Oportunidades e desafios do estabelecimento de uma plataforma de Imunização para Adolescentes

Transcrição

1 Oportunidades e desafios do estabelecimento de uma plataforma de Imunização para Adolescentes RENATO DE ÁVILA KFOURI Pediatra e Infectologista Presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (CTAI-PNI)

2 Potenciais conflitos de interesse Atua no mercado privado de vacinas Participou de reuniões de consultoria para os laboratórios GSK, MSD e Pfizer Ministrou palestra para os laboratórios MSD, Sanofi e Pfizer Membro do CTAI do Programa Nacional de Imunizações Brasil

3 3 FAIXAS ETÁRIAS = 3 PARTICULARIDADES CALENDÁRIOS VACINAIS CRIANÇAS PRECISO DETALHADO BEM ACEITO PROGRAMAS VACINAIS SÃO MUITO EFETIVOS OFSP, Plano de Vacinação 2010 Memória coletiva dos excelentes benefícios do programa de vacinação infantil Crença de que vacinas são para crianças TAXAS DE COBERTURA VACINAL ABAIXO DAS METAS DA OMS IMUNOSSENESCÊNCIA Envelhecimento do sistema imunológico IMUNOSSENESCÊNCIA SEM CULTURA DA VACINAÇÃO RISCO AUMENTADO DE ADOECIMENTO CRIANÇAS ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS ADULTOS > 60 ANOS

4 FASES DA ADOLESCÊNCIA Adolescência inicial ou pré adolescência: 08 a 12 anos Rápido desenvolvimento físico Frequentes acidentes Adolescência intermediária: 13 a 16 anos Rápidas mudanças físicas Desenvolvimento da identidade sexual Iniciação sexual Adolescência tardia: 17 a 19 anos Transição escolar Início de trabalho Maior independência Decréscimo de visitas a médicos Maior exposição

5 Tarefas da Adolescência Assumir mudanças na imagem corporal Adotar valores e estilo de vida Adquirir independência Estabelecer identidade própria Desenvolver a sexualidade madura e responsável

6 VACINAR ADOLESCENTES POR QUE? Adolescente continua sendo vulnerável à doenças imunopreveníveis; Doses de reforço para algumas vacinas; Viagens, ambientes fechados; Experimentação: sexual, drogas, álcool, etc; Novos programas; Atualização (repescagem). Contribuição na proteção indireta (doença meningocócica)

7 Riscos Comportamentais - Sexualidade início precoce da vida sexual múltiplos parceiros história de violência sexual não uso de preservativo sexo anal história de DST prévias uso de álcool e drogas sexo em troca de alimento, abrigo, dinheiro ou drogas

8 ASPECTOS ÉTICOS DO ATENDIMENTO MÉDICO AO ADOLESCENTE Recomendações dos Departamentos de Adolescência e Bioética da SBP O adolescente, desde que identificado como capaz de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, tem o direito de ser atendido sem a presença dos pais ou responsáveis no ambiente de consulta, garantindo-se a confidencialidade e a execução dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos necessários. A ausência dos pais ou responsáveis não deve impedir o atendimento do jovem.

9 Desafios... Família Adolescente Desconhecimento / Desinformação Pouca ascenção sobre o adolescente Negligência Tabus Dúvidas Desconhecimento Desinformação Medo Má receptividade a vacinas ACESSO

10 Vacinas na adolescência Sarampo, caxumba e rubéola Hepatite B Dupla adulto/tríplice acelular Meningite C/ACWY/B HPV Hepatite A Influenza Febre amarela Dengue Adolescente grávida

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12 RECOMENDAÇÕES

13 Coberturas vacinais em adolescentes de 12 e 13 anos de idade com a vacina Meningocócica C, por Unidade Federada, Brasil. 2017* anos 13 anos Fonte: *Dados preliminares acessados em 16/02/2018 ordenados por ordem crescente de coberturas em adolescentes de 12 anos de idade. Destaque no mapa em vermelho para coberturas vacinais abaixo da meta (95%)

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15 Coberturas vacinais com dose 2 (D2) acumuladas em meninas de 9 a 15 anos de idade vacina Papiloma Vírus Humano (HPV ) por Unidade Federada, Brasil. 2017* 80,00 60,00 40,00 36,91 37,32 39,57 41,99 45,65 45,99 46,76 48,18 48,41 49,47 50,30 50,58 50,98 51,19 51,25 52,07 52,82 53,50 53,89 54,71 55,04 56,52 57,36 62,21 62,64 65,02 65,34 70,79 20,00 0,00 PA BA RN PI SE RS PR AC RJ PB MA BR GO RO MT SP MS TO AL MG SC PE AP ES CE AM RR DF Nenhuma atingiu a meta de 80% de cobertura vacinal em adolescentes com D2 acumuladas Fonte: *Dados preliminares acessados em 26/01/2018 ordenados por ordem crescente de coberturas. Destaque no gráfico em vermelho para coberturas vacinais abaixo da meta (80%)

16 Coberturas vacinais com dose 1 (D1) e D2 em meninas de 9 de idade vacina Papiloma Vírus Humano (HPV ) por Unidade Federada, Brasil. 2017* HPV Quadrivalente D1 9 anos - Feminino HPV Quadrivalente D2 9 anos - Feminino Fonte: *Dados preliminares acessados em 16/02/2018

17 Coberturas vacinais com dose 1 (D1) e dose 2 (D2) em meninos de 12 anos de idade vacina Papiloma Vírus Humano (HPV ) por Unidade Federada, Brasil. 2017* Rio Grande do Norte Distrito Federal Acre Pará Alagoas Piauí Bahia Maranhão São Paulo Pernambuco Sergipe Rio de Janeiro Amapá Rondônia Mato Grosso Paraná Goiás Rio Grande do Sul Paraíba Ceará Mato Grosso do Sul Amazonas Espírito Santo Minas Gerais Tocantins Roraima Santa Catarina Brasil HPV Quadrivalente D1 12 anos - Masculino HPV Quadrivalente D2 12 anos - Masculino

18 Coberturas vacinais da hepatite B (3ª doses acumuladas)*, por grupos etários, Brasil, < 1 ano 1 a 4 5 a a a a a a a a anos TOTAL Fonte:CGPNI (elaborado com dados extraídos em preliminares até maio. Doses acumuladas no período de 1994 a 2016

19 30% dos casos em adolescentes e adultos jovens 12.pdf

20 Casos de DM sorogrupo C ocorridos em surtos por faixa etária. Brasil, Fonte: SVS/MS 26

21 Adolescentes têm as mais altas taxas de portação da bactéria Metanálise de 89 estudos representativos de 28 países que demonstram a especifidade por idade de carreadores da Doença Meningocócica 40 Dados ajustados Faixa de IC a 95% Prevalência (%) Anos Adaptado de: Christensen H, et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis. 2010;10:

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24 Estratégias para a imunização do adolescente

25 Integração Escola e Serviços de Saúde Trabalhos educativos Avaliações de saúde de rotina na admissão escolar e esportiva Apresentação do cartão vacinal na admissão escolar e esportiva Portaria no , Ministério da Saúde, 2004 Aplicação das vacinas na própria escola Parceria educação e saúde

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27 Conversando com o Adolescente Clara e consistente Informações adequadas Contextualizada ao cotidiano do adolescente Inserir o adolescente no processo de decisão

28 Outras estratégias Avaliações regulares da saúde semelhantes à puericultura (Hebicultura) Promover jornadas e encontros para atualização científica e reciclagem profissional Promover campanhas de vacinação

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30 OBRIGADO