SISTEMA MULTIMUNICIPAL DE VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ALTA ESTREMADURA

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1 SISTEMA MULTIMUNICIPAL DE VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ALTA ESTREMADURA PLANO DE ACÇÃO MULTIMUNICIPAL PLANO DE ADEQUAÇÃO AO PERSU II - PAPERSU Fevereiro 2008

2 SISTEMA DE VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ALTA ESTREMADURA PLANO DE ACÇÃO MULTIMUNICIPAL PLANO DE ADEQUAÇÃO AO PERSU II - PAPERSU

3 ÍNDICE 1. Introdução Enquadramento Enquadramento Geral Enquadramento legislativo Sistema Multimunicipal Universo de Intervenção Antecedentes Caracterização do Modelo Técnico de intervenção Metas e Objectivos Estratégicos Considerações gerais Metas Objectivos Estratégicos Pressupostos e Objectivação Pressupostos gerais Origem dos resíduos Produção expectável de resíduos Objectivação do Modelo de Intervenção Acções a Desenvolver Dinamização da Recolha Selectiva Multimaterial Dinamização da Recolha Selectiva de orgânicos Estação de Triagem Central de Valorização Orgânica Compostagem Doméstica Aterro Sanitário Analise Económico-Financeira Investimentos Financiamento Tarifas Demonstrações Financeiras Planeamento Enquadramento nos Eixos Estratégicos do PERSU II Eixo II: Sensibilização Eixo III: Qualificação e Optimização da Gestão de Resíduos Síntese PAPERSU 2

4 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 Indicadores Demográficos do Sistema Quadro 2 Composição física dos RSU de recolha indiferenciada Quadro 3 Recolha Selectiva (em ton) Quadro 4 Metas de desvio de RUB e de Embalagens e RE Quadro 5 Eixos estratégicos PERSU II Quadro 6 Taxa de crescimento de RSU PERSU II vs EVEF Quadro 7 Estimativa de produção expectável de resíduos Quadro 8 Valores de desvio de RUB de aterro Quadro 9 Valores Objecto para o cumprimento das metas de reciclagem Quadro 10 Vectores de Intervenção Quadro 11 Horizonte Temporal ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Universo geográfico da VALORLIS, S.A Figura 2 Modelo técnico de intervenção da VALORLIS, S.A Figura 3 Interacção existente entre as infra-estruturas da VALORLIS S.A Figura 4 Produção Global de Resíduos Evolução quantitativa, Figura 5 Produção de resíduos particulares e recicláveis, Figura 6 Valores percentuais por origem e tipologia, dos RSU recepcionados Figura 7 Produção de RSU - Valores percentuais por Município Figura 8 Composição física dos RSU domésticos da recolha indiferenciada Figura 9 Aterro Sanitário de Leiria Fase de arranque Figura 10 Aterro Sanitário de Leiria Fase actual Figura 11 Evolução da deposição de resíduos no período Figura 12 Unidade de Valorização Energética (UVE) Figura 13 Interior da UVE Figura 14 Evolução da produção de energia eléctrica, em kwh Figura 15 Ecocentro da VALORLIS Figura 16 Recolha selectiva e retoma do vidro, em ton evolução Figura 17 Recolha selectiva e retoma de papel cartão, em ton- Evolução Figura 18 Composição percentual das retomas do papelão, em Figura 19 Recolha selectiva e retoma de embalagens, em ton - Evolução Figura 20 Composição das retomas do embalão, em Figura 21 Fluxograma da Estação de Triagem Figura 22 Linha de triagem de embalagens plásticas e de metal Figura 23 Enfardamento das embalagens de metal Figura 24 Enfardamento do Papel/Cartão Figura 25 Modelo de Intervenção Figura 26 - Esquema de uma Pilha de Hidrogénio ANEXOS Anexo I Inquérito aos municípios do âmbito geográfico da VALORLIS PAPERSU 3

5 SUMÁRIO EXECUTIVO O Plano de Acção do Sistema Multimunicipal da VALORLIS, que se designa de agora em adiante por PAPERSU, dá cumprimento ao disposto no art. 16.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, e, toma como referência a concretização das directrizes constantes no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos, PERSU II, aprovado pela Portaria n.º 187/2007, de 12 de Fevereiro. Sendo um plano basilar na gestão dos resíduos sólidos urbanos para o período , período de vigência do PERSU II, o PAPERSU que se apresenta, para além de abordar o tipo, origem e quantidades dos resíduos a gerir, as normas e disposições técnicas a aplicar e os locais e instalações a enquadrar, contempla também a objectivação quantitativa e qualitativa a atingir, de acordo com os objectivos e metas definidas pela legislação nacional e comunitária aplicável. Em particular são identificadas as mudanças de cariz tecnológico e de gestão que irão ser implementadas, bem como todos os equipamentos e infra-estruturas associados às estratégias a implementar na gestão dos resíduos, dando especial evidência às medidas que, de uma forma concertada com as perspectivas do PERSU II, promoverão uma convergência com as metas a atingir. Suportado nas expectativas a concretizar, são também quantificados os resultados expectáveis que se procuram obter através da implementação das estratégias preconizadas, bem como a estimativa dos montantes de investimento e financiamento a efectuar, traduzidos no estudo de viabilidade económico e financeiro (EFEV) inerente ao projecto tarifário. Este plano pretende assim transmitir os princípios que a VALORLIS pretende assumir de forma a assegurar as orientações fundamentais da política de gestão de resíduos, assumindo uma linha de conduta que permita promover um melhor serviço, com recursos cada vez mais optimizados, sem nunca descurar contudo o desejado equilíbrio e sustentabilidade económica e financeira do sistema. Leiria, Fevereiro de 2008 PAPERSU 4

6 1. Introdução O Plano Multimunicipal de Acção elaborado pela VALORLIS S.A. tem como objectivos principais alinhar a estratégia de gestão da empresa com os objectivos ambientais, sociais e económicos de referência, bem como estabelecer a necessária articulação com o PERSU II (Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos) identificando as medidas e as acções a desenvolver para concretização desses mesmos objectivos. A elaboração deste plano é um documento que em face dos diferentes horizontes temporais a ter em consideração, reflecte as opções que irão ser mobilizadas para dar cumprimento aos objectivos e metas definidas, num compromisso que é assumido por parte da VALORLIS. Nesta linha de orientação a Directiva Aterros e a Directiva Embalagens apresentam-se como as principais Directivas Europeias que dão a clara indicação do caminho a prosseguir, funcionando como alavancas para o desenvolvimento de um conjunto de projectos e acções que obrigará a VALORLIS a um incremento da complexidade das soluções a desenvolver para cumprir com os objectivos em referência. Neste contexto e, tendo em consideração o Princípio de Hierarquia de Gestão de Resíduos, o planeamento das intervenções que se preconizam passam por dinamizar a redução da deposição de resíduos sólidos em aterro sanitário, aumentar os quantitativos da recolha selectiva nos diferentes fluxos e a optimização dos respectivos circuitos de recolha, bem como dinamizar a automatização de processos na triagem e, incrementar o desvio de aterro dos Resíduos Urbanos Biodegradáveis. Neste enquadramento também o cumprimento dos objectivos de Reciclagem e Valorização se revela de importância fundamental, pelo que nesta vertente a VALORLIS procurará dinamizar as necessárias acções que permitam, de uma forma equilibrada, contribuir para os objectivos nacionais. No que respeita à redução da produção de gases com efeito de estufa, GEE, a actuação que se promoverá passará por minimizar de forma adequada estas emissões, quer através da queima do biogás ou pelo aproveitamento energético do metano gerado em aterro sanitário, quer ainda pela optimização e melhoria dos circuitos de recolha selectiva, já que na área dos transportes (muitas vezes esquecida) as emissões geradas são potencialmente significativas. É pois dentro desta linha de orientação que em seguida se identificam, de forma desagregada, as acções e medidas a dinamizar para a concretização de um sistema de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos que, traduzido neste PAPERSU, a VALORLIS se propõe assumir. PAPERSU 5

7 2. Enquadramento 2.1. Enquadramento Geral A VALORLIS S.A. é a sociedade concessionária, definida por diploma legal, do SISTEMA MULTIMUNICIPAL DE VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ALTA ESTREMADURA, criado pelo Decreto-Lei n.º 116/96, de 6 de Agosto, tendo-lhe sido atribuída a competência da gestão dos resíduos sólidos urbanos produzidos nos municípios de BATALHA, LEIRIA, MARINHA GRANDE, OURÉM, POMBAL e PORTO DE MÓS. A VALORLIS promove a gestão integrada do Sistema onde são tidos em conta os interesses da população, a sustentabilidade ambiental e financeira do sistema, a par com as imposições legais nacionais e comunitárias. De forma a criar condições ambientalmente correctas para destino final dos resíduos sólidos urbanos (RSU) do seu universo de actuação, a VALORLIS projectou e construiu as suas infraestruturas assentes num pilar aterro sanitário - vindo este a ser o local de deposição dos RSU em substituição das 4,0 lixeiras existentes à data da concessão, entretanto seladas e ambientalmente recuperadas. O aterro sanitário de Leiria, dispondo da Licença de Exploração n.º 6/2005/INR, emitida pelo Instituto dos Resíduos (actual Autoridade Nacional dos Resíduos), ao abrigo do Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio, e da Licença Ambiental n.º 18A.1/2007 para a actividade PCIP aterro sanitário, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, teve o seu início de exploração em Setembro de Como a produção de biogás se mostrou significativa foi implementado um projecto de valorização energética, pela instalação de equipamentos de captação, condução e transformação do biogás em energia eléctrica para injecção da rede eléctrica nacional, com entrada em funcionamento em Fevereiro de O funcionamento correcto e integrado de todas as infra-estruturas de gestão de resíduos permitiram que a VALORLIS obtivesse a Certificação do seu Sistema Integrado da Qualidade, Ambiente e Higiene e Segurança segundo as normas NP EN ISO 9001:2000 para a Qualidade, NP EN ISO 14001:2004 para o Ambiente e OHSAS 18001:1999 para a Higiene e Segurança do Trabalho. PAPERSU 6

8 2.2. Enquadramento legislativo Em 1994 foram criados os sistemas multimunicipais e intermunicipais de gestão de resíduos. Estes sistemas começaram por desenvolver, tendo em consideração as linhas de orientação definidas no PERSU I, as acções e infra-estruturas próprias para a resolução do passivo ambiental existente no respectivo universo geográfico de actuação; quer através do encerramento e requalificação das lixeiras existentes, quer, paralelamente, pela implantação de adequadas soluções para os resíduos sólidos urbanos (RSU) produzidos nos seus municípios. Entretanto, o regime jurídico de gestão de resíduos, publicado pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, transpõe para a ordem jurídica interna as Directivas n.º 2006/12/CE 1, do Parlamento Europeu e do Conselho, e a Directiva n.º 91/689/CEE 2, do Conselho, definindo deste modo uma estratégia da gestão de resíduos em várias vertentes de forma a controlar a produção dos resíduos e a sua gestão sustentável, enquadrando a actividade em causa. (i) Resíduos Urbanos A Portaria n.º 187/2007, de 12 de Fevereiro de 2007, veio publicar o novo Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos, designado por PERSU II, que consiste numa revisão do PERSU I. O PERSU II, que constitui o novo referencial para o horizonte para os diferentes agentes do sector, vem igualmente rever a Estratégia Nacional de Redução dos Resíduos Urbanos Biodegradáveis destinados aos Aterros, apresentada em Julho de 2003, em consequência das obrigações previstas na Directiva n.º 1999/31/CE, de 26 de Abril, relativa à deposição de resíduos em aterros, transposta para o direito nacional através do Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio. Parte das orientações estratégicas definidas no PERSU II emanam do Plano de Intervenção de Resíduos Sólidos Urbanos e Equiparados, aprovado pelo Despacho n.º 454/2006 (II Série). Este Plano surge em cumprimento das orientações da Directiva Quadro dos Resíduos (Directiva n.º 75/442/CEE, do Conselho de 15 de Julho) que impõe a necessidade de elaborar um ou mais Planos de Gestão de Resíduos tendo como principais objectivos o cumprimento das medidas de prevenção e valorização. 1 Relativa aos resíduos 2 Relativa aos resíduos perigosos PAPERSU 7

9 O Despacho faz o diagnóstico dos principais problemas inerentes à gestão dos RSU e identifica eixos de intervenção, medidas e acções a concretizar pelos Sistemas Intermunicipais e Multimunicipais de gestão de RSU. Na preparação do PERSU II foi tido em consideração o quadro legal comunitário e nacional, salientando-se a este nível, a Directiva 75/442/CE (Directiva-Quadro "Resíduos"), entretanto codificada pela Directiva 2006/12/CE, de 5 de Abril e recentemente objecto de uma proposta de revisão (Comunicação da Comissão COM (2005) 667). O Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, veio aprovar o novo Regime Geral da Gestão dos Resíduos, revogando o Decreto-Lei n.º 239/97, de 9 de Setembro. O Decreto-Lei n.º 178/2006 aplica-se às operações de gestão de resíduos, compreendendo toda e qualquer operação de recolha, transporte, armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos, bem como às operações de descontaminação de solos e à monitorização dos locais de deposição após o encerramento das respectivas instalações. O mencionado diploma legal veio transpor para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril, e a Directiva n.º 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro. Refira-se, ainda, a Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março, que aprova a Lista Europeia de Resíduos, em conformidade com a Decisão n.º 2000/532/CE, da Comissão, de 3 de Maio, alterada pelas Decisões nº 2001/118/CE, da Comissão, de 16 de Janeiro, 2001/119/CE, da Comissão, de 22 de Janeiro, e 2001/573/CE, do Conselho, de 23 de Julho. Refere-se também o Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, que transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 96/61/CE do Conselho, de 24 de Setembro, que aborda a tendência no controlo integrado da poluição, como uma forma de alcançar um elevado nível de protecção do ambiente no seu todo, apostando na evolução das tecnologias produtivas. Este Decreto é ainda complementado pela Portaria nº. 1047/2001, de 1 de Setembro, que estabelece o modelo de pedido de licenciamento ambiental. (ii) Resíduos de Embalagens O Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio, e pelo Decreto-Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho, transpôs PAPERSU 8

10 para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 94/62/CE, do Parlamento e do Conselho, de 20 de Dezembro de 1994, e estabelece os princípios e as normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens, com vista à prevenção da produção desses resíduos, à reutilização de embalagens usadas, à reciclagem e outras formas de valorização de resíduos de embalagens e consequente redução da sua eliminação final, com o objectivo de assegurar um elevado nível de protecção do ambiente e de garantir o funcionamento do mercado interno. Os objectivos quantitativos de valorização e reciclagem de resíduos de embalagens foram revistos pela Directiva n.º 2004/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Fevereiro. (iii) Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos A Directiva n.º 2002/96/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003, alterada pela Directiva n.º 2003/108/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Dezembro, tem por objectivo a prevenção de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE) e, adicionalmente, a reutilização, reciclagem e outras formas de valorização desses resíduos, de modo a reduzir a quantidade de resíduos a eliminar. Pretende igualmente melhorar o comportamento ambiental de todos os operadores envolvidos no ciclo de vida dos equipamentos eléctricos e electrónicos, por exemplo produtores, distribuidores e consumidores, e, em especial, dos operadores directamente envolvidos no tratamento de REEE. O Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro de 2004, já alterado pelo Decreto-Lei nº 174/2005, de 25 de Outubro, transpôs para a ordem jurídica interna a supra referida Directiva, assumindo os objectivos da mesma. (iv) Resíduos especiais (pneus, óleos usados, pilhas e acumuladores) Pneus: O Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 43/2004 de 2 de Março, estabelece os princípios e as normas aplicáveis à gestão de pneus usados, tendo como objectivos a prevenção da produção destes resíduos, a recauchutagem, a reciclagem e outras formas de valorização, de forma a reduzir a quantidade de resíduos a eliminar, bem como a melhoria do desempenho ambiental de todos os intervenientes durante o ciclo de vida dos pneus; PAPERSU 9

11 Óleos Usados: As regras de gestão de óleos usados foram fixadas, pela primeira vez, pelo Decreto-Lei n.º 88/91, de 23 de Fevereiro, e demais legislação regulamentar, que transpôs para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 1975/439/CEE, do Conselho, de 16 de Junho, relativa à eliminação de óleos usados (alterada pela Directiva n.º 1987/101/CEE, do Conselho, de 22 de Dezembro de 1986). O Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, veio rever e completar a transposição para a ordem jurídica interna da Directiva n.º 75/439/CEE, do Conselho, de 16 de Junho, relativa à eliminação de óleos usados, estabelecendo um conjunto de normas de gestão que visa a criação de circuitos de recolha selectiva de óleos usados, o seu correcto transporte, armazenagem, tratamento e valorização, e nesta última actividade dando especial relevância à regeneração; Pilhas e Acumuladores: O Decreto-Lei n.º 62/2001, de 19 de Fevereiro transpôs para a ordem jurídica interna as Directivas n. os 91/157/CEE, do Conselho, de 18 de Março, 93/86/CE, da Comissão, de 4 de Outubro, e 98/101/CE, da Comissão, de 22 de Dezembro, relativas às pilhas e acumuladores contendo determinadas matérias perigosas. O referido diploma, na esteira do definido na legislação comunitária, assume como primeira prioridade a prevenção da produção desses resíduos, seguida da reciclagem ou outras formas de valorização, de forma a reduzir a quantidade de resíduos a eliminar. (v) Aterros O Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio, estabelece o regime jurídico a que fica sujeito o procedimento para a emissão de licença, instalação, exploração, encerramento e manutenção pós-encerramento de aterros destinados à deposição de resíduos e procede à transposição para a ordem jurídica nacional da Directiva n.º 1999/31/CE, do Conselho, de 26 de Abril relativa à deposição de resíduos em aterros. O referido diploma visa igualmente acautelar ou reduzir tanto quanto possível os efeitos negativos sobre o ambiente, quer à escala local, em especial a poluição das águas de superfície, das águas subterrâneas, do solo e da atmosfera, quer à escala global, em particular o efeito de estufa, bem como quaisquer riscos para a saúde humana. PAPERSU 10

12 (vi) Valorização de Resíduos Compostagem e/ou Digestão Anaeróbia A Directiva 2006/12/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril de 2006, define a Compostagem como uma operação de valorização de resíduos, estabelecendo que a mesma não deve pôr em perigo a saúde humana, nem utilizar processos ou métodos prejudicais ao ambiente. A Directiva n.º 1999/31/CE do Conselho, de 26 de Abril relativa à deposição de resíduos em aterros, estabelece que os Estados-Membros devem definir uma estratégia nacional para a redução dos resíduos biodegradáveis destinados aos aterros, apostando na Compostagem. Por outro lado, o Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, define como operações de valorização de resíduos, entre outras, a Compostagem. Cumulativamente, existe uma forte ligação com a Portaria 187/2007, de 12 de Fevereiro, (PERSU II) pela promoção e o incremento da valorização orgânica, nomeadamente através da compostagem e/ou digestão anaeróbia de RUB (resíduos urbanos biodegradáveis) provenientes de recolha selectiva. (vii) Desenvolvimento Sustentável A Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável 2015 (ENDS) e o respectivo Plano de Implementação, incluindo os indicadores de monitorização (PIENDS) é aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de Agosto. Exposto o enquadramento legislativo mais relevante no domínio dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) que suporta a formulação das soluções que se terão de desenvolver para a concretização dos objectivos pretendidos no horizonte temporal estabelecido, descreve-se em seguida a área de actuação e o planeamento das acções que a VALORLIS procurará dinamizar no âmbito da gestão dos resíduos urbanos na sua área de intervenção. PAPERSU 11

13 3. Sistema Multimunicipal 3.1. Universo de Intervenção O Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento dos Resíduos Sólidos da Alta Estremadura, criado pelo Decreto-Lei n.º 116/96, de 6 de Agosto, tem a responsabilidade da gestão dos RSU do agrupamento de seis (6) municípios: BATALHA, LEIRIA, MARINHA GRANDE, OURÉM, POMBAL e PORTO DE MÓS. O contrato de concessão entre o Concedente, o Estado Português, e a VALORLIS S.A., empresa gestora do sistema multimunicipal, foi assinado a 20 de Dezembro de 1996, sendo também, em simultâneo, assinados os contratos de entrega e de recepção e de recolha selectiva dos resíduos sólidos urbanos entre a VALORLIS S.A. e os respectivos municípios que integram o Sistema Multimunicipal. Este Sistema Multimunicipal abrange uma área total de km 2 e serve uma população de cerca de 316 mil habitantes 3, tal como se descrimina no Quadro 1. Concelho Quadro 1 Indicadores Demográficos do Sistema População 2006 Área km 2 Densidade Populacional (hab/km) 2006 n.º de freguesias Batalha ,3 4 Leiria ,7 29 Marinha Grande ,7 3 Ourém ,3 18 Pombal ,0 17 Porto de Mós ,2 13 Total ,3 84 Numa perspectiva nacional, a VALORLIS S.A. representa 2,43% da área do território de Portugal Continental, concentra cerca de 3,20% da população e é responsável pela produção anual de cerca de 2,44% de RSU. A região abrangida pelo Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento dos Resíduos Sólidos da Alta Estremadura, universo de intervenção da VALORLIS S.A., é a que se identifica na Habitantes. Fonte: Estimativas de População residente em 2006 do INE PAPERSU 12

14 Figura 1. Pombal Marinha Grande Leiria Ourém Batalha Porto de Mós Figura 1 Universo geográfico da VALORLIS, S.A Antecedentes Neste enquadramento a primeira prioridade passou pela erradicação das lixeiras existentes nos municípios, prosseguindo pela criação de infra-estruturas de 1ª geração ambientalmente correctas, nomeadamente: A construção de aterro sanitário como solução para o destino final dos resíduos sólidos urbanos; A dinamização da recolha selectiva (e, dos respectivos circuitos de recolha) suportada na colocação de Ecopontos em locais estrategicamente definidos para a recolha multimaterial; A construção da Estação de Triagem para recuperação de materiais recicláveis, e, de Ecocentros para a deposição voluntária de fluxos específicos de resíduos produzidos pelos munícipes. Em particular, como objectivos no âmbito do PERSU I, a VALORLIS concretizou o seguinte: Selagem e recuperação ambiental das lixeiras - foram seladas quatro lixeiras existentes, entre Outubro de 1997 e Novembro de 1998; Infra-estruturas de tratamento e de destino final de RSU foi projectado e construído o Aterro Sanitário de Leiria, para destino final dos resíduos sólidos urbanos, de acordo com todas as regras ambientais exigidas; PAPERSU 13

15 Unidade Complementar de Tratamento para a optimização e tratamento prévio à deposição de resíduos em aterro, foi construída e implantada a montante do aterro uma unidade de enfardamento dos resíduos sólidos urbanos; Estações de Transferência foram construídas três (3) Estações de Transferência dando resposta à gestão dos RSU produzidos nos municípios que distam mais de 25 km da zona de destino final de resíduos; Estruturação e dinamização da Recolha Selectiva foram colocados em locais estrategicamente definidos Ecopontos para recolha multimaterial e circuitos de recolha selectiva das fracções recicláveis, tendo também sido construídos quatro Ecocentros (um em cada estação de transferência e outro no aterro sanitário); Valorização de resíduos A VALORLIS projectou e construiu uma Estação de Triagem para separação e armazenamento dos resíduos recolhidos selectivamente para posterior envio para valorização; Apoio e realização de acções de sensibilização ambiental. Para a prossecução das obras supra citadas, a VALORLIS adquiriu o material de apoio à exploração das infra-estruturas mencionadas, designadamente, viaturas de recolha selectiva, máquinas especiais de apoio para a exploração e funcionamento do aterro sanitário e da estação de triagem, bem como os contentores para deposição de resíduos e refugos e equipamentos do sistema de tratamento das águas residuais, entre outros. O investimento global efectuado para a concretização e exploração respectivamente, das infraestruturas e acções supra citadas, foi de cerca de 14 M entre 1997 e Este investimento teve a comparticipação dos apoios financeiros da União Europeia através do Fundo de Coesão, situando-se em cerca de 82% do total no âmbito do Quadro Comunitário de Apoio Caracterização do Modelo Técnico de intervenção No universo de intervenção da VALORLIS S.A., o modelo técnico implantado e que suporta actualmente o quadro de gestão dos resíduos sólidos urbanos, encontra-se esquematizado nas Figuras seguintes. PAPERSU 14

16 Aterro Sanitário Estação de transferência Selagem de lixeiras Ecocentro Estação de triagem Recolha Selectiva Figura 2 Modelo técnico de intervenção da VALORLIS, S.A. Pombal Marinha Grande Leiria Batalha Ourém Porto de Mós Figura 3 Interacção existente entre as infra-estruturas da VALORLIS S.A. Para suporte das opções e soluções técnicas que se preconizam no âmbito deste PAPERSU e que pretendem contribuir para o cumprimento das exigências e metas que importam concretizar no período temporal que enquadra o presente plano, apresenta-se em seguida uma síntese do quadro de desenvolvimento que se tem verificado nas suas diferentes vertentes desde o início da actividade da VALORLIS S.A., cujo reflexo na situação actual do sistema integrado de resíduos sólidos urbanos deste Sistema Multimunicipal traduz a evolução positiva que tem vindo a ser conseguida. PAPERSU 15

17 (i) Produção de Resíduos A VALORLIS S.A. iniciou a sua actividade de recepção dos resíduos sólidos urbanos com a entrada em exploração, em Setembro de 1998, do aterro sanitário de Leiria. A evolução da produção dos resíduos sólidos urbanos no Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento dos Resíduos Sólidos da Alta Estremadura desde o início da sua actividade, teve um crescimento da ordem dos 4,0% anuais até 2003, sofrendo posteriormente uma ligeira diminuição, tendo contudo aumentado novamente, em 2006, conforme se pode observar no gráfico que se apresenta na Figura Rsu municipal Privados Inertes Vidro Papel Cartão Embalagens 0 Figura 4 Produção Global de Resíduos Evolução quantitativa, A produção de resíduos urbanos na área de influência da VALORLIS S.A. corresponde a uma capitação média de cerca de 0,96Kg/hab.dia 4. Ampliando (por diminuição do referencial no eixo das ordenadas) a leitura das componentes que dizem respeito aos fluxos de recolha selectiva e particulares, torna-se mais visível no gráfico seguinte a evolução que neste domínio se tem verificado no universo da VALORLIS S.A. desde o início da sua actividade. A diminuição dos quantitativos que se observa a partir de 2002 deve-se ao facto de os resíduos industriais banais terem passado a ser depositados no aterro de resíduos industriais da Resilei, que se situa em zona próxima da VALORLIS. 4 Dados de 2007 PAPERSU 16

18 Rsu municipal Privados Inertes Vidro Papel Cartão Embalagens 0 Figura 5 Produção de resíduos particulares e recicláveis, De acordo com o encaminhamento dos resíduos recepcionados em 2007, em termos percentuais, por origem e tipologia, este é apresentado esquematicamente em seguida. Resíduos Recepcionados no SMM 100% Resíduos Depositados em Aterro 92,5% Resíduos Recicláveis 7,5% Resíduos Sólidos Municipais 97,8% Resíduos Particulares de Empresas 1,9% Refugo da Recolha Selectiva 0,3% RSU domésticos 95,7% RSU não domésticos 4,3% RIB 0% REU 100% Figura 6 Valores percentuais por origem e tipologia, dos RSU recepcionados No que se refere aos quantitativos de RSU entrados no sistema da VALORLIS, nos últimos anos e em termos médios, a maior contribuição provem do município de Leiria, tal como se pode observar no gráfico seguinte. PAPERSU 17

19 Pombal 14% Porto de Mós 7% Batalha 5% Ourém 13% Leiria 44% Marinha Grande 17% Figura 7 Produção de RSU - Valores percentuais por Município (ii) Composição Física dos RSU A determinação da composição física dos RSU (e a respectiva análise ponderal) permite o conhecimento das principais componentes presentes na fracção indiferenciada dos resíduos sólidos urbanos, bem como a identificação das componentes de maior predominância e das que representam um potencial de reciclagem e/ou valorização. Para além destes dados, também o seu conhecimento é um suporte fundamental de apoio à tomada de decisão quanto às opções a assumir perante o leque de soluções de valorização, tratamento e/ou destino final a adoptar para os resíduos, ou mesmo para a optimização de meios, equipamentos e recursos humanos necessários à eficiente gestão do sistema de recolha selectiva e triagem, sem esquecer a possibilidade de avaliação prévia do aproveitamento energético dos efluentes residuais gasosos gerados em aterro por resíduos biodegradáveis. A caracterização física dos resíduos efectuada permite assim a obtenção de um conhecimento mais profundo do tipo de resíduos produzidos no sistema multimunicipal, permitindo fundamentar a definição de objectivos dentro de um compromisso de uma gestão sustentável dos resíduos encarados agora como recursos. A composição física média da fracção indiferenciada dos resíduos produzidos no universo da VALORLIS foi determinada a partir de valores médios da campanha de amostragem realizada no período , não se verificando alterações significativas relativamente aos anos anteriores, 2002 e PAPERSU 18

20 A metodologia utilizada para amostragem e caracterização dos resíduos sólidos urbanos produzidos foi a preconizada pela ADEME (AGENCE DE L ENVIRONNEMENT ET DE LA MAITRISE DE L ÉNERGIE) e designada por MODECOM MODE DE CARACTÉRISATION DES ORDURES MÉNAGÈRES. Esta metodologia, bastante flexível envolve a amostragem por selecção aleatória das viaturas de recolha e, a caracterização dos resíduos por categorias e subcategorias segundo a nomenclatura MODECOM/REMECOM - RÉSEAU EUROPÉEN DE MESURES POUR LA CARACTÉRISATION DES ORDURES MÉNAGÈRES, com algumas adaptações. Na Figura 8 apresentase a composição física média dos resíduos domésticos indiferenciados produzidos no universo geográfico da VALORLIS (alvo de amostragem em 2006/2007 e, no Quadro 2, apresentam-se os respectivos valores percentuais. Resíduos Dom. Esp. Incombustíveis n.e. 0,82% 0,64% Elementos Finos 11,25% Vidro 7,64% Metais 2,04% Resíduos Putrescíveis 36,19% Combustíveis n.e. 1,68% Plásticos 8,59% Têxteis Sanitários 7,72% Têxteis 3,33% Compósitos 2,90% Cartões 6,05% Papéis 11,13% Figura 8 Composição física dos RSU domésticos da recolha indiferenciada Da análise aos valores obtidos constantes no gráfico e quadro seguinte, constata-se que em termos percentuais das principais categorias, há uma clara predominância dos Resíduos Putrescíveis, ou seja, cerca de 36%, em peso, do total de RSU domésticos provenientes da recolha indiferenciada. A segunda categoria mais importante incluída nos RSU corresponde aos elementos finos, ou seja, aqueles cuja dimensão é inferior a 20 mm, em parceira com os papéis. Ambas as categorias representam cerca de 11% cada, em peso de RSU na média das amostras. No que se refere aos resíduos de embalagem, esta fracção contribui em 25%, em peso, do total de RSU domésticos provenientes da recolha indiferenciada. É de salientar a importância do filme e das embalagens plásticas que representam cerca de 8,6%, em peso, do total de resíduos de embalagens presentes na fracção indiferenciada dos RSU. PAPERSU 19

21 Quadro 2 Composição física dos RSU de recolha indiferenciada Categoria/Subcategoria RSU indiferenciados (% em peso) RESÍDUOS PUTRESCÍVEIS 36,19% resíduos alimentares 30,94% resíduos jardim 5,24% PAPÉIS 11,13% embalagens de papel 0,69% jornais, revistas e folhetos 5,68% papéis de escritório 0,67% outros papéis 4,09% CARTÕES 6,05% embalagens de cartão 5,53% outros cartões 0,52% COMPÓSITOS 2,90% embalagens compósitas de cartão 0,99% outras embalagens compósitas 0,33% outros compósitos (não embalagem) 1,59% TÊXTEIS 3,33% TÊXTEIS SANITÁRIOS 7,72% PLÁSTICOS 8,59% Filmes 5,08% em PE > A3 3,40% em PP > A3 0,65% em PE < A3 0,71% em PP < A3 0,31% noutros materiais (estirável) 0,01% Garrafas e Frascos 1,54% em PVC 0,03% em PVC óleo 0,00% em PET 0,74% em PET óleo 0,14% em PE 0,59% em PE óleo 0,02% em PP 0,02% noutros materiais 0,00% Embalagens EPS 0,02% Outras embalagens Plásticas 1,25% Outros Plásticos não embalagem 0,70% COMBUSTÍVEIS NÃO ESPECIFICADOS 1,68% embalagens combustíveis não especificadas 0,05% outros combustíveis não especificados 1,64% VIDRO 7,64% embalagens de vidro 7,45% outro vidro (não embalagem) 0,20% METAIS 2,04% embalagens ferrosas 1,19% embalagens não ferrosas 0,24% outros ferrosos 0,47% outros não ferrosos 0,14% INCOMBUSTÍVEIS NÃO ESPECIFICADOS 0,82% embalagens incombustíveis não especificados 0,00% outros incombustíveis não especificados 0,82% RESÍDUOS DOMÉSTICOS ESPECIAIS 0,64% embalagens 0,31% pilhas e acumuladores 0,06% outros resíduos domésticos especiais 0,27% ELEMENTOS FINOS (<20 mm) 11,25% TOTAL 100,00% TOTAL EMBALAGENS 24,66% PAPERSU 20

22 Ainda no que diz respeito à caracterização dos RSU, a VALORLIS no âmbito do presente PAPERSU realizará novas campanhas de caracterização dos resíduos de acordo com a periodicidade definida no PERSU II ou, sempre que se entenda necessário e útil para a definição dos Objectivos do sistema. Procurar-se-á assim obter um conhecimento aprofundado e um registo consistente das especificidades associadas aos materiais e componentes existentes no universo dos RSU produzidos neste sistema multimunicipal. (iii) Aterro Sanitário de Leiria O Aterro Sanitário de Leiria, como solução de 1ª geração para o tratamento e destino final dos resíduos sólidos urbanos deste sistema, constituiu o pilar de desenvolvimento do modelo técnico implantado, na sequência do encerramento e requalificação ambiental das lixeiras existentes no universo geográfico da VALORLIS. Saliente-se que um aterro sanitário, seja qual for a solução de tratamento que se pretenda implementar, é uma infra-estrutura sanitária de destino final omnipresente conforme é referido pela Organização Mundial de Saúde. Com efeito esta infra-estrutura sanitária tem sempre de ser construída, ou para a recepção directa dos resíduos sólidos urbanos (solução de 1ª geração) ou para os refugos resultantes de unidades de tratamento quer sejam da Compostagem, Digestão Anaeróbia ou Incineração e mesmo da Triagem de resíduos de embalagens. Outra das razões que importa evidenciar para que a existência de um aterro sanitário seja obrigatória, deve-se ao facto de esta infra-estrutura ter de funcionar como "Fusível" aquando da paragem daquelas instalações, seja por avarias não previsíveis seja para manutenções regulares, tendo de se recorrer a esta solução ambientalmente correcta para a recepção destes resíduos não tratados. Assim, sendo o aterro sanitário uma infra-estrutura que pode introduzir impactos no Meio Ambiente em geral e na Saúde Pública em particular, a sua construção tem de obedecer a rigorosas medidas de protecção ambiental. Neste contexto, a construção do aterro sanitário que serve o sistema multimunicipal da VALORLIS foi desde logo objecto de elevadas medidas de protecção dando cumprimento a todas as disposições legais nacionais e comunitárias em matéria de preservação ambiental. PAPERSU 21

23 Realça-se em particular o sistema de impermeabilização introduzido em toda a zona basal e de taludes que configuram a área de intervenção, nomeadamente a construção de Barreira Passiva (com recurso a uma camada de solos de baixa permeabilidade) e, sobrejacente a esta, de uma Barreira Activa com recurso à colocação (em igual área) de geocompósitos e geossintéticos (geocompósito bentonítico, geomembrana de PEAD, geotêxtil não tecido para protecção mecânica) seguido da respectiva camada drenante da zona basal (com material mineral natural) e taludes (geotêxtil não tecido para protecção aos ultra-violetas). Dentro das exigências associadas à construção da zona de confinamento dos resíduos na área de aterro, foram também executados os necessários sistemas de captação, drenagem e tratamento dos efluentes residuais líquidos (rede de colectores e Estação de tratamento de lixiviados) e gasosos (drenos de biogás) produzidos pela decomposição dos RSU depositados, bem como as obras de controlo (piezómetros) e desvio das águas pluviais e subterrâneas (valetas e trincheiras filtrantes e drenos sub-superficiais) nas envolventes e zonas adjacentes. Paralelamente e para o adequado funcionamento desta infra-estrutura foram implantadas as necessárias vias de circulação, as infra-estruturas de saneamento (abastecimento de água, de energia eléctrica e drenagem de águas residuais domésticas e pluviais, tratamento de biogás), os edifícios de apoio, tendo-se feito a aquisição de equipamentos móveis e fixos para a exploração adequada do aterro. Saliente-se que a modelação da área de confinamento do aterro foi concebida e construída em três células independentes, cuja ocupação se processou de forma sequencial. O arranque em exploração deste aterro iniciou-se pela célula 1. Relativamente ao enquadramento paisagístico desta infra-estrutura, salienta-se que o local, à data da sua construção e início de exploração, se inseria numa extensa área florestal que se desenvolvia por toda a envolvente do aterro sanitário. Esta situação, verificada em 1998, pode ser observada na Figura 9 que se apresenta em seguida. PAPERSU 22

24 Célula 1 Célula 2 Célula 3 Oficina Nave de Enfardamento Estação de Triagem Ecocentro Portão Portaria e Báscula de Pesagem Edifício Administrativo Célula 3 Via de Acesso ao aterro Vias de Circulação Interna Figura 9 Aterro Sanitário de Leiria Fase de arranque Entretanto, com as obras de construção das auto-estradas A8 e A17, a extensa cortina arbórea envolvente do aterro foi sendo retirada verificando-se, actualmente, uma alteração significativa no seu enquadramento local, passando a instalação a estar a descoberto tal como se pode observar na Figura 10. PAPERSU 23

25 Figura 10 Aterro Sanitário de Leiria Fase actual Com efeito, é visível na Figura anterior que o aterro sanitário da VALORLIS encontra-se actualmente sem cortina arbórea, revelando uma alteração significativa com forte impacte ao nível da observação externa e protecção visual. No que respeita aos quantitativos dos resíduos depositados no aterro sanitário, em toneladas, bem como a respectiva variação face ao ano anterior, apresenta-se na Figura 11, a evolução que ocorreu no período entre 1998 e ton ,74% 6,21% 1,78% 6,25% -7,23% -0,20% -0,87% 8,29% -3,01% Figura 11 Evolução da deposição de resíduos no período PAPERSU 24

26 A diferença de valores que se verifica no primeiro ano de deposição de resíduos reflecte o início de exploração do Sistema, uma vez que os quantitativos de 1998 apenas reportam a 4 meses de deposição. A alteração que ocorreu em 2002, conforme referido anteriormente, diz respeito à cessação de deposição de RIB no aterro sanitário de Leiria No que respeita à vida útil deste aterro, verifica-se que actualmente são depositadas, em média, cerca de toneladas a mais por ano do que o valor estimado no anexo ao contrato de concessão. Este diferencial resulta do facto de nos estudos efectuados à data sobre a evolução da produção de resíduos, constante no contrato de concessão, terem como base uma evolução demográfica e a correspondente capitação dos quantitativos de RSU depositados nas lixeiras, cujos valores foram estimados pois não eram objecto de pesagem ou de qualquer controlo à entrada. Todavia, verifica-se que actualmente o enchimento conseguido resulta num valor ligeiramente inferior àquele que se previa em projecto. Projectado para contemplar um encaixe de m 3 de resíduos, verifica-se que, com base na medição da volumetria de enchimento suportada nos levantamentos topográficos que se realizam semestralmente, a volumetria real à data (final de 2007) é ligeiramente inferior à que se estimava em projecto. O volume correspondente ao acréscimo das toneladas a mais que, em média, têm sido depositadas anualmente, tem sido absorvido pelos espaços que entretanto foram sendo ocupados entre as células 1 e 2 e as células 2 e 3. De realçar que mesmo com a recepção de resíduos industriais banais até 2002, (não municipais) para evitar a deposição selvagem destes resíduos na área de intervenção da VALORLIS, o volume de encaixe global não foi prejudicado. Actualmente a ocupação do aterro sanitário encontra-se a 96% do seu volume de encaixe total. Neste enquadramento e tendo em consideração que a geração de biogás pela degradação dos resíduos se encontra em fase de elevada produção, a VALORLIS, dentro da sua dinâmica de reforço das condições e objectivos que persegue para a correcta gestão dos RSU encarados como um recurso, dinamizou e construiu, em Fevereiro de 2003, um centro de valorização energética do biogás. Esta unidade, visível na Figura 12 e Figura 13, comporta o sistema tradicional de produção de energia por motores de combustão, aliados a um queimador de apoio para eliminação dos gases remanescentes não viabilizados energeticamente. PAPERSU 25

27 Figura 12 Unidade de Valorização Energética (UVE) Esta intervenção permite contribuir de forma activa para a diminuição de emissões GEE (gases de efeito de estufa) promovido pelo biogás que é gerado em aterro. Figura 13 Interior da UVE A produção de energia eléctrica por tratamento do biogás produzido no aterro sanitário Leiria verifica-se desde Na Figura 14 apresenta-se a variação mensal da produção de energia eléctrica desde essa data. PAPERSU 26

28 MWh Figura 14 Evolução da produção de energia eléctrica, em kwh Desta forma a contribuição da VALORLIS para o esforço que o País desenvolve para incremento de recursos energéticos com base em energias renováveis traduz-se numa actuação positiva e cuja iniciativa importa realçar. Numa óptica de desempenho ambiental e de aplicação das melhores técnicas disponíveis, o aterro sanitário de Leiria está dotada de um sistema de tratamento das águas lixiviantes para recepção e pré-tratamento das águas lixiviantes provenientes das células de exploração e das águas residuais domésticas provenientes das zonas de apoio. A estação de pré-tratamento do aterro sanitário de Leiria integra: Lagoa de homogeneização (poderá funcionar como lagoa anaeróbia); Lagoa arejada, onde se processa o tratamento biológico aeróbio; Lagoa de Retenção; 3 Leitos de Macrófitas com escoamento vertical; 2 Leitos de Macrófitas com escoamento horizontal. Após o processo de tratamento o efluente é encaminhado para a Estação de Tratamento de Águas Residuais Norte da SIMLIS Sistema Multimunicipal de Saneamento da Bacia do Rio Lis, onde é finalizado o seu tratamento para inserção no meio hídrico. Por último e na sequência do exposto relativamente ao término de vida útil do aterro sanitário, já se encontra em curso a construção da expansão do aterro sanitário, garantindo assim a deposição dos resíduos sólidos urbanos até final da concessão da VALORLIS. PAPERSU 27

29 (iv) Plano de Monitorização O Plano de Monitorização desenvolvido no aterro sanitário de Leiria dá cumprimento a todas as exigências e medidas de controlo constantes da Licença Ambiental nº 18A.1/2007 e do Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio. Concretizam-se na prática todos os procedimentos de verificação da funcionalidade das diferentes unidades, de forma a garantir o cumprimento dos valores limites estabelecidos. Todos os anos é entregue às entidades responsáveis o respectivo Relatório de Monitorização Ambiental, onde se congrega toda a informação ao nível da monitorização e controlo ambiental das actividades do sistema multimunicipal. (v) Sistema Integrado do Ambiente, Qualidade e Higiene e Segurança, A VALORLIS implementou um Sistema de Gestão Integrado estando desde Junho de 2005 certificada segundo as três normas de referência: NP EN ISO 9001:2000 para a Qualidade, NP EN ISO 14001:2004 para o Ambiente e OHSAS 18001:1999 para a Higiene e Segurança do Trabalho. O âmbito do Sistema de Gestão Integrado (Qualidade, Ambiente e Segurança) abrange todas as actividades da VALORLIS Recolha Selectiva, Triagem e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos. A implementação do Sistema Integrado, embora exigente, trouxe à VALORLIS inúmeras mais-valias, designadamente a adopção de uma política integrada e partilhada por todos os colaboradores. Foi promovida uma consciencialização sobre os perigos de Segurança e Saúde relacionados com os postos de trabalho, sobre os aspectos ambientais relacionados com a actividade promovida no Sistema e a formação dos trabalhadores em áreas diversificadas, contribuindo para a melhoria da imagem interna e externa da empresa. PAPERSU 28

30 A VALORLIS desenvolve uma série de actividades, com vista à Melhoria Contínua do Sistema de Gestão Integrado. Designadamente com a definição e acompanhamento de objectivos e metas ambientais e de segurança, higiene e saúde no trabalho, em termos de processo, para as suas diferentes áreas de intervenção, com o intuito de fomentar a melhoria contínua do seu desempenho. Em Junho de 2007, realizou-se a Auditoria de Acompanhamento de 2º ano, que reflectiu a melhoria contínua da organização, mantendo-se a Certificação. O Conselho de Administração da VALORLIS manteve em 2007 a sua política integrada de Qualidade, Ambiente e Segurança que se passa a enunciar: PAPERSU 29

31 A VALORLIS estabelece assim o compromisso de melhoria contínua da eficácia do Sistema de Gestão Integrado como contributo para um desenvolvimento sustentável. PAPERSU 30

32 (vi) Recolha Selectiva Ecopontos A recolha selectiva multimaterial efectuada pela VALORLIS tem por base o modelo inicialmente adoptado, ou seja, um sistema de recolha selectiva de proximidade baseado no sistema tri-fluxo com suporte em Ecopontos constituído por um conjunto de três contentores para a deposição selectiva de papel e cartão (contentor azul), embalagens plásticas e metálicas (contentor amarelo) e vidro (contentor verde). A colocação dos ecopontos teve, e tem em conta a estrutura demográfica da região associada ao sistema multimunicipal em termos da sua distribuição por aglomerados de diferente dimensão. Em regra são abrangidos todos os aglomerados com mais de 500 habitantes, sendo também abrangidos outros aglomerados de dimensão inferior devido a situações específicas, designadamente sedes de freguesia e locais de veraneio. A dinamização da recolha selectiva, após conclusão das infra-estruturas que suportavam as respectivas soluções de triagem/valorização dos materiais para reciclagem, foi implantada de forma faseada após a colocação estratégica dos respectivos Ecopontos na área de intervenção, a definição da estrutura dos recursos humanos necessários e a aquisição de viaturas específicas para o modelo de recolha implantado, bem como com a implementação dos respectivos circuitos de recolha. Desde 1999 que a VALORLIS tem implementado um Sistema de Informação Geográfica, SIG, de apoio à Recolha Selectiva. Este sistema é uma ferramenta essencial na optimização e gestão dos recursos do sector da recolha selectiva. A implementação do SIG passou por: Geo-referenciação de toda a rede de ecopontos; Criação de uma base de dados de apoio ao SIG com informação relevante de todos os pontos de recolha; PAPERSU 31

33 Utilização dos dados estatísticos, obtidos através do registo diário das equipas de recolha, no SIG para optimização dos circuitos de recolha; Criação de informação cartográfica de base e seu contínuo melhoramento. Em 2001 e 2003 foi elaborado um projecto de Investigação e Desenvolvimento financiado pela Sociedade Ponto Verde, SPV, com o objectivo de implementar um sistema digital de gestão de ecopontos. No Âmbito deste projecto foram instalados equipamentos a bordo das viaturas de recolha e desenvolvida uma aplicação para recolha de dados. Este sistema veio a trazer vantagens traduzidas na optimização dos circuitos e frequência de recolha, na recolha automatizada de informação diária bem como informação sobre o peso do conteúdo de cada contentor recolhido e sobre pontos problemáticos. Actualmente o rácio de Ecopontos no universo da Valorlis corresponde a 1 por cada 387 habitantes. Tendo presente que para além da análise que se efectua às quantidades recolhidas por fileira e aos desvios verificados e razões para tal, a VALORLIS considera fundamental pôr em evidência os pontos fortes e fracos desta actividade (dentro de uma atitude pró-activa para incentivar a melhoria da produtividade) dentro dos compromissos associados à sustentabilidade do sistema Assim, para o acompanhamento desta actividade e no âmbito do controlo de gestão e avaliação quantitativa e qualitativa, são utilizados indicadores de desempenho - Ambientais, de Método e de Custos, procurando-se assim identificar as melhorias necessárias para a correcção/optimização do processo de recolha selectiva conseguido. Para a determinação destes indicadores de desempenho está criada uma rotina mensal de informação que, após a sua desagregação e tratamento técnico, permite determinar os indicadores de desempenho conseguidos. Os indicadores base são os seguintes: Nº de Ecopontos e de habitantes por contentor; Quantidade de material recolhido por contentor; Quilómetros percorridos por tonelada recolhida; PAPERSU 32

34 Horas x homem por tonelada recolhida; Recolha por fileira em % do potencial; Frequência (rotação). Saliente-se que o esforço que a VALORLIS tem vindo a desenvolver para consolidar elevados níveis de serviço neste domínio tem sido contínuo, actuação que continuará a perseguir tendo em conta as perspectivas de evolução futura e os ambiciosos objectivos de valorização e de reciclagem de resíduos de embalagens. Ecocentros Os Ecocentros são instalações de apoio que se destinam à deposição voluntária e gratuita dos munícipes, pequenas indústrias, comércios e particulares de materiais valorizáveis que, pelas suas características ou dimensões, não possam ser recolhidos nos circuitos normais de remoção de resíduos indiferenciados e/ou recolha selectiva. Os ecocentros construídos dispõem de área ampla, modelados por duas plataformas desniveladas de 2,20 m, contemplando a plataforma inferior uma divisão do seu espaço em pequenas baias (com 48,0 m 2 ) delimitadas por muros de contenção, permitindo estes espaços a recepção e o armazenamento individualizado de diferentes materiais. Nos Ecocentros podem ser depositados materiais diversos, como Papel e Cartão, Plásticos, Vidro, Monstros Metálicos, Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos, Resíduos Verdes, Madeiras, Monstros não Metálicos, etc As Pilhas, Baterias, Lâmpadas Fluorescentes e Óleos de motor, são exemplos de outros materiais que podem ser entregues no Ecocentro, numa zona específica e delimitada para o efeito, cujo acondicionamento é feito com cuidados acrescidos por se tratarem de resíduos domésticos especiais. A VALORLIS dispõe actualmente de 4 Ecocentros, e a sua localização é a seguinte: Município de Leiria na área do aterro sanitário; Município de Ourém num espaço repartido com a estação de transferência de RSU; Município de Pombal num espaço repartido com a estação de transferência de RSU; Município de Porto de Mós em espaço repartido com a estação de transferência de RSU. PAPERSU 33

35 Figura 15 Ecocentro da VALORLIS Porta-a-Porta Além dos equipamentos e infra-estruturas afectas à recolha selectiva por ecopontos, anteriormente referidos, é fundamental ir ao encontro das necessidades da população, muitas vezes preenchendo pequenos nichos que não são abrangidos de forma eficaz pelos sistemas mais convencionais. Assim, a VALORLIS desenvolve projectos, na vertente porta-a-porta, RPP, que permitem responder a estas necessidades, e que acabam por permitir recuperar grandes quantidades de materiais a enviar para a reciclagem. Neste sentido, em Outubro de 2001 deu-se início a um projecto-piloto deste tipo de recolha em duas zonas distintas, zona de estrutura urbana de baixo porte na Marinha Grande e zona de habitação em altura na zona central de Leiria. Este projecto tem o objectivo de recolher as embalagens de papel e cartão e as embalagens plásticas e de metal. O projecto iniciou-se pela distribuição de sacos plásticos de cores distintas, consoante o material reciclável alvo, a par com uma Campanha de sensibilização nas duas zonas afectas. A recolha é feita periodicamente por uma equipa de duas pessoas e uma viatura adquirida para o efeito. PAPERSU 34

36 Ao longo do tempo de vida do projecto-piloto foram avaliados os custos deste tipo de recolha sendo também comparados com os custos da recolha por ecopontos instalados nas mesmas zonas. Os resultados do projecto ditaram o abandono da zona habitacional em altura de Leiria e a continuidade e expansão da recolha porta-a-porta no na zona de estrutura de baixo porte na Marinha Grande e Leiria em zona limítrofe às instalações da VALORLIS. Para além da recolha selectiva multimaterial porta-a-porta efectuada a particulares, a VALORLIS promove também pontualmente a recolha multimaterial junto de entidades particulares ou publicas, inseridas na malha urbana. Nesta vertente, é necessário efectuar solicitação prévia à VALORLIS para se proceder à recolha. Para recolha das pilhas usadas junto dos munícipes, a VALORLIS disponibilizou pequenos contentores, da sociedade de gestão Ecopilhas, podendo estes ser encontrados nas escolas, juntas de freguesias e câmaras municipais. Acções de Recolha Selectiva efectuadas pelos Municípios Do levantamento feito junto dos municípios servidos pela VALORLIS, patente em Anexo, destaca-se a colaboração por parte destes na recolha selectiva efectuando recolhas pontuais e entregando-as na estação de triagem da VALORLIS. PAPERSU 35

37 Quantitativos de resíduos de Embalagem e de não Embalagem Relativamente aos quantitativos de resíduos de embalagem e não embalagem encaminhados para reciclagem, a evolução verificada entre os anos 1997 e 2007 na área geográfica da VALORLIS são os que se apresentam no Quadro 5, bem como nos gráficos que se seguem. Quadro 3 Recolha Selectiva (em ton) Papel/Cartão Embalagens Vidro Madeira ,9 66,8 44,1 REEE ,8 32,6 33,2 38,7 38,7 Pilhas ,1* 2,8 1,9 Sucata ,0 91,2 41,3 TOTAL * Valor acumulado Relativamente a cada um dos fluxos do Ecoponto salienta-se o seguinte: VIDRO - Todo o material recolhido nos vidrões e ecocentros pela VALORLIS é retomado como embalagem pela SPV. Na Figura seguinte constam as quantidades recepcionadas e as respectivas retomas de Vidro, no período Vidro recolhido Vidro retomado 0 Figura 16 Recolha selectiva e retoma do vidro, em ton evolução PAPERSU 36

38 PAPEL/CARTÃO Na Figura que se segue constam as quantidades recepcionadas e as respectivas retomas de Papel e Cartão (embalagem e não embalagem) no período Papel recolhido Papel retomado Figura 17 Recolha selectiva e retoma de papel cartão, em ton- Evolução O fluxo papel/cartão origina embalagens de papel e cartão bem como papel e cartão não embalagem. Embalagens mistas SPV 2,9% Jornais, Revistas e Papéis Outros Retomadores 1,1% Misto SPV 96,1% Figura 18 Composição percentual das retomas do papelão, em 2007 EMBALAGENS PLÁSTICAS E DE METAL - Na Figura seguinte constam as quantidades recepcionadas e as respectivas retomas de embalagens plásticas e de metal, no período PAPERSU 37

39 Emb. recolhidas Emb. retomadas 0 Figura 19 Recolha selectiva e retoma de embalagens, em ton - Evolução A diferença que se observa entre o material recolhido do fluxo das embalagens plásticas e de metal e, o material retomado, corresponde parte às reservas que ficam mensalmente em stock para expedição posterior, e parte a refugo, isto é, material não aproveitado que se deposita em aterro sanitário. De qualquer forma, no ano de 2007, a SPV alterou as especificações técnicas de aceitação das embalagens plásticas, passando a aceitar os plásticos mistos e o ECAL embalagens de cartão para alimentos líquidos. Espera-se deste modo, diminuir a fracção de refugo enviada para aterro. No que respeita às quantidades retomadas pela SPV, apresenta-se na Figura abaixo por componentes e, em termos de peso, a composição física média do fluxo das embalagens plásticas e de metal. EPS 1,7% mistos 1,7% Met.Ferrosos 16,0% Alumínio 0,9% Filme 29,8% PVC 0,9% PEAD/PP 17,0% PET 31,9% Figura 20 Composição das retomas do embalão, em 2007 PAPERSU 38

40 No que se refere aos quantitativos recepcionados de resíduos de Madeira, REEE e Pilhas estes são retomados pelas respectivas sociedades gestoras, a saber: SPV, Amb3E e Ecopilhas. No caso da sucata, esta é retomada por entidades/empresas devidamente licenciadas. Campanhas de Sensibilização Observando os quadros e os respectivos gráficos, é notória a crescente evolução que se tem verificado na Recolha Selectiva. Esta evolução reflecte não só o esforço que a VALORLIS tem desenvolvido, desde 1998, nesta vertente junto das populações (quer na sensibilização destas quer no reforço dos meios materiais e humanos afectos a esta actividade), como também a adesão e colaboração que esta tem manifestado de forma muito positiva e crescente. Saliente-se que as campanhas de sensibilização são dirigidas a um público-alvo preferencial, ou seja, à população em geral (donas de casa, comércio, serviços, etc ) e à escolar em particular (nas escolas, em sessões de animação, visitas ao aterro e Estação de Triagem, etc ). Estas campanhas são suportadas essencialmente segundo três eixos de actuação distintos mas interdependentes, ou sejam: Informação; Comunicação; Animação afectiva. PAPERSU 39

41 Através do Informação, veiculam-se os conceitos de valorização, triagem e recolha selectiva de resíduos de embalagem, necessários à correcta separação dos resíduos em casa. Pelo sistema de Comunicação promove-se o debate sobre estes conceitos e as dificuldades e sugestões da população na aquisição destes novos comportamentos. Com as acções de Animação, procede-se ao envolvimento da população em eventos significativos, de molde a orientar afectivamente os novos comportamentos. (vii) Estação de Triagem A Estação de Triagem da VALORLIS, localizada no espaço físico do aterro sanitário, dispõe de uma capacidade técnica de processamento de 2,0 ton/hora. Esta Estação de Triagem funciona de acordo com as regras para que foi projectada, isto é, para permitir a eficaz recepção, separação, enfardamento e armazenamento das fracções recolhidas selectivamente nos ecopontos e ecocentros da VALORLIS destinadas a posterior valorização. A Estação de Triagem inclui uma zona de descarga das viaturas de recolha selectiva, uma área de triagem e uma área de formação de fardos e de armazenamento, como se pode verificar no esquema seguinte. Zona de descarga Zona de triagem Zona de enfardamento Zona de armazenamento de fardos Materiais volumosos Refugos Papel/cartão Plásticos Metais 1. Enfardamento de papel/cartão e plásticos 2. Blocos prensados de metais Figura 21 Fluxograma da Estação de Triagem A zona de descarga da estação de triagem possui uma área que permite a descarga dos materiais recolhidos selectivamente de uma forma separada, ou seja, com separação dos materiais provenientes do contentor amarelo (Embalão9. Nesta zona existe a possibilidade de se armazenarem estes materiais pelo período necessário, face aos circuitos de recolha previstos, até ser feita a sua triagem. PAPERSU 40

42 A zona de triagem propriamente dita é composta por tapetes transportadores de recepção e de alimentação da mesa de triagem e respectivos silos inferiores para armazenamento de material triado, tapete transportador de alimentação da prensa de enfardamento de embalagens plásticas e papel bem como de um separador electromagnético e prensa para separação e compactação de metais. É nesta zona que os resíduos que chegam são triados de acordo com as Especificações Técnicas da SPV. Os materiais triados são enfardados e transportados para armazenamento. No final da linha de triagem encontra-se um contentor para recepção de refugos que, não sendo passíveis de valorização são posteriormente depositados em aterro. Apresentam-se em seguida imagens da triagem efectuada às embalagens plásticas e de metal e do enfardamento de embalagens metálicas. Figura 22 Linha de triagem de embalagens plásticas e de metal PAPERSU 41

43 Figura 23 Enfardamento das embalagens de metal O papel cartão recolhido no contentor azul é triado e enfardado na prensa de enfardamento inicialmente utilizada para a compactação de RSU. Figura 24 Enfardamento do Papel/Cartão PAPERSU 42

44 4. Metas e Objectivos Estratégicos 4.1. Considerações gerais A Estratégia Nacional e Comunitária de Gestão de Resíduos no que respeita aos objectivos do presente PAPERSU, encontra-se fundamentalmente consubstanciada no Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio, no Despacho n.º 454/2006 (2.ª série) PIRSUE, e na Portaria n.º 187/2007, de 12 de Fevereiro PERSU II, onde se estabelece um reforço acentuado na redução das quantidades de resíduos a encaminhar para destino final, com prioridade para a sua reutilização, reciclagem, valorização orgânica e aproveitamento energético. Neste sentido, torna-se necessário desenvolver no âmbito do modelo de intervenção implantado na VALORLIS um conjunto de acções que permitam concretizar de forma progressiva as Metas temporais e os Objectivos quantificáveis estabelecidos. Saliente-se porém que a solução de confinamento técnico que foi privilegiada após a eliminação do passivo ambiental que era gerado pelas lixeiras, e que numa perspectiva futura tem como objectivo passar a receber apenas os resíduos "últimos", ou seja, resíduos inertes e/ou não valorizável com as tecnologias disponíveis, ainda será mantido no quadro das soluções futuras de sustentabilidade deste sistema multimunicipal, mas sem esquecer contudo que sempre será privilegiada qualquer solução de valorização em detrimento desta última Metas Do ponto de vista técnico, e em termos das principais metas temporais e objectivos quantificáveis, o Decreto-Lei n.º 152/2002 de 23 de Maio fixa as metas de desvio dos resíduos biodegradáveis (RUB) de aterro no espaço temporal que se prolonga até 2016, e, os objectivos quantitativos de valorização e reciclagem de resíduos de embalagens revistos pela Directiva n.º 2004/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho de 11 de Fevereiro, fixam as Metas a concretizar no período temporal que se enquadra até 2011 neste domínio. PAPERSU 43

45 Em síntese, no Quadro 4 apresentam-se as Metas e os Objectivos quantitativos de referência que, no horizonte temporal estabelecido, traduzem o referencial a concretizar no âmbito nacional e para o qual contribuirão as acções que a VALORLIS se propõe desenvolver no novo paradigma de gestão. Quadro 4 Metas de desvio de RUB e de Embalagens e RE 5 Metas a cumprir RUB passíveis de deposição em aterro (Directiva Aterro) -75% 6-50% % 6 Embalagens (Directiva Embalagens) Valorização de RE >60,0% Reciclagem de RE 55,0-80,0% Reciclagem de RE de Papel cartão >60,0% Reciclagem de RE de Plásticos >22,5% Reciclagem de RE de Vidro >60,0% Reciclagem de RE de Metal >50,0% Reciclagem de RE de Madeira >15,0% 4.3. Objectivos Estratégicos Tendo em atenção o definido no eixo n.º 4 do PIRSUE, "Integração de sistemas", o PERSU II propõe a associação entre sistemas de gestão de RSU com vista à implementação de projectos integrados de valorização de RUB. Neste contexto, aponta para a construção de uma Central de Valorização orgânica, CVO, a ser partilhada pela VALORLIS, S.A. e pela RESIOESTE, S.A., empresa concessionária do sistema multimunicipal de valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Oeste. Tendo presente o modelo técnico existente (e anteriormente descrito), bem como a contribuição para o cumprimento das exigências nacionais e comunitárias para o sector, os objectivos estratégicos para o novo paradigma da gestão de resíduos que a VALORLIS pretende assumir no contexto orientador dado pelo PERSU II e pelo PIRSUE e, suportados em 3 pilares da Sustentabilidade, ou sejam, as vertentes ambiental, social e económico-financeira, e, subsidiariamente a estes princípios, no cumprimento estrito da legislação nacional e comunitária aplicável, passam fundamentalmente por: 5 Resíduos de Embalagens 6 % de redução sobre a quantidade total de RUB produzida em 1995 PAPERSU 44

46 Ampliar a capacidade do actual Aterro Sanitário pela construção de um novo de modo a permitir a continuidade da gestão dos RSU; Desviar de aterro a partir de 2009 a quantidade percentual de resíduos orgânicos/biodegradáveis correspondente à intervenção da VALORLIS na CVO por digestão anaeróbia a construir; Promover a produção de combustível derivado de resíduos, CDR, a partir da fracção não valorizável de resíduos resultante do tratamento mecânico dos resíduos; Promover a compostagem doméstica pela distribuição de pequenos compostores junto dos munícipes para promoção da valorização orgânica; Incrementar a Recolha Selectiva multimaterial das fracções valorizáveis com recurso à colocação de novos ecopontos, eventual complemento da actual recolha selectiva de proximidade com intervenções estruturadas através de recolha porta-a-porta; Promover a optimização dos circuitos de recolha selectiva com recurso a análise dos indicadores de desempenho obtidos, meios auxiliares informáticos de recolha de informação colocados nas viaturas e, modelos de geração de rotas baseados em algoritmos de cálculo e cadastro de dados já disponíveis dos ecopontos; Implementar a recolha selectiva de RUB, aquando da ampliação da unidade de digestão anaeróbia; Realizar a melhoria da Estação de Triagem (de 1º geração) com a ampliação da sua capacidade de processamento e introdução de automatismos, nomeadamente, sistemas de separação óptica para diferentes fluxos; Avaliar da possibilidade de utilização de combustível alternativo (biodiesel) nas viaturas pesadas que compõem a frota da VALORLIS; Garantir a qualificação dos recursos humanos da VALORLIS implementando as melhores tecnologias MTD. Apesar do actual aterro sanitário para deposição dos resíduos esgotar a sua capacidade de deposição em breve, a sede da empresa manter-se-á no mesmo local dado também manteremse as operações de recolha selectiva, triagem e enfardamento de recicláveis, recolha de biogás e produção de energia eléctrica e tratamento dos efluentes líquidos. PAPERSU 45

47 O Modelo de Intervenção que de uma forma integrada traduz os objectivos estratégicos expostos e que se irão implementar de forma faseada até ao final da concessão é o que sintetiza no fluxograma seguinte. SUSTENTABILIDADE - Ambiental, Social, Técnica e Económico-Financeira Sistema Integrado de RSU TMB/CVO Digestão Anaeróbia da Valorlis ATERRO SANITÁRIO ESTAÇÃO DE TRIAGEM (Automatizão) RETOMADORES Recicláveis CDR Composto Refugo Recicláveis Refugo UNIDADE DE VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA - Exploração ESTUDOS E PROJECTOS - Viabilidade e acções complementares Figura 25 Modelo de Intervenção A CVO por digestão anaeróbia possuirá 2 digestores com capacidade unitária de ton/ano. No futuro, está previsto no PERSU II, que a unidade seja ampliada para ton/ano. Ambos os digestores produzirão composto, combustível derivado de resíduos (CDR), e energia eléctrica para injecção na rede eléctrica nacional. Com a digestão anaeróbia dos RUB em detrimento da sua deposição em aterro, os gases resultantes da acção microbiana na ausência de oxigénio, são aproveitados, reduzindo-se a respectiva emissão com potencial efeito de estufa que lhe está associado. Embora no aterro sanitário de Leiria seja actualmente efectuada a captação e encaminhamento das emissões para queima e valorização energética, existe sempre emissão difusa de gases que não é possível evitar senão com o desvio de RUB de aterro. De referir ainda que, para além dos aspectos acima mencionados, a CVO vem assegurar um destino alternativo adequado para os resíduos biodegradáveis, indo de encontro aos objectivos da Directiva Aterros e das metas de redução de RUB em aterro. PAPERSU 46

48 Por outro lado, há a produção de materiais de valor acrescentado, com benefício ambiental, aumentando o tempo de vida útil da capacidade de encaixe do aterro sanitário. Assim, o novo modelo conceptual promove a sustentabilidade da gestão integrada dos resíduos do sistema. Os objectivos anteriormente explanados integram-se nas linhas orientadoras patentes no PERSU II, cujo envolvimento se enquadram nos Eixos Estratégicos que se assinalam no Quadro 7. Quadro 5 Eixos estratégicos PERSU II EIXO II Sensibilização/Mobilização dos cidadãos Sensibilidade dos cidadãos e dos agentes Apelo ao dever de cidadania individual e social EIXO III Qualificação e optimização da gestão de resíduos Medida 2: Sustentabilidade dos sistemas de gestão de RSU Medida 3: Envolvimento dos sistemas na prossecução da estratégia Medida 4: Reforço dos sistemas ao nível de infra-estrutura e equipamentos Medida 5: Reforço da Reciclagem EIXO IV Sistema de Informação como pilar de gestão de RSU Centralização da informação sobre gestão de RSU PAPERSU 47

49 5. Pressupostos e Objectivação 5.1. Pressupostos gerais As metas de referência, os dados de base e os pressupostos e premissas assumidas para a definição e dimensionamento das soluções de intervenção associadas ao cumprimento das metas e objectivos pretendidos são fundamentalmente as que se apresentam em seguida. (i) Crescimento da População A taxa de crescimento da população afecta ao Sistema multimunicipal da Alta Estremadura é de 1,5%, tendo por base a análise dos Censos da População Residente 1991/2001 e as estimativas provisórias intercensitárias da população residente nos 6 municípios que integram a VALORLIS. (ii) Produção de resíduos indiferenciados Considerou-se que os resíduos recolhidos indiferenciadamente terão a taxa de crescimento constante do PERSU II, como se pode verificar no Quadro 6. Quadro 6 Taxa de crescimento de RSU PERSU II vs EVEF % Tx do EVEF 1,3 1,0 0,6 0,2-0,1 0,0 0, ,0 Tx do PERSU II 1,3 1,0 0,6 0,2-0,1-0,8-1,0 (*) Estudo de Viabilidade Económico-financeira (iii) Produção de resíduos recolhidos selectivamente Relativamente aos resíduos recolhidos selectivamente dever-se-á considerar os seguintes fluxos: Recolha Selectiva multimaterial: Vidro, Papel/cartão e Embalagens; Recolha Selectiva de Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB); Recolha Selectiva de outros fluxos: Madeira, Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE), Pilhas e Sucatas. PAPERSU 48

50 Para a recolha selectiva multimaterial adoptaram-se as taxas de crescimento calculadas para o necessário contributo do cumprimento, até 2011, das metas da Directiva Embalagens. Entre 2011 e 2014 considerou-se uma taxa média de crescimento nula para a recolha selectiva multimaterial. Relativamente a outros fluxos valorizáveis e de acordo com o histórico da empresa, considera-se uma taxa de crescimento constante. (iv) Composição física dos RSU Em sede do presente plano a composição física dos RSU mantém-se constante para o horizonte deste PAPERSU. Contudo as novas campanhas de caracterização que serão desenvolvidas de acordo com a periodicidade e frequência propostas nas orientações do PERSU II poderão conduzir a algumas correcções posteriores. (v) Metas Temporais - Vertente jurídica/legislativa Importa dar cumprimento às metas de valorização e reciclagem de embalagens (directiva Embalagens) pela VALORLIS, bem como às metas de desvio de RUB em aterro (Directiva Aterros), fixadas na legislação e patentes no Quadro 4 Metas de desvio de RUB e de Embalagens e RE de Embalagem Origem dos resíduos (i) Recolha Indiferenciada A recolha indiferenciada dos RSU é uma actividade da responsabilidade dos municípios. Os resíduos recolhidos indiferenciadamente são transportados para o aterro sanitário que serve este Sistema multimunicipal. Os RSU provenientes de Porto de Mós, Batalha, Ourém e Pombal são encaminhados o aterro sanitário via estação de transferência localizada no próprio município. PAPERSU 49

51 (ii) Recolha Selectiva O sistema de Recolha Selectiva implantado na VALORLIS realiza-se com base na recolha dos materiais depositados de forma voluntária pela população nos ecopontos e nos ecocentros. São recolhidos selectivamente nos vários ecopontos distribuídos pelos municípios e nos 4 ecocentros os materiais potencialmente valorizáveis (vidro, papel/cartão e embalagens plásticas e de metal), bem como outros fluxos com potencial e anteriormente identificados. A partir de 2015 a VALORLIS passará a realizar a recolha selectiva de materiais orgânicos e biodegradáveis (RUB) na quantidade que lhe é devida, dentro do enquadramento estabelecido para entrega de RUB na sua CVO Produção expectável de resíduos De acordo com os pressupostos definidos anteriormente e com base no Estudo de Viabilidade Económico-Financeira elaborado pela VALORLIS, a estimativa de produção de resíduos até 2016, por origem e tipologia, é a que se apresenta no Quadro 7. Quadro 7 Estimativa de produção expectável de resíduos RSU INDIFERENCIADO RECOLHAS SELECTIVAS TOTAL Em 2015 a unidade de valorização orgânica será remodelada por ampliação da sua capacidade Objectivação do Modelo de Intervenção (i) Desvio de Resíduos Urbanos Biodegradáveis de Aterro As metas estabelecidas pelo Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio, dizem respeito à fracção da quantidade total de resíduos urbanos biodegradáveis que podem ser depositadas em aterro, tendo como referência os valores registados de 1995, com aplicabilidade entre 2006 e PAPERSU 50

52 Para se atingirem estas metas nacionais, através do desvio de resíduos urbanos biodegradáveis de aterro, foi definida a ENRRUBDA em consequência das obrigações previstas na Directiva n.º 1999/31/CE do Conselho, de 26 de Abril, relativa à deposição de resíduos em aterro. Esta directiva, além de regular a deposição em aterro, estabelecia os princípios orientadores e metas a pôr em prática para a redução dos resíduos destinados a aterro, designadamente: A intervenção ao nível dos processos de fabrico e compostagem em pequena escala de forma a reduzir a produção de resíduos na fonte; A promoção da recolha selectiva nos ecopontos e ecocentros e também a promoção da recolha selectiva porta-a-porta; A valorização orgânica por processos aeróbios, processos anaeróbios e com prétratamento mecânico. Por outro lado, a ENRRUBDA e o PIRSUE definiram agrupamento e localização de instalações de tratamento e valorização a construir pelos Sistemas Multimunicipais, tendo por base os seguintes princípios: Regionalização dos objectivos pelo envolvimento de todos os sistemas, quanto possível, no cumprimento dos objectivos nacionais da directiva aterros; Associação de diversos sistemas para partilha de instalações comuns; Funcionamento das instalações a construir com base na recolha selectiva de RUB. Contudo, os estudos de base à implementação de sistemas de recolha selectiva de RUB apontaram para dificuldades na garantia da recolha selectiva dos quantitativos propostos pelo que a estratégia foi revista salvaguardando-se, de um modo geral, os princípios estratégicos de desvio de RUB de aterro (Fonte: PERSU II). Nesta sequência, os vários planos de gestão de resíduos e, mais recentemente o PERSU II prevêem a implantação de centrais de valorização orgânica para a fracção de RSU recolhida indiferenciadamente de forma a cumprir as metas de desvio de aterro previstas para 2009 e PAPERSU 51

53 (ii) Reciclagem e Valorização de Embalagens Com a publicação da legislação que regula a gestão do fluxo das embalagens e resíduos de embalagens 7 há a necessidade de implementar políticas de gestão de resíduos de embalagens de forma a fomentar a sua valorização em detrimento da sua deposição final em aterro. A reciclagem de resíduos de embalagens, a sua reutilização e/ou valorização são medidas que reduzem o potencial de resíduos a levar a tratamento e/ou destino final. Também neste pressuposto e na sequência da entrada em funcionamento da unidade de valorização orgânica neste Sistema, a produção de materiais recicláveis na linha do tratamento mecânico promoverá um forte contributo para o cumprimento das metas pretendidas. Paralelamente o incremento do número de ecopontos distribuídos poderá potenciar o desvio de embalagens para reciclagem após a respectiva Triagem e acondicionamento para entrega à sociedade gestora SPV. (iii) Valores a assumir no Modelo de Intervenção Tal como exposto nos pontos anteriores, o sistema multimunicipal da VALORLIS terá de dar cumprimento às Directivas Comunitárias de desvio de RUB de aterro e de reciclagem de embalagens. Neste sentido, apresentam-se nos Quadros seguintes os valores de desvio de RUB de aterro bem como os valores da objectivação que a VALORLIS se propõe cumprir até 2011, sendo que a partir desta data os mesmos poderão ser alterados após revisão atempada. Quadro 8 Valores de desvio de RUB de aterro DESVIO DE RUB DE ATERRO Putrescíveis Papel/cartão (da recolha selectiva) Directiva 94/62/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro, transposta pelo Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, Decreto-Lei n.º 407/98, de 21 de Dezembro e Portaria n.º 29-B/98, de 15 de Janeiro, alterado pela Directiva n.º2004/12/ce PAPERSU 52

54 Quadro 9 Valores Objecto para o cumprimento das metas de reciclagem RECOLHA SELECTIVA MULTIMATERIAL + RECICLÁVEIS DA CVO Fluxo Embalagem Vidro Papel/cartão Plásticos ECAL Metais ferrosos Metais não ferrosos Fluxo Não Embalagem Papel/cartão não embalagem PAPERSU 53

55 6. Acções a Desenvolver 6.1. Dinamização da Recolha Selectiva Multimaterial A dinamização da recolha selectiva a promover pela VALORLIS será suportada no aumento da rede de ecopontos que serão disponibilizados para aumentar a colaboração que se pretende da população. Paralelamente será feito um esforço no desenvolvimento de campanhas de informação, de acções de sensibilização e de educação ambiental da população em geral e, em particular, da escolar. Nas acções de sensibilização a efectuar, a VALORLIS pretende ir mais além do que o apelo à separação para reciclagem, procurando cativar à redução dos resíduos na fonte e, quando tal não for possível, à sua reutilização. Nesta sequência a colocação dos materiais recicláveis nos ecopontos aparece em seguida, sendo esta uma opção a tomar em qualquer circunstância. Na sequência da expansão da rede de ecopontos e das acções a dinamizar para cativar a colaboração da população neste domínio, espera-se que tendencialmente o número de habitantes a aderir à separação multimaterial das embalagens sofra um incremento, facto que originará a necessária intervenção da VALORLIS na eventual readaptação e optimização dos circuitos de recolha selectiva, dos meios humanos e dos meios materiais. Em síntese as acções a dinamizar serão: Expansão da rede de ecopontos e respectivos meios de recolha; Campanhas de informação, acções de sensibilização e de educação ambiental da população em geral e, em particular, da escolar; Readaptação e optimização dos circuitos de recolha selectiva Dinamização da Recolha Selectiva de orgânicos A partir de 2015, de acordo com o definido no PERSU II, está previsto que a VALORLIS e a RESIOESTE direccionem para a CVO 5.000ton/ano de RUB objecto de recolha selectiva, em cada um dos respectivos sistemas multimunicipais. PAPERSU 54

56 Neste contexto, foi desenvolvido em 2006 de forma articulada com os Municípios e com o Sistema multimunicipal da RESIOESTE, um primeiro estudo que permitiu a identificação dos locais com o potencial de produção de resíduos orgânicos (RO). Este estudo do potencial de produção de resíduos orgânicos incidiu em todo o universo geográfico da VALORLIS e da RESIOESTE, isto é, junto dos produtores de resíduos orgânicos e verdes, designadamente, estabelecimentos de hotelaria, restauração e cafetaria. O destino actual dos quantitativos de resíduos orgânicos e verdes é a alimentação animal e a sua colocação no contentor de RSU. De acordo com o estudo verifica-se que actualmente não é viável a implementação de um sistema sustentável de recolha selectiva de orgânicos. Não só pelos destinos que este tipo de resíduos actualmente têm, como pela dispersão dos locais de recolha. No entanto esta análise deverá ser refeita tendo em conta a perspectiva de ampliação da Central de Valorização Orgânica em 2015 sendo necessário definir ainda algumas questões como: Definição de contentores e sacos para deposição selectiva no interior dos estabelecimentos, ou de contentores para deposição selectiva no exterior com capacidades adaptadas aos diversos tipos de Produtores; Organização de circuitos específicos de recolha selectiva incluindo definição da frequência de recolha e do horário da mesma; Definição de campanhas de comunicação e sensibilização junto dos produtores Estação de Triagem A Estação de Triagem da VALORLIS recebe os resíduos recolhidos selectivamente nos ecopontos e ecocentros bem como os resíduos provenientes da recolha porta-a-porta. A triagem destes materiais é efectuada nesta unidade manualmente, sendo apenas separados de forma automática, com recurso a electroíman, os materiais ferrosos. Neste contexto e face ao previsível aumento das quantidades de material recolhido selectivamente para a contribuição nas metas de reciclagem estabelecidas, importa intervir nesta estação de triagem de forma a aumentar a sua capacidade de processamento e eficiência de funcionamento. PAPERSU 55

57 Como a actual operação de separação/triagem é efectuada de forma manual, o aumento da capacidade de processamento obriga a que este método, mais moroso e menos eficiente, seja objecto de intervenção para melhorar os rendimentos pretendidos. Assim, está previsto que fazendo recurso a equipamentos de separação automática, a VALORLIS irá reestruturar a linha de triagem das embalagens (plásticas e de metal) recolhidas, introduzindo nesta operação equipamentos que permitam garantir um maior processamento horário, nomeadamente: aspirador de filme plástico e separadores ópticos, entre outros. Assim, à entrada da linha do processo serão retirados os filmes por aspiração, e, em sequência, com a presença de separadores ópticos, serão separados automaticamente os materiais PET, PEAD e embalagens mistas. Estas últimas serão ainda em seguida encaminhadas para o tapete manual onde se torna possível recuperar PVC, PP, PES e outros. No que respeita ao fluxo das embalagens de papel cartão, este é separado através de triagem negativa, onde manualmente são retirados quer os contaminantes quer outros materiais que podem ser reencaminhados para a triagem das embalagens, nomeadamente filme plástico. Nesta conformidade os investimentos previstos reportam à implementação da solução técnica com suporte nas melhores tecnologias disponíveis ao nível da tecnologia automatizada. Procura-se assim garantir o máximo do aproveitamento dos materiais de acordo com características previstas nas especificações técnicas da SPV, bem como dar resposta adequada ao crescimento previsto das recolhas selectiva e multimaterial. Em síntese as acções a dinamizar serão: Reestruturação da estação de triagem com a implementação de solução técnica com suporte nas melhores tecnologias disponíveis ao nível de equipamentos automatizados Central de Valorização Orgânica A CVO está projectada para o tratamento biológico de toneladas de RUB por ano durante a 1ª fase, até PAPERSU 56

58 Numa segunda fase, em 2015, proceder-se-á à ampliação da capacidade de tratamento biológico para mais ton/ano de resíduos biodegradáveis (RUB), ficando a CVO com uma capacidade total de processamento de ton/ano. Nesta central o processamento dos resíduos inicia-se pela recepção dos resíduos em átrio de descarga, ao qual se seguem duas etapas distintas: uma etapa inicial de tratamento mecânico e uma segunda etapa de tratamento biológico, ou seja: (i) Tratamento mecânico O tratamento mecânico consiste na separação dos resíduos indiferenciados na fracção de recicláveis, fracção dos orgânicos e da fracção resto, após as várias fases de separação automática realizadas por equipamentos adequados para o efeito. Os materiais recicláveis têm como destino o respectivo armazenamento e enfardamento para posterior envio para reciclagem, os materiais rejeitados por serem inadequados ao processo de digestão anaeróbia mas com poder calorífico são encaminhados para posterior valorização energética (CDR), e, a fracção restante sem qualquer valorização segue para confinamento em aterro sanitário. (ii) Tratamento biológico O tratamento biológico dos resíduos biodegradáveis separados após o tratamento mecânico assenta nas seguintes etapas: Preparação e acondicionamento do substrato biodegradável (Pulpers); Bio-metanização em digestores anaeróbios (2 x ton/ano); Desidratação do produto resultante da bio-metanização; Pré-Compostagem em ambiente fechado do material digerido desidratado, com arejamento forçado; Pós-Compostagem em parque aberto (mas coberto) para maturação e estabilização biológica do material compostado, obtendo-se o respectivo composto orgânico; Afinação do composto final onde este é sujeito a operação de crivagem para remoção de materiais inertes, vidros, plásticos e outros ainda remanescentes. No que se refere ao biogás produzido no processo de digestão anaeróbia, este é objecto de desumidificação e armazenamento em Gasómetro com o objectivo de estabilizar a qualidade e PAPERSU 57

59 quantidade que permita assegurar uma alimentação regular ao Centro Electroprodutor do sistema de aproveitamento energético do biogás. Este Centro Electroprodutor congrega, não só o sistema tradicional de produção de energia por motores de combustão, como lhe será acrescentado um conjunto de pilhas de Hidrogénio (projecto AGNI) que lhe permitirá incrementar o potencial energético em mais 50%. A solução híbrida apresenta como principais componentes as pilhas de combustível, as quais são responsáveis pela conversão electroquímica de hidrogénio em electricidade, o reformador de vapor responsável pela transformação do metano contido no biogás em hidrogénio, o purificador, responsável por purificar o hidrogénio a um nível de pureza aproximado a 99,99% e, os motores de combustão interna que convertem o biogás em energia eléctrica e libertam calor, utilizado no processo de reformação por vapor. Figura 26 - Esquema de uma Pilha de Hidrogénio Desta forma, a VALORLIS incrementa o seu contributo na geração de recursos energéticos com base em energias renováveis. Esta CVO está localizada em área adjacente ao futuro novo aterro sanitário da VALORLIS, próximo das suas actuais instalações. PAPERSU 58

60 Deste modo o aproveitamento do mesmo espaço para implantação de várias infra-estruturas de gestão de resíduos resulta numa partilha de recursos, quer humanos quer físicos, dentro da sustentabilidade que se pretende garantir. Em síntese as acções a dinamizar serão: Construção de uma unidade de valorização orgânica para produção de composto, biogás para energia eléctrica e recicláveis. PAPERSU 59

61 6.5. Compostagem Doméstica Em 2005 VALORLIS desenvolveu um projecto-piloto de Compostagem doméstica nas escolas, no qual participaram 14 estabelecimentos de ensino. Para o desenvolvimento do projecto foram oferecidos às escolas compostores, ferramentas, e plantas que permitiram construir pequenas hortas biológicas, onde foi utilizado o composto produzido. Os professores das escolas participantes no projecto receberam formação teórico-prática, sobre Compostagem e Agricultura Biológica. avaliar todo o projecto. Na sequência do sucesso desta iniciativa a VALORLIS avançou em 2007 com um projecto mais alargado de Compostagem Doméstica. Numa primeira fase, com base num estudo elaborado pelo Instituto Politécnico de Leiria (IPL), serão entregues compostores a munícipes dos seis concelhos da Alta Estremadura que habitem em moradias dotadas de espaço exterior e que, para esse efeito, façam a sua inscrição e frequentem uma acção de formação. A distribuição dos compostores será feita através da Juntas de freguesia identificadas no estudo do IPL, sempre associadas a acções de formação e sensibilização. Foi desenvolvida uma base de dados de acesso via Internet que permitirá acompanhar a distribuição e utilização dos equipamentos, bem como Paralelamente foram convidadas todas as escolas da região a participar no projecto. A compostagem doméstica permitirá valorizar toneladas anuais de resíduos urbanos biodegradáveis. PAPERSU 60

62 Este projecto será objecto de um acompanhamento contínuo de forma a assegurar o seu sucesso, dependendo a expansão deste sistema de valorização dos resultados que se vierem a obter. Em síntese as acções a dinamizar neste domínio passam por; Dinamizar a compostagem caseira nas zonas de intervenção seleccionadas, fornecendo compostores à população a servir até ao horizonte temporal do presente plano, num total estimado de cerca de compostores Aterro Sanitário O aterro sanitário da VALORLIS actualmente em exploração possui uma vida útil que se prevê esgotar em Para evitar a rotura do sistema de destino final dos RSU, após elaboração do projecto de execução e respectiva aprovação pelas entidades responsáveis, foi lançado o concurso público internacional para a sua construção faseada, tendo esta obra sido iniciada em Agosto de Este novo aterro desenvolve-se num terreno localizado em zona frontal do actual, encontrando-se em vias de conclusão da 1.ª célula, das três projectadas. Deste modo, a exploração desta célula permitirá garantir o destino final adequado dos RSU bem como dos refugos da CVO, a partir do momento que entre em operação. Com este novo aterro a VALORLIS garante a deposição dos resíduos sólidos urbanos até final da sua concessão. Em síntese as acções a dinamizar neste domínio passam por: Em 2008, far-se-á o arranque em exploração da 1.ª célula do novo aterro; Em 2010 lançamento das obras respeitantes à construção da 2ª célula de confinamento técnico do novo aterro sanitário; Em 2015 lançamento das obras respeitantes à construção da 3ª célula de confinamento técnico do novo aterro sanitário; No final da concessão proceder-se-á às respectivas obras de encerramento e selagem; PAPERSU 61

63 Paralelamente com a conclusão da 1ª célula realizar-se-á a ligação dos drenos de biogás para valorização energética. PAPERSU 62

64 7. Analise Económico-Financeira 7.1. Investimentos Para o período (a preços correntes), estão previstos cerca de 30 milhões de euros de investimento, dos quais 23 milhões relativos a Investimentos Estruturais. O investimento em Valorização Orgânica e Recuperação Selectiva de materiais ascende a cerca de 20 milhões de euros, 87% do total de Investimentos Estruturais Investimentos Estruturais Valorização Orgânica Triagem e Recolha Selectiva Estações de Transferência Aterros Sanitários A. Energético de Biogás Outros SUBTOTAL Investimentos de Substituição Valorização Orgânica 0 Triagem e Recolha Selectiva Estações de Transferência Aterros Sanitários A. Energético de Biogás Outros 0 SUBTOTAL TOTAL Financiamento Para o período (a preços correntes), está previsto o recurso a dívida bancária de médio e longo prazo num valor médio de 12 milhões de euros, 7,4 milhões de euros com recurso ao BEI e 5 milhões de euros com recurso à banca comercial, bem como o recurso a dívida bancária de curto prazo num valor médio de 4 milhões de euros. É expectável o recebimento de subsídios a fundo perdido num montante de 7,1 milhões de euros e não se PAPERSU 63

65 prevê aumentos de capital social. Face ao ano 2007, em 2016 verifica-se um acréscimo de cerca de 3,5 milhões de euros no endividamento bancário. Média Variação Dívida bancária de médio e longo prazo BEI Banca Comercial Dívida bancária de curto prazo Aumento de Capital Social 0 0 Subsídios a fundo perdido - recebimentos TOTAL Tarifas A tarifa prevista para o ano 2008 é de 32,20 /ton.. Para o período , estima-se uma tarifa média de 37,83 /ton., a preços de 2008, o que representa um acréscimo de 5,63 /ton., 17%, face a O custo médio da Valorização Orgânica para o período (a preços de 2008), é de 9,51 /ton (de RSU), o que representa 25% do valor da tarifa média do período. Descrição /ton. - preços de 2008 Tarifa em ,20 Tarifa média ,83 Acréscimo face a ,63 Acréscimo face a % 17% Custo médio V. Orgânica ,51 Custo médio V. Orgânica % 25% 7.4. Demonstrações Financeiras Apresentam-se, de seguida, as Demonstrações de Resultados e Balanços para o período (valores em euros). PAPERSU 64

66 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Descrição Valores em euros Proveitos Operacionais Vendas - Recolha Selectiva Venda de Energia Prestações de Serviços - Municipais Prestações de Serviços - RESIOESTE Proveitos suplementares - Comparticipação RESIOESTE Custos Operacionais CMVMC Matérias-primas Matérias diversas FSE Subcontratos Electricidade Combustíveis Água Ferramentas e utensílios de desgaste rápido Livros e documentação técnica Material de escritório Artigos de oferta Rendas e alugueres Despesas de representação Comunicação Seguros Transportes de mercadorias Deslocações e estadas Honorários Contencioso e notariado Conservação e reparação Publicidade e propaganda Limpeza, higiene e conforto Vigilância e segurança Trabalhos especializados Outros FSE Impostos IRAR Impostos Indirectos / Directos Pessoal Outros Custos Operacionais Amortizações do Exercício Resultados de operacionais Custos Financeiros Proveitos financeiros Proveitos extraordinários Resultados antes de impostos Impostos sobre o rendimento (IRC e Derrama) Resultados líquidos do exercício PAPERSU 65

67 BALANÇO Descrição Valores em euros ACTIVO Imobilizado Líquido Imobilizado incorpóreo Imobilizado corpóreo Imobilizado em curso Investimentos Financeiros Fundo de Reconstituição do Capital Social Fundo de Renovação Outros Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Acréscimos e Diferimentos Acréscimo de Proveitos - Impostos Diferidos Acréscimo de Proveitos Custos Diferidos Existências Líquidas Existências Provisões para depreciação de existências Créditos a Curto Prazo Clientes Provisões Clientes de Cobrança Duvidosa Adiantamentos a fornecedores de imobilizado Estado e out. ent. públicos Subscritores de Capital Outros devedores Fundos Comunitários Disponibilidades Caixa Aplicações financeiras de excessos de tesouraria TOTAL DO ACTIVO BALANÇO Descrição Valores em euros CAPITAL PRÓPRIO Capital social Prestações Suplementares / Acessórias Reservas legais Outras reservas Resultados transitados Resultado do exercício Total do Capital Próprio PASSIVO Dívidas de médio e longo prazo Divida bancária de médio e longo prazo BEI Banca Comercial Divida subordinada accionista Por desembolsos Por capitalização de juros Dívida às Autarquias 0 Passivo circulante Empréstimos bancários de curto prazo Fornecedores Fornecedores de imobilizado Outros Credores Estado e outros entes públicos Accionistas 0 Provisões para Riscos e Encargos Outros passivos Proveitos Diferidos Acrescimos de Custos Total do Passivo TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO PAPERSU 66

68 8. Planeamento As acções programáticas que a VALORLIS se propõe efectuar têm por base o cumprimento dos objectivos e das metas de desvio de resíduos de aterro definidos nas linhas de orientação do PERSU II, bem como a Directiva Embalagens. Assim, apresenta-se o respectivo planeamento para efectivar a contribuição dos compromissos assumidos neste plano, bem como a calendarização das mesmas para dar cumprimento aos referidos objectivos. Tendo em consideração o modelo actual do Sistema Multimunicipal da Alta Estremadura, apresenta-se no quadro seguinte a relação dos vectores de intervenção e os respectivos objectivos para a concretização das metas em referência nos respectivos instrumentos legais a que a VALORLIS se encontra sujeita no horizonte temporal de Quadro 10 Vectores de Intervenção Vector de intervenção Acções Objectivos Aterro Sanitário de Leiria Expansão/Construção do novo aterro Aproveitamento energético do biogás Concessão Valorização energética Valorização Orgânica, CVO Instalação da CVO para tratamento de de RUB (VALORLIS + RESIOESTE) Produção de CDR Valorização orgânica / desvio de RUB de aterro Valorização energética Compostagem Doméstica Instalação de compostores domésticos Valorização orgânica / desvio de RUB de aterro Recolha Selectiva de orgânicos Grandes produtores Desvio de RUB do aterro Recolha Selectiva Reforço da rede de recolha Expansão do número de Ecopontos Reforço dos meios logísticos Reciclagem Recolha selectiva porta-a-porta Continuidade do sistema de recolha selectiva Reciclagem Estação de Triagem Automatização da linha de triagem e ampliação do edifício Valorização multimaterial Caracterização física de RSU Realização de uma campanha bianual PERSU II Sensibilização ambiental Sistema de Informação geográfica Incremento das acções e recurso a meios móveis de informação da população Recurso a sistemas integrados de informação online ou outros Reciclagem Optimização da gestão PAPERSU 67

69 Atendendo aos objectivos fixados e expostos neste PAPERSU, o modelo de intervenção a dinamizar neste Sistema Multimunicipal da Alta Estremadura no âmbito de um novo paradigma para os resíduos e num horizonte tão curto até 2016, as dificuldades que se afiguram são elevadas. Dentro de um equilíbrio de sustentabilidade e obrigações que a VALORLIS sempre assumiu na elaboração deste PAPERSU, apresenta-se no quadro seguinte a relação dos objectivos a concretizar e o horizonte temporal expectável para o seu cumprimento, independentemente do acompanhamento contínuo que será efectuado e que poderá introduzir algumas correcções ou acertos de notória importância. Quadro 11 Horizonte Temporal Intervenção Prazo Situação actual ASL CVO Expansão/Construção 2021 Em construção Aproveitamento energético do biogás Instalação da CVO Em curso Consignação (arranque da obra) Produção de CDR -- Em estudo Compostagem doméstica Instalação de compostores domésticos 2009 Iniciada a 1.ª fase de distribuição junto da população RS Orgânicos Grandes produtores 2015 Em estudo RS Reforço da rede, expansão do n.º de Ecopontos e reforço dois meios logísticos Em curso RPP Continuidade do sistema Em estudo Estação de Triagem Automatização da linha de triagem 2008 Em fase de preparação do concurso Caracterização de RSU Sensibilização ambiental Campanhas bianuais -- Em curso Incremento das acções Em curso Sistema de Informação geográfica Recurso a sistemas integrados -- Em curso PAPERSU 68

70 9. Enquadramento nos Eixos Estratégicos do PERSU II Tendo presente as linhas orientadoras constantes no PERSU II (não descurando o PIRSUE e demais legislação em vigor), o modelo de intervenção que suporta as estratégias de gestão de resíduos a serem postas em prática pela VALORLIS, S.A. têm acolhimento, de uma forma geral, nos princípios que constam dos eixos estratégicos que se enquadram com a actividade deste sistema multimunicipal Eixo II: Sensibilização A aplicação de medidas de sensibilização ambiental para separação dos resíduos junto da população em geral, escolar em particular e junto dos agentes económicos, são um factor chave para se conseguirem cumprir os objectivas e metas de valorização e reciclagem. Esta sensibilização tem como objectivo o fornecimento de informação completa e integrada sobre a sustentabilidade dos sistemas de gestão de RSU como pilar para o seu funcionamento e prestação de serviços à população, em linha com o novo paradigma dos resíduos que se coloca à VALORLIS. A par da sensibilização ambiental, será feito um esforço no sentido de apelar aos cidadãos para a redução da produção de resíduos, para maximizar a reutilização e a reciclagem dos produtos finais Eixo III: Qualificação e Optimização da Gestão de Resíduos Este eixo prevê várias medidas de actuação por forma à implementação das bases estratégicas para a gestão de resíduos. Medida 1: Optimização dos sistemas de gestão de RSU A reconfiguração por agregação espacial de sistemas de gestão de RSU, abordada também na ENRRUBDA e no PIRSUE, é uma forma de optimizar os sistemas com base em critérios de eficiência, promovendo-se sinergias e economias de escala a par de uma eficácia da gestão de recursos. No que se refere à VALORLIS, e para dar cumprimento à valorização orgânica de RUB e ao desvio destes de aterro tal como PAPERSU 69

71 preconizado no PERSU II, esta construirá a unidade de valorização orgânica que irá servir também o Sistema Multimunicipal do Oeste, a RESIOESTE. Medida 2: Sustentabilidade dos sistemas de gestão de RSU A sustentabilidade de um sistema de gestão assenta na implementação de um sistema tarifário adequado e que traduza a realidade do sistema. A tarifa da VALORLIS, tal como nos sistemas multimunicipais, é aprovada pelo concedente sendo a actividade da VALORLIS regulada pelo Instituo Regulador de Água e Resíduos (IRAR), protegendo os interesses dos utilizadores através da garantia do equilíbrio dos tarifários adequados. Medida 3: Envolvimento dos sistemas na prossecução da estratégia O envolvimento dos sistemas de gestão na prossecução das linhas de orientação patentes no PERSU II tem como finalidade a uniformização da estratégia de gestão entre todos os sistemas. Assim, a elaboração do plano de acção ao PERSU II, onde são apresentadas as estratégias definidas por cada sistema de forma a dar cumprimento ao preconizado pelo PERSU II e pelo regime legal de gestão de resíduos (Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro), será uma medida a pôr em prática. O plano de acção a ser desenvolvido por cada sistema consiste no PAPERSU e traduz-se no presente documento. Medida 4: Reforço dos sistemas ao nível de infra-estrutura e equipamentos O PERSU II prevê o reforço dos sistemas em infra-estruturas e equipamentos de suporte às operações de gestão, como a recolha dos resíduos, a sua separação ou deposição. Assim, além de todas as áreas de actuação a serem postas em prática pela VALORLIS e já explanadas neste documento, é de ter especial atenção à questão da amostragem realizada aos resíduos, para a qual foi definida a metodologia para garantir a fiabilidade na comparação de valores de produção e qualidade de RSU. Assim, o PERSU II propõe uma metodologia de caracterização física e triagem manual dos resíduos a ser adoptada pelos sistemas. Neste sentido, a VALORLIS efectuará duas campanhas anuais, uma em tempo seco e outra em tempo húmido, de caracterização física dos resíduos produzidos no âmbito do sistema. PAPERSU 70

72 Outra via de actuação será o reforço na recolha selectiva multimaterial, ao nível da recolha porta-a-porta, da recolha por ecopontos e ecocentros. No caso particular da recolha porta-a-porta a VALORLIS procurará desenvolver as acções que possam resultar dos necessários estudos de viabilidade que possam eventualmente incrementar esta intervenção em áreas específicas que o justifiquem. No que respeita à recolha selectiva de RUB esta será alvo de estudos mais aprofundados e será dinamizada a partir de 2015 para um montante de 5.000ton/ano (quantidade a ser recolhida no universo da VALORLIS) para entrega na CVO anteriormente descrita. No que respeita à Estação de Triagem, a intervenção prioritária far-se-á ao nível da automatização da linha de triagem e na aposta da formação dos operadores e funcionários em geral, de modo a permitir um aumento na capacidade de processamento e a optimização das operações de triagem multimaterial. Esta intervenção para a automatização da linha de triagem das embalagens plásticas e de metal encontra-se actualmente em fase de preparação do processo de concurso. Outra linha de actuação é a valorização por digestão anaeróbia de RUB provenientes de RSU. A CVO projectada para servir a VALORLIS e RESIOESTE, encontra-se em fase de construção estando projectada para o tratamento biológico de ton/ano de RUB durante a 1ª fase, até 2014,. Numa segunda fase, em 2015, será efectuada a ampliação da capacidade de tratamento biológico para mais ton/ano de resíduos biodegradáveis (RUB), ficando a CVO com uma capacidade total de processamento de ton/ano. Nesta CVO torna-se possível a recuperação de materiais recicláveis para reciclagem, a obtenção de CDR para valorização energética, Composto Orgânico para aplicação no solo e o aproveitamento energético do biogás produzido. Desta forma, a CVO contribuirá para o alcance dos objectivos de reciclagem das embalagens e desvio de RUB de aterro bem como a diminuição de emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera. A qualificação dos recursos humanos, a par com a adopção de novas tecnologias, será indispensável para garantir o êxito das acções a implementar. A Formação dos Recursos Humanos da empresa e eventualmente de outros intervenientes no Sistema de Gestão Integrado da VALORLIS (Municípios, prestadores de serviços, ) obedecerá a um planeamento anual de cursos de formação de longa e curta duração. Procurar-seá que todos os intervenientes sejam fortemente motivados e esclarecidos sobre as opções e práticas a desenvolver de forma a atingir os objectivos pretendidos. PAPERSU 71

73 Medida 5: Reforço da Reciclagem Na sequência da obrigação associada ao desvio de resíduos biodegradáveis de aterro e as metas impostas para os resíduos de embalagem, torna-se necessário desenvolver linhas de actuação que permitam incrementar e reforçar a reciclagem. Assim, a prioridade das acções a dinamizar passará pela maximização dos materiais recolhidos selectivamente, optimização dos circuitos de recolha, colocação de novos ecopontos associada a uma ampla informação, comunicação e acções de sensibilização junto do público-alvo, procurando a maximização dos quantitativos de resíduos a desviar da recolha indiferenciada. Eixo IV: Sistema de Informação como pilar de gestão de RSU A informação sobre a gestão de resíduos tem como suporte a base de dados centralizada pelo Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER) localizada em sede da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). A base de dados sendo de fácil utilização será carregada com informação actualizada prestada pelos operadores, nomeadamente a VALORLIS. Também com a publicação anual do relatório de gestão e contas a VALORLIS dá a conhecer a sua actividade relativa ao ano transacto Síntese Como síntese de tudo o exposto no presente Plano de Acção do Sistema Multimunicipal da VALORLIS, apresenta-se em seguida uma ficha do PAPERSU evidenciando os projectos por cada Eixo/Medida de actuação que serão alvo de implementação por parte do Sistema. Saliente-se o facto de não se enquadrarem neste PAPERSU todos as Eixos e Medidas constantes do PERSU II, uma vez que nem todos são passíveis de serem postas em prática pelo Sistema Multimunicipal. PAPERSU 72

74 PAPERSU - MAPA DE ACÇÕES TIPOLOGIA DO PROJECTO (x) PROJECTO (x) ACÇÕES OBJECTIVOS / JUSTIFICAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO Valorização Orgânica de RUB recolhidos selectivamente Instalação de unidades de valorização orgânica - Implementação de unidade de valorização orgânica (RUB) - desvio de RUB do Aterro Sanitário - metas UE; - produção de CDR e de energia eléctrica Reforço dos Sistemas de Recolha Selectiva Meios de deposição/recolha selectiva - Aquisição de Ecopontos e contentores específicos para Embalagens; - Reforço do Sistema de Informação Geográfica; - Reforço do Sistema digital de gestão de ecopontos; - Aquisição de contentores de RUB e de viaturas de recolha selectiva. - valorização de Embalagens - metas UE; - disponibilizar ao cidadão equipamentos de separação de RUB (contentores); - adequação de contentores específicos à recolha de determinados resíduos, por exemplo embalagens de cartão e plástico (contentores e auto-compactadores de grande volume); - adequação das viaturas de recolha aos crescimentos esperados para atingir as metas fixadas para as Embalagens e os RUB Logística da recolha selectiva - Implantação da recolha selectiva de orgânicos; - Ampliação da recolha porta-a-porta. - desvio de RUB do Aterro Sanitário - metas UE; - melhoria da cobertura da rede de recolha porta-a-porta Melhoria da Eficiência da Triagem Adaptação de Centrais de Triagem e novas instalações - Automatização de processos de separação na actual Central de Triagem, com reconfiguração do lay-out - Criação de novas áreas de armazenamento cobertas/descobertas - incremento da capacidade da Central de Triagem e armazenamento coberto dos materiais processados na mesma para fazer face ao aumento esperado das Embalagens a recolher para cumprimento das metas e responder às novas exigências/especificações dos retomadores; - aumento da capacidade de armazenamento em plataformas para o caso do vidro, REEE e pneus, tendo em vista o crescimento esperado nestas fileiras para cumprimento das metas definidas pela UE Promoção da Prevenção de Resíduos Compostagem caseira - Aquisição e distribuição de compostores caseiros - promoção da redução/valorização de RUB na origem; produção de composto VS redução de adubos "químicos" na agricultura; Sensibilização e educação para a - Criação de instrumentos e execução de acções de sensibilização direccionadas para a prevenção e - sensibilização ambiental; prevenção valorização caseira dos resíduos orgânicos - instrução dos cidadãos sobre boas práticas e para a correcta utilização dos equipamentos Mobilização dos cidadãos para melhoria do comportamento ambiental Sensibilização e educação - Criação de instrumentos e execução de acções de sensibilização integrados para a correcta gestão dos resíduos sólidos urbanos, para os diferentes públicos alvo, no sentido da redução da produção, correcta separação e encaminhamento para valorização em detrimento da opção de deposição em Aterro Sanitário - sensibilização ambiental para a Gestão Integrada dos Resíduos, política de 3 R s; - redução do refugo de Embalagens (por deficiente separação), que origina problemas de esgotamento precoce da capacidade dos Ecopontos instalados, custos de transporte não desprezáveis na operação de Recolha Selectiva e custos de separação na Central de Triagem; - instrução dos cidadãos sobre boas práticas e para a correcta utilização dos equipamentos Qualificação dos Recursos Humanos Formação - Formação dos Recursos Humanos da Empresa e eventualmente de outros intervenientes no Sistema de Gestão Integrado da Valorlis (Municípios, prestadores de serviços, ) - Criação de Bolsa de Formadores entre os quadros da Empresa, na área da Gestão dos Resíduos - Aquisição de meios técnicos e de suporte ao processo de Formação - melhoria das competências pessoais e profissionais dos colaboradores da Valorlis (know-how), através de formação específica e direccionada; - motivação pessoal e profissional; - criação de valor; - adaptação a novos processos e às MTD disponíveis a implementar; - criação de activos humanos competitivos e de topo na área da Gestão dos Resíduos Sólidos; - qualificação dos intervenientes na cadeia de Gestão Integrada dos Resíduos Adopção das Melhores Tecnologias Disponíveis Projectos de inovação na área da recolha e valorização - Desenvolvimento, em parceria com instituições públicas e/ou privadas, do actual sistema de recolha e tratamento de informação da Recolha Selectiva de Embalagens - Adopção de sistema de recolha e tratamento de informação na Recolha Selectiva de RUB - Estudos e implementação de medidas de inovação nas áreas da valorização do biogás de Aterro e das emissões gasosas da unidade de digestão anaeróbia (sequestro de CO 2 e outros subprodutos) - Estudos e adopção de MTD na área da racionalização energética (utilização de combustíveis alternativos, aproveitamento de energia solar e térmica, substituição de tecnologia obsoleta por outra mais eficiente) - Estudos e implementação de MTD, na área do tratamentos dos lixiviados para melhoria da qualidade final do efluente a descarregar, dos resíduos inertes e resíduos D&C - melhoria do desempenho dos processos visados, tendo em vista a sustentabilidade: - ambiental - social - económica - competitividade - redução das emissões poluentes; - racionalização e redução do consumo de energia; - optimização de recursos; - simplificação de processos; - melhoria da qualidade e da clareza da informação obtida Aterros Sanitários Ampliação, Construção, encerramento e pós-selagem - Construção do Novo Aterro Sanitário de RSU - tratamento dos RSU; devolução dos espaços explorados à população; - integração paisagística; - Integração e arranjo paisagístico, com criação de áreas de lazer e "parque de energias renováveis" - promover o conhecimento do funcionamento de alguns sistemas que geram energia renovável (X) PERSU II - Quadro Investimentos Potencialmente Elegíveis no âmbito do QREN 2007 a 2013 PAPERSU 73

75 ANEXO Inquérito aos Municípios do âmbito geográfico da VALORLIS

76 Município de Ourém

77

78 Município de Leiria

79

80

81

82

83

84

85

86

87 Município da Batalha

88

89 Município da Marinha Grande

90

91 Município de Pombal

92

93

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