Com Botafogo, clubeempresa

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1 O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO QUINTA-FEIRA, 1 / AGOSTO / ,7 mi de dólares pagará a empresa de e-commerce Mercari para comprar 61,6% das ações do clube japonês Kashima Antlers Com Botafogo, clubeempresa ganha força POR REDAÇÃO Aterceirização da gestão do Botafogo fez reacender em Brasilia o debate sobre a criação de uma lei que facilite a transformação de clubes em empresas. Na última terça-feira, Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, esteve na CBF para entender melhor o modelo adotado pelo clube. Torcedor botafoguense, Maia saiu da ida ao Rio de Janeiro empenhado em levar a Brasília um projeto para incentivar os clubes a virarem empresas. "Temos que estimular o clube-empresa, criar alguma estrutura. Eu tenho pensado nisso, junto com alguns deputados, de estimular que os incentivos tributários que um clube associativo tem hoje sejam transferidos para um clube-empresa, afirmou Maia pouco depois do encontro com os dirigentes na CBF. 1

2 O parlamentar chegou a falar até na possibilidade de um parcelamento de dívidas, além de incentivos para que seja mais vantajoso a um clube se transformar em um clube-empresa. Aí entra uma vontade de setores do governo federal, inclusive. O objetivo seria transformar o futebol, que tem ampla repercussão com a população e a imprensa, em um exemplo de empreendedorismo para o país. O posicionamento do político deixou o mercado esperançoso de que finalmente saia do papel a lei para que os clubes tenham gestão empresarial. O Athletico Paranaense é um dos que mais defende a mudança na lei. O clube tem negociada a entrada de um grupo de investimento chinês caso o modelo empresarial avance. "Tem duas formas de se capitalizar uma empresa. Uma é via empréstimo e outra é via participação. As associações civis só têm a possibilidade de se capitalizar via empréstimo, contraindo dívidas. A partir do momento que elas viram sociedades empresárias, podem vender participação e, assim, ter acesso a capital", afirma o advogado André Sica, sócio da CSMV Advogados, escritório que fez o processo de fusão do Red Bull com o Bragantino e é especializado em direito desportivo. De acordo com Sica, o desenvolvimento do modelo de clube-empresa pode levar a uma melhora na gestão do futebol brasileiro como um todo. "Além do acesso ao capital, você tem formas de controle e compliance muito maiores para as sociedades empresariais. Isso muda a forma de gestão e como essas sociedades são controladas, o que também permite maior acesso ao capital". Enquanto a lei não muda, o Botafogo segue com o projeto de terceirização de sua gestão. No cenário atual, porém, terá de pagar mais impostos para fazer isso. GUARANÁ FAZ AÇÃO PARA NOVA TÉCNICA DO BRASIL BARCELONA CRIA PRODUTOS PARA JOHAN CRUYFF O Guaraná aproveitou a contratação da primeira treinadora estrangeira da seleção brasileira feminina para fazer uma ação que reforça o conceito "Coisa Nossa" da marca. Um kit com itens típicos do país foi entregue para Pia Sundhage na terça -feira, quando ela foi apresentada. Fazer um grande esforço para receber as pessoas da melhor forma possível é Coisa Nossa. Com a nova técnica da seleção não seria diferente, disse Mariana Dedivitis, gerente de marketing digital de Guaraná Antarctica. O Barcelona lança nesta quinta-feira uma linha de produtos exclusivas do ídolo Johan Cruyff. Os artigos só serão vendidos na loja oficial do clube no estádio Camp Nou. Um espaço com o apelido "Gallina de Piel", que era usado para se referir a Cruyff foi criado. O projeto faz parte da nova gestão de produtos licenciados do Barcelona, que passou a ser integralmente feita pelo clube a partir desta temporada. Uma camisa igual à que Cruyff usou nos anos 70 no clube é o item de maior destaque da coleção, que ainda tem camisas casuais com frases célebres do ex-jogador, que também foi técnico do Barcelona nos anos 1990.

3 OPINIÃO Lei precisa mudar, mas não é solução POR DUDA LOPES diretor de novos negócios da Máquina do Esporte Desde a criação da Lei Pelé, a possibilidade de transformar os clubes de futebol em empresas vive em um limbo legislativo. A medida nunca saiu do papel, e ao longo dos anos, diversas oportunidades que pudessem facilitar a vida de quem gostaria de tomar essa decisão ficaram no caminho. O Estado, no entanto, tem obrigação de modernizar suas regras para o esporte. Transformar clubes em empresas é uma realidade nos maiores mercados do futebol. Não tem cabimento que um time brasileiro não tenha facilidades legais para isso, visto que a iniciativa chegou até a ser obrigatória dentro da Lei Pelé. Há a justificativa que, para o Estado, a fiscalização das equipes seria facilitada com a mudança. Basicamente, o Botafogo não pode ter amarras legais caso queira se transformar em empresa. Essa é uma medida absolutamente compreensível para um time que quer rapidamente levantar novos recursos e ter uma imediata mudança de gestão. O que é importante ressaltar, por outro lado, é que a transformação em empresas não significa a solução para o futebol brasileiro. Essa imposição aos times tem sido discutida na Argentina, com bastante resistência por parte dos clubes do país. Por lá, sobrevive a sombra do caso do Racing, tradicional equipe que se transformou em empresa na virada do século. A medida visava salvar as finanças do clube, mas terminou com o acionista majoritário falido. E, no Brasil, também houve casos de insucesso, especificamente com os rivais Bahia e Vitória na década de Ao redor do mundo, os casos mais impressionantes estão na Inglaterra. Neste século, o negócio do futebol foi impulsionado por grandes investidores, sejam grandes companhias americanas ou magnatas russos. Com o crescimento da Premier League, as equipes passaram a ser mais visada por bilionários, e o segmento entrou em um processo de bola de neve. No entanto, vale a ressalva de que o modelo não é novidade no país, com clubes-empresas há décadas. Elas apenas ganharam força no processo de profissionalização que o esporte vivenciou especialmente nas duas últimas décadas. O ideal seria que o Estado brasileiro assegurasse liberdade para que os times tomassem suas próprias decisões, mas que tivesse formas de controle e cobrança fiscal semelhantes para todas as possibilidades. Afinal, a dificuldade de criar empresas atrasa o desenvolvimento do futebol nacional, da mesma maneira que a crença de solução absoluta por esse caminho gera mais dano do que avanço no esporte. Times deveriam ter facilidade para escolher caminhos próprios, mas não há fórmula que garanta sucesso

4 Meio ano após ser criado, Otro abre mão de cobrança POR REDAÇÃO PUMA TEM LUCRO LÍQUIDO DE 144 MI NO PRIMEIRO SEMESTRE A Puma teve um primeiro semestre daqueles para não esquecer. A marca alemã alcançou um lucro líquido de 144,1 milhões, número 46,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. A fabricante também conseguiu vender mais em relação aos seis primeiros meses de Foram 2,54 bilhões de faturamento, 16,7% a mais. A melhor região foi Europa, Oriente Médio e África, que vendeu um total de 951 milhões neste primeiro semestre. Lançado em dezembro com o objetivo de ser uma plataforma de geração de conteúdo audiovisual exclusivo dos principais ícones do futebol, a Otro abriu mão do que era um dos pilares do projeto: a cobrança pelo acesso à plataforma. Em comunicado, a empresa afirmou que não vai mais cobrar pelo acesso ao conteúdo com ídolos do futebol como Lionel Messi, Neymar, David Beckham, Zidane e outros. De acordo com os executivos da Otro, a performance de consumo do conteúdo publicado gratuitamente nas redes sociais da plataforma foi "incrivelmente boa", o que fez a empresa estudar essa mudança de modelo de negócios. Com isso, a aposta da Otro passa a ser no engajamento dos torcedores e na criação de uma grande rede social de contato entre fãs e ídolos. Um dos vídeos disponíveis na plataforma relata o encontro de um casal brasileiro com David Luiz. Esse tipo de envolvimento deverá se transformar em conteúdo para ser divulgado com frequência na plataforma. Nas próximas semanas, um canal da Otro no YouTube seré lançado, o que fará a empresa adotar o modelo de geração de receita a partir de parcerias comerciais e audiência. Atualmente, a marca já conta com cerca de 750 mil seguidores no Instagram, enquanto no Twitter há pouco mais de 28 mil seguidores. Segundo dados da empresa Sensor Insights e publicados pelo site "Digiday", a plataforma teve 262 mil downloads de seu aplicativo desde dezembro até hoje. Boa parte dos fãs vieram da divulgação feita pelos atletas. CBJ RECUA E CONFIRMA GRAND SLAM EM BRASÍLIA Uma negociação entre representantes do Governo do Distrito Federal e da Federação Internacional de Judô garantiu que Brasília realizará a etapa do Grand Slam de Judô. Duas semanas após a Confederação Brasileira de Judô ter comunicado que desistira do terceiro maior evento do judô por não ter garantias financeiras, a mesma entidade voltou atrás na decisão. Em nota, a CBJ afirmou que Brasília receberá o torneio nos anos de 2019 e 2020 "após discussões com a Federação Internacional de Judô, o Governo de Brasília e patrocinadores". Caso a entidade desistisse de fazer o evento, ela receberia uma multa da Federação Internacional,

5 Congresso de arenas migra para Brasil Expo POR POR ERICH REDAÇÃO BETING A Brasil Futebol Expo (BFE), principal feira sobre negócios do futebol no país, servirá de palco para a realização do 3 Congresso de Gestão e Eficácia de Arenas. O evento, organizado pela empresa Imply, tem como objetivo fomentar o debate das melhores práticas de gestão de arenas. Assim como nos congressos latino-americanos de Gestão Eficaz de Arenas e Estádios, organizados pela Imply em Curitiba e Porto Alegre, respectivamente, pretendemos proporcionar aos participantes palestras de alto nível, além da trocas de ideias e networking através das mesas-redondas, afirma Tironi Ortiz, CEO da Imply e da Eleven Tickets, empresas que atuam no mercado de tecnologia. As duas empresas, que são patrocinadoras da BFE, serão responsáveis pela organização do congresso. A ideia é usar a própria realização da BFE como forma de atrair um novo tipo de público e ampliar a qualificação da indústria para a área de gestão de arenas, em alta desde o fim da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O 3 congresso de Gestão de Arenas dentro da BFE é mais uma grande oportunidade de compartilharmos conhecimento e gerarmos oportunidades reais no mercado do futebol, indo de encontro a um dos pilares da Brasil Futebol Expo, que é a capacitação profissional, declara Gustavo Herbetta, diretor geral da BFE. A expectativa é de que a feira atraia cerca de 45 mil visitantes ao longo dos cinco dias, entre profissionais do mercado, estudantes e fãs de futebol. Serão realizados mais de 60 cursos de qualificação com palestras de profissionais da indústria, além de congressos, seminários e outros eventos. Haverá ainda um espaço para a divulgação de produtos ligados ao futebol, na maior exposição já feita sobre o esporte. 5