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- Débora Alvarenga Weber
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1 Apoio à Preparação de Voluntários de Leitura
2 Um projeto de cidadania Missão Potenciar o desenvolvimento de uma rede nacional de volutariado na área da promoção da leitura. Objectivos centrais Apoiar iniciativas; Estimular a adesão de voluntários; Disponibilizar informação; Assegurar recursos de formação; Realizar investigação.
3 A leitura A leitura é um bem essencial A leitura é a base de toda a aprendizagem A competência da leitura desenvolve-se: - estimulando o gosto pelos livros - diversificando experiências de leitura - detetando dificuldades - intervindo o mais cedo possível
4 Vantagens da leitura Proporciona informação e conhecimento sobre o mundo. Apresenta situações e ideias novas, estimulando a curiosidade, o pensamento crítico, e ainda a consciência de si própria e dos seus interesses pessoais. Desenvolve a atenção, a capacidade de concentração e a capacidade de compreender o que ouve. Activa a imaginação, pois ajuda a usar o pensamento na ausência de situações reais. Ajuda a identificar e usar conceitos familiares e conceitos novos. Estimula as capacidades de expressão, a aquisição de vocabulário novo e de novas formas de exprimir ideias e sentimentos. O contacto precoce de crianças com livros estimula muito o desenvolvimento e torna a leitura muito gratificante.
5 Ler por prazer Benefícios da Leitura por prazer As crianças e jovens que gostam de ler têm melhores resultados na leitura e na escrita É mais determinante do sucesso escolar do que o nível socio-económico da família Tem impacto positivo no desenvolvimento emocional e social Tem efeitos consideráveis na compreensão de textos e no domínio da gramática
6 Conceito de voluntário O voluntário é a pessoa que, de forma livre, desinteressada e responsável, se compromete, de acordo com as suas aptidões próprias e no seu tempo livre, a realizar acções integradas em programas de interesse social e comunitário, sem fim lucrativo, promovidas e realizadas de forma regular por entidades públicas e privadas, incluindo instituições particulares de solidariedade social. Lei nº 71/98, Artigo 3º
7 Conceito de voluntário Não são abrangidas pela presente lei as actuações que, embora desinteressadas, tenham um carácter isolado e esporádico ou sejam determinadas por razões familiares, de amizade e de boa vizinhança. Lei nº 71/98, Artigo 2º
8 Princípios enquadradores do voluntariado* Princípios da solidariedade, da participação, da cooperação, da complementaridade, da gratuitidade, da responsabilidade e da convergência. 1- Solidariedade co-responsabilidade de todos os cidadãos pela realização dos fins do voluntariado. 2 - Participação - intervenção das organizações representativas do voluntariado. 3 - Cooperação - as organizações promotoras e as organizações representativas do voluntariado podem estabelecer programas de acção concertada. 4 - Complementaridade - o voluntário não deve substituir os trabalhadores das organizações promotoras. 5 - Gratuitidade - o voluntário não é remunerado, nem pode receber donativos, pelo exercício do seu trabalho voluntário. 6 - Responsabilidade - o voluntário é responsável pelo exercício da actividade que se comprometeu realizar, 7 - Convergência a acção do voluntário deve estar de acordo com a cultura e os objectivos institucionais da entidade promotora. Artigo 6º da Lei nº 71/98 * Cedido por Fundação Montepio
9 Pilares do voluntariado* 1. Liberdade - A decisão de ser voluntário resulta de vontade própria; 2. Responsabilidade - É assumido um compromisso com a instituição e com os beneficiários; 3. Desinteresse - Não deve visar qualquer retribuição, notoriedade ou reconhecimento público, obtenção de ascendente ou poder. *Cedido por Fundação Montepio
10 Deveres dos voluntários* Respeitar: os princípios deontológicos, designadamente o respeito pela vida privada; As normas da entidade em que colabora e os seus programas; Actuar de forma diligente, isenta e solidária; Participar na formação para o trabalho voluntário; Zelar pela boa utilização dos recursos materiais postos ao seu dispor; Colaborar com os profissionais da organização promotora, respeitando as suas opções e seguindo as suas orientações técnicas; Não assumir o papel de representante da organização promotora sem autorização; Garantir a regularidade do trabalho voluntário de acordo com o programa acordado; Utilizar identificação como voluntário no exercício da sua actividade. * Cedido por Fundação Montepio
11 Deveres dos voluntários Relativamente aos beneficiários Garantir a regularidade do exercicio do trabalho voluntário de acordo com o programa acordado ; Respeitar os direitos e desejos do destinatário, promovendo a sua autonomia e auto-determinação; Ajudar o destinatário, apoiando a sua tomada de decisões e participação social; Manter uma actuação interessada e afectuosa sem dependências ou excessiva intimidade; Promover a aproximação do destinatário à rede de apoio; Informar, com antecedência possível qualquer interrupção ou cessação do trabalho voluntário; Observar um rigoroso dever de sigilo sobre a vida da pessoa a quem presta apoio.
12 Locais privilegiados para o voluntariado Escolas e Bibliotecas Escolares Bibliotecas Públicas Associaçõs e Fundações Centros de Saúde e Hospitais Empresas Centros de Acolhimento
13 Papel dos voluntarios de leitura Na Escola / Na Biblioteca Promover o prazer de ler, sobretudo entre as crianças e os jovens, dando generosamente algum do seu tempo. Ler com um só beneficiário, para um pequeno grupo, para uma turma, em sessões de 30 a 60 minutos, em horário a fixar por acordo com a biblioteca escolar ou pública de acordo com um programa acordado entre o voluntário e a instituição. Apoiar os profissionais - docentes e bibliotecários - nas atividades de promoção da leitura. Trata-se de uma actividade agradável, acessível a qualquer pessoa, e com efeitos inestimáveis no desenvolvimento das potencialidades das novas gerações.
14 Características do voluntário Ser alguém amadurecido, capaz de assumir livremente uma opção Estar motivado para assumir uma responsabilidade em favor de terceiros. Ter expectativas de satisfação pessoal. Ser capaz assumir a responsabilidade por um trabalho com regularidade determinada. Possuir com competências e capacidades adequadas aos objectivos que lhe são propostos. Trabalhar gratuitamente para o bem comum. Aceitar ser integrado numa organização promotora. * Cedido por Entrajuda.
15 Apoio dos profissionais Professores bibliotecários nas escolas e bibliotecários são figuras de referência no apoio ao voluntário de leitura para que assumam bem o seu papel Na integração no agrupamento/escola/ biblioteca. Na escolha dos livros adequados. No relacionamento com os alunos ou outros beneficiários. Sempre que necessário, na resolução de imprevistos.
16 Integração na instituição Contar com o apoio do professor-bibliotecário ou do bibliotecário para: Conhecer a cultura da institução; A direção, a equipa da biblioteca, alguns docentes e funcionários; A biblioteca e os espaços da escola; As atividades e tarefas de leitura que poderá realizar; Os alunos que irá apoiar; Na escola, combinar diretamente com o professor-bibliotecário, articulando com os docentes das turmas envolvidas, as modalidades de leitura, as atividades e os horários; Receber preparação sobre a atividade; Receber apoio continuado.
17 Sessão preparatória do voluntariado Pontos essenciais a focar: Ética do voluntariado Esclarecimentos sobre: Os alunos que poderão estar envolvidos A escolha de livros adequados a cada atividade e às diferentes situações dos alunos Os efeitos benéficos junto das crianças e dos adolescentesda leitura a par e da leitura em voz alta A flexibilidade desejável neste tipo de intervenção, sempre alterável em função das reações dos alunos e dos resultados Demonstração ao vivo ou com exemplos disponíveis na Internet Estabelecer um Programa do Voluntário de Leitura
18 Programa do voluntário Deverá ser aprovado mediante acordo a celebrar entre organização e voluntário Definição de: - âmbito do trabalho voluntário; - formas de participação nas actividades; - duração e formas de desvinculação; - formação para o bom desenvolvimento do trabalho voluntário; - seguro do voluntário/cobertura dos riscos Lei nº 71/98, Artigo 9º
19 Atividades de voluntariado. Tipos de leitura Leitura em voz alta e debate sobre livros com grupos interessados para uma turma Leitura a par com um aluno, ou com dois alunos Apresentação de livros Dramatização de histórias Apoio à semana da leitura/festas e comemorações Concursos e jogos de leitura Apoio a visitas de escritores e ilustradores Apoio à organização de Feiras do Livro
20 Sugestões para escolher livros adequados Procurar livros ajustados à idade dos beneficiários Livros que agradem ao voluntário e à criança Procurar na biblioteca Levar vários livros para cada sessão Escolher livros integrados em séries ou coleções Preferir livros com poucas páginas para crianças mais pequenas O essencial é despertar e consolidar o prazer de ler
21 Inscrição de voluntários de leitura Os voluntários adultos podem inscrever-se: Através do site do projeto e será encaminhado para a escola ou biblioteca pretendida; Diretamente no agrupamento ou escola, junto de professores bibliotecários ou na biblioteca pública junto dos serviços competentes; Para serem aceites deverão apresentar: BI ou Cartão do Cidadão Registo criminal Alunos mais velhos: Em muitos países é prática corrente mobilizar os alunos mais velhos para apoiarem os mais novos. Para além do efeito sobre os beneficiários é uma forma de educação para cidadania.
22 Algumas regras Procedimentos a evitar: Sentir-se forçado a inscrever-se como voluntário ou a prosseguir uma atividade em que não se sinta confortável; Escolher livros que embora agradem ao voluntário, aborreçam o leitor; Insistir na leitura de obras pelas quais o leitor não manifesta qualquer interesse; Sentir-se responsável por resultados menos favoráveis ou por eventuais fracassos nas parcerias.
23 Algumas regras Procedimentos a seguir: Contar com o apoio dos profissionais (docentes / bibliotecários) que enquadram os voluntários, ajudando na escolha de livros, conversando a respeito dos beneficiários e mantendo-se na retaguarda; O tempo dedicado a cada sessão pode ser abreviado ou prolongado em função da adesão dos alunos; É importante verificar se na sessão, ou ao longo das sessões, há atitudes a corrigir, ou alterações na escolha de livros ou de parceiros de leitura; É desejável que o voluntário se vá apercebendo de progressos que conseguiu com a sua ação, conversando com os beneficiários, com familiares ou docentes.
24 Referências
25 Enquadramento Jurídico Voluntariado* Lei nº 71/98, de3 de Novembro - Estabelece as bases do enquadramento jurídico do voluntariado. Decreto-Lei nº 389/99, de 30 de Setembro - Regulamenta a Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro, criando as condições que permitam promover e apoiar o oluntariado. Resolução do Conselho de Ministros nº 50/2000, de 30 de Março - Define a composição e o funcionamento do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado. Decreto-Lei nº 40/89, de 12 de Fevereiro - Institui o seguro social voluntário, regime contributivo de carácter facultativo no âmbito da Segurança Social, em que podem ser enquadrados os voluntários. Decreto-Lei nº 176/2005, de 25 de Outubro - Altera o n.º 1 do art.º 4.º do Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro. Portaria nº 87/2006, de 24 de Janeiro - Aprova o Modelo de Cartão de Identificação do Voluntário.
26 Voluntários de Leitura Parceiros
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