: Métodos de ensaio Parte 3: Método de ensaio para a resistência à penetração microbiana a seco Parte 4: Método de ensaio para a resistência à penetração microbiana a molhado Parte 5: Requisitos e níveis de desempenho De acordo com esta norma, as especificações gerais para as batas cirúrgicas incluem as seguintes propriedades [3]: Resistência à penetração microbiana a seco e a molhado Estado de limpeza microbiana Estado de limpeza partículas Formação de linting (tendência para a libertação de partículas) Resistência à penetração de líquidos Resistência ao rebentamento a seco e a molhado Resistência à tracção a seco e a molhado 2.2 ASPECTOS AMBIENTAIS As preocupações com a protecção do meio ambiente aumentaram significativamente nos últimos 30 anos, levando ao aparecimento de vasta legislação, sobretudo nos países mais desenvolvidos. Em Portugal, a legislação ambiental tem surgido sobretudo devido à necessidade de transcrição para a legislação nacional das directivas comunitárias. Podemos definir impacte ambiental como qualquer alteração no ambiente, adversa ou benéfica, resultante, total ou parcialmente, das actividades, produtos ou serviços de uma organização. A avaliação do impacte ambiental duma organização deve incluir os seguintes domínios:

8 Mestrado em Química Têxtil _Página 8 de 100_ emissões para a atmosfera; descargas em água e esgotos; resíduos sólidos; contaminação dos solos; utilização dos solos, águas, combustíveis, energia e outros recursos naturais; descargas de energia térmica, ruídos, cheiros, poeiras, vibrações e impacte visual; impactes sobre partes específicas do ambiente e dos ecossistemas. As unidades de serviços de saúde e em particular os hospitais apresentam impactes ambientais muito significativos, havendo legislação específica aplicável a esta área. Aborda-se de seguida alguns aspectos ambientais com relevância directa ou indirecta para o presente trabalho Directiva IPPC A directiva Comunitária relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição, IPPC "Integrated Pollution Prevention and Control", foi transposta para o direito nacional através da publicação do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto. A IPPC vem reforçar a necessidade das organizações atribuírem um peso, cada vez maior, à prevenção e controlo da poluição, e fazê-lo de uma forma completamente integrada do controlo da poluição, assente prioritariamente na prevenção, das emissões para o ar, a água e o solo, baseados na utilização das Melhores Técnicas Disponíveis (MTDs), para cada sector, tendo em conta a gestão dos resíduos, ou na correspondente minimização dessas emissões, como meio de alcançar um nível elevado de protecção do ambiente no seu todo. A IPPC vai ter implicações óbvias nas organizações por ela abrangidas, obrigando a uma licença ambiental e a novos desafios ambientais [10]. Transcreve-se aqui o artigo 2 (definições) do Decreto-Lei n.º 194/2000 de 21 de Agosto. "Melhores técnicas disponíveis (MTDs) a fase de desenvolvimento mais avançada e eficaz das actividades e dos respectivos modos de exploração, que demonstre a aptidão prática de técnicas específicas para construir, em princípio, a base dos valores limite de emissão com vista a evitar e, quando tal não seja possível a reduzir de um modo geral as emissões e o impacte no ambiente no seu todo. Entende-se por: i) Técnicas: o modo como a instalação é projectada, construída, conservada, explorada e desactivada, bem como as técnicas utilizadas no processo de produção; ii) Disponíveis: as técnicas desenvolvidas a uma escala que possibilite a sua aplicação no contexto do sector industrial em causa em condições económica e tecnicamente viáveis, tendo em conta os custos e os benefícios quer essas técnicas

9 Mestrado em Química Têxtil _Página 9 de 100_ iii) sejam ou não utilizadas ou produzidas a nível nacional ou comunitário, desde que sejam acessíveis ao operador em condições razoáveis; Melhores: técnicas mais eficazes para alcançar um nível geral elevado de protecção do ambiente no seu todo" Resíduos A sigla dos 3Rs - Redução, Reutilização e Reciclagem de Resíduos Quando se trata um problema de controlo de resíduos é necessário que essa abordagem siga uma hierarquia [11]: i) Em primeiro lugar é necessário verificar se não será possível evitar a produção do resíduo, por exemplo utilizando produtos fabricados de forma diferente, ou prolongando o tempo de vida útil do produto. ii) Em segundo lugar é necessário verificar se não é possível encontrar uma nova serventia para esse produto, em que grande parte das suas propriedades ainda possam ser rentabilizadas, caso por exemplo de um pneu que seja recauchutado; grande parte dos materiais usados para o seu fabrico e toda a tecnologia vão ser aproveitados, apenas se acrescentando a borracha gasta durante o seu primeiro ciclo de vida. iii) Finalmente quando não é possível aproveitar grande parte do valor do produto podemos tentar a terceira alternativa, ou seja aproveitar a matéria prima que o constitui, em alguns casos para fabricar produtos idênticos, como no caso do usos de sucatas de aço para produzir perfis e chapas com características similares ao do produto original. Neste caso estamos perante uma operação que actualmente se denomina reciclagem. Os três princípios constituem a conhecida sigla dos 3Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. O uso das melhores tecnologias actualmente disponíveis em condições economicamente aceitáveis permite fabricar produtos com elevada longevidade. Não corresponde portanto ao avanço tecnológico o slogan implícito da nossa sociedade: "deite fora e compre novo". A análise do que se passa nos EUA onde as politicas de reciclagem se encontram muito avançadas permite constatar que a evolução do consumo é superior aos ganhos conseguidos pelo avanço da reciclagem, conforme se pode inferir da observação das figuras 2 e 3. Isto significa que todos os anos é necessário utilizar matérias - primas virgens em quantidades crescentes [11].

10 Mestrado em Química Têxtil _Página 10 de 100_ Figura 2 Taxas de produção de resíduos 1960/2000 [11] Figura 3 Taxas de reciclagem 1960/2000 [11]

11 Mestrado em Química Têxtil _Página 11 de 100_ Resíduos Hospitalares Os Resíduos Hospitalares (RH) (de acordo com o Decreto-Lei nº 310/95, de 20 de Novembro, que estabelece as regras a que fica sujeita a gestão de resíduos) são definidos como: "[...] resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde, incluindo as actividades médicas de diagnóstico, tratamento e prevenção da doença em seres humanos ou animais, e ainda as actividades de investigação relacionadas". A gestão de resíduos, segundo o mesmo decreto, é entendida como "as operações de recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos, incluindo a monitorização dos locais de descarga após o encerramento das respectivas instalações, bem como o planeamento dessas operações", sendo atribuídas as responsabilidades dessa gestão aos produtores, designadamente às unidades de saúde, às quais é possibilitada a realização de acordos com as autarquias ou com empresas devidamente autorizadas [12]. O destino a dar aos resíduos hospitalares levanta sérios problemas atendendo à sua natureza - uma parte considerável está contaminada por via biológica ou é química e radioactivamente perigosa; ao seu volume estima-se que cada doente internado produza actualmente mais de 1 kg de RH contaminados; aos custos do seu tratamento a incineração, que é o processo mais comum, ronda os 0,60 cêntimos por kg [12]. De notar que este valor não é actual e que o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) nos indicou preços que podem variar de 0,75 a 3. A consciência de que determinados resíduos hospitalares (sangue, secreções, material ionizado, produtos químicos e tecidos humanos), enquanto focos de contaminação, constituem perigo para a saúde pública, tornou-se mais aguda a partir do desenvolvimento de graves doenças transmissíveis, como a SIDA e a hepatite B. Esta situação levou ao aumento das preocupações com os cuidados a ter com os resíduos hospitalares, que se reflectiram igualmente na criação de legislação específica (que pretende evitar a sua deposição em lixeiras, por exemplo), com o consequente crescimento das quantidades de resíduos a incinerar provocando problemas ambientais graves. Com efeito, a heterogeneidade da massa dos resíduos hospitalares e a falta de preparação das unidades de incineração para o tratamento de quantidades crescentes de resíduos têm levado à impossibilidade do cumprimento dos limites de emissão de gases cada vez mais estritos. Os esforços feitos para remediar esta situação e que incluem a instalação de unidades de incineração de maiores dimensões e o tratamento adequado das emissões gasosas geram custos que contribuem presentemente para um significativo aumento das despesas das entidades hospitalares. Assim, tem-se tornado necessário o desenvolvimento de diferentes práticas de gestão de resíduos hospitalares que permitam a redução da quantidade de resíduos a tratar e a introdução de processos de tratamento alternativos à incineração [12]. Nos estabelecimentos hospitalares, nem todos os resíduos produzidos apresentam a mesma perigosidade, sendo por isso classificados segundo o maior ou menor risco que a sua presença implica. O Despacho nº 16/90 de 21 de Agosto de 1990 classificou os resíduos hospitalares em dois grupos - resíduos contaminados (grupo A) e resíduos não contaminados (grupo B) -

12 Mestrado em Química Têxtil _Página 12 de 100_ diferenciando o tipo de tratamento a que serão submetidos. Sendo assim, os resíduos do grupo A deveriam ser incinerados, enquanto que os resíduos do grupo B seriam destinados a remoção municipal. A evolução que se verificou nos conceitos que suportam a gestão dos resíduos hospitalares determinou a necessidade de uma nova classificação que garantisse uma separação mais selectiva na origem e permitisse o recurso a tecnologias diversificadas de tratamento. O Despacho nº 242/96 de 13 de Agosto de 1996 classificou, então, os resíduos hospitalares em quatro grupos distintos, sendo os resíduos objecto de tratamento apropriado diferenciado consoante o grupo a que pertençam. A tabela 1 define os resíduos hospitalares pertencentes aos quatro grupos e respectivos tratamentos: grupos I e II, como resíduos não perigosos, e grupos III e IV, como resíduos perigosos [12]. Tabela 1 Classificação dos resíduos hospitalares segundo o Despacho nº 242/96 [12] Grupo I Resíduos equiparados a urbanos - não apresentam exigências especiais no seu tratamento a) Resíduos provenientes de serviços gerais (como de gabinetes, salas de reunião, salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.); b) Resíduos provenientes de serviços de apoio (como oficinas, jardins, armazéns e outros); c) Embalagens e invólucros comuns (como papel, cartão, mangas mistas e outros de idêntica natureza); d) Resíduos provenientes da hotelaria resultantes de confecção e restos de alimentos servidos a doentes não incluídos no grupo III. Grupo II Resíduos hospitalares não perigosos - não estão sujeitos a tratamentos específicos, podendo ser equiparados a urbanos a) Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminados e sem vestígios de sangue; b) Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de sangue; c) Material de protecção individual utilizado nos serviços gerais de apoio, com excepção do utilizado na recolha de resíduos; d) Embalagens vazias de medicamentos ou de produtos de uso clínico ou comum, com excepção dos incluídos no grupo III e no grupo IV; e) Frascos de soros não contaminados, com excepção dos do grupo IV. Grupo III - Resíduos hospitalares de risco biológico - resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, susceptíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz, permitindo posterior eliminação como resíduo urbano a) Todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infecciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica, de patologia clínica e de laboratórios de investigação, com excepção dos do grupo IV;

13 Mestrado em Química Têxtil _Página 13 de 100_ b) Todo o material utilizado em diálise; c) Peças anatómicas não identificáveis; d) Resíduos que resultam da administração de sangue e derivados; e) Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com excepção dos do grupo IV; f) Sacos colectores de fluidos orgânicos e respectivos sistemas; g) Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas contaminados ou com vestígios de sangue; material de prótese retirado a doentes; h) Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue; i) Material de protecção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de apoio geral em que haja contacto com produtos contaminados (como luvas, máscaras, aventais e outros). Grupo IV Resíduos hospitalares específicos - resíduos de vários tipos de incineração obrigatória a) Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas, até publicação de legislação específica; b) Cadáveres de animais de experiência laboratorial; c) Materiais cortantes e perfurantes: agulhas, cateteres e todo o material invasivo; d) Produtos químicos e fármacos rejeitados, quando não sujeitos a legislação específica; e) Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração. O Despacho nº 242/96 define ainda condições de triagem, acondicionamento e armazenamento dos resíduos dentro das unidades de saúde. Assim, dever-se-á realizar uma separação dos resíduos que permita, para os resíduos dos grupos I e II, a reciclagem ou reutilização de cartão e papel, de vidros, de metais ferrosos e não ferrosos, de películas de raios X, de pilhas e baterias, e de mercúrio. A triagem e o acondicionamento dos resíduos deverão ter lugar junto do local de produção, devendo os resíduos hospitalares ser acondicionados de modo a permitir uma identificação clara da sua origem e do seu grupo: os resíduos do grupo I e II em recipientes de cor preta; os resíduos do grupo III em recipientes de cor branca, com indicativo de risco biológico; os resíduos do grupo IV em recipientes de cor vermelha, com excepção dos materiais cortantes e perfurantes que devem ser acondicionados em recipientes ou contentores imperfuráveis. Os contentores utilizados para armazenagem e transporte dos resíduos dos grupos III e IV devem ser facilmente manuseáveis, resistentes, estanques, mantendo-se hermeticamente fechados, laváveis e desinfectáveis, se forem de uso múltiplo [12]. O armazenamento dos resíduos deverá ser feito num local específico para os resíduos dos grupos I e II, separado dos resíduos dos grupos III e IV, que deverão estar devidamente sinalizados. O local de armazenamento deve ser dimensionado em função da periodicidade de recolha e/ou da eliminação, devendo a sua capacidade mínima corresponder a três dias de

14 Mestrado em Química Têxtil _Página 14 de 100_ produção. Caso este prazo seja ultrapassado, até um máximo de 7 dias, deverão existir condições de refrigeração no local de armazenagem. Este despacho responsabiliza ainda os órgãos de gestão de cada unidade de saúde pelas seguintes acções: sensibilização e formação do pessoal em geral e daquele afecto ao sector em particular, nomeadamente nos aspectos relacionados com a protecção individual e os correctos procedimentos; celebração de protocolos com outras unidades de saúde ou recurso a entidades devidamente licenciadas, quando não dispuserem de capacidade de tratamento dos seus resíduos; registo actualizado dos resíduos produzidos. Para além desta legislação há a referir especificamente para os resíduos hospitalares os seguintes diplomas [12]: Portaria nº174/97, de 10 de Março que estabelece regras de instalação e funcionamento de unidades ou equipamentos de valorização ou eliminação de resíduos perigosos hospitalares; Portaria nº178/97, de 11 de Março que aprova o modelo de mapa de registo dos resíduos hospitalares; Decreto Lei nº 409/98 de 23 de Dezembro estabelece o regulamento de segurança contra incêndios em edifícios do tipo hospitalar; Portaria nº 1275/2002 de 19 de Setembro de normas de segurança contra incêndio a observar na exploração de estabelecimentos de tipo hospitalar. Em relação à gestão de resíduos hospitalares, convém ainda referir que esta actividade é igualmente abrangida pela legislação sobre avaliação de impacte ambiental, sobre incineração de resíduos perigosos e sobre protecção e controlo da qualidade do ar [12]. A Nova Lista Europeia de Resíduos (LER) de acordo com as Decisões da Comissão 2001/118/CE, de 16 de Janeiro de 2001, inclui no capítulo 18 os resíduos hospitalares, conforme se apresenta na tabela 2. Os resíduos indicados com * são considerados como resíduos perigosos, conforme a Directiva 91/689/CE. Tabela 2 Extracto da nova Lista Europeia de Resíduos (LER) [13] Nova Lista de Resíduos (LER) 18 - Resíduos da prestação de cuidados de saúde a seres humanos ou animais e/ou investigação relacionada (excepto resíduos de cozinha e restauração não provenientes directamente da prestação de cuidados de saúde) Resíduos de maternidades, diagnóstico, tratamento ou prevenção de doença em seres humanos Objectos cortantes e perfurantes (excepto )

15 Mestrado em Química Têxtil _Página 15 de 100_ Partes anatómicas e órgãos, incluindo sacos de sangue e sangue conservado (excepto ) * - Resíduos cuja recolha e eliminação está sujeita a requisitos específicos tendo em vista a prevenção de infecções Resíduos cuja recolha e eliminação não está sujeita a requisitos específicos tendo em vista a prevenção de infecções (por exemplo pensos, compressas, ligaduras, gessos, roupas, vestuário descartável, fraldas) * - Produtos químicos contendo ou compostos por substâncias perigosas Produtos químicos não abrangidos em * - Medicamentos citotóxicos e citostáticos Medicamentos não abrangidos em * - Resíduos de amálgamas de tratamentos dentários Resíduos da investigação, diagnóstico, tratamento ou prevenção de doenças em animais Objectos cortantes e perfurantes (excepto ) * - Resíduos cuja recolha e eliminação está sujeita a requisitos específicos tendo em vista a prevenção de infecções Resíduos cuja recolha e eliminação não está sujeita a requisitos específicos tendo em vista a prevenção de infecções * - Produtos químicos contendo ou compostos por substâncias perigosas Produtos químicos não abrangidos em * - Medicamentos citotóxicos e citostáticos Medicamentos não abrangidos em

16 Mestrado em Química Têxtil _Página 16 de 100_ Na tabela 3 apresenta-se os Códigos do Antigo Catálogo Europeu de Resíduos (CER) não contemplados na Nova Lista de Resíduos (LER) Tabela 3 Códigos do Antigo Catálogo Europeu de Resíduos (CER) [14] Códigos do Antigo Catálogo Europeu (CER) não contemplados na Nova Lista de Resíduos (LER) 18 - Resíduos da prestação de cuidados de saúde a seres humanos ou animais e/ou investigação relacionada (excepto resíduos de cozinha e restauração não provenientes directamente da prestação de cuidados de saúde) Resíduos de maternidades, diagnóstico, tratamento ou prevenção de doença em seres humanos Produtos químicos e medicamentos rejeitados Resíduos da investigação, diagnóstico, tratamento ou prevenção de doenças em animais Produtos químicos rejeitados

17 Mestrado em Química Têxtil _Página 17 de 100_ PROCESSOS DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES Desinfecção A desinfecção, química ou térmica, aparece como uma alternativa de tratamento à incineração. As tecnologias de desinfecção mais conhecidas são o tratamento químico, a autoclavagem e o microondas. Estas tecnologias alternativas de tratamento de resíduos hospitalares permitem um encaminhamento dos resíduos tratados para o circuito normal de resíduos sólidos urbanos (RSU) sem qualquer perigo para a saúde pública, podendo representar custos inferiores para as instituições sem unidades de incineração própria. A principal desvantagem desta tecnologia consiste no facto de apenas se desinfectarem os resíduos, o que torna a sua aplicação ineficiente relativamente a produtos químicos e radioactivos [12] Desinfecção química O tratamento químico consiste numa série de processos em que os resíduos são envolvidos e/ou injectados com soluções desinfectantes e germicidas, tais como hipoclorito de sódio, óxido de etileno e formaldeído, embora recentemente estejam a ser desenvolvidos esforços para utilizar desinfectantes menos poluentes. Os processos podem ser complementados com uma trituração, prévia ou posterior, e/ou com compactação, necessitando sempre de tratamento dos efluentes líquidos e gasosos. Este tratamento é utilizado principalmente na descontaminação de resíduos de laboratórios de microbiologia, de resíduos com sangue e líquidos orgânicos, assim como de cortantes e perfurantes [12] Desinfecção térmica a) Autoclavagem A autoclavagem (desinfecção com calor húmido) é um tratamento bastante usual que consiste em manter o material contaminado a uma temperatura elevada e em contacto com vapor de água, durante um período de tempo suficiente para destruir potenciais agentes patogénicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco. O processo de autoclavagem inclui ciclos de compressão e de descompressão de forma a facilitar o contacto entre o vapor e os resíduos. Os valores usuais de pressão são da ordem dos 3 a 3,5 bar e a temperatura atinge valores os 135ºC. Este processo tem a vantagem de ser familiar aos técnicos de saúde, que o utilizam para esterilizar diversos tipos de material hospitalar [12].

18 Mestrado em Química Têxtil _Página 18 de 100_ b) Microondas A irradiação por microondas é uma tecnologia mais recente de tratamento de resíduos hospitalares e consiste na desinfecção dos resíduos a uma temperatura elevada (entre 95 e 105ºC), os quais são triturados antes ou depois desta operação. O aquecimento de todas as superfícies é assegurado pela criação de uma mistura água-resíduos [12] Incineração Actualmente, os resíduos hospitalares produzidos são na sua maioria submetidos a um tratamento por incineração. A incineração é um processo de tratamento industrial de resíduos sólidos, que se define como a reacção química em que os materiais orgânicos combustíveis são gaseificados, num período de tempo pré-fixado, dando-se uma oxidação dos resíduos com a ajuda do oxigénio contido no ar que é fornecido em excesso em relação às necessidades estequiométricas [12]. Este processo de decomposição térmica dos resíduos sofreu, ao longo dos últimos anos, progressos tecnológicos, sendo os modernos incineradores de concepção pirolítica de dois estágios regidos pelos seguintes princípios: temperatura, tempo de residência e turbulência. No primeiro estágio, designado por pirólise, os resíduos são submetidos a temperaturas de ºC, num ambiente com carência de oxigénio onde se dá a combustão completa, com formação de gases combustíveis. No segundo estágio (termoreactor), processa-se a combustão dos gases de pirólise à temperatura de 1100 ºC, durante 2 segundos no mínimo, na presença de oxigénio em excesso, para garantir a combustão completa [12]. A operação de uma central de incineração só pode ser considerada correcta se os detritos sólidos resultantes da combustão cinzas e escórias - e os gases emitidos na atmosfera forem estéreis e não contribuírem para a poluição ambiental do solo e do ar, facilitando assim as soluções de destino final. Por isso, é necessário tratar as emissões gasosas, devido ao tipo de resíduos (clorados) provenientes dos materiais incinerados. A energia térmica, originada na queima dos resíduos, pode ser aproveitada para aquecimento, através da produção de vapor, ou ser utilizada na produção de energia eléctrica, podendo-se recuperar o equivalente a metade da energia dissipada. Devido aos seus riscos ambientais e custos de exploração, o processo de incineração só deve ser utilizado quando não existem outras tecnologias alternativas para o tratamento de determinados tipos de resíduos [12].

19 Mestrado em Química Têxtil _Página 19 de 100_ Figura 4 - Os processos principais duma instalação de incineração [15] O processo de incineração apresenta as seguintes fases [15]: 1. Fase de secagem, na qual se dá uma diminuição do teor de água dos resíduos; 2. Fase de ignição e alimentação, na qual o produto seco entra na zona de combustão a uma temperatura de 400 a 500ºC; 3. Fase de combustão completa que se dá sobre a massa de resíduos, onde a temperatura de combustão varia entre ºC; 4. Fase de extinção, da qual resultam as escórias que serão encaminhadas para um aterro sanitário destinado a este fim. Do processo de incineração resultam os seguintes produtos finais: energia calorífica que é transformada em energia eléctrica ou vapor, águas residuais, gases, cinzas e escórias. O efluente originado pelo arrefecimento das escórias e pela lavagem dos gases, de acordo com a legislação da União Europeia, é considerado um resíduo perigoso, pelo que terá de sofrer um tratamento adequado [15]. Os gases resultantes da incineração têm de sofrer um tratamento posterior, uma vez que na sua composição se incluem diversas substâncias tóxicas como chumbo, cádmio, mercúrio, crómio, arsénio, cobalto e outros metais pesados, ácido clorídrico, óxidos de azoto e dióxido de enxofre, dioxinas e furanos, clorobenzenos, clorofenóis e pentaclorobifenilos (PCBs).

20 Mestrado em Química Têxtil _Página 20 de 100_ Figura 5 - A estrutura da molécula da família dioxina [15] DIOXINAS - A mais perigosa família de compostos de origem antrogénica que existe, as dioxinas englobam cerca de 220 diferentes substâncias químicas que têm carbono, oxigénio e cloro como constituintes base. Invisíveis, inodoros e bioacumuláveis, estes compostos são potentes causadores de cancros com efeitos crónicos no sistema imunitário, reprodutor e hormonal, bem como no crescimento e desenvolvimento nos seres vivos. Em Setembro de 1998 a EPA dos Estados Unidos anunciou que não existe um nível "aceitável" de exposição às dioxinas, visto que são cumulativas e degradam lentamente, de momento os níveis permitidos de emissões de dioxinas em incineradores em Portugal são de 0,1ng.m -3, medidos anualmente. Os processos de depuração de gases vão recolher as cinzas volantes que representam entre 5 a 25% do total dos resíduos sólidos de um incinerador, sendo também incluídas na categoria dos resíduos perigosos pelo que necessitam de um tratamento complementar. Os equipamentos para tratamento dos gases são caros, constituindo uma fatia importante do custo total de uma central de incineração, para além de requerem uma cuidada manutenção de forma a garantirem a eficiência de remoção de poluentes necessária para serem minimizados os impactes no ambiente. O sistema de depuração de gases assenta na conjugação de diversos processos e equipamentos [15]: CONTROLO DA TEMPERATURA DE COMBUSTÃO: De forma a garantir a maior taxa de degradação possível dos resíduos e subprodutos da combustão deverá ser mantida, na câmara de combustão, uma temperatura da ordem dos 1100ºC. CONTROLO DE ÓXIDOS DE AZOTO: Para controlar as emissões de óxidos de azoto (NOx) usa-se o sistema de SCRs (Redução Catalítica Selectiva) ou de SNCRs (Redução não Catalítica Selectiva) que consistem na injecção de amónia ou ureia nos gases. "WET-SCRUBBERS": os gases são lavados através de um chuveiro de água, pelo que as gotículas vão capturando as poeiras na sua passagem. Tornando a água alcalina (por exemplo, misturando cal), neutralizam-se também os gases responsáveis pelas chuvas ácidas, como dióxido de enxofre, cloretos de hidrogénio ou fluoretos de hidrogénio. A água usada fica muito poluída, pelo que tem de ser tratada.

21 Mestrado em Química Têxtil _Página 21 de 100_ "DRY-SCRUBBERS": Sistema semelhante ao "wet-scrubber" apenas com a diferença de que o processo decorre a seco, sendo lançadas sobre os gases substâncias alcalinas em pó. INJECÇÃO DE CARVÃO ACTIVADO: Este processo é utilizado essencialmente para controlo das emissões de alguns metais pesados e dioxinas. Esta injecção é feita antes do mecanismo de controlo de partículas (electrofiltro ou filtro de mangas), pois as partículas de carvão activado após terem absorvido os poluentes, devem ser capturadas. ELECTROFILTROS: Os gases passam entre placas metálicas entre as quais se estabelece uma diferença de potencial muito elevada, pelo que muitas partículas são atraídas para as placas por efeito electrostático. FILTROS DE MANGAS: Têm a mesma função do que os electrofiltros, mas o funcionamento consiste em pequenos sacos por onde os gases são forçados a passar, sendo retida uma elevada percentagem de partículas. Os gases após passagem pelos diversos processos de depuração são emitidos para a atmosfera através de uma chaminé com uma altura adequada de forma que os poluentes que subsistirem nesses gases quando cheguem ao solo tenham uma concentração suficientemente pequena para não afectar a saúde pública ou o ambiente. Para calcular a altura mínima da chaminé recorre-se a modelos matemáticos de dispersão de poluentes [15]. Logo que a central de incineração tenha entrado em funcionamento é necessário monitorizar as emissões de poluentes, sendo já possível para diversos poluentes fazer a sua medição em contínuo. No entanto, para alguns poluentes, como é o caso das dioxinas, essa medição é feita de forma pontual, sendo por isso, mais difícil garantir que não ocorram problemas ambientais Incineração versus autoclavagem Segundo o Despacho nº 242/96, os resíduos hospitalares de risco biológico pertencentes ao grupo III poderão ser incinerados ou sujeitos a um tratamento eficaz que permita a sua eliminação como resíduos urbanos, enquanto que o grupo IV integra resíduos hospitalares específicos de incineração obrigatória. O estudo efectuado pela Quercus [12] concluiu que há um predomínio da incineração sobre a autoclavagem como tratamento final dos resíduos do grupo III, existindo, ainda dois casos em que é utilizada a desinfecção química. Visto que a incineração e a autoclavagem serem os tratamentos mais utilizados no nosso país para tratamento do grupo III, apresenta-se na tabela 4 uma síntese das vantagens e inconvenientes de cada um deles.

22 Mestrado em Química Têxtil _Página 22 de 100_ Tabela 4 - Processos de tratamento dos resíduos hospitalares [12] PROCESSO VANTAGENS INCONVENIENTES INCINERAÇÃO AUTOCLAVAGEM - eficaz no tratamento de todos os resíduos; - redução de peso para 10%; - redução de volume para 3%; - recuperação e/ou produção de energia; - ausência de odores. - custo de operação baixo; - redução de volume (até 20%); - processo considerado limpo, não necessitando de avaliação de impacte ambiental. - elevados custos de investimento e exploração; - necessidade de tratamento dos efluentes gasosos; - opinião negativa da população. - utilização restrita a resíduos de risco biológico; - produção de efluentes líquidos e gasosos, embora pouco significativa Operadores de Gestão de Resíduos Hospitalares. Unidades de Tratamento. Existem empresas licenciadas pelo Ministério da Saúde e do Ambiente como Operadores de Gestão de Resíduos Hospitalares que possuem unidades de tratamento licenciadas para o tratamento dos Resíduos Hospitalares Perigosos, por métodos alternativos e complementares à incineração a AUTOCLAVAGEM [16]. Estas empresas utilizam como tecnologia principal a Autoclavagem esterilização dos resíduos por meio de vapor saturado, solução ambientalmente correcta, segura e eficaz no tratamento de 90 a 97% do total dos resíduos hospitalares com perigosidade, isto é, todos os resíduos com perigosidade biológica classificados como grupo III no Despacho nº 242/96 de 13/8; utilizando a incineração apenas para o estritamente necessário, de acordo com a legislação, o grupo IV, que inclui apenas 3 a 10% dos resíduos perigosos [16]. Como exemplo, apresenta-se na figura 6 o diagrama de operação da unidade de tratamento de resíduos hospitalares da empresa Ambimed.

23 Mestrado em Química Têxtil _Página 23 de 100_ Figura 6 - Diagrama de Operação da Unidade de Tratamento de Resíduos Hospitalares com Perigosidade da Ambimed [16] A Ambimed adopta um conceito inovador como prestadora de serviços em Portugal na Gestão Integrada de Resíduos, pretendendo com a sua actuação intervir directamente junto do produtor, de modo a minimizar a produção de resíduos hospitalares com perigosidade.

24 Mestrado em Química Têxtil _Página 24 de 100_ Nas figuras 7 e 8 apresenta-se as operações e processamento de resíduos hospitalares da empresa Ambimed nas instalações do Barreiro. Figura 7 - Operações e processamento dos resíduos hospitalares da Ambimed [16]

25 Mestrado em Química Têxtil _Página 25 de 100_ Figura 8 - Processamento de resíduos hospitalares da empresa Ambimed nas instalações do Barreiro [16]

26 Mestrado em Química Têxtil _Página 26 de 100_ Destino dado aos resíduos hospitalares A tabela 5 apresenta a quantidade, processamento e o destino final dado aos resíduos hospitalares. Tabela 5 Quantidade, processamento e destino final dos resíduos hospitalares [16] Categoria Resíduos Código CER Código LER Classificação Desp. 242/96 Quantidade Resíduos (t/ano) Processamento tratamento Produtos resultantes Quantidade produtos (t/ano) Destino final Resíduos hospitalares Grupo III Autoclavagem " " Incineração " " " Grupo IV 220 Movimento Transfronteiriço Resíduos descontaminados Equiparados a urbanos Aterro Sanitário (Portugal) (Espanha e França) Os resíduos do grupo III, após descontaminação, trituração e compactação, são enviados para o mesmo destino dos RSU, Aterro Sanitário. Os resíduos do grupo IV, são exportados para tratar por Incineração, através de Processos Transfronteiriços, para Espanha e França. Os outros resíduos perigosos também produzidos nas Unidades de Saúde, e que não estão enquadrados em nenhum desses grupos, especialmente os resíduos líquidos perigosos (que na realidade se enquadram mais nos resíduos industriais perigosos), são encaminhados para valorização (reciclagem) para empresa licenciada, no território nacional para em todos os casos em que é viável tal solução. Os outros resíduos perigosos para os quais não exista solução de tratamento em Portugal, são enviados para tratamento noutros países onde existam soluções de tratamento para esses resíduos [16].

27 Mestrado em Química Têxtil _Página 27 de 100_ CAPÍTULO 3 TÊXTEIS MÉDICO-CIRÚRGICOS DEFINIÇÃO DE TÊXTEIS TÉCNICOS Os têxteis técnicos são estruturas especificamente projectadas e desenvolvidas para utilização em produtos, processos ou serviços de quase todas as áreas industriais. De acordo com esta definição, um têxtil técnico pode ser utilizado de três formas diferentes [17]: como componente de outro produto contribuindo directamente para a sua resistência, desempenho e outras propriedades (ex.: materiais compósitos reforçados por têxteis); como ferramenta na produção de outro produto (ex.:filtros têxteis para a indústria alimentar); isoladamente, desempenhando uma ou várias funções específicas (ex. geotêxteis) TÊXTEIS TÉCNICOS NA MEDICINA Os materiais têxteis têm vindo a assumir uma importância crescente no domínio da medicina, encontrando cada vez mais aplicações à medida que cada vez mais investigações têm sido realizadas neste domínio. Podemos definir os têxteis médicos como sendo todos os têxteis técnicos utilizados na medicina. Dependendo das áreas de aplicação, os têxteis para aplicações médicas podem ser classificados em: 1. Têxteis cirúrgicos Incluem-se neste grupo todos os materiais têxteis que são usados em cirurgia. Podemos subdividir estes materiais em três grupos: - Têxteis implantáveis: suturas, artérias vasculares, válvulas para o coração, ligamentos artificiais, tecidos para tratamento de hérnias, redes de reforço cirúrgico, etc. - Têxteis não-implantáveis: pensos, ligaduras, emplastros, etc. - Têxteis de protecção: batas cirúrgicas, gorros, máscaras e campos operatórios. 2. Têxteis para sistemas extra-corporais: rins artificiais, fígados e pulmões, etc.

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