A constituição do sujeito e os processos de internalização do Outro: uma reflexão sobre a paranóia. Adriana Abissamra (PUC-SP) Introdução

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1 A constituição do sujeito e os processos de internalização do Outro: uma reflexão sobre a paranóia Adriana Abissamra (PUC-SP) Introdução Meu interesse por entender a lógica da psicose iniciou-se no decorrer de um programa de aprimoramento no Espaço Palavra, oferecido pela Clínica Psicológica Ana Maria Poppovic, da PUC-SP, onde a clínica do autismo e da psicose, tanto com crianças quanto com adultos, utiliza o referencial psicanalítico da Escola Francesa, com ênfase em Lacan. Desde o início de 2008, atendo, nesse contexto institucional, crianças diagnosticadas com psicose infantil. Ao longo dessa prática, pude vivenciar laços sociais peculiares, pois o vínculo estabelecido entre analista e paciente é de outra ordem, em comparação com o que se verifica na neurose. Trata-se de pacientes que não falam nem brincam; e, pela ausência de linguagem enquanto estrutura, não simbolizam. Por não apresentarem elaboração psíquica da perda do objeto, são crianças que, na maioria das vezes, não se submetem a uma sala de atendimento. Tampouco apresentam diferenciação entre o eu e o outro, não reconhecendo o analista como sujeito. São, portanto, crianças que apresentam um intenso sofrimento psíquico. Observando o andamento dos casos, pude indagar-me sobre a evolução, e o possível sucesso dessas crianças, suas chances de superação dos comprometimentos presentes: como seriam, quando adultos? Conseguiriam falar, ou vir a ter um desempenho profissional? Considerando-se que não existe nenhum esboço de diferenciação eu e outro, na psicose infantil, como se apresentaria essa questão, no adulto paranóico, por exemplo? Foram questionamentos como esses, então, que suscitaram em mim o interesse em entender o processo de constituição do sujeito, na paranóia. Assim, o objetivo principal deste trabalho é o de entender, com base tanto no referencial teórico já assinalado quanto num caso clínico sob minha responsabilidade, o funcionamento paranóico. É preciso ressaltar, entretanto, que esse atendimento ainda está em curso, não sendo possível, portanto, fechar uma conclusão a respeito. De julho de 2009 até a presente data, acompanho um paciente com diagnóstico de paranóia. Trata-se de um mecânico de 39 anos, a que chamarei, neste trabalho, pelo nome fictício de Augusto. Divorciado, Augusto mora na casa da mãe com uma irmã e um irmão. Suas questões principais referem-se ao fato de se sentir excluído o tempo todo, tanto no trabalho quanto em casa. No trabalho, o excluiriam por ser o melhor mecânico; em casa, a causa não parece evidente, mas Augusto sente que os familiares o excluem.

2 2 Na clínica desse paciente, manifesta-se, aparentemente, uma estruturação psíquica um pouco mais organizada que na psicose infantil, pois o paciente tem domínio da fala, consegue se comunicar e se comporta adequadamente na sala de atendimento. Porém, ao analisar-se de maneira profunda seu discurso, percebe-se algo diferente do que se manifesta em um paciente neurótico. Trata-se de um discurso com ênfase delirante, ao lado de uma dificuldade na relação eu e outro, características paranóicas que serão apontadas e discutidas ao longo deste trabalho. Os processos de internalização do Outro na paranóia Colette Soler (2007) entende, a partir de Lacan, que existe, na estrutura da psicose, uma organização psíquica particular do sujeito, uma ordem subvertida, em relação ao ordenamento da estrutura neurótica. De acordo com Lacan ( ), a paranóia, uma das formas de psicose, é a mais organizada e estruturada das doenças mentais. Baseado nessa premissa, Quinet (2006) acredita que há, na paranóia, um pensamento que se configura como coerente em relação aos outros tipos de psicose, ao lado, porém, de um uso estranho da linguagem. Para Lacan ( ), há uma outra lógica de linguagem, na paranóia: as palavras são sem regras, ou seja, não são inseridas na rede simbólica, não fazem laço, não se reduzem a outras significações. Há uma idéia de que o paranóico gruda em certas palavras: seu significado não muda, o que quer dizer que não existem deslocamentos. A presença dos neologismos é evidente. E como entender essa lógica? Em que linguagem falar com o paciente? Lacan postula que devemos falar a mesma linguagem que o paciente. O discurso delirante que então se instaura pode, por um lado, tamponar a dura realidade vivida por ele; por outro lado, será essa linguagem que nos permitirá escutar o que o paciente diz, fornecendo-nos elementos para distinguir o delírio. A clínica da psicose enfrenta impasses, na escuta: em alguns momentos, é difícil acompanhar a lógica do pensamento desses pacientes, justamente por se trata de uma outra lógica psíquica. Quando o delírio aparece, ele vem no lugar de uma resposta ao suposto vazio do paciente, ou seja, como uma resposta ao seu sofrimento. Que é suposto porque, na verdade, esse enigma não pode aparecer, já que, na paranóia, esses espaços não existem. A partir da clínica, pôde-se notar, entretanto, que não é o delírio que define a paranóia. Freud (1924) nos ensinou que o delírio é uma reconstrução da realidade. Diante dos limites desta, de algo com que é difícil lidar, o delírio surge para resgatar a relação do sujeito com a realidade. Assim, o conteúdo do delírio tem uma ligação direta com a história de vida do paciente. Fica claro, no atendimento, que o delírio não é algo de outro mundo, e que está falando do sujeito. Quinet (2006) rememora a seguinte frase de Lacan: Não é louco quem quer. E acrescenta: Só é louco quem pode. Então, ele entende, a partir de Lacan, que a psicose tem uma lógica peculiar, não devendo ser vista como um estado de espírito. Falar em psicose, na psicanálise francesa, é falar de uma estrutura, correspondente a um modo particular de articulação entre os três registros: o real, o simbólico e o imaginário. Nesse sentido, Gutman (2009) enfatiza que a psicose é uma possibilidade de estrutura: um acontecimento pode ser enlouquecedor para uma pessoa, mas não para outra, dependendo da estruturação psíquica em jogo. Então, como pensar a constituição psíquica?

3 De acordo com Lacan (1949), há um importante momento na constituição subjetiva, ligado ao registro do imaginário: o Estádio do Espelho. Trata-se um processo essencial para a constituição da imagem própria, pois essa é a circunstância que a criança olha sua imagem no espelho e se reconhece. É através do olhar do outro materno que acontece a identificação da criança. Esta se identifica com a própria imagem, a partir da identificação fornecida pelo adulto, por intermédio de suas palavras e de seu olhar, que lhe devolvem uma determinada significação. Mas é de suma importância saber que a criança, muito antes de possuir condições neurológicas para o reconhecimento de si mesma, antecipa a sensação de unificação de seu corpo. Em termos da realidade, a vivência perceptiva da criança é precária, mas a imagem apresenta uma forma organizada e íntegra, que o adulto atribui a ela. Assim, Lacan afirma que esse processo dá um contorno à criança e unifica o que se apresenta de maneira despedaçada. Assim, no momento da construção da imagem própria, a criança se identifica e se reconhece no olhar materno, segundo Queiroz (2006). Isso significa que é através do olhar da mãe e, portanto, do desejo materno que o bebê procura, no espelho, o reconhecimento de sua própria imagem. Apoiando-nos em Marinho e Santos (2008), podemos dizer que o Estádio do espelho, na teorização lacaniana, organiza-se em três tempos. No primeiro, a criança está submetida a uma fusão entre o eu e o outro. Ao se olhar no espelho, a criança percebe seu reflexo e quer se apoderar dele, tentando agarrar-se. Essa sua imagem refletida é vista por ela como sendo do outro. E a mesma experiência pode se verificar diante de outra criança. Como ainda não efetuou a separação entre o eu e o outro, a criança pode tentar se apoderar dessa outra. No seminário 3, Lacan diz que uma criança que bateu em outra pode dizer: o outro me bateu. O que não deve ser encarado como uma mentira, pois nesse momento de sua constituição como sujeito, ela é o outro. É diante da impossibilidade de se alcançar, e de se pegar na imagem do espelho que se inicia num segundo momento desse estádio. A criança descobre que esse outro refletido no espelho, não é um outro real, mas sim sua própria imagem, e não mais tentará agarrála. No momento seguinte a este, a criança enfim percebe que aquela imagem no espelho não é uma imagem, mas a sua própria. Pode-se dizer então que ela reconhece o outro como sua própria imagem. Dor (1989) acrescenta que nesse momento é essencial a presença do outro materno, para assegurar à criança que o júbilo sentido por ela é autêntico. É nesse momento que ocorre a sensação de unificação fornecida pelo outro materno; ou seja, a criança se identifica com a imagem fornecida pelo outro. E essa identificação primeira abrirá caminhos para todas as demais. Melman (2007) aponta que o eu do sujeito se constitui por meio da imagem de um outro, que, a partir de então, passará a constituir o próprio eu. Assim, o eu, na visão de Lacan, não se constitui entre o sujeito e o mundo interno, mas sim entre o sujeito e o mundo externo. É por intermédio desse eu, ou seja, de um pequeno outro, que se adquire o conhecimento do mundo, um conhecimento primordialmente paranóico. Mas o que quer dizer conhecimento paranóico? Como o sujeito se reconhece, ou melhor, se conhece? Segundo Lacan a mediação entre a criança e o outro materno, no estádio do espelho, se dá através da visão, ou seja, do olhar. A esse respeito Julien (2003) coloca que o conhecimento se dá essencialmente pela visão: a bipolaridade vidente-visto é de ordem paranóica. Isso fica evidente quando a criança se olha no espelho e inicialmente nega a si mesmo, não se reconhece, e acha que aquela imagem não é dela, é sim do outro. 3

4 Lacan ( ) aponta, ainda, um momento delicado da constituição psíquica do sujeito, o assim chamado ciúme primordial: O conhecimento dito paranóico é um conhecimento instaurado na rivalidade do ciúme, no curso dessa identificação primeira (p. 52) a partir do estádio do espelho. Por sua vez, Melman (2007) enfatiza que é através desse pequeno outro, o outro da imagem do espelho, inserido em cada um, que se obtém um conhecimento não apenas do mundo, mas também dos objetos. Este conhecimento se dá como uma rivalidade com esse outro, através de um ciúme fundamental, em que se rivaliza com o próprio eu, tido como ideal, da imagem do espelho. O Eu tem uma relação com a imagem do próprio corpo, a que a criança tem acesso ao ver a imagem refletida no espelho, identificando-se com essa imagem ideal, a que jamais conseguirá unir-se. Lacan ( ) denomina esse processo de identificação primordial com uma imagem ideal de si mesmo, em que o sujeito se fixa a uma imagem que o aliena de si mesmo. Então, se é a partir dos olhos do pequeno outro que é possível o conhecimento sobre o mundo, é por intermédio dele, também, que se constroem os objetos do sujeito. Será a partir desse pequeno outro que os objetos supostos irão faltar, pois esse outro lhe furtaria todos eles. O desejo surge, então, como desejo dos objetos do outro, o que acarreta uma competição com o outro pela posse desses objetos. Esse ciúme primordial envolve um conflito entre o eu e o mundo. Com o primeiro, por não existir separação eu e outro então o eu é o outro; e com o mundo, pelo fato de os objetos desejados serem do outro numa posição de rivalidade com esse outro, segundo (Melmam 2007). Já segundo Merlin (1999), o ciúme primordial não tem sua origem na inveja pelo objeto de outro, mas na própria identificação com o semelhante. Seja como for, Lacan ( ) afirma que essa base rivalitária e concorrencial no fundamento do objeto é precisamente o que é superado na fala, na medida em que faz intervir o terceiro (p. 52). Isto quer dizer que é com a inserção de um terceiro na dupla e, logo, com a entrada no simbólico, que se abre uma saída para essa dialética do ciúme primordial. No momento especular, a criança encontra, como lugar para sua existência, o lugar de falo para a mãe, o lugar do objeto que lhe falta. Esse é um momento de fusão entre a criança e o seu semelhante que a constitui. Esse é um lugar de completude, de plenitude, no qual não cabem terceiros, pois se trata de uma relação dual. Mas é fundamental que a criança, num dado momento, caia desse lugar, para se constituir como sujeito psíquico. E a criança sai desse lugar na medida em que haja a intervenção de um terceiro. Ao se deparar com o nascimento de um irmão, instauram-se, além do ciúme, as dúvidas sobre o seu lugar, uma situação muito angustiante para a criança. Ela cai desse lugar em que, imaginariamente, não existe falta, em que, supostamente, ela recobre todo o campo do desejo materno. Mas ao se dar conta de que a mãe é um ser faltante, de que a própria criança não é tudo para a mãe, iniciam-se alguns questionamentos: O que o Outro quer de mim? Qual é o meu lugar? Pode-se entender que ela se constitui no colo da mãe, ou seja, nessa relação dual; mas quando vê um irmãozinho na mesma cena, tudo fica muito confuso. A criança precisa, então, reencontrar um outro lugar mas agora, na triangulação. Diante disso, ela perde o seu lugar, perde esse objeto, que jamais será reencontrado. Como pensar esse processo, no paranóico? Pode-se pensar que ele entra na especularidade, mas que a saída dela seria conturbada. Em que medida ele conseguiria sair dessa imagem ideal que lhe é proposta? De acordo com Melman (2007), há, na constituição do sujeito, uma alienação primeira que é constitutiva. Ela estaria enlaçada no relacionamento com o eu, pois a dependência dessa imagem fornecida pelo semelhante 4

5 levaria a uma alienação inicial, de que o sujeito deve se libertar, num segundo momento. A maneira que o sujeito encontrará de se desembaraçar dessa imagem pode gerar diferentes jeitos de estar no mundo. Pode produzir tanto pessoas que não desejem grandes relacionamentos quanto pessoas mais enlaçadas socialmente. Trata-se, enfim, de uma organização da própria existência, que tem sua raiz na relação com o pequeno outro. Na paranóia, haveria a inclusão da imagem do outro, no processo de constituição do sujeito, mas não se daria a separação entre a imagem ideal e aquela que realmente pertence ao sujeito. Com isso, o sujeito não se apropriaria de sua imagem. Não se criaria o espaço da separação entre o eu e o outro, de distinção entre aquilo que é a própria imagem, e o que é a imagem do outro. É por isso que a paranóia, segundo muitos autores, teria uma relação particular com o registro do imaginário. Não se deve pensar, entretanto, que a paranóia tem uma estrita relação apenas com esse registro. Imaginário, real e simbólico são registros que se constituem mutuamente, não sendo possível separá-los cronologicamente, no processo de constituição do sujeito. O imaginário é o registro que atua na construção do eu, é o registro da rivalidade; e o simbólico é o registro que oferece ao sujeito um acesso à instância paterna chamada metáfora do Nome do Pai (Lacan, ) e exercendo, assim, o papel da simbolização. Para Lacan (1957/1958), a função paterna não se reduz ao lugar de pai dentro da família. Não importa se esse pai é fraco ou forte, ausente ou presente, o que interessa é se interdita ou não a mãe. Ele tem a função de representar a proibição do incesto. Nesse sentido, o pai é uma metáfora, é um significante que substitui outro. Ou seja, o significante metáfora do Nome-do-Pai vem substituir o significante do desejo materno. O resultado dessa operação é a significação fálica. Na medida que vem preencher a falta da mãe, o pai diz não ao filho e à mãe, privando-a de seu objeto substituto do falo. Nota-se que este é o significante que recobre de significado o desejo materno. Julien (2003) aponta que quem o faz valer para a criança é a mãe, ou seja, ele não é transmitido ao sujeito pelo pai, mas sim pelo desejo materno. Ela soluciona o enigma do filho através dessa imagem paterna. A metáfora do Nome do Pai se insere para tirar o filho do lugar do desejo materno. Vandermersch (1991) acrescenta que esse é o corte essencial no desejo da mãe e da criança, na medida em que tira a criança do lugar de ser o falo materno. Para sair desse lugar, ela descobre maneiras de lidar com o enigma do desejo materno. Na neurose, isso se dá através da fantasia; mas na paranóia essa resposta se dá por meio do eu falicizado, que não tem condições de responder ao enigma da falta, pois esta não foi simbolizada. A ausência de um corte no simbólico gera a não separação entre este registro e o imaginário. Nota-se, então, que, na paranóia, parece ser possível uma inserção na lógica do imaginário, mas a articulação com o simbólico parece comprometida. Assim, se há uma elisão no simbólico, não tem como essa metáfora realizar seu papel, pois haverá a foraclusão do Nome-do-Pai. Lacan (1955/1956) afirma, então, que o desencadeamento de uma psicose se dá devido ao fracasso da metáfora paterna e à não inscrição do Nome-do-Pai no Outro. Partindo do pensamento lacaniano, Quinet (2006) discute o termo forclusion (Foraclusão), usado na psicanálise como uma das formas de negação da lei do Nome-do- Pai. Para ele, o termo também designa o que o locutor não considera como fazendo parte da realidade, podendo, então, ser desconsiderado. A foraclusão indica que o significante da lei está fora do discurso, remetendo à noção de lei e de sua abolição. Por isso, a foraclusão do Nome do Pai, na psicose, corresponde à abolição da lei simbólica. 5

6 Melman (2007) entende que a paranóia diz respeito ao imaginário, mas não apenas a ele. Para este autor, a questão está na relação com o grande Outro. Com o pequeno outro se pode falar de uma relação alienante, mas é com o grande Outro, que se constrói a alteridade. A alteridade se forma a partir do estádio do espelho, momento este que se reconhece, pela primeira vez, a presença de um outro. Se tudo vai bem, há possibilidade de separação entre eu e outro ; e no que se refere ao relacionamento com Outro, pode-se dizer que se constitui a alteridade dita neurótica. Na paranóia, entretanto, parece existir um outro tipo de alteridade. Mas o que se entende pelo grande Outro? Inicialmente, esse Outro é ocupado pela pessoa que exerce a função materna. Ele é construído na relação com a mãe, e é por intermédio dela que a internalização se dá. Julien (2003) afirma que o Outro é o lugar dos significantes fundamentais, sendo o mais importante para a entrada no simbólico, o significante do Nome do Pai. Se a mãe o transmite para a criança, é possível se libertar do momento especular e entrar no universo desconhecido, tendo como ponto de apoio a lei do significante inconsciente. Assim, o outro tem que se oferecer como Outro, para que a criança tenha condições de constituí-lo enquanto tal. No seminário 3, Lacan aponta que esse Outro será o inconsciente. Então, o Outro é aquele que não é conhecido; e o outro é o eu, lugar de todo conhecimento. Melman (2008), por sua vez, afirma que o Outro é aquele que está fora mas, ao mesmo tempo, dentro. Entende-se, com isso, que há uma diferença entre paranóia e neurose, no que diz respeito à relação com o Outro. Na neurose, o sujeito conversa com seu Outro, ou seja, se relaciona com seu inconsciente, se questiona sobre suas questões, suas dúvidas, o que se manifesta por meio de atos falhos, sonhos, lapsos, chistes, sintomas, recalque. Já o paranóico, se relaciona com o inconsciente como se fosse uma instância externa a ele. Nos casos em que se ouvem vozes, por exemplo, é como se essa voz viesse de fora, e não de dentro do sujeito. É nesse sentido, então, que o psicótico possui um inconsciente a céu aberto. Quinet (2006) acrescenta, a esse respeito, que o Outro, para o neurótico, é inconsciente, pois é barrado pela castração, e então, comporta uma falta; já para o psicótico, o Outro não é barrado e com isso, é inconsistente. Pode-se dizer que neste caso, falta o significante da lei, pois não há registro da inscrição da lei no Outro. Com isso, entende-se que não há mediação, não existe negociação entre eu e outro. A partir dessa relação com o Outro, enquanto instância externa ao paranóico, entende-se que o laço social desses sujeitos é de exclusão. Czermak (1998) confirma isso afirmando que o lugar do Outro, na paranóia, é o da exclusão. E isto pode ser observado na clínica, onde o sujeito ou vivencia um controle total e absoluto ou se coloca como excluído do laço. Ou seja, ou está totalmente dentro, ou está totalmente fora. Em uma das sessões, Augusto conta que terminou o relacionamento com uma namorada. Antes de isso acontecer, entretanto, sentaram para conversar. Ele então se queixou das roupas dela, muito curtas, do jeito dela falar ( como homem ), do jeito de dançar nas festas. Ela, no entanto, teria dito não ter do que reclamar. Ele era um ótimo homem, trabalhador, mas ela não iria aceitar o cabresto dele. O que mais incomodou o paciente nessa situação, foi imaginar o que as pessoas iriam pensar e falar a esse respeito. Disse já ter visto os amigos comentarem do namoro deles e imagina que deviam falar que ela é uma puta, piranha, vagabunda (sic) e que não entendem como ele consegue ficar com ela. 6

7 Nota-se, no episódio, que Augusto não conseguiu estabelecer uma negociação com a namorada. Ou as coisas andavam do jeito dele ou não tinha negócio. Assim, ele vai criando uma situação impossível para ele mesmo, na medida em que sempre acaba se deparando com o outro. Uma outra situação que evidencia o laço de exclusão, nesse caso, pode ser observado no relacionamento com os familiares. Em casa, ele diz que a mãe e os irmãos não o incluem nos programas de lazer. Ele conta que, nos domingos, todos vão almoçar na casa do irmão, mas em nenhum momento ele é convidado. Quando a mãe faz comida, ele não pode comer junto com os irmãos. Todos ajudam financeiramente em casa, inclusive ele; mas a comida dele tem que ser separada, porque os irmãos não permitem. Quando pedem pizza em casa, não o convidam para comer nenhum pedaço. Ele diz, ainda, que dorme na sala porque é o excluído da casa. É preciso deixar claro que, nessas situações, ele fica esperando ser convidado em nenhum momento ele se inclui nas cenas. Em uma das sessões, escapou no seu discurso que um dos seus irmãos o defendeu de uma confusão em casa; e, num domingo, o convidou para almoçar com a família. Entretanto, o paciente se recusou. Quando eu lhe pergunto por que, ou o que achou disso, ele não sabe responder e logo muda de assunto. Muito provavelmente, o paciente não sabe responder justamente por se tratar de uma questão estrutural de sua condição psíquica. Nota-se, então, que o Outro não internalizado gera uma lógica de exclusão. Mas a relação de exclusão com Outro, como estrutura psíquica, reverbera nas relações como projeção. Nesse caso clínico, isso aparece da seguinte forma: são os outros que me excluem; não sei por que, mas eles não me amam, não me incluem nos passeios, não me chamam para comer. Diante disso, Quinet (2006) entende que, na psicose, o Outro está excluído; e, quando isso acontece, perde-se a lei e o sujeito se coloca inteiramente no campo do imaginário. Assim, o paranóico estabeleceria laços muito rígidos devido a uma identificação com o significante ideal, permanecendo preso, portanto, ao imaginário, à imagem ideal. Nessa não constituição da imagem própria e do encontro com a mesma, pode-se falar em um desconhecimento da própria imagem? Lacan ( ) aponta que é possível reconhecer o Outro, mas não conhecê-lo absolutamente. Isso quer dizer que não há acesso absoluto ao inconsciente, pois é impossível saber tudo sobre ele. Mas é possível reconhecê-lo, pois temos acesso aos sinais que ele emite. Então, o conhecimento/ desconhecimento paranóico parece ter relação com essa dialética do Outro enquanto inconsciente. O paranóico se coloca, nas suas relações, como detentor de um saber absoluto. Meyer (2007) sugere que existe, aí, um saber delirante, que se apresenta como uma certeza total, abrindo espaço, portanto, para o questionamento. No caso clínico mencionado, nota-se a presença de um saber delirante. Segundo Augusto, após sofrer um assalto em casa, com a esposa presente, ele passou a ter medo de o bandido voltar para pegá-lo. Passou, então, a ter medo de ser perseguido, já que, no dia seguinte a este episódio, a polícia soltou o assaltante. Além do sentimento de ser perseguido, Augusto conta que começou a ter medo de morrer: o bandido era traficante e lidava com drogas. Assim, ele conta que, quando está na rua ou em rodas de amigos, fumando maconha, fica com um medo excessivo. Na sua cabeça, um deles pode ser o bandido que invadiu sua casa. Na cena do assalto, o homem o teria visto, enquanto o paciente teria ficado o tempo todo com a cabeça baixa. Então, o bandido o conheceria, mas o paciente não faria a menor idéia de quem ele seja. Assim, tem medo de que um desses meninos seja o bandido e o reconheça. Se isso acontecer, seu medo é de mexerem com ele. 7

8 8 Augusto não sabe no que isso resultaria, pois iria para cima, o que poderia gerar uma grande briga e acabar em morte. A explicação que o paciente usa, para entender essa história, é delirante. Ele diz que é perseguido pelo fato de ser um seguidor de Jesus. Nessas situações, evidencia-se a dificuldade de convivência entre o eu e o outro. De acordo com Lacan, o paranóico, permanece preso a uma lógica muito autoreferente, de forma que é ou ele, ou o outro. Não existe eu e outro, eu com outro situações sentidas como morte psíquica. Nota-se que o paciente está sempre no embate com o outro; não existe negociação. Ele tem medo de que o outro ganhe, pois, se isso acontecer, ele estará perdido. Nas situações de brigas, ele tem medo de estar com o outro. Assim, a solução encontrada é apagar o outro. Isso significa que, se ele existir com o outro, será a morte. Além do saber delirante, o paciente se coloca como a certeza atuante, pois ele sabe tudo. Em seu trabalho, por exemplo, ele é o melhor mecânico, o funcionário em que a chefia mais confia e que mais valoriza. O chefe o coloca na frente dos antigos funcionários, por ser o funcionário mais rápido, inteligente e ágil. Os outros profissionais reclamam o tempo todo, porque ele está ganhando mais que todos. Os clientes chegam procurando por Augusto. Assim, nota-se que o paciente é tão bom mecânico que os outros o excluem. Numa sessão o paciente contou que o chefe o chamou na sala dele para promovê-lo profissionalmente; e dispôs-se a pagar-lhe dois cursos, para que o paciente se torne especialista na área do óleo. Com isso, o Augusto diz que os funcionários ficaram muito bravos. Assim, a cena da exclusão mais uma vez aparece. De acordo com Melman (2008), esse lugar do saber total teria uma relação com a castração: esse sujeito que se coloca no lugar de único, superior a todos e habitado por um saber completo, não conhece nenhum corte, ele sabe tudo, é não castrado. Melman enfatiza, então, a importância de o sujeito vivenciar a passagem do lugar de objeto para a posição do Um. Por ter uma dificuldade na convivência com o Outro, enquanto estrutura interna, há uma difícil convivência com o outro. Entende-se, assim, que a estrutura paranóica fala de um desconhecimento, que Merlin (1999) formula da seguinte maneira: não conheço o que está em mim, vejo-o no outro, do lado de fora (p.1 ). Considerações finais Como vimos, a paranóia envolve uma questão com a imagem ideal formada no estádio do espelho, o que se relaciona, por sua vez, com o ciúme primordial. Como já dissemos, este ciúme estabelece uma rivalidade com o próprio eu. Isto se refere a essa imagem construída nesse momento de sua constituição. Pois na paranóia parece existir uma não separação com essa imagem ideal, e com isso, o sujeito não consegue se encontrar, ou seja, não se apropria da imagem que é sua. Poderíamos afirmar que Augusto apresenta uma fixação na cena do ciúme primordial? Sim, na medida em que ele parece fixado a uma imagem relacionada ao pai, uma imagem talvez ideal. Morto há uns dez anos, a figura do pai permanece como um divisor de águas. Após sua morte, o respeito e a união entre os irmãos mudaram, segundo Augusto. Ele diz que seus dois irmãos são homossexuais coisa que o pai jamais permitiria. Tampouco o fato de o paciente ser excluído aconteceria, se o pai estivesse vivo. De acordo com Augusto, o pai era um homem autoritário, enérgico, que não deixaria que os filhos trabalhassem, porque ele é que era o homem da casa, e deveria sustentar a mulher e os filhos.

9 9 O paciente conta, ainda, que o pai sempre o ensinou a se defender na rua. Se ele chegasse em casa machucado, por exemplo, apanhava ainda mais, por não ter se defendido. Assim, o pai sempre construiu na família a imagem de homem que é homem não fraqueja, é forte, sabe de defender, é potente. O paciente parece ter essa única imagem de homem. Mas parece que não é nada fácil encarná-la. Torna-se evidente, então, a dificuldade na cena do ciúme primordial, pois a imagem ideal a ele proposta parece ser a do homem que é homem. Em todos os seus relacionamentos, Augusto tenta ser essa imagem, que, no entanto, sai do foco a todo o momento. Em algumas sessões, ele demonstrou desejo por sair da casa da mãe; mas o fato de não conseguir parece ser visto por ele como um fracasso e homem que é homem não fracassa. No relacionamento com a mãe, ele diz que é o filho mais apegado, e os irmãos o vêem assim, segundo ele. Quando ele chega em casa, os irmãos dizem: já chegou o filhinho da mamãe, e a mãe começa a fazer janta pra ele comer. O paciente diz que os irmãos sentem ciúmes dele com a mãe; até o pai sentia. Assim, ele contou que, freqüentemente, o pai dizia que não era para ela ficar fazendo tudo para o filho. Na leitura do paciente, o pai se incomodava com a relação dos dois. Augusto conta que sempre teve uma relação muito próxima com a mãe, e é o filho que mais se preocupa com ela, e isso desde pequeno. Ele é o filho mais velho, e sua relação com a mãe é a de um vínculo intenso. Diante disso, pode-se dizer que a relação com a mãe nos autoriza a pensar em paranóia? Devido ao fato de o caso estar em andamento, ainda não é possível fazer essa afirmação ou diagnóstico. Trata-se, no entanto, de um fator importante, que está sendo explorado nas sessões. Durante o processo de atendimento, o que me fez pensar nessa patologia foi a forte presença do laço social de exclusão, tanto em casa, quando no trabalho, assim como com as mulheres e com a vida social em geral. Além disso, há ocorrências, em alguns momentos, de um discurso efetivamente delirante por exemplo, quando Augusto diz que é perseguido pelas pessoas, inclusive pelos seus irmãos, pelo fato de ser um seguidor de Jesus. Assim, diante do não saber, ele justifica suas posições dizendo que, de acordo com a Bíblia, está escrito que quem seguir Jesus pagará o preço de ser perseguido. Ele entende que é excluído da família, na medida em que os irmãos também o perseguem e por isso não o convidam para fazer nada. Isso pode ser visto como um discurso delirante, pois ele não delira o tempo todo. Referências bibliográficas CZERMAK, Marcel. (1998) Atualidades e limites da paranóia. In VÀRIOS. A Clínica da psicose: Vol 2 - Lacan e a Psiquiatria. Rio de Janeiro: Tempo Freudiano DOR, Joel. (1989). Introdução à leitura de lacan: O inconsciente estruturado como linguagem. Porto Alegre. - Artes Médicas, FREUD, Sigmund. (1924) Neurose e Psicose. In - Obras Completas - Vol XIX - Rio de Janeiro: Imago, GUTMAN, Guilherme. Não Fica Louco Quem Quer. Revista Latino Americana de Psicopatologia Fundamental. 12 (1): , março 2009.

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