É neste tema que as atividades interagem, pois a participação das Cop, corn nossa representação

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1 Relato de viagem COP 24 Dezembro Entre 28/11 e 08/12/18 visitei universidades francesas que participam junto com a UEL do programa Brafagri, que promove mobilidade de alunos de graduação em Agronomia e áreas afins, entre os dois países. Foi aproveitando a estada na França que usei como argumento para solicitar apoio a Agrisus para participar da Cop 24. Apesar de não estar no escopo do apoio concedido, relato rapidamente os resultados desta passagem para França, pois envolve a formação agronómica e se relaciona com a melhor representatividade que se pretende dar a atividade agropecuária realizado no Brasil. Destaco que a França é o principal produtor agrícola da Europa, possuem uma reconhecida capacidade de transformação local dos produtos e de valorizar produção regional, além de uma ampla cadeia organizada de representação da cadeia produtiva. Estes aspectos nos interessam sobremaneira, pois são dos quais carecemos muito no Brasil. Foi com este interesse que o curso de Agronomia da DEL se interessou pêlos programas de intercâmbio com a França, visando ampliar os horizontes de nossos alunos contemplados com as bolsas e mostrar aos alunos franceses que se destinam ao Brasil que temos muitas coisas boas a serem reconhecidas e a parte de preservação ambiental associada a agropecuária a mais importante, provavelmente. Participamos desde 2003, no programa Brafitec até 2006 e no Programa Brafagri desde então, ambos financiados pela Capes. É neste tema que as atividades interagem, pois a participação das Cop, corn nossa representação visa fortalecer nossa agropecuária e enaltecer nossa capacidade de conciliar a preservação dos recursos naturais com produção agropecuária, de matéria-prima básica. Vale lembrar que o conceito internacionalmente aceito para agricultura conservacionista se baseia no sucesso de nosso Sistema Plantio Direto, mas infelizmente ainda não conseguimos capitalizar com este património, por falta de sensibilização do Governo Federal e de melhor articulação entre as entidades representativas do setor. Continuaremos insistindo e o papel da Agrisus nisto é fundamental e tem trazido átimos resultados. Neste período inicial foram visitadas as seguintes instituições: - ENSAIA, Nancy Esta escola atua nas áreas de agronomia, ciência de alimentos e zootecnia, com aparente maior ênfase na ciência de alimentos. Tem muito interesse em interagir com a UEL e reconhecer os projetos de SPD. Ainda não temos acordo com eles, mas será iniciado em breve. Dos projetos desenvolvidos por eles, destaco, como sendo de nosso interesse direto: - Ecophyto: financiado pelo governo federal, estabelece esquema de rotação de culturas na produção de cereais, visando a redução do uso de defensivos. Estão no segundo projeto, desde 2011, com dados acumulados, portanto. As rotações giram em torno da cevada, colza e trigo. - Agrofloresta: Implantação experimental de dispositivo associando árvores que visam fixar nitrogénio no solo e emprego na obtenção de energia, com culturas anuais. Fase inicial, árvores recém implantadas.

2 - Substituição da fibra de algodão: financiado por uma associação produtora de fibras, avaliam a condução de uma planta nativa para substituir o algodão, importado. - Biodigestão dos dejetos animais para produção de metano e eletricidade: emprego de unidade modular, pequena para acompanhar os rendimentos de conversão em gás e em energia elétrica e a valorização da biomassa. Na França há limitação legal para uso do milho. - Substituição de soja OGM na produção de ração: emprego da torta de colza, soja vinda da alsacea, produção orgânica e restos de cervejaria local. - Produção de queijo de cabra na entre-safra: indução luminosa à lactação das cabras na entresafra e produção comercial de quijo, com queijaria instalada na fazenda. Atende ao mercado local. Atuam no Brafagri junto a Federal de Viçosa, com dupla diplomaçãojá em andamento. -SupAgro, Montpellier Já temos ampla cooperação com esta escola e na área de Agricultura Conservacionista temos boa interaçâo com Stephane de Tourdonet diretor do programa de ensino e pesquisa MPRS (meio, produção, pesquisa e sistemas). Coordena uma equipe de 19 pesquisadores e 6 engenheiros, além dos servidores e alunos, nas áreas de pastagens, produção vegetal e solo e água. Estão muito bem estruturados e são uma das universidades do agro de destaque na França. - ENSAT, Toulouse. Trata-se de uma Escola Superior vinculada ao Ministério da Educação. Há uma boa integração da ENSAT com a DEL e completamos 15 anos de cooperação ininterrupta com eles e já desenvolvemos um programa de Dupla Diplomaçao com ela. Esta escola oferece excelente estrutura de acolhimento e tem muito interesse no tema de SPD, cujo tema será empregado para realização de diversas visitas e orientações de doutoramento e pós-doutoramento. As escolas francesas possuem programas mistos de ensino e pesquisa como as unidades do sistema federal de pesquisa agronómica, INRA, mas têm pouca interação com os produtores e suas instituições representativas, muito diferente da forma como atuamos no Brasil. Este tema passará a ser tratado em nossas reuniões, pois há uma manifestação generalizada de desagrado com isto, principalmente pêlos produtores franceses, que insistem que eles devem adotar o modelo brasileiro. Mais um ativo que devemos explorar e valorizar. COP 24 Toulouse-Paris Entrando especificamente o no tema do apoio concedido, me desloquei de Toulouse a Paris dia 08/12/18, para pegar o voo Paris - Katowice dia 09/12/18, com escala em Varsóvia. Nesta escala já houve a presença de muitas pessoas se deslocando para atender a reunião da Cop 24. O destaque ficou na quantidade de chineses presentes no aeroporto, o que se confirmou na própria Cop.

3 Este fato demonstra como a China vem adotando uma estratégia de ocupar os espaços que considerem pertinentes e importantes para sua política de aumento de sua capacidade de influenciar outros povos, o consumo e a economia global. Em contato com diversos chineses constatei que esta participação se tratou de uma estratégia definida por organismos do governo e das empresas controladas por ele. Conversei com representantes de empresas fornecedores de equipamentos para obtenção de energia alternativa, estudantes de universidades em áreas técnicas voltadas para energia e agricultura e técnicos do governo. Ficou claro que houve uma política de liberação de recursos centralizada, que viabilizou estas participações. Eis uma distinção clara de como o Brasil está se envolvendo nestas discussões globais, que não adota uma política definida e de longo prazo. Um dos casos é justamente na área de Agricultura, onde o Brasil foi o pioneiro em apresentar uma proposta voluntária de redução de emissão de carbono para a atmosfera, baseado exclusivamente na expansão de práticas agrícolas conservacionistas, feita na COP 15 em Copenhague e que culminou com a criação do Plano ABC pelo Ministério da Agricultura. A meta de redução de emissão foi atingida muito antes do proposto e não conseguimos capitalizar politicamente com isto. Pior do que isto foi ver uma proposta sendo feita pela França na COP 21 em Paris que tornou a agricultura como a melhor alternativa de compensação da emissão dos GEE para a atmosfera, lançando a iniciativa 4perl000 e o Brasil se ausentou desta discussão. Da mesma forma tive a oportunidade de participar deste lançamento, representando a Agrisus, a FEBRAPDP e a UEL, signatárias desta iniciativa. Até hoje os organizadores da iniciativa aguardam o envolvimento central do Brasil. Durante a COP 24 tive a oportunidade de participar da reunião dos membros desta iniciativa, que relatarei abaixo. Em Katowice participei das atividades propostas no espaço Climate Hub, que destaco a abordagem eminentemente ambiental, mas com algumas abordagens interessantes, como a que avalia o cenário próximo na produção e uso de energia no mundo, que coloca o Brasil na contramão, ao adotar a estratégia de valorizar a extração de petróleo. O Brasil foi frequentemente citado nas diversas atividades, ora como grande potencial produtor agrícola, ora como grande emissor de Carbono e outros GEE para a atmosfera, mas o principal tema abordado foi a surpresa negativa e a expectativa com a gestão Bolsonaro. E evidente como as atenções estão voltadas para o Brasil, assim como para a China e a India Também participei no 4 per 1000 Iniciative Day, voltado a agricultura e como esta atividade pode auxiliar no controle de emissão dos gases de efeito estufa (GEE). Esta atividade foi muito interessante e pude representar o setor agrícola, defendendo a ampliação da participação dos agricultores nestas discussões. Fato que foi considerado a ser implementado já na próxima reunião do comité técnico da iniciativa. Discutiu-se também a possibilidade de termos uma reunião deste comité no Brasil em Foi o ponto alto da viagem, pois pude me aproximar dos organizadores da iniciativa, com destaque ao ex-ministro da Agricultura da França, Sr. Stephanne lê Foil, que propôs esta iniciativa na Cop 21, onde também participei com apoio da Agrisus. Na ocasião ele ainda era o Ministro da Agricultura da França e baseou a proposta em estudos recentes que comprovam que a Agricultura Conservacionista pode colaborar com o sequestro de carbono da atmosfera a

4 ponto de compensar a emissão de gases de efeito estufa de outras atividades. Mas, para isto é fundamental que as boas práticas agrícolas sejam promovidas e novamente o Brasil é colocado como modelo. Para esta iniciativa, o Ministério da Agricultura da França mobilizou suas instituições de pesquisas agronómicas a reforçarem estes estudos, se aproximarem do setor produtivo, intercambiarem informações com outros países, entre outras ações. É neste aspecto que temos enormes oportunidades de interagirmos com estas instituições, e fazermos mais do que sabemos fazer, boa agricultura, boa pesquisa e boa extensão. Tive oportunidade de participar das 3 sessões previstas do dia: - Segmento de alto nível. Com palestras de convidados, onde apresentei uma proposta de aproximação do setor produtivo e dos agricultores como forma de reduzir o tempo de resposta dos resultados da pesquisa. Representei a Agrisus, a FEBRAPDP e o GCAN, Global Conservation Agriculture Network, formada também na Cop 21 em Paris e da qual a Agrisus é uma das fundadoras. - Fórum dos parceiros, onde se decidiu por alguns aspectos operacionais da Iniciativa, como prorrogação do atual mandato da diretoria, orçamento e estratégias para 2019 e Reunião dos membros do consórcio, quando se discutiu os próximos passos, ações de curto e médio prazos, próximas reuniões e como ampliar a participação de instituições e países na iniciativa. Neste tema que se enfatizou a ausência do Brasil como membro. Opinei sobre eventuais motivos para tal, mas houve uma esperança de que possamos mobilizar o atual governo para que participem. O mesmo acontece com relação a Embrapa, que, apesar de figurar como signatária, não se envolve diretamente. Fiquei de tentar articular este tema junto aos órgãos que dispomos de acesso. Foi sugerida que uma futura reunião como comité técnico da Iniciativa se reúna no Brasil e concordamos que a proposição para que ocorra em 2010 é mais sensata, permitindo que se faça a articulações necessárias. Minha proposta é que proponhamos a realização durante o 17 Encontro Nacional de Plantio Direto, organizado pela FEBRAPDP e apoiado habitualmente pela Agrisus, que já está com data definida pra 28, 29 e 30 de julho de 2020, em Dourados, MS, nas instalações da UFGD Em todas as minhas manifestações me apresentei como docente da Universidade Estadual de Londrina, representando a FEBRAPDP e apoiado integralmente pela Agrisus, ampliando sua visibilidade. Foi muito interessante a repercussão que houve do papel da Agrisus e a boa imagem feita junto aos participantes de diversos países. O Initiave Day 4x1000 possui um sítio, onde podem ser obtidas mais informações https;//4perl000dav2013.sclencesconf,org/ Finalmente, possuo algumas fotos dos eventos que participei, que coloco à disposição da Agrisus, caso se interessem para alguma divulgação. Atenciosamente, Prof. Dr. Ricardo Ralisch 25 de Janeiro de 2019

5 Relatório das despesas Seguem comprovantes das despesas realizadas na viagem incluindo bilhetes aéreos Paris- Katowice-Paris, hospedagem em Paris pois os horários de voos eram incompatíveis, hospedagem em Bierun, já que a hospedagem em Katowice estava proibitiva, em função da grande procura. Para viabilizar esta hospedagem, a 30 km de distância, optei pela locação de carro, que envolve uma despesa de combustível. Despesas de alimentação na Polónia e em Paris - Bilhetes aéreos R$ 2.780,52 - Hospedagens -Transporte -Alimentação Paris 100,65Eu Berun 678,00 Zt Locação 92,25Eu Combustível 100,03Zt Total despesas Metro 12,20Eu Polónia 112,49Zt Paris 13,55 Eu Reais R$ 2.780,52 Euros Eu 218,65 x 4,80= R$ PLN Zt 890,52 x 1,19 = R$ 1.059,72 Soma R$ 4.889,76 /