ANÁLISE DA DEFICIÊNCIA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Transcrição

1 ANÁLISE DA DEFICIÊNCIA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA Supervisor de Ensino Juarez B. de Oliveira

2 Olhar Histórico As limitações do olhar histórico: Fontes; Silenciamento; Objeto de análise/sujeito histórico

3 A vida do homem primitivo

4 O AMBIENTE A sobrevivência de uma pessoa com deficiência nos grupos primitivos era difícil, pois todos tinham que caçar, pescar e coletar alimentos sem grandes recursos tecnológicos.

5 Luta pela sobrevivência

6 ANTIGUIDADE (Século VIII a. C.) O tratamento destinado aos portadores de deficiência assumiu dois aspectos: alguns os exterminavam, por considerá-los grave empecilho à sobrevivência do grupo; outros os protegiam e sustentavam para buscar a simpatia dos Deuses.

7 ESPARTA (Século VIII a.c.) A criança era examinada por uma conselho de anciãos que decidiam se ela devia viver ou morrer. As crianças doentes ou que apresentassem aparente fragilidade eram, quase sempre, expostas até morrerem

8 ATENAS (Século VIII a.c.) Havia o costume de expor até a morte os recém-nascidos doentes ou deficientes, mas a responsabilidade pela decisão era dos pais e não do conselho de anciãos.

9 ROMA ANTIGA Aos pais era permitido matar as crianças que nascessem com deformidades físicas, pela prática do afogamento.

10 IDADE MÉDIA Dois princípios: A população encarava o nascimento de pessoas com deficiência como castigo de Deus; A deficiência estava associada ao pecado.

11 A BÍBLIA: representações sobre as deficiências Ao verem o cego, os discípulos perguntaram a Jesus: - Mestre, quem pecou, este ou seus pais para que nascesse cego? (João, 9:2)

12 O PECADO E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado numa cama. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: - Filho tem bom ânimo. Perdoados te são os teus pecados. (Mateus, 9:2)

13 A presença do demônio E estava ele expulsando um demônio, o qual era mudo. E aconteceu que saindo o demônio o mudo falou. (Lucas 11:14)

14 RENASCIMENTO Desenvolvimento do capitalismo comercial, da ciência e tecnologia que garantiram um gradativo domínio do homem sobre a natureza; Ascensão do antropocentrismo;

15 A representação da deficiência na Idade Moderna Se na Idade Média a deficiência estava ligada ao pecado, agora está relacionada à disfuncionalidade.

16 Revolução Francesa de 1789 O mundo contemporâneo nasce sob o lema: Liberdade/Igualdade/Fraternidade Porém, a igualdade se restringiu ao aspecto político e jurídico

17 Modo de produção capitalista: divisão social do trabalho Simplificou o processo de produção e permitiu a inclusão no processo produtivo de mulheres, crianças e deficientes.

18 Modelo T - lançado no início do século XX

19 Declarou Henry Ford Para fabricar o Modelo T eram necessárias 7882 operações especializadas. Destas: 949 exigiam homens fortes e hábeis; 3338 precisavam de homens de força física comum; a maioria podia ser realizada por crianças e mulheres;

20 670 podiam ser realizadas por homens sem pernas; 2637 por homens de uma perna só; 715 por homens de um só braço; 10 por homens cegos, etc. O deficiente passa a ser visto como força de trabalho a ser explorada.

21 O SÉCULO XX Com o desenvolvimento tecnológico sem igual, criou-se a possibilidade do ser humano libertar-se do trabalho repetitivo e alienante; Criou-se uma nova condição de inserção histórica às pessoas com deficiência. A deficiência deixou de ser um pecado ou condenação.

22 A promessa integradora e o direito à educação No Brasil Republicano a chave para a integração social passava pelo acesso à educação; Surgem em meados do século XX movimentos pela educação de base; Se do ponto de vista tecnológico já era possível a integração, faltava garantir o passaporte para tal: a educação básica.

23 Mudança de perspectiva No século XX o foco sai, paulatinamente, das deficiências para as necessidades; O novo enfoque irá refletir na elaboração da legislação nacional, em especial, em três documentos: a Constituição da República de 1988, no ECA e na LDB de 1996.

24 Bibliografia BANCHETTI, Lucídio. Aspectos históricos da educação especial. Revista Brasileira de EducaçãoEspecial. ta3numero1pdf/r3_art01.pdf. Acesso em 03 de maio de 09. GUGEL, Maria Aparecida. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da humanidade. Acesso em 12/05/2009. MAZZOTTA, Marcos J. S Educação especial no Brasil: história e política. Editora Cortez. São Paulo. REVISTA ÂMBITO JURÍDICO. O trabalho protegido do portador de deficiência. Fonte: Acesso em 12/05/2009.