ACÓRDÃO. Na Câmara do Cível, Administrativo, Fiscal e Aduaneiro do Tribunal Supremo os Juízes Acordam em conferência, em nome do Povo:

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1 ACÓRDÃO PROCESSO N.º 848/2004 Na do Tribunal Supremo os Juízes Acordam em conferência, em nome do Povo: I - RELATÓRIO Na Sala de Família do Tribunal Provincial de Benguela, ISABEL FILOMENA ROSA SANTOS, residente na Província de Benguela, propôs Acção de Reconhecimento de União de Facto por Ruptura contra CARLOS PEDRO DE CARVALHO, residente em Benguela, na Rua José Falcão n.º 27-1.º andar Direito, pedindo o seguinte: a) O reconhecimento judicial da união de facto entre a Autora e o Réu por culpa exclusiva deste último; b) A atribuição à Autora do exercício da autoridade paternal sobre os quatro filhos menores do casal; c) A condenação do Réu no pagamento mensal, a título de prestação de alimentos a favor dos menores, da importância mínima de Kz 1.500,00 (Mil e Quinhentos kwanzas); d) A atribuição da residência familiar à Autora, sita na Rua José Falcão n.º 27, 1.º andar Direito, Província de Benguela, para nela poder criar e educar desafogadamente os filhos do casal. Para fundamentar a sua pretensão, a Autora alega, em síntese o seguinte: 1. A Autora iniciou a sua relação com o Réu no primeiro semestre de 1990; 2. Desta Relação nasceram quatro filhos, nomeadamente: 1

2 a. Valdo Pedro de Carvalho, nascido aos 13 de Janeiro de 1991; b. Vanessa Rossana dos Santos Carvalho, nascida aos 15 de Abril de 1993; c. Carla Júlia dos Santos Reis de Carvalho, nascida aos 15 de Abril de 1996; d. Vanusa Morena Santos de Carvalho, nascida aos 24 de Julho de Aos , o casal estabeleceu a sua residência familiar num apartamento sito na Rua José Falcão n.º 27, 1.º andar Direito, em Benguela, que o Réu tomou de arrendamento à Secretaria de Estado da Habitação; 4. A Autora, entre Maio/Junho de 2000, apercebeu-se de que o Réu mantinha uma relação extraconjugal, passando a dormir algumas noites fora de casa; 5. A Autora começou a ser vítima de violência doméstica praticada pelo Réu, tornandose mais frequente, pois este insistia que a Autora abandonasse a morada de família e que voltasse para a casa da sua mãe; 6. Como argumentos persuasivos, o Réu expulsava-a de casa, pondo as roupas da Autora na rua, agredindo-a, tendo com isso lhe produzido dois ferimentos na cabeça de que lhe restaram cicatrizes; 7. A Autora, certo dia teve uma discussão com o Réu, na qual este lhe proferiu ameaças de morte caso a mesma decidisse permanecer no imóvel; 8. A Autora, assustada com a situação, teve de se acolher na casa da sua mãe levando consigo a filha mais nova do casal, deixando os outros três filhos com o Réu; 9. A Autora optou por abandonar o imóvel em que vivia com o Réu, estando nele a viver o Réu com a Sra. Rosa, actual esposa do Réu. Citado o Réu (fls.15), veio este juntar a sua contestação (fls.19), defendendo-se por impugnação. Assim, em relação ao imóvel, o Réu alega que são infundadas as acusações feitas pela Autora, visto que foi ela quem abandonou o lar e mudou-se para a casa da sua mãe, deixando os filhos com o Réu incluindo o mais novo que na altura tinha apenas alguns meses de idade, situação que a levou, mais tarde, a regressar a casa e receber a criança. 2

3 Alega ainda que não é possível satisfazer o montante que a Autora pede a título de prestação de alimentos, porque os outros 3 (Três) filhos do casal estão a viver com o Réu. Além disso, sendo apenas 1.º Sargento da Polícia Nacional, auferindo o salário de AKZ (Mil Kwanzas), não é possível contribuir com uma prestação mensal de AKZ 1.500,00 (Mil e Quinhentos Kwanzas). Designada data para tentativa de conciliação, a mesma decorreu em obediência ao formalismo legal, não tendo as partes chegado a um acordo quanto à acção de reconhecimento de união de facto (fls.35v). Relativamente à questão da prestação de alimentos provisórios, as partes acordaram que a mesma seria fixada em AKZ 1000,00 (Mil Kwanzas). Proferido despacho saneador (fls.36), o mesmo não foi objecto de reclamação pelas partes. A Autora veio requer ao Tribunal que fossem atribuídos aos filhos menores alguns bens necessários para o dia-a-dia (fls.42v.º), requerendo igualmente o aumento da prestação de alimentos para AKZ 2.000,00 (Dois Mil Kwanzas), pedindo que fosse marcada nova conferência entre os litigantes por forma a estabelecer um acordo. Designada data para audiência de Discussão e Julgamento (fls.44), foram as partes devidamente notificadas (fls.47), tendo sido passada certidão negativa, informando que as testemunhas arroladas pela Autora se recusaram a participar na Audiência de Discussão e Julgamento (fls.45). Proferido despacho para a Autora indicar outras testemunhas (fls.48), esta não as indicou. Designada nova data para Audiência de Julgamento, a mesma decorreu obedecendo às formalidades legais (fls.65vº), tendo as partes chegado ao seguinte acordo: 3

4 a) O comprometimento do Réu para, num prazo de 6 (Seis) meses improrrogáveis, entregar à Autora um lugar para morar com os filhos, devendo o espaço conter pelo menos 2 (Dois) quartos; b) Tão logo a Autora tenha consigo a residência, nela passará a coabitar com os 4 filhos; c) A causa manter-se-á suspensa por 6 meses e, uma vez cumprido o acordo, o Tribunal proferirá sentença homologatória do acordo celebrado com custas para o Réu". Tendo sobrevindo o desentendimento, vieram as partes requerer ao Tribunal "a quo" a marcação de nova conferência (fls.66, 77 e V.º). Proferida sentença (fls.80 a 83), o Juiz "a quo" julgou procedente porque provada a acção, e tendo por isso sido reconhecida a união de facto havida entre a Autora e o Réu. Em consequência do aludido reconhecimento, o Réu foi condenado nos seguintes moldes: a) Atribuição a Autora do exercício da autoridade paternal dos 4 (Quatro) filhos menores; b) Condenação do Réu a prestar mensalmente uma pensão alimentícia em montante nunca inferior a AKZ 1.500,00 (Mil e Quinhentos Kwanzas); c) Condenação do Réu para, num prazo não superior a 2 (Dois) meses, permitir à Autora e aos 4 (Quatro) filhos menores o acesso à residência sita na Rua José Falcão n.º 27, 1.º andar Direito, na cidade de Benguela, para nela morar com os filhos. Inconformado com a decisão o Réu veio dela interpor recurso de Apelação, com efeito suspensivo e subida imediata nos próprios autos (fls.88). O Tribunal a quo" admitiu o recurso como de Apelação (fls.90). 4

5 O Recorrente veio juntar as devidas alegações (fls.96) com os fundamentos seguintes: i. "Que, o Juiz "a quo" não podia ter reconhecido a união de facto, porque desde o ano de 2000 o Recorrente assumiu uma relação conjugal com a Sra. Rosa, estando deste modo, em falta a singularidade processual, que constitui um pressuposto processual importante para o reconhecimento da união de facto; ii. Que, neste tipo de acções, a falta de contestação não constitui confissão dos factos, desta forma, não estando presentes as testemunhas arroladas pela Recorrida o Juiz julgou provados os factos alegados, condenando o Réu na totalidade do pedido; iii. Que o Juiz não deveria proferir sentença sem antes ter ouvido o conselho de família, tal como nos impõem os art.º 17.º e 125.º, ambos do Código da Família. Não tendo Juiz procedido desta forma, violou irremediavelmente uma norma imperativa; iv. Que o processo enferma de uma nulidade absoluta, cujo conhecimento é oficioso devendo anular-se todo o processado ao abrigo dos artigos 201.º e 22.º do C. P. C". Conclui pedindo que seja dado provimento ao presente recurso, anulando-se todo o processado por inobservância de uma norma imperativa por parte do Juiz "a quo", quer porque não ouviu o Conselho de Família, quer porque o Réu possuía duas mulheres não se entendendo assim, deve revogar-se a sentença por não provada. Devendo a Recorrida ser condenada em multa como litigante de má-fé cujo montante não deve ser inferior a USD 3.000,00 (Três Mil Dólares Americanos ). O Tribunal "ad quem" admitiu o recurso nos termos requeridos, convidando a contraparte para num prazo de 15 dias apresentar as suas contra-alegações (fls.115 V.º). Notificada a Recorrida (fls.119) esta não veio apresentar as devidas contra-alegações. 5

6 Remetidos os autos ao digno representante do Ministério Público (fls.120 v.º e 121) este emitiu o competente visto nos seguintes moldes: "... Vi aos autos nos termos do art.º 707.º do C.P.C e, em consequência, constatei que o processo foi conduzido até ao momento de interposição de recurso sem que o Apelante tenha constituído Advogado, nem beneficiou de assistência judiciária. No entanto, para o recurso o Apelante constituiu mandatário", Correram os vistos legais (fls. 128 v e 135). Tudo visto, cumpre decidir. II - OBJECTO DO RECURSO Sendo o âmbito e objecto do recurso delimitados (para além das meras razões de direito e das questões de conhecimento oficioso) pelas conclusões formuladas pelo Recorrente, art.º 660., n.º 2; 664.º,n.º 3 e 690.º,n.º1 todos do CPC, emergem como questões a apreciar e decidir, no âmbito do presente recurso, as de saber se: 1. Deve ou não ser declarada nula a decisão recorrida por falta de constituição do Conselho de Família. 2. Deve ou não ser reconhecida a união de facto por ruptura. 3. A quem deverá ser atribuída a casa da morada de família. III - QUESTÃO PRÉVIA Da decisão recorrida, tal como resulta dos autos, não houve julgamento de facto. A fundamentação de facto constitui um dos deveres cujo cumprimento por parte do juiz é imprescindível em qualquer julgamento ou sobre alguma dúvida suscitada pelas partes no 6

7 processo. Trata-se, pois, do dever de fundamentação nas decisões judiciais que tem consagração legal no art.º158.º do CPC. A fundamentação de facto consiste na observação e selecção dos factos provados no andamento do processo por parte do julgador, bem como na análise crítica das provas produzidas nos autos, devendo o Juiz sublinhar os elementos de factos que considera decisivos para a formação da sua convicção, indicar as razões que, na sua apreciação crítica, relevaram para a formação da sua convicção e correspondente subsunção jurídica, nos termos do art.º659.º, n.º 2 do CPC. Nos termos do art.º659.º, n.º 2 do CPC, na fundamentação da sentença, o juiz tomará em consideração os factos admitidos por acordo, provados por documentos ou por confissão reduzida a escrito e os que o tribunal colectivo deu como provados, fazendo o exame crítico das provas de que lhe cumpre conhecer. Como escreveu Fernando Pinto da Almeida (acção de formação na RP, em , disponível em "Fundamentação da Sentença Cível, o juiz tomará em consideração: os factos admitidos por acordo (cfr. arts. 490º e 505º, CPC); os factos provados por documento (cfr. art.ºs. 523º e 524º, CPC); os factos provados por confissão reduzida a escrito (cfr. arts. 356º e 358º do CC); os factos que o tribunal colectivo deu como provados (Cfr. art.º653º n.ºs 2 e 3, CPC). A estes acrescem: os factos que resultem de presunção legal ou judicial (Cfr. art.ºs. 349 a 351º do CC); os factos notórios (cfr. art. 514º n.º1, CPC); os factos de conhecimento oficioso (Cfr. art.º660º n.º 2 CPC); e procede ao exame crítico das provas de que lhe cumpre conhecer. Com efeito, a fundamentação de facto não se limita, porém, a estes factos anteriormente seleccionados; devem ser considerados relevantes todos os factos que foram adquiridos durante a tramitação da causa. O juiz deve, por isso, proceder a uma análise atenta de todo o processo, com especial incidência sobre os articulados, documentos juntos com eles ou posteriormente e outras peças processuais em que as partes tenham eventualmente assumido determinada posição (Fernando Pinto da Almeida, ob. cit.). 7

8 A propósito, entende a doutrina que o dever de fundamentar as decisões judiciais impõese por razões de ordem substancial e de ordem prática. Por ordem substancial, cumpre ao Juiz demonstrar que da norma geral e abstracta soube extrair a disciplina ajustada ao caso concreto, e de ordem prática, cumpre ao juiz demonstrar às partes os motivos da decisão por este proferida, em particular a parte vencida, a fim de, sendo admissível o recurso, poder impugnar o respectivo fundamento ou fundamentos (Cfr. Antunes Varela, M. Bezerra e S. Nora, Manual de Processo Civil, 2a ed. 185, pág. 670/672). Isto só é possível se os elementos de facto forem bem patentes na decisão recorrida. Descriminar e analisar criticamente os factos considerados provados permite ao juiz, enquanto operador do direito, e às partes compreender a razão de decidir, permite expor que o processo que se seguiu é lógico e racional, tornando deste modo possível o controlo da razoabilidade da convicção do juiz sobre o julgamento de facto, e convencer os destinatários da decisão sobre a sua correcção (Cfr. Alberto dos Reis, Código de Processo Civil Anotado, IV, Coimbra Editora, 1987, pág.566 e segs). Deste modo, augura-se uma decisão mais justa. A decisão é justa quando resulta de uma apropriada valoração das provas, da fixação precisa dos factos relevantes, da referência exacta dos factos ao direito e sempre que o julgador, no âmbito do mérito do julgamento, utilize os poderes discricionários que lhe são confiados, nos termos da lei (Alberto dos Reis, Código de Processo Civil Anotado, V, Coimbra Editora, 1984, pág. 130; Fernando Amâncio Ferreira, Manual dos Recursos em Processo Civil, Almedina, 9ª ed., 2009, pág. 72). Em face do exposto, deve concluir-se pela necessidade de uma adequada ou legítima fundamentação das decisões judiciais para que, em relação às partes e aos magistrados do Tribunal Supremo, seja possível o cumprimento ou a impugnação dos julgados, bem como fazer perceber à sociedade em geral que o operador de justiça está de facto a exercer um controle sobre a atividade jurisdicional, compreendendo assim o Direito e tornando previsíveis e calculáveis as condutas sociais na ordem jurídica. 8

9 IV - APRECIANDO Atendendo que o Tribunal "a quo" não procedeu ao julgamento da matéria de facto, tornase imperioso procedermos agora à compilação dos factos relevantes para a apreciação das questões objecto de recurso: 1. A Requerente e o Requerido viveram em união de facto desde 1991, tendo dela resultado o nascimento de quatro filhos (fls.8 a 11). a. Valdo Pedro de Carvalho, nascido aos 13 de Janeiro de 1991; b. Vanessa Rossana de Santos Carvalho, nascida aos 15 de Abril de 1993; c. Carla Júlia dos Santos Réis de Carvalho, nascido aos 15 de Abril de 1996; d. Vanusa Morena Santos Carvalho, nascida aos 24 de Julho de O Recorrente é funcionário efectivo da polícia nacional, colocado na província de Benguela, com patente de 1. Sargento (fls.21). 3. As partes, no decorrer do processo, chegaram a celebrar um acordo que se traduziu no seguinte: a. O comprometimento do Réu para, num prazo de 6 meses improrrogáveis, entregar à Autora um lugar para morar com os filhos, devendo o espaço conter pelo menos 2 quartos; b. Tão logo a Autora tenha consigo a residência, nela passará a coabitar com os 4 filhos; c. A causa manter-se-á suspensa por 6 meses e, uma vez cumprido o acordo, o tribunal proferirá sentença homologatória do acordo celebrado com os 4 filhos; 9

10 4. Decorrido o prazo, o Requerido não cumpriu o acordado entre as partes, tendo a Requerente informado ao Tribunal "a quo" (fls.77 e v.º). Passando à apreciação das questões objecto do presente recurso, importa verificarmos o seguinte: 1. Deve ou não ser declarada nula a decisão recorrida, por falta de constituição do Conselho de Família? O Recorrente alega que o Juiz não deveria proferir sentença sem antes ter ouvido o Conselho de Família, tal como impõem os art.º17.º e 125.º, ambos do Código da Família (C.F.). Não tendo o Juiz procedido desta forma, violou irremediavelmente uma norma imperativa, sendo que o processo enferma de uma nulidade absoluta, cujo conhecimento é oficioso, devendo anular-se todo o processado. Assistirá razão ao Recorrente? Vejamos: Quanto à constituição do Conselho da Família, dispõe o art.º125.º do C.F. que, "para a acção de reconhecimento da união de facto, o Tribunal deverá ouvir o Conselho da Família". Nestes termos, sobretudo da forma verbal usada pelo legislador, descortina-se o carácter imperativo desta norma, consubstanciado na obrigação de o Tribunal fazer-se ouvir perante o Conselho da família. Na verdade, as normas imperativas não podem deixar de ser aplicadas, nem modificadas pela vontade do julgador ou das partes. 10

11 No caso sub judice, a constituição do Conselho de Família, enquanto órgão consultivo do Tribunal nas acções de natureza familiar (art.º 17.º do C.F.), nos termos do art.º125.º, do C.F., é imperativa. Será que estamos perante um caso cuja intervenção do Conselho da Família é obrigatória, tal como alude, ab initio, o n.º 2 do art.º 16.º do C.F.? Neste aspecto, digamos que, embora no C.F. o legislador não diga taxativamente quais são os casos em que a intervenção do Conselho da Família é obrigatória, pelo conteúdo do art.º125.º do C.F., a resposta deve ser afirmativa. No entanto, a inobservância do acto ou formalidade prevista no art.º125.º não produz nulidade de forma imediata, sem que se observem as regras gerais sobre a nulidade dos actos previstas no art.º 201.º do C.P.C. Com efeito, dispõe o art.º201.º do C.P.C que "... a prática de um acto que a lei não admita, bem como a omissão de um acto ou de uma formalidade que a lei prescreva, só produzem nulidade quando a lei o declare ou quando a irregularidade cometida possa influir no exame ou na decisão da causa". Sendo assim, havendo omissão do acto ou formalidade de o Tribunal "a quo" ouvir o Conselho da Família, há que apreciar se, de facto, (i) a lei declara nulidade quando a constituição do Conselho da Família seja omitida pelo Tribunal, ou (ii) se a falta de constituição do Conselho da Família influiu no exame ou na decisão da causa, nos termos do artigo acima referido. Analisados os autos e as regras que presidem o reconhecimento da união de facto, concluímos que a omissão do acto ou formalidade de constituição do Conselho da Família não influiu no exame ou na decisão do caso, porque apreciando o caso sub judice, ao abrigo do n.º 2, in fine, do art.º 113.º do C.F., o reconhecimento da união de facto com o fim de atribuir à Autora o exercício da autoridade paternal e do direito à residência comum é a decisão mais acertada, seja constituída ou não o Conselho da Família, aliado ao facto deste 11

12 órgão ser meramente consultivo. Outrossim, a união de facto é sempre admissível para atribuição da residência comum, como é o caso. Face ao exposto, não procedem os argumentos do Recorrente neste ponto. 2. Deve ou não ser reconhecida a união de facto por ruptura? Alega ainda o Apelante que o Tribunal "a quo" não podia ter reconhecido a união de facto, porque desde o ano de 2000 o Recorrente assumiu uma relação conjugal com a Sra. Rosa, estando deste modo, em falta a singularidade, que constitui um pressuposto processual importante para o reconhecimento da união de facto. É verdade que, para que a união de facto por ruptura produza efeitos jurídicos na vida dos sujeitos da relação de facto é necessário que a mesma seja reconhecida pelo tribunal (art.º 122.º do CF). No entanto, para que o tribunal a reconheça, a lei faz depender da verificação dos pressupostos legais, de entre os quais encontramos a singularidade (art.º 113.º, n.º 1 do CF). Porém, nos termos estabelecidos no n.º 2 do art.º113.º, a exigência dos pressupostos legais comporta excepções, de entre as quais as situações em que se verifique enriquecimento sem causa, concretamente para efeito de partilha de bens comuns e para atribuição do direito da residência comum. Portanto, a falta de singularidade não constitui causa para o não atendimento da união de facto. Outrossim, o reconhecimento da união de facto em questão confere estabilidade da situação social dos menores envolvidos. Em boa verdade, nesta situação são os direitos das crianças que se põem em perigo. Por isso, para salvaguardar o princípio do superior interesse da criança, enquanto forma de garantir o seu pleno desenvolvimento físico, psíquico e cultural (art.º80.º, n.º 2, da Constituição da República de Angola - CRA), deve a questão acima suscitada ser respondida positivamente. 12

13 Ademais, merece aqui menção do que estabelece o n.º1 do art.º80.º da Constituição da República (CRA): a criança tem direito à atenção especial da família, da sociedade e do Estado, os quais, em estreita colaboração, devem assegurar a sua ampla protecção contra todas as formas de abandono, discriminação, opressão, exploração e exercício abusivo de autoridade, na família e nas demais instituições". Não obstante o Recorrido ter suscitado a falta de singularidade, não resulta dos autos prova do mesmo. Ora, nos termos do art.º 342º do C.C, incumbia ao Recorrente fazer a prova do facto invocado. Pelo que, não o tendo feito, improcede a sua alegação. Em face do exposto, deve ser sim reconhecida a união de facto por ruptura em questão. Pelo que bem andou o Tribunal a quo" ao decidir como decidiu. 3. A quem deverá ser atribuída a casa da morada de família? Segundo o Prof. Leite de Campos a casa de morada de família é o único bem com algum significado económico de que dispõem. Portanto, a sua atribuição depois do divórcio tem uma particular importância (Leite Campos, in Lições de Direito de Família e das Sucessões, Almedina, 2008, pág. 305). Também Nuno de Salter Cid, in A Protecção da Casa de Morada da Família no Direito Português, Almedina, 1996, pág. 8, refere que a família precisa, naturalmente, de um espaço físico que lhe sirva de base, de sede, de um local onde possa viver e conviver, (...) reconhecer a todos, para si e para a sua família, o direito a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar ". No mesmo diapasão, afirma Guilherme de Oliveira: "a residência da família é, por assim dizer, a sua sede; é o lugar onde a família cumpre as suas funções relativamente aos cônjuges e aos filhos e onde assume os seus compromissos perante terceiros". 13

14 Assim sendo, por um lado, é mais sensato atribuir, neste caso em particular, a casa de moradia familiar, por constituir o habitat natural, habitual, onde os filhos já têm realizado as suas funções sociais. Por outro lado, da factualidade apurada nos autos, a casa de morada de família em causa corresponde mais às condições de vida dos unidos de facto, tendo em conta os interesses dos filhos de ambos. Aliás, arranjar outra casa para a A., ora Apelada, e os 4 filhos seria muito mais oneroso dada a situação económica do Réu, ora Apelante. A propósito, dispõe o art.º110.º do C.F., na atribuição da residência familiar deve o Tribunal ter em conta as condições de vida dos cônjuges, o interesse dos filhos do casal e as causas do divórcio, no caso a união de facto, aplicável por força do art.º126.º do C.F. No caso sub judice, o interesse dos filhos justifica pois a atribuição da casa de morada da família em causa. Em face do exposto, deve considerar-se improcedente o recurso interposto pelo Recorrente. V-DECISÃO Nestes termos e fundamentos, acordam os juízes da 1ª Secção desta câmara em negar provimento ao recurso e, em consequência, confirmar a decisão recorrida. Custas pelo recorrente e procuradoria a favor do Cofre Geral da Justiça que se fixa em AKZ ,00. Luanda 10 de Maio de 2018 Joaquina do Nascimento Manuel dias da Silva Lisete Silva 14

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