O PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL E EM PORTUGAL 1 PLANNING OF WATER RESOURCES IN BRAZIL AND PORTUGAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL E EM PORTUGAL 1 PLANNING OF WATER RESOURCES IN BRAZIL AND PORTUGAL"

Transcrição

1 O PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL E EM PORTUGAL 1 Mara Alini Meier 2 *; Evelyn Zucco 3 ; Francisco da Silva Costa 4 Resumo: A gestão da água no Brasil e em Portugal encontra-se fundamentada em instrumentos de planejamento, que devem proporcionar a proteção, conservação e uso racional deste recurso: o Plano Nacional de Recursos Hídricos, os Planos Estaduais de Recursos Hídricos e os Planos de Bacia Hidrográfica; Plano Nacional de Águas, os Planos de Gestão de Região Hidrográfica e os Planos Específicos de Gestão da Água, respectivamente. Os planos estão compostos por diversas etapas, elaborados para diversas escalas e construídos com a participação da sociedade. No Brasil os planos começaram a ser elaborados mesmo antes da Lei n.º 9.433/97, que regula atualmente a gestão dos recursos hídricos, e até hoje eles não foram todos concluídos, passando por diversos problemas. Em Portugal, os primeiros planos foram construídos em 2001 e após a promulgação do Decreto-Lei n.º 58/2005 iniciou-se o primeiro ciclo de planejamento previsto por esta Lei. A partir do ano de 2012 entrou no segundo ciclo de planejamento, havendo a revisão de todos os planos. O processo de implementação dos planos portugueses também passou por dificuldades, porém não gerou grandes atrasos. Palavras-Chave: Planos de Recursos Hídricos; Planejamento dos recursos hídricos; Gestão dos recursos hídricos. PLANNING OF WATER RESOURCES IN BRAZIL AND PORTUGAL Abstract: Water management in Brazil and Portugal is based on planning instruments, which should provide the protection, conservation and rational use of this resource: the National Plan for Water Resources, the State Water Resources Plans and Watershed Plans; National Water Plan, the Plans of River Basin Management Plans and Specific Water Management respectively. Plans are made up of several stages, designed to different scales and built with the participation of society. In Brazil plans began to be developed even before the Law n.º 9.433/97, which currently regulates the management of water resources, and to this day they were not all completed, through various problems. In Portugal, the first plans were built in 2001 and after the promulgation of Decree-Law n.º 58/2005 began the first planning cycle provided by this Act. From the year 2012 entered the second planning cycle, there is a review of all plans. The implementation process of the Portuguese plans also experienced difficulties, but did not cause major delays. Keywords: Water Resources Plans; Water resources planning; Water resources management. 1 Agradecimentos à CAPES pela bolsa de doutorado (BEX 0878/12-0) de Evelyn Zucco Soares e pela bolsa de doutorado sanduíche do PDSE (BEX 10409/14-9) de Mara Alini Meier. 2 Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/RS/Brasil. mara.alini@gmail.com 3 Doutoranda em Geografia pela Universidade do Minho/Portugal. evelynzucco@gmail.com 4 Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade do Minho/Portugal. costafs@geografia.uminho.pt XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 1

2 INTRODUÇÃO O planejamento geralmente considera uma série de questões sociais, econômicas e ambientais e perspectiva a gestão e o desenvolvimento dos recursos hídricos. A gestão da água no Brasil e em Portugal encontra-se fundamentada em instrumentos de planejamento de âmbito nacional e de bacia e/ou região hidrográfica, os quais devem proporcionar a proteção, conservação e uso racional desse recurso. Os planos são compostos por diversas etapas, elaborados em diferentes escalas e construídos com a participação da sociedade. O planejamento das águas é relevante para a tomada de decisões a respeito do uso deste recurso, que necessita de cautela devido a sua vulnerabilidade quali-quantitativa. E para que o planejamento se efetive, é necessário que a sociedade participe desse processo ativamente e se comprometa com a sua efetivação. Correia (2005), ressalta que esses tipos de instrumentos são os que mais responsabilizam os usuários e a sociedade, desde que existam informação e participação efetiva. Os planos são então considerados um importante mecanismo de auxílio a governos e comunidades na determinação da gestão e nas decisões de afetação dos recursos hídricos. O processo de elaboração do planejamento é demorado, minucioso e delicado, por isso perpassa por diversos problemas e dificuldades, que merecem atenção especial. Para que o planejamento seja executado é necessário identificar esses entraves e estabelecer alternativas que os ultrapassem. Nesse sentido o presente trabalho visou analisar como o processo de planejamento das águas ocorreu e vem ocorrendo no Brasil e em Portugal, a fim de compará-los e identificar suas semelhanças e diferenças, além de observar os principais problemas enfrentados na sua construção. METODOLOGIA Essa análise embasou-se na pesquisa documental e bibliográfica. A pesquisa documental valese de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa (Godoy, 1995). A pesquisa bibliográfica consiste no exame da bibliografia, para o levantamento e análise do que já foi produzido sobre o assunto a ser pesquisado (Ruiz, 1992). A pesquisa foi realizada em duas fases: (a) coleta de fontes bibliográficas e documentais; (b) coleta de informações e levantamento dos dados contidos nas fontes selecionadas. Diversos documentos foram consultados: a) Brasil: a Lei Federal de Recursos Hídricos nº 9.433/97; o relatório de Conjuntura da ANA de 2014; Relatórios do Plano Nacional de Recursos Hídricos; trabalhos acadêmicos publicados na área; e pesquisa de notícias no site da Agência Nacional de Águas. b) Portugal: a Diretiva-Quadro da Água da União Européia (2000/60/CE); a Lei da Água n.º 58/2005; Relatórios do Plano Nacional das Águas; Portaria n.º 1.284/2009; pesquisa em textos e notícias no site da Agência Portuguesa do Ambiente e em artigos publicados sobre o tema. O PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL A gestão das águas no Brasil está fundamentada nos instrumentos de planejamento dos recursos hídricos, conforme a Lei nº 9.433/97. Esses instrumentos são os planos de recursos hídricos (PRH) elaborados para diversas escalas, desde o âmbito nacional até a escala da bacia hidrográfica (BH). São três tipos de planos: Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH); Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) e os Planos de Bacia Hidrográfica (PBH). XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 2

3 Os PRH são o planejamento das ações de gestão hídrica realizado de forma descentralizada e participativa. Corroboram com a proposição de alternativas, programas e projetos que efetivem as metas previstas nos mesmos para a proteção, conservação e uso racional das águas efetivando a gestão das mesmas. Os planos estão compostos por três fases: a) Diagnóstico e prognóstico da situação das águas, onde define-se as características quali-quantitativas, disponibilidade e demanda atuais e futuras dos usos da água. O prognóstico das águas deve incluir projeções econômicas, sociais e de uso e ocupação dos solos e potenciais conflitos que venham a existir, relacionados as águas; b) Enquadramento das águas, estabelece o nível de qualidade a ser alcançado ou mantido em um segmento de corpo d'água ao longo do tempo; c) Plano de ações, ações necessárias para que o plano seja atingido. O PNRH foi desenvolvido pela Secretaria de Recursos Hídricos, com o apoio técnico da Agência Nacional de Águas (ANA), iniciado em 2003 e aprovado em 2006 pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). A elaboração do PNRH só foi possível devido: a existência de legislação que regulamentou a necessidade da sua construção, a Lei nº 9.433/97; a consolidação do Sistema Nacional de Recursos Hídricos (SNRH) com todos os órgãos instituídos, com destaque a criação da ANA em 2000 que impulsionou a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos; ao interesse e apoio político que priorizou a sua criação e destinou recursos financeiros e humanos para esse processo (Brasil, 2006). Os primeiros PERH foram elaborados no início da década de 1990, mesmo antes da promulgação da Lei nº 9.433/97. Como exemplo temos o PERH de São Paulo aprovado em 1991 e do Ceará em 1992, sua construção deu-se a partir da respectiva legislação estadual de recursos hídricos (já existente na época). Até hoje, os PERHs não se encontram todos elaborados: 67% dos estados possuem; 18% estão em elaboração; e 15% não o possui (ANA, 2014). Os PBH de rios estaduais tem a sua estruturação orientada pela respectiva lei estadual de recursos hídricos e são elaborados pela agência de água e aprovados pelo Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH). Eles somam 100 planos no país, distribuídos entre os estados de São Paulo; Minas Gerais; Pernambuco; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul; Santa Catarina; Espírito Santo; Ceará; Paraíba e Rio Grande do Norte. Os PBH de rios interestaduais devem seguir a Lei nº 9.433/97, e atualmente os planos concluídos abrangem 62% do território do país (ANA, 2014). XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 3

4 Figura 1: Implementação dos Planos de Recursos Hídricos no Brasil Fonte: ANA, Observa-se um avanço lento, uma realidade diversa e a inexistência de uma uniformidade temporal no processo de implementação dos planos de recursos hídricos estaduais e de BH, pois eles foram sendo desenvolvidos conforme a realidade, necessidade e estrutura disponível em cada estado e BH. O seu ritmo de construção também foi variado, tendo planos que foram finalizados em poucos anos e outros quase completaram uma década. A elaboração dos planos esteve muito dependente: da existência de legislação estadual de RH para orientá-los; consolidação, funcionamento e articulação mínima entre os órgãos pertencentes ao Sistema Estadual de Recursos Hídricos, como a existência de CBHs; da vontade política em priorizar e transferir recursos financeiros e humanos para a sua criação; do engajamento do segmento dos usuários e população na sua discussão; de PERH que auxiliem na elaboração dos PBH; metodologia empregada na sua construção, não existindo a sua especificação na base legal; das informações disponíveis para o diagnóstico e para a população nas discussões públicas, que por vezes foram insuficientes. O PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS EM PORTUGAL Partindo de uma série de legislações existentes nos Estados-membros sobre a gestão de recursos hídricos foi aprovado pelo Parlamento Europeu, em 22 de dezembro de 2000, o Decreto- Lei n.º 2000/60/CE, conhecido como a Directiva-Quadro da Água (DQA) (CIS, 2003). A aprovação da referida diretiva marcou uma virada profunda nas políticas hídricas em Portugal, que pode ser entendida como uma resposta ao crescimento contínuo das áreas urbanas, da introdução de um setor privado para a gestão dos recursos hídricos, e ao aumento da preocupação com o ambiente (Kaika, 2003). O grande objetivo da DQA é estabelecer um enquadramento para a proteção das águas de superfície interiores, das águas de transição, das águas costeiras e das águas subterrâneas, para além de estabelecer um quadro cronológico relativo à sua implementação, de alcançar um bom estado de qualidade das águas. Ao adotar uma abordagem integrada, onde tem como objetivo proteger os ecossistemas aquáticos tanto no que diz respeito à qualidade e quantidade da água, como à sua função como habitats, esta directiva criou um novo enquadramento comunitário para as políticas da água na Europa. Portugal, como um Estado-membro da UE, transpôs a DQA para o direito interno através da Lei da Água (LA) nº. 58/2005 (a anterior era de 1919). A nova LA tem como objetivos proporcionar os meios para a gestão sustentável e a proteção dos recursos hídricos a serem XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 4

5 desenvolvidos pelas autoridades regionais de gestão de água. Assim, Portugal fez uma revisão em toda a sua legislação sobre o tema e estabeleceu um novo quadro institucional e novos instrumentos de planejamento: Plano Nacional da Água (PNA); os Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) e os Planos Específicos de Gestão da Água (PEGA). O PNA é o instrumento de planejamento que atua na escala nacional e define a estratégia para a gestão integrada da água. Estabelece as grandes opções da política nacional da água e os princípios e as regras de orientação dessa política, a aplicar pelos PGRH e por outros instrumentos de planejamento das águas. O primeiro PNA data do ano 2002 e foi elaborado de acordo com o Decreto-Lei n.º45/1994, o qual definiu orientações de âmbito nacional, fundamentadas no diagnóstico da situação e na definição de objetivos a alcançar através da implementação de medidas e ações. A revisão do PNA está prevista e enquadrada pela nova Lei da Água (Decreto-lei nº 58/2005), e neste momento ainda encontra-se em fase de conclusão. Os PGRH são instrumentos de planejamento que fornecem uma abordagem integrada para a gestão dos recursos hídricos, os quais incitarão efeitos diretos sobre as atividades e os usos da água nas regiões hidrográficas. O planejamento é assim direcionado para um processo de caracterização, estabelecimento de objetivos ambientais e programas de monitoramento, bem como o desenvolvimento de um programas de medidas que tem como objetivo alcançar o bom estado das águas definido em sua legislação. O seu conteúdo é estabelecido pelo Decreto português n /2009, e conforme a Lei da Água compete às Administrações de Região Hidrográfica ARH (como organismos pertencentes à Autoridade Nacional da Água-APA), elaborar e executar os planos de gestão de bacias hidrográficas. Com a LA de 2005, foram criadas 10 regiões hidrográficas que compreendem as bacias hidrográficas dos rios: Minho e Lima (RH1), Cávado, Ave e Leça (RH2), Douro (RH3), Vouga, Mondego e Lis (RH4), Tejo e Ribeiras do Oeste (RH5), Sado e Mira (RH6), Guadiana (RH7); Ribeiras do Algarve (RH8), Açores (RH9) e Madeira (RH10). Importante destacar que as regiões hidrográficas 1,3,5 e 7 são bacias que possuem sua rede hidrográfica compartilhada com a Espanha (Figura 2). Figura 2: Regiões e Bacias Hidrográficas de Portugal XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 5

6 Nos termos da DQA e da LA, o planejamento e a gestão de recursos hídricos está estruturado em ciclos de 6 anos. Este instrumento de planejamento é organizado por etapas, composto por um processo cíclico, que se realimenta constantemente, e que torna possível gerar soluções e propostas a partir das informações obtidas em cada etapa (Figura 3). Os primeiros PGRH (um total de dez planos; um para cada região hidrográfica) já foram publicados, implementados e estão vigentes até o ano de Isso significa, que estes planos devem ser revistos e atualizados até o final de 2015, e assim sucessivamente a cada seis anos. Figura 3: Processo de planejamento e gestão das águas em Portugal. Tendo em conta o processo de planeamento previsto, constatamos um atraso no primeiro ciclo, onde os PGRH deveriam ser publicados ainda no ano de 2009, porém isso só ocorreu em O estabelecimento dos novos instrumentos de planeamento, bem como a atualização de sua legislação, e a adoção de parâmetros biológicos no monitoramento das massas de águas, foram alguns aspectos que justificam este atraso no primeiro ciclo. O segundo ciclo iniciou a 22 de dezembro de 2012, e tem como objetivo preparar os PGRH vigentes entre 2016 e Muitos dos desafios sentidos no primeiro ciclo repetem-se nesta etapa, destacando-se a modernização da rede de monitorização. Dados recentes informam que a APA irá investir na modernização, reabilitação e operacionalização das redes de monitorização dos recursos hídricos (Autoridade Nacional da Água, 2015). Isto também irá auxiliar nas informações de dados nas bacias partilhadas com a Espanha, fator extremamente importante, pois a gestão das bacias hidrográficas compartilhadas ainda continua a ser um dos grandes desafios para os próximos ciclos, onde pretendem-se desenvolver um único plano de gestão para ambos os países. Sabendo da complexidade que envolve a gestão dos recursos hídricos, muitas questões/problemas encontrados na unidade territorial de planejamento podem ser tratados de maneira individual, em um plano temático. Essa é a função dos PEGA estabelecidos em Portugal, os quais complementam os PGRH e abordam um problema, tipo de água, aspecto específico ou setor de atividade económica com interação significativa com as águas. O objetivo e o conteúdo destes planos irão variar com a complexidade das questões e opções dentro do seu âmbito territorial, que poderá abranger uma sub-bacia ou uma área geográfica específica. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 6

7 Uma vez aprovado o Plano Nacional da Água, os respectivos Planos de Gestão de Região Hidrográfica e os Planos Específicos de Gestão das Águas devem ser revistos em conformidade com este instrumento de âmbito nacional, desenhando assim o processo de planejamento e criando bases para a gestão dos recursos hídricos. O processo de planejamento em Portugal é, portanto, definido por essas linhas, que darão o suporte e o bom conhecimento sobre a situação dos recursos hídricos e a situação da bacia hidrográfica. CONSIDERAÇÕES FINAIS No Brasil a Lei nº 9.433/97 instituiu uma nova política de recursos hídricos que é considerada pelos especialistas da área como sendo moderna, avançada e factível, sendo desta maneira elogiada por privilegiar um sistema integrado, descentralizado e participativo (FONSECA; PRADO FILHO, 2006). Com a promulgação dessa lei passou-se de um modelo de gestão centralizado, burocrático e setorial para um novo modelo baseado nos princípios de integração, descentralização e participação (HASSE; GUTIÉRREZ, 2008). No entanto, as prerrogativas da lei atualmente ainda não se encontram totalmente efetivadas e não houve um processo sincronizado para a sua implementação. A nova Directiva-Quadro da Água representou para Portugal uma abordagem ambiciosa e inovadora na gestão dos recursos hídricos, o qual foi obrigado a rever uma série de legislação sobre o tema e readequar seu quadro institucional. Apesar destes desafios, esta nova fase da gestão dos recursos hídricos em Portugal está permitindo maior conhecimento sobre os recursos hídricos e estabelecendo uma rede de monitoramento coerente com os objetivos químicos, físicos e biológicos das massas de água. Espera-se com estes instrumentos de planejamento fornecer uma abordagem mais holística na gestão de recursos hídricos e maior proteção dos ecossistemas. Observou-se que tanto o Brasil quanto Portugal criaram legislações referentes ao planejamento das águas na década de O Brasil com a Lei nº 9.433/1997 e Portugal com o Decreto Lei nº 45/1994 e atualmente a Lei nº 58/2005. Essas leis preveem a estruturação de instrumentos de planejamento semelhantes de caráter descentralizado e participativo. Porém, seus ritmos de implementação são bem diferenciados. Portugal teve a preocupação de estruturar prazos e ciclos de planejamento, que em certa medida foram cumpridos. Alguns atrasos ocorreram devido a mudança na organização institucional da gestão das águas nos últimos anos. No entanto, o Brasil não tem esse sincronismo, não estabeleceu um prazo conjunto para a implementação dos instrumentos de planejamento nas diversas escalas. O que vem ocorrendo é uma elaboração dos planos de forma pulverizada sobre o país, cada qual em seu ritmo e conforme a sua realidade. Isso é possível de compreensão, pois como o Brasil possui uma dimensão continental apresenta realidades completamente distintas, sendo difícil estruturar um prazo único para a finalização do processo de planejamento. REFERÊNCIAS ANA. Agência Nacional de Águas. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: Disponível em: < Acesso em: 30 jan Disponível em:< Acesso em: 20 jan APA. Agência Portuguesa das Águas. Disponível em:< >. Acesso em: 09 maio XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 7

8 . Agência Portuguesa do Ambiente. Planos Nacional das Águas. Disponível em:< Acesso em: 06 jan BRASIL. Lei n , de 8 de janeiro de Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. Disponível em: < Acesso em: 20 jan Plano Nacional de Recursos Hídricos, Disponível em: < Acesso em: 15 abril CIS - Common Implementation Strategy For The Water Framework Directive (2000/ 60/EC). Guidance Document Nº 7. Monitoring under the Water Framework Directive. 153p. 2003a. CORREIA, F. N. Algumas reflexões sobre os mecanismos de gestão de recursos hídricos e a experiência da União Européia. REGA, vol. 2, n.2, pp Directiva-Quadro da Água 2000/60/CE. Estabelece um quadro de ação comunitária no domínio da política da água. Parlamento Europeu e Conselho da União Européia. FONSECA, A. de F. C.; PRADO FILHO, J. F. do. Um importante episódio na história da gestão dos recursos hídricos no Brasil: o controle da Coroa Portuguesa sobre o uso da água nas minas de ouro coloniais. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v.11. n. 3, p. 5-14, jul/set, GODOY, A. S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de empresas, São Paulo, v. 35, n.3, p , maio/junho, HAASE, J. F.; GUTIÉRREZ, R. A. La reforma de la gestión del agua en el estado de Rio Grande del Sur (Brasil), Rega. Vol. 5, nº2, p , jul/dez Disponível em:< Acesso em: 19 agos KAIKA, M. The water framework directive: a new directive for a changing social, political and economic European framework. European Planning Studies, 11 (3), PORTUGAL. Lei n.º 58/2005, 29/12/2005, Assembleia da República. Aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro, e estabelecendo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas. RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas; XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 8

A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: UM PARALELO ENTRE BRASIL E PORTUGAL 1

A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: UM PARALELO ENTRE BRASIL E PORTUGAL 1 A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: UM PARALELO ENTRE BRASIL E PORTUGAL 1 MARA ALINI MEIER 1 ; FRANCISCO DA SILVA COSTA 2 E LUÍS ALBERTO BASSO 3 1 Mestre em Geografia pela Universidade

Leia mais

QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Relatório de avaliação da implementação da Directiva Quadro da Água

QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Relatório de avaliação da implementação da Directiva Quadro da Água QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Janeiro de 2016 Índice Enquadramento... 3 Resultados do de planeamento... 3 RH1... 4 RH2... 4 RH3... 5 RH4... 6 RH5... 6 RH7... 8 RH8... 8 Panorama

Leia mais

Proteção de Recursos Hídricos Subterrâneos

Proteção de Recursos Hídricos Subterrâneos Proteção de Recursos Hídricos Subterrâneos Construção, exploração e selagem de captações de águas subterrâneas Instituto Português da Qualidade Comissão Sectorial para a Água Caparica, 22 Fevereiro 2017

Leia mais

Fontes de Poluição Difusa e as Diretivas no Domínio da Água

Fontes de Poluição Difusa e as Diretivas no Domínio da Água Encontro Técnico: Poluição difusa desafios para o futuro Fontes de Poluição Difusa e as Diretivas no Domínio da Água Ana Rita Lopes 03-06-2013, IPQ Sectores de atividade Diretivas comunitárias Diretivas

Leia mais

Delimitação das regiões hidrográficas

Delimitação das regiões hidrográficas DL 373/2007 A Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro (Lei da Água), estabelece as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas, transpondo para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º

Leia mais

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE DIRETIVA QUADRO DA ÁGUA (DQA): ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO PELOS PAÍSES MEMBROS NO CONTINENTE EUROPEU (2000 2013) Cledeilson Pereira Santos 1 ; Ticiana Marinho

Leia mais

DIA NACIONAL DA ÁGUA 2007 Água, um bem ambiental global António Eira Leitão

DIA NACIONAL DA ÁGUA 2007 Água, um bem ambiental global António Eira Leitão 1 DIA NACIONAL DA ÁGUA 2007 Água, um bem ambiental global António Eira Leitão GEOTA 1 de Outubro 2007 Dia Nacional da Água A função social e a importância económica e ambiental da água 2 A água é um dos

Leia mais

Coruche, 13 de novembro

Coruche, 13 de novembro OS PGRH E OS NOVOS HORIZONTES DE AMPLIAÇÃO DOS REGADIOS EXISTENTES E CRIAÇÃO DE NOVOS REGADIOS REGADIO NO CONTEXTO DA EUROPA 2020 Jornada de estudo e debate Coruche, 13 de novembro Índice da Apresentação

Leia mais

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública 2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública 2 junho 2015 Relatórios das Questões Significativas da Gestão

Leia mais

PGRH Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas e Agricultura Nuno Lacasta Presidente do Conselho Diretivo da APA

PGRH Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas e Agricultura Nuno Lacasta Presidente do Conselho Diretivo da APA PGRH Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas e Agricultura Nuno Lacasta Presidente do Conselho Diretivo da APA Sessão A Agricultura e o Planeamento dos Recursos Hídricos em Portugal e Espanha, organizada

Leia mais

O Papel da cidadania na gestão dos recursos hídricos. Carla Graça Coordenadora do Grupo de Trabalho da Água

O Papel da cidadania na gestão dos recursos hídricos. Carla Graça Coordenadora do Grupo de Trabalho da Água O Papel da cidadania na gestão dos recursos hídricos Carla Graça Coordenadora do Grupo de Trabalho da Água Políticas Enquadramento legal A Directiva-Quadro da Água (DQA) Directiva 2000/60/CE, transposta

Leia mais

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE PLANEJAMENTO E GOVERNANÇA DOS RECURSOS HÍDRICOS

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE PLANEJAMENTO E GOVERNANÇA DOS RECURSOS HÍDRICOS XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE PLANEJAMENTO E GOVERNANÇA DOS RECURSOS HÍDRICOS Pedro Bettencourt 1 ; Cláudia Fulgêncio 2 ; Maria Grade 3 RESUMO A publicação da Diretiva Quadro da Água no

Leia mais

DQA e DQEM - Sobreposição ou complementaridade?

DQA e DQEM - Sobreposição ou complementaridade? DQA e DQEM - Sobreposição ou complementaridade? Objetivos e âmbito A Diretiva-Quadro da Água (DQA, Diretiva n.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro) estabelece um quadro de

Leia mais

GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS EM EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS

GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS EM EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS EM EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS Joana Cruz Diretora de Recursos Hídricos SEMINÁRIO SOCIOAMBIENTAL HIDRELÉTRICO - 2018 A LEI FEDERAL 9.433 8 de janeiro de 1997 - lei atual,

Leia mais

Sessão evocativa do Dia Nacional da Água 2ª geração de Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH)

Sessão evocativa do Dia Nacional da Água 2ª geração de Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) Sessão evocativa do Dia Nacional da Água 2ª geração de Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) 1 de outubro de 2013 01-10-2013 Temas a abordar O que muda na 2ª geração? 1. Inclusão das políticas

Leia mais

Questionário do GTI-TE-6 Redes de Monitorização Ambiental

Questionário do GTI-TE-6 Redes de Monitorização Ambiental Questionário do GTI-TE-6 Redes de Monitorização Ambiental Cláudia Martins Sofia Cunha Julho 2017 1 Conteúdo Enquadramento... 3 Análise das respostas ao Inquérito... 5 Questões/Recomendações... 14 Referências...

Leia mais

A ARH do Tejo, I.P., enquanto Promotora. de Instrumentos de Gestão Territorial

A ARH do Tejo, I.P., enquanto Promotora. de Instrumentos de Gestão Territorial Workshop Regulamentação da Cartografia a utilizar nos Instrumentos de Gestão Territorial A ARH do Tejo, I.P., enquanto Promotora de Instrumentos de Gestão Territorial Susana Firmo 15-04-1012/03/09 Administração

Leia mais

MINISTÉRIO DAS CIDADES, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE INSTITUTO DA ÁGUA Direcção de Serviços de Planeamento RELATÓRIO

MINISTÉRIO DAS CIDADES, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE INSTITUTO DA ÁGUA Direcção de Serviços de Planeamento RELATÓRIO MINISTÉRIO DAS CIDADES, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE INSTITUTO DA ÁGUA Direcção de Serviços de Planeamento RELATÓRIO De acordo com o disposto no nº. 8 do Artº. 3º da Directiva 2000/60/CE do Parlamento

Leia mais

Plano estratégico para requalificação e valorização da rede hidrográfica da região centro

Plano estratégico para requalificação e valorização da rede hidrográfica da região centro Plano estratégico para requalificação e valorização da rede hidrográfica da região centro Conteúdos A ARH do Centro, I.P. e a nova orgânica da APA, I.P. Reabilitação da rede hidrográfica Fundo de Proteção

Leia mais

(Publicada no D.O.U de 26/02/2013)

(Publicada no D.O.U de 26/02/2013) MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS RESOLUÇÃO CNRH N o 145, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012 (Publicada no D.O.U de 26/02/2013) Estabelece diretrizes para a elaboração de Planos

Leia mais

Unidade 2: Legislação sobre Recursos Hídricos Prof. Dr. Hugo Alexandre Soares Guedes

Unidade 2: Legislação sobre Recursos Hídricos Prof. Dr. Hugo Alexandre Soares Guedes Unidade 2: Legislação sobre Recursos Hídricos Prof. Dr. Hugo Alexandre Soares Guedes Pelotas, 2019. Lei 9.433/1997 POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Com base na necessidade de adequação do sistema

Leia mais

DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA COPAM-CERH/MG Nº 06, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017.

DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA COPAM-CERH/MG Nº 06, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA COPAM-CERH/MG Nº 06, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. Dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento de corpos de água superficiais, e dá outras providências. O CONSELHO

Leia mais

PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS

PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO Lei 10.179/2014 POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS OUTORGA ENQUADRAMENTO COBRANÇA SISTEMA DE INFORMAÇÕES COMPENSAÇÃO FUNDÁGUA PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS

Leia mais

ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL

ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL Apresentação pública do projeto MigraMiño-Minho Salvaterra do Miño, 27.novembro.2017 Índice 1. Enquadramento

Leia mais

CALENDÁRIO E PROGRAMA DE TRABALHOS PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE GESTÃO DE BACIA HIDROGRÁFICA Documento de apoio à participação pública

CALENDÁRIO E PROGRAMA DE TRABALHOS PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE GESTÃO DE BACIA HIDROGRÁFICA Documento de apoio à participação pública CALENDÁRIO E PROGRAMA DE TRABALHOS PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE GESTÃO DE BACIA HIDROGRÁFICA 2016-2021 Documento de apoio à participação pública 22 de dezembro 2012 Departamento de Gestão de Recursos

Leia mais

Apresenta-se abaixo o arcabouço organizacional básico para a elaboração do PNRH, seu conteúdo técnico e o encadeamento lógico da sua elaboração.

Apresenta-se abaixo o arcabouço organizacional básico para a elaboração do PNRH, seu conteúdo técnico e o encadeamento lógico da sua elaboração. 2. O PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS O Plano Nacional de Recursos Hídricos - PNRH é instrumento essencial para o planejamento estratégico da gestão dos recursos hídricos no País, fundamentando e orientando

Leia mais

Estabelece critérios e procedimentos gerais para proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro.

Estabelece critérios e procedimentos gerais para proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro. RESOLUÇÃO No- 92, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 Estabelece critérios e procedimentos gerais para proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro. O CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Leia mais

Política Nacional de Recursos Hídricos

Política Nacional de Recursos Hídricos Política Nacional de Recursos Hídricos João Bosco Senra Diretor de Recursos Hídricos SRHU/MMA Workshop Sobre Contas de Água, Energia, Terra e Ecossistemas Rio de Janeiro, 23 a 25 de setembro de 2009 BRASIL

Leia mais

Ponto de Situação dos trabalhos

Ponto de Situação dos trabalhos Conselho Nacional da Água 39ª Reunião PLANOS DE GESTÃO DE BACIA HIDROGRÁFICA Ponto de Situação dos trabalhos Lisboa, 26 de Fevereiro de 2010 SUMÁRIO Enquadramento Legal Modelo Organizacional Ponto de Situação

Leia mais

COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA

COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA De acordo com a Lei 9.433, as decisões sobre uso dos rios em todo o país serão tomadas, dentro do contexto de bacia hidrográfica, pelos comitês de bacias. Os Comitês de Bacia

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA 2000-2005 MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA A Directiva 2000/60/CE,

Leia mais

TÍTULO: ANALISE DAS LEGISLAÇÕES VIGENTES REFERENTES AO GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS.

TÍTULO: ANALISE DAS LEGISLAÇÕES VIGENTES REFERENTES AO GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS. TÍTULO: ANALISE DAS LEGISLAÇÕES VIGENTES REFERENTES AO GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO:

Leia mais

Planeamento dos recursos hídricos

Planeamento dos recursos hídricos PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA 2016-2021 Em consulta pública Jun 2015 a Fev 2016 Planeamento dos recursos hídricos Preocupações e Expecta0vas do Sector Agrícola José Nuncio 2 de Fevereiro 2016

Leia mais

ENQUADRAMENTO DOS CORPOS HÍDRICOS EM CLASSES. Profª Dra. Simone Rosa da Silva

ENQUADRAMENTO DOS CORPOS HÍDRICOS EM CLASSES. Profª Dra. Simone Rosa da Silva ENQUADRAMENTO DOS CORPOS HÍDRICOS EM CLASSES Profª Dra. Simone Rosa da Silva UPE/POLI - 2017 ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D ÁGUA EM CLASSES Lei Federal nº 9.433/97 Art. 9 -...visa a assegurar às águas qualidade

Leia mais

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis OBJECTIVOS AMBIENTAIS E ESTRATÉGICOS E PROGRAMA DE MEDIDAS 12 de Setembro de 2011 ÍNDICE DA APRESENTAÇÃO 1. ENQUADRAMENTO OBJECTIVOS

Leia mais

GESTÃO HÍDRICA:BRASIL E CANADÁ

GESTÃO HÍDRICA:BRASIL E CANADÁ GESTÃO HÍDRICA:BRASIL E CANADÁ Mariana Thais Rodrigues Godoy, Larissa Fernanda Rosa de Almeida Carra ; Nelson Otávio da Motta Vieira, Synara Aparecida Olendzki Broch & Teodorico Alves Sobrinho UFMS OBJETIVO

Leia mais

AS RELAÇÕES LUSO-ESPANHOLAS E OS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. Conselho Nacional da Água (CNA) 03 de Dezembro de 2010

AS RELAÇÕES LUSO-ESPANHOLAS E OS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. Conselho Nacional da Água (CNA) 03 de Dezembro de 2010 AS RELAÇÕES LUSO-ESPANHOLAS E OS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA Conselho Nacional da Água (CNA) 03 de Dezembro de 2010 Contexto geográfico das relações luso-espanholas AREAS DOS PAÍSES Espanha

Leia mais

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Integradas na Região Hidrográfica 4

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Integradas na Região Hidrográfica 4 Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Integradas na Região Hidrográfica 4 Parte 2 Caracterização Geral e Diagnóstico 7.3.7 - Comunicação e Governança Junho de 2012 (Revisão

Leia mais

GERENCIAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

GERENCIAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS GERENCIAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS Política Nacional de Recursos Hídricos Lei Federal Nº 9.433/97 A partir da década de 1990: a legislação propõe substituir um sistema centralizador e setorial por outro

Leia mais

PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS: DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA ANÁLISE AMBIENTAL EM ÁGUAS DO SEMIÁRIDO

PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS: DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA ANÁLISE AMBIENTAL EM ÁGUAS DO SEMIÁRIDO PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS: DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA ANÁLISE AMBIENTAL EM ÁGUAS DO SEMIÁRIDO (1) Henrique Clementino de Souza (1) FACULDADE ESTÁCIO DE NATAL, hcsrn@yahoo.com.br

Leia mais

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Participação Pública

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Participação Pública 2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Participação Pública 12 fevereiro 2015 QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Estratégia de desenvolvimento

Leia mais

DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO

DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO Enquadramento Europeu / Convénio de Albufeira José Rocha Afonso Instituto da Água, IP PGRH Nas bacias hidrográficas em que a utilização das águas possa ter efeitos transfronteiriços,

Leia mais

O planeamento dos recursos hídricos em Portugal e o segundo ciclo dos planos de gestão de região hidrográfica

O planeamento dos recursos hídricos em Portugal e o segundo ciclo dos planos de gestão de região hidrográfica O planeamento dos recursos hídricos em Portugal e o segundo ciclo dos planos de gestão de região hidrográfica Evelyn Zucco a), Francisco Costa b) a) Universidade do Minho, Portugal, evelynzucco@gmail.com

Leia mais

CADC - NOVA ORGÂNICA. Portaria 179/2012. Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas. Integra as delegações da CIL + CADC

CADC - NOVA ORGÂNICA. Portaria 179/2012. Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas. Integra as delegações da CIL + CADC CONVENÇÃO DE ALBUFEIRA Comissão para a Aplicação e Desenvolvimento da Convenção (CADC) APA, I.P. Lisboa, 22 de maio de 2012 CADC - NOVA ORGÂNICA Portaria 179/2012 CILBH - Comissão Interministerial de Limites

Leia mais

Os avanços e as lacunas do sistema de gestão sustentável dos Recursos Hídricos no Brasil

Os avanços e as lacunas do sistema de gestão sustentável dos Recursos Hídricos no Brasil Os avanços e as lacunas do sistema de gestão sustentável dos Recursos Hídricos no Brasil Palestrante: Rafael F. Tozzi Belém, 10 de agosto de 2017 1 Contexto Geral A seca e escassez no Sudeste, as inundações

Leia mais

DELIBERAÇÃO CBHSF Nº 96, de 07 de dezembro de 2017

DELIBERAÇÃO CBHSF Nº 96, de 07 de dezembro de 2017 DELIBERAÇÃO CBHSF Nº 96, de 07 de dezembro de 2017 Atualiza o Plano de Aplicação Plurianual - PAP a ser executado com recursos financeiros oriundos da cobrança pelo uso de recursos hídricos na Bacia Hidrográfica

Leia mais

Governança das Águas Subterrâneas no Brasil, exemplos de casos exitosos

Governança das Águas Subterrâneas no Brasil, exemplos de casos exitosos Governança das Águas Subterrâneas no Brasil, exemplos de casos exitosos Humberto José T. R. de Albuquerque Montevideo, 18 de abril de 2012 Constituição de 1988 Modelo sistemático de integração participativa

Leia mais

RESOLUÇÃO N o 91, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008

RESOLUÇÃO N o 91, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS RESOLUÇÃO N o 91, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 (Publicada no D.O.U em 06/02/2009) Dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento dos

Leia mais

1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DA ENAAC 2020

1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DA ENAAC 2020 Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2020) Avaliação do âmbito de aplicação do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho 1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DA ENAAC 2020 A Estratégia

Leia mais

Recursos Hídricos. A interação do saneamento com as bacias hidrográficas e os impactos nos rios urbanos

Recursos Hídricos. A interação do saneamento com as bacias hidrográficas e os impactos nos rios urbanos 74 a Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia Recursos Hídricos A interação do saneamento com as bacias hidrográficas e os impactos nos rios urbanos SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E QUALIDADE AMBIENTAL

Leia mais

Programa de medidas do 2º ciclo planeamento e monitorização Sessão temática: Águas subterrâneas: estratégia para a sua gestão 9 maio 2019

Programa de medidas do 2º ciclo planeamento e monitorização Sessão temática: Águas subterrâneas: estratégia para a sua gestão 9 maio 2019 Programa de medidas do 2º ciclo planeamento e monitorização Sessão temática: Águas subterrâneas: estratégia para a sua gestão 9 maio 2019 Ana Rita Lopes Chefe de Divisão do Estado Qualitativo da Água Departamento

Leia mais

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DOS PLANOS DE BACIA NOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DOS PLANOS DE BACIA NOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ANÁLISE DA SITUAÇÃO DOS PLANOS DE BACIA NOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Resumo Monise Terra Cerezini 1 ; Flávia Darre Barbosa 2 ; Frederico Yuri Hanai 3 Planos de Bacia são instrumentos

Leia mais

SINOPSE DO PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IJUÍ 1 SYNOPSIS OF THE IJUÍ RIVER HYDROGRAPHIC BASIN PLAN

SINOPSE DO PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IJUÍ 1 SYNOPSIS OF THE IJUÍ RIVER HYDROGRAPHIC BASIN PLAN SINOPSE DO PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IJUÍ 1 SYNOPSIS OF THE IJUÍ RIVER HYDROGRAPHIC BASIN PLAN Bianca Dos Santos Antes 2, Letiane T. Hendges 3, Roselaine C. R. Reinehr 4, Rubia G. Hoffmann 5,

Leia mais

A P R E S E N T A Ç Ã O D O S R E S U L T A D O S I N S A A R ( D A D O S D E ) MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

A P R E S E N T A Ç Ã O D O S R E S U L T A D O S I N S A A R ( D A D O S D E ) MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO A P R E S E N T A Ç Ã O D O S R E S U L T A D O S I N S A A R 2 9 ( D A D O S D E 2 8 ) MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Resultados da Campanha INSAAR 29 Fernanda Gomes :: vertente

Leia mais

IV Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe 22 a 25 de março. Pacto das Águas. Antonio Martins da Costa

IV Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe 22 a 25 de março. Pacto das Águas. Antonio Martins da Costa IV Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe 22 a 25 de março Pacto das Águas Antonio Martins da Costa O Pacto das Águas foi um processo de articulação social e política com objetivo de: Dotar o Estado,

Leia mais

RESUMO PARA OS CIDADÃOS

RESUMO PARA OS CIDADÃOS RESUMO PARA OS CIDADÃOS Relatório Anual de Execução 2017 INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO DO PROGRAMA Para o Programa Operacional de Assistência Técnica 2014-2020 (POAT2020) foi determinante a aprovação do Acordo

Leia mais

Planos de recursos hídricos. SIMONE ROSA DA SILVA Profª UPE/POLI

Planos de recursos hídricos. SIMONE ROSA DA SILVA Profª UPE/POLI Planos de recursos hídricos SIMONE ROSA DA SILVA Profª UPE/POLI Planos de recursos hídricos x Políticas setoriais Planos de recursos hídricos: base legal Lei n.º 9.433/97...são planos diretores que visam

Leia mais

A próxima geração de políticas de coesão para o período

A próxima geração de políticas de coesão para o período A próxima geração de políticas de coesão para o período 2014-2020 Seminário Fundos Estruturais: Prioridade máxima para a Coesão Social EAPN Portugal 20 março 2013 Painel 2 Quirino Mealha - REPER Portugal

Leia mais

Adequação dos indicadores à nova organização territorial NUTS III / Entidades Intermunicipais

Adequação dos indicadores à nova organização territorial NUTS III / Entidades Intermunicipais Adequação dos indicadores à nova organização territorial NUTS III / Entidades Intermunicipais Conselho Superior de Estatística Secção Permanente de Estatísticas de Base Territorial INE GET 18 de março,

Leia mais

A Posição de Portugal na Europa e no Mundo. Território português

A Posição de Portugal na Europa e no Mundo. Território português A Posição de Portugal na Europa e no Mundo Território português Portugal um território Localização: - Sudoeste do continente europeu - Fronteiras: Norte e Este com a Espanha Oeste e Sul com o Oceano Atlântico

Leia mais

6 ENCONTRO ESTADUAL DE IRRIGANTES

6 ENCONTRO ESTADUAL DE IRRIGANTES 6 ENCONTRO ESTADUAL DE IRRIGANTES 02/09/2016 Auditório do CEUNES/UFES São Mateus/ES Promoção: ASSIPES, CREA/ES, CEDAGRO e CAMPO VIVO Elio de Castro Paulino 1 A IMPORTÂNCIA E O PAPEL DOS COMITÊS DE BACIAS

Leia mais

MESA REDONDA AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ESTÃO BEM REPRESENTADAS NOS PLANOS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS?

MESA REDONDA AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ESTÃO BEM REPRESENTADAS NOS PLANOS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS? MESA REDONDA AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ESTÃO BEM REPRESENTADAS NOS PLANOS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS? Sistema de Gestão de Recursos Hídricos DESCENTRALIZAÇÃO Gestão por Bacia Hidrográfica COLEGIADOS CERH/CBHs

Leia mais

O GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS: A QUESTÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO INTRODUÇÃO

O GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS: A QUESTÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO INTRODUÇÃO O GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS: A QUESTÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO INTRODUÇÃO Mara Alini Meier Eliane Maria Foleto A água é um precioso recurso, pois é indispensável a vida de qualquer ser vivo,

Leia mais

MANUAL ORIENTADOR DA REVISÃO DAS PRIORIDADES DO PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS PARA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

MANUAL ORIENTADOR DA REVISÃO DAS PRIORIDADES DO PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS PARA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS MANUAL ORIENTADOR DA REVISÃO DAS PRIORIDADES DO PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS PARA 2016-2020 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO

Leia mais

Ribeirão Preto, 23/02/2018

Ribeirão Preto, 23/02/2018 Ribeirão Preto, 23/02/2018 Etapas de elaboração Bacia do Rio Grande 143 mil km 2 40% território paulista e 60% território mineiro 14 unidades de gestão: 8 em MG e 6 em SP Presença significativa de rios

Leia mais

MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM MINAS GERAIS. Marília Carvalho de Melo

MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM MINAS GERAIS. Marília Carvalho de Melo MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM MINAS GERAIS Marília Carvalho de Melo IGAM - INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS O Igam, entidade gestora do SEGRH-MG, tem como competência desenvolver e implementar

Leia mais

O PAPEL DO PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA NACIONAL DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.

O PAPEL DO PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA NACIONAL DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. O PAPEL DO PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA NACIONAL DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. Autores: João Bosco Senra 1 ; Roseli Santos Souza 2 & Marcio Benedito Baptista 3 Resumo -

Leia mais

O Planeamento Hidrológico e as Alterações Climáticas no contexto Transfronteiriço

O Planeamento Hidrológico e as Alterações Climáticas no contexto Transfronteiriço O Planeamento Hidrológico e as Alterações Climáticas no contexto Transfronteiriço OS TRABALHOS DE PLANEAMENTO NOS GRUPOS DE TRABALHO DA CADC Ana Seixas INAG, I. P. EVOLUÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO 2000

Leia mais

Zoneamento Econômico Ecológico & Planos Estaduais de Recursos Hídricos

Zoneamento Econômico Ecológico & Planos Estaduais de Recursos Hídricos Zoneamento Econômico Ecológico & Planos Estaduais de Recursos Hídricos Michael Becker Coordenador do Programa Pantanal Para Sempre WWF-Brasil Tel: +55 61 3364 7455 / 7400 Fax: +55 61 3364 7474 Cel.: +55

Leia mais

Estrutura institucional de gestão dos recursos hídricos portugueses Modelo em estudo

Estrutura institucional de gestão dos recursos hídricos portugueses Modelo em estudo Estrutura institucional de gestão dos recursos hídricos portugueses Modelo em estudo 7 de Setembro de 2011 AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE DIRECÇÃO DIRECTOR-GERAL SUBDIRECTORA-GERAL 1 SUBDIRECTORA-GERAL

Leia mais

e172c9b4b5ab493c9662ea79550ae2b4

e172c9b4b5ab493c9662ea79550ae2b4 DL 409/2018 2018.10.29 A proteção, socorro e assistência das populações face a riscos coletivos são direitos que se revestem de particular importância perante a dimensão das catástrofes e o número de vítimas

Leia mais

Gestão de Recursos Hídricos

Gestão de Recursos Hídricos Gestão de Recursos Hídricos Diretrizes Mundiais para a gestão da água O desenvolvimento deve ser sustentável Participação dos usuários, dos tomadores de decisões e dos planejadores A água tem valor econômico

Leia mais

CIDADANIA, GOVERNANÇA E PARTICIPAÇÃO CONVENÇÃO DE AAHRUS

CIDADANIA, GOVERNANÇA E PARTICIPAÇÃO CONVENÇÃO DE AAHRUS CIDADANIA, GOVERNANÇA E PARTICIPAÇÃO O INDICADOR 4 DO ECOXXI COMO INSTRUMENTO PARA A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS E VALORES DA CONVENÇÃO DE AAHRUS MARGARIDA MARCELINO Técnico superior, ponto focal nacional

Leia mais

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública 2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública 2 junho 2015 Planeamento das águas Objetivos ambiciosos de proteção

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 17, DE 29 DE MAIO DE 2001 (Publicada no D.O.U de 10 de julho de 2001)

RESOLUÇÃO Nº 17, DE 29 DE MAIO DE 2001 (Publicada no D.O.U de 10 de julho de 2001) Página 1 de 5 RESOLUÇÃO Nº 17, DE 29 DE MAIO DE 2001 (Publicada no D.O.U de 10 de julho de 2001) O Conselho Nacional de Recursos Hídricos, no uso das competências que lhe são conferidas pela Lei nº 9.433,

Leia mais

RESOLUÇÃO N o 70, DE 19 DE MARÇO DE 2007

RESOLUÇÃO N o 70, DE 19 DE MARÇO DE 2007 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DE RESOLUÇÃO N o 70, DE 19 DE MARÇO DE 2007 (Publicada no D.O.U em 25/04/2007) Estabelece os procedimentos, prazos e formas para promover a articulação entre

Leia mais

Diário da República, 1.ª série N.º de março de (27)

Diário da República, 1.ª série N.º de março de (27) Diário da República, 1.ª série N.º 58 22 de março de 2013 1844-(27) ganização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) para estruturar o seu trabalho sobre as políticas ambientais e de comunicação.

Leia mais

1.Introdução. 2.Enquadramento Geral

1.Introdução. 2.Enquadramento Geral 1.Introdução O governo de Angola através do GABHIC Gabinete para a Administração da Bacia Hidrográfica do Rio Cunene está a promover a realização de planos gerais de utilização integrada dos recursos Hídricos

Leia mais

SUMÁRIO - CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 3

SUMÁRIO - CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 3 SUMÁRIO - CAPÍTULO 1 1. INTRODUÇÃO... 3 1. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, o recurso natural água vem sendo cada vez mais disputado, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, principalmente em

Leia mais

Gestão de Recursos Hídricos

Gestão de Recursos Hídricos Diretrizes Mundiais para a gestão da água Gestão de Recursos Hídricos O desenvolvimento deve ser sustentável Participação dos usuários, dos tomadores de decisões e dos planejadores A água tem valor econômico

Leia mais

Tibério Pinheiro A ESTRATÉGIA DE AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO HIDROGEOLÓGICO PELA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Tibério Pinheiro A ESTRATÉGIA DE AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO HIDROGEOLÓGICO PELA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS A ESTRATÉGIA DE AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO HIDROGEOLÓGICO PELA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS Tibério Pinheiro Superintendência de Implementação de Programas e Projetos Campinas, 08 de novembro de 2018 - Programa

Leia mais

Política de Coesão

Política de Coesão Política de Coesão 2014-2020 Carla Leal, Coordenadora do NAA Ílhavo 14 Dezembro 2011 Política de Coesão 2014-2020 Propostas apresentadas pela Comissão Europeia Abordagem estratégica Disposições comuns

Leia mais

Implementação e Monitoramento das Prioridades, Ações e Metas do PNRH para

Implementação e Monitoramento das Prioridades, Ações e Metas do PNRH para MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E QUALIDADE AMBIENTAL Implementação e Monitoramento das Prioridades, Ações e Metas do PNRH para 2016-2020 Seminário Despoluição e Revitalização

Leia mais

MINAS GERAIS Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos SEGRH: Desafios da implementação dos Planos de Bacia e Financiamento de projetos

MINAS GERAIS Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos SEGRH: Desafios da implementação dos Planos de Bacia e Financiamento de projetos MINAS GERAIS Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos SEGRH: Desafios da implementação dos Planos de Bacia e Financiamento de projetos Novembro de 2016 ESTRUTURA DO SINGREH FORMULAÇÃO DA

Leia mais

POLÍTICAS NACIONAL E ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

POLÍTICAS NACIONAL E ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS POLÍTICAS NACIONAL E ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RECURSOS HÍDRICOS PRINCÍPIOS BÁSICOS - A ÁGUA É UM BEM DE DOMÍNIO PÚBLICO; - O RECONHECIMENTO DO VALOR ECONÔMICO DA ÁGUA; - USO PRIORITÁRIO PARA CONSUMO

Leia mais

Inventário Nacional de Sistema de Abastecimento de água e de Águas Residuais

Inventário Nacional de Sistema de Abastecimento de água e de Águas Residuais Apresentação Nacional sobre o Estado do Abastecimento de Água e do Saneamento de Águas em Portugal Inventário Nacional de Sistema de Abastecimento de água e de Águas Residuais INSAAR 2008 (Dados 2007)

Leia mais

Divisão Hidrográfica Nacional

Divisão Hidrográfica Nacional Divisão Hidrográfica Nacional 1 3 5 4 2 6 7 10 9 8 11 12 Vertente de Articulação Regional Articulação de arranjos regionais com função técnica e política para apoiar regionalmente o desenvolvimento do

Leia mais

Governança da Água: da teoria à prática o caso das Águas Subterrâneas. André Matoso Diretor Regional Administração da Região Hidrográfica do Alentejo

Governança da Água: da teoria à prática o caso das Águas Subterrâneas. André Matoso Diretor Regional Administração da Região Hidrográfica do Alentejo Governança da Água: da teoria à prática o caso das Águas Subterrâneas André Matoso Diretor Regional Administração da Região Hidrográfica do Alentejo 17/04/2015 PLANEAMENTO, MONITORIZAÇÃO E GESTÃO DE ÁGUAS

Leia mais

A P R E S E N T A Ç Ã O D O S R E S U L T A D O S I N S A A R ( D A D O S D E ) MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

A P R E S E N T A Ç Ã O D O S R E S U L T A D O S I N S A A R ( D A D O S D E ) MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO A P R E S E N T A Ç Ã O D O S R E S U L T A D O S I N S A A R 2 9 ( D A D O S D E 2 8 ) MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Resultados da Campanha INSAAR 29 :: vertente económico-financeira

Leia mais

I COBESA 15 de Julho de 2010 Sessão Técnica 26 PAP001913

I COBESA 15 de Julho de 2010 Sessão Técnica 26 PAP001913 I COBESA 15 de Julho de 2010 Sessão Técnica 26 PAP001913 O PAPEL DOS COMITÊS DE BACIAS NA APLICAÇÃO DA POLÍTICA DE SANEAMENTO DO ESTADO DA BAHIA: UMA REFLEXÃO SOBRE SUAS LIMITAÇÕES E POSSIBILIDADES Maria

Leia mais

Gestão dos Recursos Hídricos e Desenvolvimento da Agricultura e Florestas: do utilitarismo à sustentabilidade. António Gonçalves Henriques

Gestão dos Recursos Hídricos e Desenvolvimento da Agricultura e Florestas: do utilitarismo à sustentabilidade. António Gonçalves Henriques Gestão dos Recursos Hídricos e Desenvolvimento da Agricultura e Florestas: do utilitarismo à sustentabilidade António Gonçalves Henriques Utilitarismo Utilitarismo: Agir sempre de forma a produzir a maior

Leia mais

II.4. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS INDICADORES

II.4. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS INDICADORES 145/150 II.4. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS INDICADORES A análise dos resultados e indicadores apresentados nos itens anteriores, permite um conhecimento detalhado do estado dos sistemas públicos urbanos de abastecimento

Leia mais

Pós-plano e manual operativo Estudo concluído, desafio agora é a sua implementação

Pós-plano e manual operativo Estudo concluído, desafio agora é a sua implementação PIRH Paranapanema é aprovado Membros do CBH- PARANAPANEMA aprovaram por unanimidade Plano de Recursos Hídricos em reunião extraordinária realizada em Ponta Grossa (PR) Pós-plano e manual operativo Estudo

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE POLÍTICAS E MEDIDAS

RELATÓRIO SOBRE POLÍTICAS E MEDIDAS RELATÓRIO SOBRE POLÍTICAS E MEDIDAS NO ÂMBITO DO ARTIGO 13.º, ALÍNEA 1 (A) DO REGULAMENTO (UE) N.º 525/2013 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO E ARTIGO 20.º DO REGULAMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO DA COMISSÃO

Leia mais

PARANAPANEMA EM FOCO

PARANAPANEMA EM FOCO Encontro Ampliado do PIRH Nos dias 15 e 16 de fevereiro, acontece no Hotel Sumatra, em Londrina (PR), o primeiro Encontro Ampliado do Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH) da Unidade de Gestão dos

Leia mais

Novo Programa LIFE Ana Lúcia Cruz Porto, 19 de setembro de 2014

Novo Programa LIFE Ana Lúcia Cruz Porto, 19 de setembro de 2014 Novo Programa LIFE 2014 2020 Ana Lúcia Cruz Porto, 19 de setembro de 2014 Enquadramento LIFE 2014-2020 2 Enquadramento LIFE 2014-2020 3 Programa LIFE Instrumento de financiamento da UE para o ambiente.

Leia mais

NOTA SOBRE A COBRANÇA PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS

NOTA SOBRE A COBRANÇA PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS NOTA SOBRE A COBRANÇA PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO1 Núcleo Insterdisciplinar de Meio Ambiente - PUC-Rio Setor de Direito Ambiental 1. Introdução Atenta aos graves problemas

Leia mais

Encontro Preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água Balneário Camboriú/SC, de 14 a 16 de setembro de 2017

Encontro Preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água Balneário Camboriú/SC, de 14 a 16 de setembro de 2017 Encontro Preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água Balneário Camboriú/SC, de 14 a 16 de setembro de 2017 LEI NACIONAL Nº 9.433/97 E LEI ESTADUAL Nº 12.726/99 DE RECURSOS HÍDRICOS POLÍTICA NACIONAL E

Leia mais

Ricardo Dinarte Sandi Superintendência de Apoio à Gestão de Recursos Hídricos - ANA. Goiânia, 06 de agosto de 2008

Ricardo Dinarte Sandi Superintendência de Apoio à Gestão de Recursos Hídricos - ANA. Goiânia, 06 de agosto de 2008 Ricardo Dinarte Sandi Superintendência de Apoio à Gestão de Recursos Hídricos - ANA Goiânia, 06 de agosto de 2008 Convênio de Integração Plano de Bacia Cadastro Outorga Regularização Comitê de Bacia Agência

Leia mais