Sinergias na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas
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- Mikaela Isadora Brezinski
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1 Sinergias na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas Eduardo Santos Comité Executivo da Comissão para as Alterações Climáticas 17 de Março de 2011
2 CAC CECAC APA Coordenador, MAOT Secretariado Técnico (9) Vice-Coordenador, MFAP Vice-Coordenador, MEI Membro, MNE Membro, MOPTC Membro, MADRP Membro, MCTES CECAC: Reporta a Ministra do Ambiente Tarefas: Coordenação de Políticas de Mitigação e Adaptação Desenvolvimento e Monitorização do PNAC Coordenação negociações internacionais e comunitárias Ponto Focal e Autoridade Nacional Designada para a Convenção da ONU e Protocolo de Quioto sobre clima Gestão Técnica do Fundo Português de Carbono
3 Um dos maiores desafios da Humanidade no século XXI Alterações climáticas podem ser vistas como um factor multiplicador de tendências existentes em termos de tensões e instabilidade. As principais ameaças identificadas num documento da Comissão de 2008: Conflitos sobre recursos Danos económicos e riscos para cidades costeiras e infraestruturas Perda de territórios e disputas de fronteiras Migração Aumento de instabilidade em territórios já instáveis Aumento de tensão relacionada com segurança energética Pressão sobre as estruturas de governação internacional
4 Probabilidade e impacto da ameaça FONTE: National Security and the Threat of Climate Change CNA Corporation 4
5 As alterações climáticas vão acelerar Hadley Research Center 5
6 Ponto de partida: os 2ºC A Convenção-Clima estipula como principal objectivo evitar um nível de interferência antropogénico no sistema climático perigoso ARTICLE 2 OBJECTIVE The ultimate objective of this Convention and any related legal instruments that the Conference of the Parties may adopt is to achieve, in accordance with the relevant provisions of the Convention, stabilization of greenhouse gas concentrations in the atmosphere at a level that would prevent dangerous anthropogenic interference with the climate system. Such a level should be achieved within a time frame sufficient to allow ecosystems to adapt naturally to climate change, to ensure that food production is not threatened and to enable economic development to proceed in a sustainable manner.
7 AOSIS Com base nos diferentes cenários de impactes, o Conselho Europeu decidiu definir como nível-alvo de temperatura os 2ºC. Alguns países mais afectados pelas alterações climáticas defendem metas mais ambiciosas, nomeadamente 1,5ºC (caso dos pequenos Estados-ilha) ou Bolívia (1ºC) Os Acordos de Copenhaga e de Cancún consagram a meta dos 2ºC, colocando a meta de 1,5ºC como ponto de partida para uma eventual análise A escolha da meta condiciona, segundo a ciência climática e os modelos do IPCC, o grau de concentração de gases com efeito de estufa permissível a longo-prazo na atmosfera
8 Os Acordos de Cancun: um pacote equilibrado na CoP 16 Pacote de decisões com progressos na Convenção e no Protocolo de Quioto; Ancoram o Acordo de Copenhaga nos textos da UNFCCC e vão mais além; Retomou o percurso do Plano de Acção de Bali; Renovação de fé no processo multilateral e na UNFCCC, depois dos fantasmas de Copenhaga Presidência Mexicana: transparência, confiança e inclusão. Plano de trabalhos para 2011
9 Os elementos CQNUAC Objectivo de 2ºC Ancora os objectivos e acções do Acordo de CPH e inicia processo para a sua clarificação e operacionalizar a transparência Linha de reporte para fast-start e operacionalização do Green Fund Quadro de Acção para Adaptação e Comité de Adaptação Bases mecanismo de redução das emissões desflorestação (REDD+) Protocolo de Quioto Ancora os objectivos do Acordo de CPH comunicados pelos países do Anexo I Pede às Partes aumento do nível de ambição das metas de acordo com os números do IPCC Assegura a continuação do CDM e JI Processo para analisar níveis de referência de gestão florestal e dar continuação às discussões sobre outros temas de LULUCF Mecanismo para Tecnologia
10 Desafios a caminho de Durban Forma legal Um acordo vinculativo paralelo que complemente um segundo período de compromisso Protocolo de Quioto (?) ; Um acordo vinculativo para todas as Partes que substitua o Protocolo de Quioto Decisões da CoP e um sistema pledge e review Outras alternativas? 2ºC Aumentar nível de ambição dos compromissos e acções Financiamento Fontes de financiamento e Relatório do Grupo do Ban Ki Moon, High Level Advisory Group on Finance Fast-start Arquitectura Concretização do plano de trabalhos para 2011 e operacionalização das novas instituições Novas formas de cooperação em alterações climáticas Processo para desenhar um novo Fundo (fora do LCA) Actores Rússia e Japão num 2 Período de Compromisso do Protocolo de Quioto? EUA num acordo vinculativo ao abrigo da CQNUAC? União Europeia e a passagem dos 20 para 30% de redução de GEE? Bolívia nas futuras negociações? A continuação das novas coligações? o Diálogo de Cartagena
11 Maior pluviosidade no inverno Maior probabilidade cheias Risco sobre infra-estruturas Danos em ecossistemas Danos em habitações Perturbações na rede de transportes 11
12 Menor pluviosidade no resto do ano Maior probabilidade secas Menor produção Hídrica Danos na agricultura sequeiro Quebras de serviço abastecimento Incêndios mais intensos 12
13 Mais dias com temperaturas extremas Ondas de calor mais prováveis Danos na agricultura Impacto sobre Saúde humana Turismo afectado Suspensão funcionamento de centrais térmicas Incêndios mais intensos 13
14 Políticas de Clima pré-2012 Instrumentos de Políticas Públicas sobre Alterações Climáticas PNAC Programa Nacional Alterações Climáticas (2001; 2004; 2006; 2008) PNALE Plano Nac. Atribuição Licenças Emissão ( e ) FPC Fundo Português de Carbono ( ) ENAAC Estratégia Nacional Adaptação Alterações Climáticas (2010- )
15 15
16 16
17 17
18 18
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23 Acordos de Cancún Shared Vision The vision addresses mitigation, adaptation, finance, technology development and transfer, and capacity-building in a balanced, integrated and comprehensive manner to enhance and achieve the full, effective and sustained implementation of the Convention, now, up to and beyond 2012 Adaptation must be addressed with the same priority as mitigation and requires appropriate institutional arrangements to enhance adaptation action and support
24 Cancun Adaptation Framework (1) Invites all Parties to enhance action on adaptation [ ] by undertaking the following: Planning, prioritizing and implementing adaptation actions, including projects and programmes, and actions identified in national and subnational adaptation plans and strategies Impact, vulnerability and adaptation assessments, including assessments of financial needs as well as economic, social and environmental evaluation of adaptation options Strengthening institutional capacities and enabling environments for adaptation, including for climate-resilient development and vulnerability reduction Building resilience of socio-economic and ecological systems, including through economic diversification and sustainable management of natural resources
25 Cancun Adaptation Framework (2) Invites all Parties to enhance action on adaptation [ ] by undertaking the following: Enhancing climate change related disaster risk reduction strategies Research, development, demonstration, diffusion, deployment and transfer of technologies, practices and processes; and capacity-building for adaptation, with a view to promoting access to technologies Measures to enhance understanding, coordination and cooperation with regard to climate change induced displacement, migration and planned relocation Strengthening data, information and knowledge systems, education and public awareness Improving climate-related research and systematic observation for climate data collection, archiving, analysis and modelling in order to provide decision makers at national and regional levels with improved climaterelated data and information
26 Ação no Domínio Alterações Climáticas Mitigação Objectivo: reduzir o ritmo e a escala das alterações climáticas, i.e., reduzir emissões e aumentar sumidouros Foco da ação: atores / setores onde o potencial de redução de emissões (ou de aumento de sequestro) é mais elevado Base de informação: conhecer as emissões ou o sequestro de cada ator / setor / atividade Base de atuação: conhecer as tecnologias, práticas e processos que permitem reduzir emissões ou aumentar o sequestro Adaptação Objectivo: preparar a sociedade para viver num clima diferente do atual Foco da ação: atores / setores da sociedade mais vulneráveis às alterações climáticas Base de informação: conhecer a exposição a efeitos climáticos de cada ator / setor / atividade Base de atuação: conhecer as tecnologias, práticas e processos que aumentem a resistência e a resiliência a efeitos climáticos 26
27 Ação no Domínio Alterações Climáticas Sinergias com Biodiversidade e Desertificação Mitigação Quaisquer atividades que contribuam para reduzir emissões e aumentar sumidouros Desafio de informação: conhecer as emissões ou o sequestro de cada atividade no domínio biodiversidade ou combate à desertificação Base de atuação: conhecer as tecnologias, práticas e processos que permitem reduzir emissões ou aumentar o sequestro Adaptação Quaisquer atividades que melhorem a resistência da biodiversidade, do solo e dos sistemas agrícolas e florestais a um clima diferente do atual Desafio de informação: conhecer a relação entre as atividades e a sua exposição a efeitos climáticos Base de atuação: conhecer as tecnologias, práticas e processos que aumentem a resistência e a resiliência a efeitos climáticos 27
28 Sinergias no Domínio Alterações Climáticas Sinergias com Biodiversidade e Desertificação Mitigação Adaptação Promoção de técnicas de conservação de solo e de aumento de matéria orgânica Restauro de galerias ripícolas Criação / restauro de florestas (Listadas na Directiva Habitats) Criação corredores ecológicos / steping stones 28
29 Conclusão Evolução da resposta às alterações climáticas: foco inicial mitigação; paridade com adaptação Resposta internacional coordenada não está a ser tão rápida quanto necessário mas todos os países estão a trabalhar no terreno Importância do objectivo 2ºC Portugal está a trabalhar com uma visão de longo prazo, na dupla vertente mitigação e adaptação, com interacção e implicações em todos os sectores No âmbito do RNBC e da ENAAC há oportunidades de aproveitar sinergias com objectivos das outras Convenções
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