DIREITO PENAL III EXECUÇÃO PENAL REGIMES PRISIONAIS

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1 DIREITO PENAL III EXECUÇÃO PENAL A primeira fase é fixar o quantum de pena que o sujeito vai cumprir {dosimetria da pena}, a segunda fase é analisar se existe mais de um crime {concurso de crimes} e a terceira fase é verificar qual vai ser o regime inicial {execução penal}. Não quer dizer que ele vá cumprir todo o tempo em regime fechado, mas pode ser transferido para o aberto e posteriormente ao semi-aberto. O juiz na sentença fixa como que vai começar o cumprimento de pena dele. A definição de se a pena pode ser substituída ou não vai ser na fase de execução penal. REGIMES PRISIONAIS Se a pena for de detenção, só tem como iniciar com regime aberto ou semi-aberto, já na pena de reclusão, poderá ser iniciada com regime fechado, progredindo então para a semi-aberta e para a fechada. Art. 33. CP A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. 1o - Considera-se: a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; {art. 87 a 90 da LEP} b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; {art. 91 e 92 da LEP} c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. {arts. 93 a 95 da LEP} é normal que nesses casos, seja substituída a pena por alternativas. *2o - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; Critério meramente objetivo. 1

2 b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; Critério subjetivo e objetivo. c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. Critério subjetivo e objetivo. Acima de 4 e 8 anos de pena, não há regime aberto. 3o - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no artigo 59 deste Código. Com este parágrafo, poderá ser uma pena de 4 anos cumprida em regime semi-aberto, devido às circunstâncias do crime. Art O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade Para o regime fechado, é um critério apenas matemático - objetivo - quantidade de pena. Enquanto para os regimes abertos e semi-abertos, serão analisados tanto o 2º quanto o 3º - critério duplo o primeiro requisito subjetivo é reincidência, enquanto o segundo critério é o artigo 59, por própria definição legal. Sumula 269/STJ É admissível a adoção do regime prisional semi aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais. REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO - LEP Art. 52. LEP A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: I duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; II recolhimento em cela individual; III visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; IV o preso terá direito à saída da cela por duas horas diárias para banho de sol. 2

3 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade {discricionariedade do juiz}. 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. REGRAS DO REGIME FECHADO " Código Penal Art O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução. 1o - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno. 2o - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena. 3o - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. Lei de Execução Penal Art. 5o Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal. Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. Art. 7o A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo por dois chefes de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa da liberdade. Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do Serviço Social. Art. 8o O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. 3

4 Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. Art. 9o A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: I entrevistar pessoas; II requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do condenado; III realizar outras diligências e exames necessários. REGRAS DO REGIME SEMI ABERTO # Código Penal Art Aplica-se a norma do artigo 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime semi-aberto. {O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução}. 1o - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 2o - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. LEP 122 a 125 disciplina o direito a saída temporária do preso Lei de Execução Penal Art.113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo juiz. Art.114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: I estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; II apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no art. 117 desta lei. 4

5 Art.115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições gerais e obrigatórias: I permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; II sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; III não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; IV Comparecer a juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado. REGRAS DO REGIME ABERTO $ Código Penal Art O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. 1o - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. 2o - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada. {não vem sendo aplicado}. Lei de Execução Penal Art O juiz poderá modicar as condições estabelecidas de ofício, a requerimento do Ministério Público, da autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim o recomendem. Art Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: I condenado maior de setenta anos; II condenado acometido de doença grave; III condenada com lho menor ou de ciente físico ou mental; IV condenada gestante. 5

6 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS % Pena Alternativa É algo mais benéfico do que o regime aberto, porque a restrição de liberdade é muito menor. Sendo assim, quando for possível a substituição da pena pelas penas restritivas de direito, isso ocorrerá. Essa substituição ocorre em função dos inconvenientes do sistema carcerário: Contaminação do preso primário com a subcultura carcerária - escola de criminosos; Estigmatização do preso - o preso recebe um carimbo, um atestado de criminoso; Deformação da personalidade do preso; Altos custos para o Estado. Código Penal Art As penas restritivas de direito são: I - prestação pecuniária se for fixada em sentença, ela não cabe Art. 45 1o - A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários {é uma das consequências naturais da sentença penal condenatória}. 2o - No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. II - perda de bens e valores confisco absolutamente legal {não é inconstitucional} 3o - A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime. IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas queridinha da doutrina e do Judiciário Art A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. 1o - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. 2o - A prestação de serviços à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospital, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. 6

7 3o - As tarefas a que se refere o parágrafo 1o serão atribuídas conforme as aptidões do condenado {pode o agente trabalhar como pintor, como médico, como cuidador de idosos }, devendo ser cumpridas à razão de 1 (uma) hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. V - interdição temporária de direitos Art. 47. I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo {crimes culposos de trânsito}. IV - proibição de frequentar determinados lugares. Art As penas de interdição, previstas nos incisos I e II do artigo 47 deste Código, aplicam-se para todo o crime cometido no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres que lhes são inerentes. VI - limitação de fim de semana. Art. 48. A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Parágrafo único. Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas. Art As penas restritivas de direitos referidas nos incisos IV, V e VI do art. 43 terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no. 4o do art. 46: Se a pena fixada for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art 55), nunca inferior à 1/2 (metade) da pena privativa de liberdade fixada. Art As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; {Em crime doloso, tem que bater em 4 anos, se passar de 4 anos, não há substituição, e em crime culposo pode passar de 4 anos}. II - o réu não for reincidente em crime doloso; {Dolo + dolo - no mesmo tipo penal! reincidência específica} 7

8 III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 2o - Na condenação igual ou inferior a 1 (um) ano, a substituição pode {deve} ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a 1 (um) ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 0 até 1 ano 1 ano e 1 dia até 4 anos OU multa OU 1 restritiva de direitos 2 restritivas de direitos OU multa + 1 restritiva de direitos 3o - Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude de prática do mesmo crime. {dolo + dolo diferente - substituição possível} 4o - A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de 30 (trinta) dias de detenção ou reclusão. 5o - Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. Casos em que as penas restritivas de direitos são principais {caráter cumulativo} e não substitutivas nos casos previstos, por exemplo, no Código de Trânsito ou no art. 28 da Lei de Drogas, mas isso é exceção pois, a regra é a pena alternativa ser substitutiva das penas previstas no Código Penal. I. Comparação entre o 2º do artigo 44 e 2º do artigo 60: Art. 44, 2o - Na condenação igual ou inferior a 1 (um) ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a 1 (um) ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. Art Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. 2o - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código. 8

9 Para condenações superiores a seis meses, mas iguais ou inferiores a um ano, é possível a substituição de pena privativa de liberdade? - Primeira posição: sim. O art. 44, 2º, mais recente e mais favorável ao réu, revogou o artigo 60, 2º entendimento majoritário - Segunda posição: Não. Nas condições iguais ou inferiores a seis meses, pode haver substituição por multa ou por restritiva de direitos. Se for mais que seis meses, mas inferior ou igual a um ano, só pode haver substituição por pena restritiva de direitos. (RE)CONVERSÃO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS EM PENA RESTRITIVA DE LIBERDADE - Juiz da Execução é quem faz. Código Penal Art o - A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de 30 (trinta) dias de detenção ou reclusão. {Se for justificado, poderá ser substituído por outra restritiva de direitos; mas se for injustificado, haverá reconversão}. 5o - Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. Lei de Execução Penal Art A pena privativa de liberdade, não superior a dois anos, poderá ser convertida em restritiva de direitos, desde que: I o condenado a esteja cumprindo em regime aberto; II tenha sido cumprido pelo menos um quarto da pena; III os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável. Art o A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida quando o condenado: a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender a intimação por edital; b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que deva prestar serviço; c) recusar-se, injustificadamente, à prestar o serviço que lhe foi imposto; d) praticar falta grave; 9

10 e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não tenha sido suspensa. 2o A pena de limitação de fim de semana será convertida quando o condenado não comparecer ao estabelecimento designado para o cumprimento da pena, recusar-se a exercer a atividade determinada pelo juiz, ou se ocorrer qual- quer das hipóteses das letras a, d e e do parágrafo anterior. 3o A pena de interdição temporária de direitos será convertida quando o condenado exercer, injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras a e e do 1o deste artigo. PENA DE MULTA Multa é uma das espécies de sanção penal que consiste no pagamento de um determinado valor em dinheiro, previamente, fixado pela lei, em favor do fundo penitenciário. Multa não é pena restritiva de direitos, ela não tem caráter substitutivo. Caso não cumprido o pagamento da multa, não haverá reconversão. Mas, caso não tenha sido a prestação pecuniária cumprida, por ser pena restritiva de direitos, poderá haver reconversão. Primeiro é fixada a quantidade do dia-multa e depois é calculado o valor do dia multa. Art A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 1o - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. {esse valor pode ser multiplicado em até 10x caso ela seja irrisória frente ao poder econômico do réu} 2o - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. O mínimo de quantidade de dias multa é 10 e o máximo é 360, sendo assim, o juiz pode andar de 4 anos a 8 anos, sendo 4 anos = 10 dias multa e 8 anos = 360 dias multa. Sendo assim, pode ser andado 4 anos {diferença entre 4 e 8} e podem ser aplicados entre 350 dias multa {diferença entre 10 e 350}, então 4 anos estão para 350. Para chegar a uma quantidade de dias multa, faz uma regra de 3: x = x = 185 Prova real:

11 Art A multa, prevista em cada tipo legal de crime {mas, não todos}, tem os limites fixados no art. 49 e seus parágrafos deste Código. Parágrafo único. A multa prevista no 2o do art. 44 e no 2o do art. 60 deste Código aplica-se independentemente de cominação na parte especial. CRITÉRIOS ESPECIAIS DA PENA DE MULTA Art Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. 1o - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo. MULTA SUBSTITUTIVA 2o - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código. PAGAMENTO DA MULTA Art A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. 1o - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: a) aplicada isoladamente; b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; c) concedida a suspensão condicional da pena. 2o - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. MODO DE CONVERSÃO Art Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DA MULTA Art É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental. 11

12 Exemplos de leis que trazem variações/ exceções: Lei 8245/91 e Lei 8666/93 e art. 244 Código Penal. MULTA NO CONCURSO DE CRIMES A pena de multa é sempre relacionada à cumulação dos crimes, mesmo que a regra seja de exasperação. Entretanto, para o STJ entende que o art. 72 não vale para crime continuado, tem que ter exasperação. Art No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente. salvo no caso de crime continuado {em caso de crimes iguais, pega um só e em caso de crimes diferentes, pega o com pena maior e exaspera (vai acrescentando fracionadamente em relação à quantidade de crimes cometidos)}. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA E LIVRAMENTO CONDICIONAL SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA {SURSIS} A pena restritiva de direitos se difere da suspensão condicional ou livramento condicional porque ela é autônoma à pena restritiva de liberdade. A fixação de pena começa com o artigo 59, atenuantes e agravantes e causas gerais ou especiais de aumento ou de diminuição, que atinge um quantum X, depois analisa o concurso, chegando a um quantum Y, depois analisa-se o regime inicial e então a sua a) substituição ou b) suspensão ou livramento. {ou vai pelo caminho da substituição ou da suspensão}. Questão inicial: Art Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; {tem que ser computado esse período suspenso ou livrado!} I. Natureza jurídica do instituto: não é pena {só privativa de liberdade, restritiva de direitos ou multa} medida alternativa de cumprimento da pena privativa de liberdade, sendo ao mesmo tempo um benefício e uma obrigação cujo descumprimento acarreta consequências jurídicas. Já pode entrar direto na suspensão, não há necessidade de um regime prévio cumprido. II. Faculdade do juiz ou um direito do réu? Como existe, no caput do artigo 77 uma menção poderá ser suspensa, a rigor não há muita escolha ao juiz considera-se como DEVERÁ ser suspensa. Portanto, considera-se como um direito do réu desde que sua situação se encaixe nos requisitos para o benefício e havendo a possibilidade jurídica de ele ser beneficiado. 12

13 III. Facultatividade do sursis {suspensão condicional da pena} para o condenado: existe. O juiz chega em um X de pena, analisa o concurso e define o regime. Cabendo a substituição por restritiva de direitos, haverá. E podendo ser aplicada a sursis, será ela aplicada pelo juiz. Mas, o réu pode se deparar com uma situação em que prefere ficar na cadeia {prefere uma pena menor na cadeia do que um período de prova de 2 a 4 anos ' }. A suspensão não é uma obrigação ao réu na execução de pena, somente para o juiz. IV. Diferença entre suspensão condicional da pena e suspensão condicional do processo {art. 89 da Lei 9.099/95 - Lei dos Juizados: Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal ). } Em crimes cuja pena mínima seja de até um ano, há a possibilidade da suspensão condicional do processo. Art A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; {exceção: condenação por multa} II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; art. 59. III - não seja indicada ou cabível a substituição prevista no artigo 44 deste Código. {por vezes, não cabe a substituição por restritiva de direito, mas cabe a suspensão esta pode ser considerada como sendo mais grave} 1o - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício {reincidência em crime doloso não exclui a suspensão se ele tiver sido condenado a pena de multa na sentença anterior}. 2o - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 4 (quatro) anos, poderá ser suspensa, por 4 (quatro) a 6 (seis) anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. V. Espécies de sursis: A. Simples: pena não superior a 2 anos; período de prova de 2 a 4 anos; B. Especial: pena não superior a 2 anos, período de prova de 2 a 4 anos; C. Etário e humanitário: pena não superior a 4 anos; período de prova de 4 a 6 anos. 13

14 VI. Período de prova {prazo da suspensão} Art Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 1o - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). 2o - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior por uma ou mais das seguintes condições: a) proibição de freqüentar determinados lugares; b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. Art A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado. Não pode ser degradante. Art A suspensão não se estende às penas restritivas de direitos nem à multa. VII.Sursis simples: A. Requisitos para a concessão do sursis simples: 1. Privativa de liberdade não superior a 2 anos 2. Não ser indicada ou cabível a substituição da pena por restritiva de direitos 3. O condenado não ser reincidente em crime doloso, salvo se a pena do crime anterior tiver sido multa 4. Serem favoráveis a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do agente os motivos e as circunstâncias do crime. B. Condições do sursis simples suspensão da execução por 2 a 4 anos {período de prova} sob certas condições 1. No primeiro ano serviços à comunidade ou limitação de fim de semana 2. No tempo restante, o juiz aplica condições adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado condições judiciais. 14

15 VIII.Sursis especial: A. Requisitos para a concessão: 1. Privativa de liberdade não superior a 2 anos 2. Não ser indicada ou cabível a substituição da pena por restritiva de direitos 3. O condenado não ser reincidente em crime doloso, salvo se a pena do crime anterior tiver sido multa 4. O condenado haver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo 5. As circunstâncias do artigo 59 inteiramente favoráveis B. Condições: 1. A proibição de frequentar determinados lugares 2. Proibição de ausentar-se da comarca sem autorização do juiz 3. Comparecimento pessoal e obrigatório a juiz, mensalmente, para informar e relatar suas atividades. IX. Lei de crimes ambientais: a suspensão condicional da pena pode ser aplicada a pena privativa de liberdade não superior a 3 (três) anos. Mas, mesmo assim, o primeiro ano será igual à regra. X. Revogação obrigatória: Art A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; III - descumpre a condição do 1o do art. 78 deste Código. XI. Revogação facultativa: descumpriu o art o - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. XII.Prorrogação do período de prova: 2o - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considerase prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. 3o - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. 15

16 XIII.Cumprimento das condições: Art Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. LIVRAMENTO CONDICIONAL Código Penal LEP STJ Ocorre o livramento condicional quando já foi cumprida uma parte da pena, mas ainda não foi extinta. O sujeito é colocado em liberdade frente a algumas condições {comportamento satisfatório}. O livramento condicional é diferente da sursis porque nesta o sujeito não vai para o cárcere, mas nesse, o sujeito terá liberdade por ter cumprido determinado tempo com bom comportamento na cadeia e bom desempenho no trabalho. Para que seja feito o livramento condicional, ainda, será necessário um exame criminológico para analisar sua ressocialização. O requisito do quantum de pena estabelecido na sentença é de dois anos. Para aqueles condenados a penas inferiores a dois anos que não tenham merecido o sursis, não caberá também o livramento, mas se cumpridas a contento, podem ser convertidas, durante a execução, por restritivas de direito. Súmula 441 do STJ: A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional {apenas para progressão}. Se o indivíduo se encontra no regime fechado e não consegue a progressão para o semi-aberto no 1/6 de cumprimento de pena, poderá, caso cumpra os requisitos, obter o livramento condicional quando cumprir o quantum necessário de pena. Os requisitos subjetivos são: comportamento satisfatório {mediano}, bom desempenho no trabalho e aptidão para o trabalho honesto. I. Requisitos do livramento condicional: Art O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; {o sujeito, e tiver maus antecedentes mas não for reincidente, não vai ser aplicado este inciso, mas vai caber no inciso II} II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante 16

17 trabalho honesto; {será feito também um exame criminológico para ver se o sujeito poderá ser reinserido na sociedade - grau de socialização - subjetivismo} IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. {maior parte da Jurispridência considera como sendo reincidência em crimes dessa natureza e não precisa ser do mesmo artigo}. Parágrafo único. Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir. A condição de reincidente é uma condição pessoal, sendo assim, se o sujeito foi condenado por 5 crimes em apenas um deles ele foi reincidente, o inciso I vai valer para toda a pena! Considera-se metade de toda a pena e não apenas da pena do crime reincidente. II. Soma de penas: Art As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento. III. Especificações das condições: Art A sentença especificará as condições a que fica subordinado o livramento. Art {Lei de Execução Penal} Deferido o pedido, o juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento. 1o Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes: a)obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho; b)comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação; c)não mudar do território da Comarca do Juízo da Execução, sem prévia autorização deste. 2o Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes: a)não mudar de residência sem comunicação ao juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção; b)recolher-se à habitação em hora fixada; c)não freqüentar determinados lugares. 17

18 IV. Revogação do livramento: Art Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena outra privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: I - por crime cometido durante a vigência do benefício {não computa}: Suspensão do livramento condicional: Art {Lei de Execução Penal} Praticada pelo liberado outra infração penal, o juiz poderá ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho Penitenciário e o Ministério Público, suspendendo o curso do livramento condicional, cuja revogação, entretanto, ficará dependendo da decisão final. Se o sujeito tem, por exemplo, três anos de livramento condicional e ele comete um crime no meio desse livramento, o entendimento do STF é de que se o juiz não tiver revogado o livramento condicional de maneira liminar, passa o curso do LC, princípio do Já era não tem mais como revogar; II - por crime anterior, observado o disposto no artigo 84 deste Código. Revogação facultativa {computa}. A. Revogação facultativa: Art O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. V. Efeitos da revogação: Art Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado {digamos que ele tinha 10 anos para cumprir em liberdade, então ele cometeu um crime quando já havia cumprido 6 anos de livramento condicional, sendo assim, ocorrerá suspensão do livramento condicional e então ele terá que voltar para a prisão e cumprir os 10 anos de novo}. Atenção para o artigo 727 do CPP: se a revogação for motivada por infração penal anterior à vigência do livramento, computar-se-á no tempo da pena, o período em que esteve solto o liberado, sendo permitida para a concessão de novo livramento a soma do tempo das suas penas. Inexistindo suspensão cautelar do livramento condicional, o transcurso do respectivo prazo sem revogação, implica a extinção da pena diante da impossibilidade de prorrogação automática do período de prova. Segundo a jurisprudência do STJ, expirado o prazo do livramento condicional sem suspensão ou prorrogação, a pena é automaticamente extinta, sendo ilegal a sua revogação posterior ante a constatação do cometimento de delito durante o período de prova. 18

19 VI. Extinção: crime cometido na vigencia do livramento. Art O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento {aqui é que tem a prorrogação automática do prazo do livramento} {o sujeito volta para a prisão e cumprir sua pena integralmente se ele voltar e cumprir integralmente e o T em julgado do segundo crime não tiver ocorrido ainda, ele será solto}. Art Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. EFEITOS DA CONDENAÇÃO Quando se fala de efeitos da condenação não é apenas o cumprimento de pena e não são coisas expressas na lei, são efeitos secundários. Alguns exemplos de efeitos penais: Regressão de regime prisional, se ja estiver preso {art. 118, II LEP}; Possibilidade de (re)conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade {art. 44 5º CP}; Revogação do sursis {art. 81, I CP}. I. Efeitos secundários extrapenais genéricos e automáticos: existem pequenos procedimentos ao longo do processo para assegurar o pagamento medidas assecuratórias. Art São efeitos genéricos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime {civilmente o autor tem que indenizar a vitima e como a vitima às vezes é coletiva, não será passível de indenização, somente quando a vítima for determinada} {perdimento é património ilícito pois tem um nexo causal entre o crime o património, mas em casos de pagamento de multa, será bloqueado património lícito}; É um efeito automático, que não depende de fundamentação especifica na sentença penal condenatória; Decorre do artigo 927 CC; A sentença penal condenatoria transitada em julgado se transforma em titulo executivo judicial para poder pedir a indenização no âmbito cível; O artigo 63 do CPP afirma que o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros podem executar o título, cabendo ao MP a execução quando se tratar de ofendido pobre {artigo 68 VPP}; Os herdeiros do condenado respondem até o limite do património transferido para os herdeiros; 19

20 A sentença que concede perdão judicial é titulo executivo; Em caso de reconhecimento de inimputabilidade, não se tem um título executivo, diferente do que acontece com a semi-inimputabilidade. A sentença penal absolutória não impede a propositura de ação de reparação cvil nos seguintes casos do artigo 386 CPP: O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça {os em negritos e itálico são quando tem duvida de que o fato existiu - sem prova segura da existência do fato, sendo assim, o juiz civil pode entender que existiu ou não o fato}: I - estar provada a inexistência do fato; II - não haver prova da existência do fato; III - não constituir o fato infração penal {mas pode ser um ilícito civil}; IV estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; V não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal {art. 188, 929 e 930 do CC assim como 63 a 68 do CPP}; VI existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; VII não existir prova suficiente para a condenação. II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito {ex. arma de fogo sem autorização}; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso {se o agente ganhou algo com a prática do crime, terá que devolver esse valor à União}. A perda não abrange qualquer instrumento do crime {ex. carro não pode ser perdido}; Em ambos os casos, o terceiro de boa-fé deve ser preservado; Para a garantia desses efeitos da condenação, existem medidas processuais assecuratórias próprias. 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se localizem no exterior. 2º Na hipótese do 1º, as medidas assecuratórias previstas na legislação processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretação de perda. II. Efeitos secundarios extrapenais específicos: 20

21 Art São também efeitos da condenação: I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo, a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano {1 a 4 anos}, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de deveres para com a administração pública; b) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos anos demais casos; A pessoa fica impedida de exercer o cargo pelo dobro da pena a que foi condenado. II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. Parágrafo único. Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença. REABILITAÇÃO Mesmo em uma sociedade de informação, as informações, eventualmente têm que sumir A realibitação está relacionada com o estigma que permeia uma pessoa que já cumpriu seu tempo de pena. A pessoa tem direito de, ao cumprir a pena, ter a chance de tirar uma ficha de antecedentes e nada constar, para que realmente possa se reabilitar na sociedade. A questão é: até onde vai o direito de informação de terceiros para ressocializar agente criminoso? O criminoso pode carregar esse estigma para sempre? Há direito ao esquecimento? Os antecedentes dizem que o criminoso pode carregar esse estigma, sendo que o STJ ainda embasa esse pensamento. A ficha criminal do agente será disponibilizada então para o juiz analisar em uma futura condenação {mesmo que a condenação seja muito pretérita}. Reabilitação é uma declaração judicial de reinserção do sentenciado ao gozo de determinados direitos que foram atingidos pela condenação, ou medida de política criminal consistente na restauração da dignidade social e na reintegração no exercício de direitos, interesses e deveres sacrificados pela condenação. 21

22 Código Penal Art A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre seu processo e condenação. No inciso I: não volta a ter o mesmo cargo, mas poderá concorrer em outros concursos caso o edital não vede a inscrição de quem possui antecedentes; No inciso II: não recupera o poder por meio da reabilitação, mas poderá ter outro curatelado, outro tutelado, outro filho Parágrafo único. A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo. Art A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado; III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. Parágrafo único. Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários. Lei de Execução Penal Art Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da justiça, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos em lei. Código de Processo Penal Art A condenação ou condenações anteriores não serão mencionadas na folha de antecedentes do reabilitado, nem em certidão extraída dos livros do juízo, salvo quando requisitadas por juiz criminal. {vai de acordo com o CP e com a LEP} I. Comparação entre art. 94 CP e art. 202 LEP: o Código Penal contraria o que contém na LEP, afirmando que é necessário se passem dois anos entre a extinção da 22

23 pena do agente e a vigência da reabilitação {o 202 é mais benéfico para o réu}. A LEP só trata do sigilo e não da recuperação dos direitos sacrificados pelos efeitos da condenação. A. Se for analisar pela LEP: dois anos são para recuperar os efeitos da condenação {art. 93 I e II} e, para o sigilo, não tem esse período é automático; B. Se for analisar pelo CP: são dois anos para o sigilo e para recuperar os efeitos; C. Em relação ao sursis: computa dentro do prazo de dois anos o sursis; acabou, automaticamente pode pedir a reabilitação. II. Revogação da reabilitação: a reabilitação não extingue a condenação anterior, o reabilitado pode tornar-se reincidente se praticar novo crime depois de concedida aa reabilitação. E, segundo o STJ, continua tendo maus antecedentes. A reabilitação simplesmente é uma certidão de que não vai aparecer o que o sujeito fez, mas ainda conta para reabilitação e maus antecedentes. Art A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa. CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE Se é falado sobre extinção de punibilidade, refere-se a uma punibilidade anterior que é extinta existência previa de punibilidade, a qual foi extinta. Houve crime, houve um ilícito penal, mas o Estado perde a possibilidade de punir pelo artigo 107. A parte especial pode, eventualmente, trazer causas também de extinção de punibilidade, como nas Lei de REFIS {Recuperação Fiscal}. Art Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente {pena pessoal - nenhuma pena passará da pessoa do condenado}, mas os efeitos civis permanecem com a morte do agente. Pode passar aos sucessores a obrigação de indenizar - até o limite do património transferido; II - pela anistia, graça ou indulto; São manifestações de indulgencia soberana, concedidas por conveniência política ou por espirito de humanidade. Fazem desaparecer o crime ou extinguir a pena. Anistia: ato do legislador que renuncia ao jus puniendi, segundo razões de necessidade ou conveniência política. É importante fator de pacificação social em épocas de guerras civis, conflitos internos {art. 21, XVII e 48, VIII da CF e art. 187 da LEP} 23

24 Indulto e graça: também entendem a razões de política criminal {ato do Presidente da República}. É coletivo o indulto e a graça é dirigida a pessoa determinada. Na graça e no indulto, subsistem os efeitos penais secundários da condenação e os efeitos extrapenais. III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso {abolitio criminis} Não equivale à anistia. Na abolitio criminis a norma é revogada; na anistia, continua em vigência; CF - Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. CP - Art. 2o. - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. IV - pela prescrição, decadência ou perempção; Decadência: perda do direito de ação pelo transcorrer do tempo. Crimes de ação penal privada! CP - Art Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do 3o. do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia Perempção: sanção sofrida pelo querelante desatento, que não impulsiona a ação penal privada quando iniciada a ação penal {deixa de cumprir alguma manifestação para a qual foi intimado em 30 dias, quando falece o querelante ou vira ele incapaz}. art. 60 do CPP. V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; Art O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. Parágrafo único. Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; Art CP {calunia ou difamação} e art. 342, 2º - CP {falso testemunho ou falsa perícia}. VII e VIII vetados IX - pelo perdão judicial, nos casos previsto em lei. {art. 120} 24

25 Art. 121, 5º Art. 129, 8º Art A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. PRESCRIÇÃO É a perda de pretensão punitiva ou executória da pena em razão do decurso do tempo extinção do jus puniendi. A prescrição, querendo ou não, faz o processo andar de maneira mais célere, é o que impulsiona o processo eficiência do Estado. Existem, entretanto, crimes imprescritíveis, como o racismo, a ação de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Existem opiniões diversas acerca da natureza jurídica, no sentido de ser de natureza material, processual ou híbrida. Mas é de direito material, pois o que se atinge efetivamente é o poder dever de punir, de impor pena. A prescrição, por excelência é um instituto de direito penal. Se tiver alteração dos prazos prescritivos no sentido de aumentar o prazo prescricional, esses prazos só valerão para crimes cometidos depois da promulgação da lei os outros vão continuar com os prazos antigos. Os marcos interruptivos são atos processuais, mas isso não transforma o instituto em direito processual, pois o que caracterizou esses marcos é o próprio direito material. PERDA DA PRETENÇÃO PUNITIVA DO ESTADO Perda da pretensão de punir pelo Estado em função do decurso do tempo. Ocorre antes de ser aplicada alguma pena {em abstrato} ou depois de fixada alguma pena restritiva de liberdade {em concreto}. A. O crime contra a honra ocorre em 2011, prevê o máximo de pena prevista e verifica o prazo máximo para o tanto de pena previsto. Acha o prazo prescricional de X e é analisado então se tem um processo instaurado = prescrição. Se não ocorreu nenhum marco interruptivo, vai ocorrer a prescrição. B. Efeitos: 1. Extinção da punibilidade {obsta o andamento do processo penal, logo que reconhecida a prescrição}; 2. Seu reconhecimento não gera reincidência, mesmo que seja reconhecida na pena em concreto; 3. Impede o exame do mérito da ação penal e obsta o prosseguimento da ação penal. 25

26 C. Termo inicial da contagem do prazo: Art A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: I - do dia em que o crime se consumou; II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência {crimes continuados contam individualmente}; IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. V- nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, datada em que a vítima completar 18 aos, salvo se esse tempo já houver sido proposta ação penal. D. Causas interruptivas: marcos de prescrição! Art O curso da prescrição interrompe-se: I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; II - pela pronúncia {Juri}; III - pela decisão confirmatória da pronúncia {Juri}; IV - pela sentença condenatória recorrível/ acordão condenatório; V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; VI - pela reincidência. 1o - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles. 2o - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção. JURI Fato Recebimento da denúncia Pronuncia Decisão confirmatória da pronuncia NORMAL com sentença absolutória Fato Recebimento da denuncia Sentença absolutória Recurso Acórdão condenatório Início do cumprimento da pena NORMAL com sentença condenatoria Fato Recebimento da denuncia Sentença condenatória recorrível Recurso Acordão condenatório Início do cumprimento da pena I. Prescrição da pretenção punitiva em abstrato {primeira modalidade da pretenção punitiva ocorre antes de ser fixada a sentença}: agravantes e 26

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