CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO AUTOR(ES): JAQUELINI CRISTINA DE GODEIS

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1 TÍTULO: LEI Nº , DE 06 DE JULHO DE 2015 ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ALTERAÇÕES DO CÓDIGO CIVIL NOS EFEITOS DA CURATELA E SUAS CONFRONTAÇÕES COM O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO AUTOR(ES): JAQUELINI CRISTINA DE GODEIS ORIENTADOR(ES): MARCELO TRUZZI OTTERO

2 1 RESUMO O presente projeto de trabalho de curso voltado ao direito civil abrangerá o direito familiar, direito processual civil e a Constituição Federal. A pesquisa pretende abordar as alterações trazidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência em relação ao Direito Civil nos efeitos da Curatela, confrontando-as com o novo Código de Processo Civil. Essa análise se insere na proteção da dignidade da pessoa humana prevista na Constituição Federal em seu artigo 1.º, III, bem como de inúmeros princípios relativos ao Direito Civil. INTRODUÇÃO O sistema normativo que será tratado nesse projeto, Lei n de 06 de julho de Estatuto da Pessoa com Deficiência, trata-se de um sistema normativo inclusivo que venera o princípio da dignidade da pessoa humana em diversos sentidos. Este novo diploma, retirou a pessoa com deficiência da categoria de incapaz, alterando de forma substancial o tratamento relativo aos absoluta e relativamente incapazes, com o objetivo de inclusão social das pessoas que apresentam algum tipo de deficiência. Com sua entrada em vigor, 03 de janeiro de 2016, a pessoa com deficiência, aquela que tem impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, não mais será considerada incapaz de reger os atos da vida civil, isto por que, conforme artigo 6.º do mencionado diploma, a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa. Destarte, com a nova lei, o conceito de capacidade civil foi reconstruído e ampliado. Em suma, podemos dizer que houve uma revolução na teoria das incapacidades, o que repercute diretamente nos institutos de direito assistencial, em especial para a curatela. Essa revolução trouxe diversas garantias para os portadores de deficiência. OBJETIVOS No trabalho de curso a ser desenvolvido, busca-se compreender e analisar as alterações trazidas para o Código Civil, no que se refere à Curatela, pelo Estatuto da

3 2 Pessoa com Deficiência. A pesquisa demonstrará a importância das mudanças introduzidas pelo novo diploma. O presente projeto terá como objetivos específicos, a descrição do processo histórico da capacidade civil e a compreensão dos princípios que a orientam; compreensão do sistema de interdição, reconhecido hoje apenas como curatela específica para realização de determinados atos; análise das mudanças trazidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, para o Código Civil; interpretação do novo instituto, Tomada de Decisão Apoiada; análise das confrontações existentes entre o Estatuto da Pessoa com Deficiência e o Novo Código de Processo Civil, dentre outros. METODOLOGIA O estudo abrangerá de modo peculiar uma investigação legislativa, doutrinária e jurisprudencial da hipótese lançada. Esse estudo terá por referência os métodos comparativo, dedutivo e analítico por considerar as eventuais alterações trazidas ao Código Civil. Considerando o novo diploma, garantidor dos direitos às pessoas portadoras de deficiência, a abordagem do tema será de análise da evolução da capacidade civil, de modo a aprofundar no sistema protetivo, Curatela. Os materiais à serem utilizados incluem a legislação aplicável, doutrina em livros periódicos especializados, jurisprudência coletada ante os tribunais, bem como de outras fontes nacionais e, ressalto, que os delineamentos necessários serão promovidos ao longo da pesquisa. DESENVOLVIMENTO A trajetória da construção dos direitos humanos das pessoas portadoras de deficiência compreende quatro fases: I) primeira fase considerada a fase de intolerância em relação às pessoas com deficiência, onde a deficiência possuía sentido de impureza, pecado, ou até mesmo castigo divino; II) segunda fase marcada pela invisibilidade das pessoas com deficiência; III) terceira fase orientada por uma ótica assistencialista, regulada na perspectiva médica e biológica de que a deficiência poderia ser uma doença curável, com o indivíduo portador de deficiência como foco; IV) por fim, uma quarta fase fundamentada nos preceitos dos direitos humanos, onde surgem os direitos à inclusão social em relação à pessoa com

4 3 deficiência e do meio em que ela vive, com um único objetivo, o de eliminar qualquer discriminação, ajudando-os a eliminar barreiras e obstáculos que sejam capazes de impedir o pleno exercício dos direitos humanos. A quarta fase fora essencialmente considerada como a direção para a construção dos direitos às pessoas portadoras de deficiência, isto porque, nesta fase o principal objetivo era o da inclusão do indivíduo no meio social, tendo o Estado como principal responsável por essa inclusão, uma vez que terá o dever de eliminar qualquer obstáculo que impeça o exercício dos direitos às pessoas com deficiência e garantir apoio assistencial, para que essas pessoas passem a ser concebidas como verdadeiros sujeitos titulares de direitos. Diante da carência de direitos, foi adotada pela ONU a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - CDPD, nos termos da Resolução da Assembléia Geral n. 61/106, entrando em vigor em 03 de maio de A Convenção representa uma mudança no modo de pensar, se tornando um importante instrumento para alteração da percepção da deficiência, fazendo com que os indivíduos reconheçam que todos devem ter espaço para poderem alcançar, de forma plena, o seu potencial, ademais, a Convenção veio como resposta da comunidade internacional que lutava pelo reconhecimento de direitos em razão do longo período de discriminação, exclusão e desumanização das pessoas portadoras de alguma deficiência. Sobre o texto da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ressalta Flávia Piovesan (2012, p. 291): O texto apresenta uma definição inovadora de deficiência, compreendida como toda e qualquer restrição física, mental, intelectual ou sensorial, causada ou agravada por diversas barreiras, que limite a plena e efetiva participação na sociedade. A inovação está no reconhecimento explícito de que o meio ambiente econômico e social pode ser causa ou fato de agravamento de deficiência. A própria convenção reconhece ser a deficiência um conceito em construção, que resulta na interação de pessoas com restrições e barreiras que impedem

5 4 a plena e efetiva participação na sociedade em igualdade com os demais. A deficiência deve ser vista como o resultado da interação entre indivíduos e seu meio ambiente e não como algo que reside intrinsecamente no indivíduo. O conceito de discriminação adotado pela Convenção envolve toda distinção, exclusão ou restrição em relação à deficiência, que tenha por objetivo obstar o exercício pleno de direito. A CDPD promoveu ao Estado o dever de realizar ajustes, adaptações ou modificações essenciais para assegurar, às pessoas com deficiência, o exercício dos direitos humanos em igualdade de condições com qualquer outro indivíduo. A Convenção se atém à proibição da discriminação e à promoção da igualdade e expressamente enuncia em seu artigo 5º, parágrafo 4º, a perspectiva dos Estados adotarem as providências necessárias para acelerar e alcançar a igualdade de fato das pessoas com deficiência. A aplicação do princípio da isonomia não atende suas características, deixando lacunas quando da interpretação de diversos temas. A relação das pessoas portadoras de deficiência, objeto deste trabalho, é declarada como nula perante a isonomia. Tem-se que o princípio é aplicado de forma a garantir a igualdade a todos, tratando igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades. Por outro lado, de forma individual o constituinte estabelece desigualdades, concedendo garantias, direito e proteção a alguns grupos sociais, sem observar a necessidade de tratar de forma igual os portadores de deficiência. Cita-se a trajetória dos direitos e garantias das mulheres, em que o grau de discriminação foi tamanha que resultou no reconhecimento de diversos direitos aplicáveis tão somente às mulheres. Analisando a aplicabilidade do princípio da igualdade às pessoas com deficiência, clara é a conclusão de que este princípio geral, considerado fundamental no ordenamento jurídico, não se aplica a estes sujeitos.

6 5 Ainda na tentativa de aplicar a igualdade à todos, o artigo 7º, inc. XXXI, da Constituição Federal, preceitua a não existência de discriminação, em razão da deficiência, quando da contratação e manutenção do emprego. A Constituição Federal, também concedeu dispositivos garantidores do direito à educação, em seu artigo 208, inc. II, o direito à inclusão social, expresso no inciso II, do 1º, do artigo 227, o 2º do mesmo artigo que garante a acessibilidade, dentre outros. Todavia, os direitos e garantias expressamente citados, apenas caracterizam a forma material, uma vez que não são aplicados. RESULTADOS O Estatuto representa para as pessoas portadoras de deficiência, um grande avanço, não apenas por ampliar direitos, e até mesmo ampliar políticas que lhes permitam o exercício dos mesmos, mas também por explicitar, de modo contundente, que uma deficiência não pode ser limitante para os exercícios de direitos civis. O Estatuto da Pessoa com Deficiência produz mudanças sensíveis na compreensão do direito civil. Primeiramente destaca-se a principal alteração trazida pelo EPCD, que se refere à incapacidade relativa daquele que não pode exprimir sua vontade, conforme era exposto pelo art. 4º, III, CC, os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade, eram considerados absolutamente incapazes, entretanto com a entrada em vigor do Estatuto, passam para a categoria de relativamente incapazes, com a seguinte redação: III- aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. A alteração tem por consequência que aquele que não puder exprimir sua vontade passe a ser assistido, ou seja, podendo participar do ato juntamente com seu representante legal.

7 6 O diploma em questão revogou o inciso I do artigo do Código Civil que previa ser nulo o casamento do: Enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil. No que se refere ao casamento civil, portanto, houve um avanço, não podendo os deficientes serem impedidos da formação de família por meio do casamento ou mesmo união estável. É importante ressaltar que o Estatuto trouxe regra expressa quanto ao direito de família nos incisos do artigo 6º, in verbis: Art. 6º. A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: I - casar-se e constituir união estável; II - exercer direitos sexuais e reprodutivos; III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Flavio Tartuce defende que o novo dispositivo gera, no plano familiar, uma verdadeira inclusão plena das pessoas com deficiência. É sabido que nem toda deficiência retira o total discernimento para a tomada de qualquer decisão que tenha como intuito a constituição de família e de sua formação, entretanto, frisa-se, que mesmo com a referida mudança legal, a decisão de se casar é um ato de vontade e, uma vez que a vontade não puder existir em razão da deficiência, inexistente também será o casamento. Mas isto não significa que o casamento não irá existir por conta da existência da deficiência, pelo contrário,

8 7 se a vontade existir, mesmo existindo a deficiência, o casamento será válido, isto porque a enfermidade não é mais reconhecida como causa de nulidade. Por outro lado, embora o estatuto tenha alterado vários dispositivos relativos ao casamento, não houve alteração na redação do art do Código Civil, o qual dispõe sobre a anulabilidade do casamento e que em seu inciso IV prevê: Art É anulável o casamento: IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento ; Isso significa que o casamento do deficiente que for incapaz de consentir ou manifestar de modo inequívoco o consentimento pode ser anulável, mas não nulo. O Estatuto acrescentou o parágrafo segundo ao dispositivo: Parágrafo 2º. A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. Por fim, dentre as principais alterações, destaca-se a inovação sobre a curatela, que admite, por força do artigo 84, parágrafo 1º, a interdição de pessoa capaz: Art. 84. quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a lei. O estatuto deixa expressamente claro que mesmo com a curatela, não teremos uma pessoa incapaz. Pablo Stolze afirma que, temos, portanto, um novo sistema que, vale salientar, fará com que se configure como imprecisão técnica considerar-se a pessoa com deficiência incapaz. Ela é dotada de capacidade legal, ainda que se valha de institutos assistenciais para a condução da sua própria vida. Desta forma, com a vigência do Estatuto temos uma nova categoria de capazes, àqueles sob curatela.

9 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com as alterações trazidas pelo novo Estatuto da Pessoa com Deficiência, garantiu-se para esse grupo uma série de garantias de direitos humanos, direitos que antes violados, passaram a ter relevância, sendo essenciais para a pessoa deficiente. O reconhecimento de que a pessoa com deficiência é sujeito de direitos e deveres deve ser efetivado pela ordem jurídica demonstrando o avanço da democracia no país. A inclusão das pessoas com deficiência é termo que tem como significado a dispensa de tratamento isonômico, respeitadas as suas diferenças, se comparados com as pessoas normais, conferindo cumprimento à salvaguarda do direito à dignidade da pessoa humana, constitucionalmente estabelecido, compreendendo diversos aspectos, tais como: sociais, econômicos, culturais, arquitetônicos, educacionais, políticos, recreativos, dentre outros; tudo isso com o fim precípuo de preservar os direitos mais íntimos destas pessoas, dada a sua íntima correlação com as manifestações da personalidade humana. FONTES CONSULTADAS ARAUJO, Luiz Alberto David. A proteção constitucional das pessoas com deficiência. 4. ed. Brasília: O Estatuto da Pessoa com Deficiência - EPCD (Lei , de ): algumas novidades. Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Disponível em: < Acesso em: 01 jun ARAUJO, Luiz Alberto David & SERRANO NUNES JÚNIOR,Vidal. Curso de direito constitucional. 2. ed. ver. e atual., São Paulo, Saraiva, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal/Centro Gráfico, 1988.

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11 10 REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 17. ed.são Paulo: Saraiva, ROCHA, Oliveira. Revista dialética de Direito Processual. n São Paulo. Out ROSENVALD, Nelson. A Tomada de Decisão Apoiada. Disponível em: < 55b76d1f025507a8c08bb>. Acesso em: 20 out ROSENVALD, Nelson. Há fungibilidade entre a Tomada de Decisão Apoiada e as Diretivas Antecipadas de Vontade?. Disponível em: < gos/1128/h%c3%a1+fungibilidade+entre+a+tomada+de+decis%c3%a3o+apoiad a+e+as+diretivas+antecipadas+de+vontade%3f>. Acesso em: 20 out STOLZE, Pablo. O Estatuto da Pessoa com Deficiência e o Sistema Jurídico Brasileiro de Incapacidade Civil. Disponível em: < O+Estatuto+da+Pessoa+com+Defici%C3%AAncia+e+sistema+jur%C3%ADdico+bra sileiro+de+incapacidade+civil>. Acesso em: 02 ago TARTUCE, Flávio. Direito Civil, Direito de Família. De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei /2015), Novo CPC (Lei /2015), Enunciados da VII Jornada de Direito Civil, 11ª ed. Editora Forense VELOSO, Zeno. Estatuto da Pessoa com Deficiência. Uma nota crítica. Disponível em: < cia-uma.html>. Acesso em: 15 ago

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