CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL JANAINA DE MORAES PERES

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL JANAINA DE MORAES PERES ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SÃO FRANCISCO EM TRECHO URBANO DO MUNICÍPIO DE PETROLINA-PE. Juazeiro BA 2010

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL JANAINA DE MORAES PERES ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SÃO FRANCISCO EM TRECHO URBANO DO MUNICÍPIO DE PETROLINA-PE. Trabalho apresentado à Universidade Federal do Vale do São Francisco UNIVASF, Campus Juazeiro, como requisito para obtenção do título de bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental. Orientador: Profª. M.Sc. Miriam Cleide Cavalcante de Amorim. Juazeiro BA 2010

3 P437i Peres, Janaina de Moraes. Índice de qualidade da água no rio São Francisco em trecho urbano do município de Petrolina-Pe / Janaina de Moraes Peres. -- Juazeiro, f.; il.: color. Ficha Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Juazeiro, para graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental, Orientador: Profª. M.Sc Miriam Cleide Cavalcante de Amorim. 1. Água controle de qualidade Petrolina (PE). 2. São Francisco, Rio. I Título. II. Amorim, Miriam Cleide Cavalcante de. III. Universidade Federal do Vale do São Francisco. CDD catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Biblioteca SIBI/UNIVASF

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5 Aos meus amados pais Hiram Deiques Peres e Inajara de Moraes Peres, DEDICO.

6 AGRADECIMENTOS À minha mãe Inajara de Moraes Peres e ao meu pai Hiram Deiques Peres, as pessoas mais importantes da minha vida, em quem me espelho e tenho orgulho. Agradeço por sempre terem me dado todas as condições de estudo, por toda a educação e exemplo que me deram, tornando-me uma pessoa determinada e forte, como eles. Agradeço por terem sempre apontado o melhor caminho, mas deixandome livre para fazer as próprias escolhas. E, agradeço principalmente, por serem meus amigos, estando sempre ao meu lado, com muito amor. Vocês são os responsáveis por esta vitória. Amo muito vocês. À minha avó Marina de Moraes Moraes, por sua doçura e carinho durante toda a minha vida. Ao meu irmão Renan de Moraes Peres pela amizade e respeito. Ao meu namorado Ígaro Andrade Araújo pelo companheirismo, pela admiração e pela paciência. Aos meus colegas de curso Ítalo Dourado Teixeira, companheiro incontestável de trabalhos, Fábio do Espírito Santo, que admiro muito por sua garra e, especialmente, à minha amiga Glaucia Suêrda do Nascimento, por estar sempre ao meu lado e ter dado imensa contribuição a este trabalho. A todos os professores que contribuíram para a minha formação, em especial a Professora Sílvia Turco, ao Professor Acácio Figueiredo, ao Professor Mário Miranda e a Professora Miriam Cleide Cavalcante de Amorim que, com muito carinho e paciência, orientou meu trabalho e apoiou minhas escolhas. Ao Professor Carlos Wagner que acreditou no meu potencial e me fez descobrir a área de atuação que tenho mais afinidade: os recursos hídricos. Ao Corpo de Bombeiros de Petrolina, por terem prontamente apoiado a pesquisa, emprestado e conduzido a embarcação para as coletas de amostras. A Companhia Pernambucana de Saneamento por ter, gentilmente, cedido seu espaço para a realização das análises. À Jacqueline e Viviane por toda a atenção no auxílio da realização das análises. À Companhia Hidro Elétrica do São Francisco por fornecer semanalmente os dados de vazão do Rio São Francisco. E a Deus por ter me dado forças durante toda a minha vida, iluminar meu caminho e realizar o sonho de obtenção do título de Engenheira Agrícola e Ambiental.

7 TRABALHA como se tudo dependesse de ti e CONFIA como se tudo dependesse de Deus. (Santo Inácio de Loyola)

8 RESUMO O presente trabalho teve como objetivo gerar pontos de monitoramento da qualidade da água do Rio São Francisco no trecho urbano de Petrolina-PE, contribuindo de forma objetiva para a gestão dos recursos hídricos e para o planejamento e gestão de bacias hidrográficas regionais. No período de outubro de 2009 a março de 2010 foram realizadas coletas mensais em pontos pré-determinados, sendo os dois pontos principais o local de despejo de esgoto tratado pela concessionária de Petrolina (PA) e um ponto de lançamento de esgoto bruto (PB). Para a observação e comparação da influência e do impacto causado pelos despejos tratado e bruto, os outros pontos de monitoramento foram: 100 metros à montante de PA, 30 metros vertical a PA, 200 metros à jusante de PA, 100 metros à montante de PB, 30 metros vertical à PB, 300 metros à jusante de PB e 500 metros à jusante de PB. Através da determinação do Índice de Qualidade de Água (IQA) verificou-se que a qualidade da água neste trecho varia entre regular, ruim e boa, com exceção ao ponto PB, que em todos os meses mostrou qualidade péssima. Além disso, percebeu-se que a concentração de Oxigênio Dissolvido (OD) no ponto PA estava, na maioria das vezes, acima do mínimo permitido pela Resolução CONAMA 357/05, em contraposição à ausência de OD no ponto PB. Os Coliformes Fecais mostraram valores altíssimos no ponto PB, o que não aconteceu no ponto PA. Tais resultados ressaltam a importância do tratamento dos efluentes para a saúde da população e proteção ao meio ambiente. Palavras-chave: Índice de Qualidade de Água, Degradação, Rio São Francisco.

9 ABSTRACT The aim of this work was to create monitoring points of the quality of the water of the São Francisco River in the urban stretch of Petrolina-PE, contributing of objective form for the management of the water resources and for the planning and management of regional water basins. In the period of October of 2009 the March of 2010 monthly collections in predetermined points had been carried through, being colon main the place of ousting of sewer treated for the concessionaire of Petrolina (PA) and a point of launching of rude sewer (PB). For the comment and comparison of the influence and the impact caused for the oustings treat and rude, the other monitoring points had been: 100 meters to the sum of PA, 30 vertical meters to PA, 200 meters downstream of PA, 100 meters to the sum of PB, 30 meters vertical to PB, 300 meters downstream of PB and the 500 meters downstream of PB. Through the determination of the Index of Quality water (IQA) it was verified that the quality of the water in this stretch varies between regular, bad and good, with exception to point PB, that in every month showed to quality horrible. Moreover, it was perceived that the concentration of Dissolved Oxigen (OD) in point PA was, most of the time, above of the minimum allowed for Resolution CONAMA 357/05, in contraposition to the absence of OD in point PB. The fecal bacteria had shown the highest values in point PB, what it did not happen in point PA. Such results stand out the importance of the treatment of effluent for the health of the population and the protection to the environment. Key-words: Index of Quality Water, Degradation, São Francisco River.

10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS C.E. Condutividade Elétrica C.F. Coliformes Fecais CAESB Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CHESF Companhia Hidro Elétrica do São Francisco COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio DQO Demanda Química de Oxigênio EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FEAM Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INMET Instituto Nacional de Meteorologia IQA Índice de Qualidade de Águas OD Oxigênio Dissolvido ph Potencial Hidrogeniônico PNRH Política Nacional de Recursos Hídricos RIDE Região Integrada de Desenvolvimento

11 SUMÁRIO 1. Introdução Revisão de Literatura Histórico Definição de Limnologia Poluição das Águas Índice de Qualidade de Água Legislação Caracterização da Região de Estudo Água no Semi-Árido Rio São Francisco Material e Métodos Delimitação da área de estudo Determinação dos pontos de amostragem Coletas de Amostras Análises in loco utilizando sonda Horiba Condutividade Elétrica Temperatura Turbidez Análises Laboratoriais Parâmetro Físico Sólidos Totais Parâmetros Químicos Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) Demanda Química de Oxigênio (DQO) Fósforo Total Nitrogênio Total Oxigênio Dissolvido (OD) Potencial Hidrogeniônico (ph) Parâmetro Microbiológico Coliformes Fecais (C.F.) Determinação dos Índices de Qualidade de Água Teste Estatístico...39

12 3.8. Obtenção de Dados Meteorológicos Dados de Vazão do Rio São Francisco Resultados Resultados das análises das amostras Índices de Qualidade de Água das amostras coletadas Comparativo da Concentração de OD e Qualidade da Água nos Pontos de lançamento tratado e de lançamento bruto Comparativo da Concentração de C. F. e Qualidade da Água nos pontos de lançamento tratado e de lançamento bruto Comparativo da Concentração de DBO e Qualidade da Água nos pontos de lançamento tratado e de lançamento bruto Valores de Condutividade Elétrica Aspectos visuais observados Conclusões Referências...52 APÊNDICE A Curvas de Variação da CETESB para cálculo do IQA...56 APÊNDICE B Resultados das análises por coleta em cada ponto...58 APÊNDICE C Imagens dos pontos de coleta...60

13 12 1. Introdução A água é o constituinte inorgânico mais abundante na matéria viva: no homem, mais de 60% do seu peso é constituído por água, e em certos animais aquáticos esta porcentagem chega a 98% (VON SPERLING, 2005). No planeta Terra existem cerca de 1,36x10 18 m 3 de água, o que ocupa quase quatro quintos da superfície terrestre. No entanto, 97% deste total é água salgada, presente em mares e oceanos; 2,2% encontra-se em geleiras; e apenas 0,8% é considerado água doce (FUNASA, 2004). O Brasil dispõe de 8% do total de água doce superficial do planeta. Porém, a maior parte da mesma cerca de 80% - está localizada na região Amazônica. Os 20% restantes se distribuem desigualmente pelo país, atendendo a 95% da população (WALDMAN, 2010). Tamanha disponibilidade hídrica contribuiu para que a água fosse tratada como um recurso ilimitado, fornecida a preços baixos e na quantidade desejada. Adicionalmente, fatores demográficos, socioeconômicos e culturais, em conjunto, favorecem o uso inadequado dos recursos hídricos nacionais. A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), instituída pela lei 9.433/97, deixa claro em seu Art. 1º que a água é um bem de domínio público, dotado de valor econômico; e em seu Art. 2º, que a PNRH tem como objetivos assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequado aos respectivos usos. A água não é o único elemento indispensável e importante para o desenvolvimento de uma região, mas, dentre todos os componentes que fazem parte daquele ecossistema, talvez seja o principal a servir como elo entre os diferentes compartimentos do mesmo. Em síntese, parte-se do pressuposto de que todas as atividades antrópicas, ou pressões exercidas em áreas com limites naturais bem definidos (bacia hidrográfica), podem ser detectadas nos recursos hídricos ali estabelecidos (EPA, 2003). De maneira geral, pode-se dizer que a qualidade de uma determinada água é função das condições naturais e do uso e da ocupação do solo na bacia hidrográfica. O controle da qualidade da água está associado a um planejamento global em toda a bacia hidrográfica, e não individualmente, por agente alterador, já que a qualidade em determinado ponto é produto da qualidade da água em um ponto anterior modificada por fatores atuantes no trecho que separa os dois pontos.

14 13 Estes fatores podem ser características físicas e geomorfológicas do leito do rio, misturas da água com qualidades diferentes, presença de vegetação ciliar, regime climático, presença de comunidades e pelas interferências antrópicas (REGO et.al., 2009) O estudo da qualidade da água é de suma importância, tanto para caracterizar as conseqüências de uma determinada atividade poluidora, quanto para se estabelecer os meios para que se satisfaça determinado uso da água (VON SPERLING, 2005). Assim, a Limnologia, ciência que estuda as características da água, pode colaborar na melhoria da qualidade dos corpos hídricos, através da identificação das fontes poluidoras, fazendo proposições para a sua eliminação e contribuindo para a estabilidade do ecossistema (ESTEVES, 1998). A Bacia do Rio São Francisco é a terceira em importância no Brasil, ocupando 8% do território nacional, com uma área de aproximadamente km 2. Por tamanha dimensão e por mudanças de características físicas e de relevo, o rio é dividido em quatro regiões: Alto São Francisco, Médio São Francisco, Submédio São Francisco (onde se encontra a região de estudo, a cidade de Petrolina), e Baixo São Francisco (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2010). Este rio, enquadrado pela Resolução CONAMA 357/05 como um corpo hídrico de Classe 2, é muito importante para a população local, que utiliza suas águas para os mais variados fins, dentre eles, o abastecimento, a irrigação, a aquicultura e a recreação. O presente trabalho refere-se a estudos limnológicos da água do Rio São Francisco objetivando verificar o impacto do lançamento de efluentes domésticos em trecho urbano do município de Petrolina-PE. Para isto foram selecionados pontos estratégicos para a realização de estudos limnológicos que resultaram, através do Índice de Qualidade de Água, na classificação da água nestes pontos. Conforme disposto no Art. 7º da Lei 9.433/97, o diagnóstico da situação atual dos Recursos Hídricos faz parte do conteúdo mínimo do Plano de Recursos Hídricos. Portanto, espera-se, com tal estudo, contribuir de forma objetiva para a gestão dos recursos hídricos e para o planejamento e gestão de bacias hidrográficas regionais.

15 14 2. Revisão de Literatura 2.1. Histórico Com o advento da industrialização e o crescimento populacional, cresceu também a demanda por água de qualidade (CHAPMAN, 1996). A formação de grandes aglomerados urbanos e industriais, com crescente necessidade de água para o abastecimento doméstico e industrial, além de irrigação e lazer, faz com que, hoje, a quase-totalidade das atividades humanas seja cada vez mais dependente da disponibilidade das águas continentais. A dependência do homem moderno dos ecossistemas aquáticos é ainda mais evidente nas regiões altamente industrializadas, nas quais a demanda de água per capita tem se tornado cada vez maior (ESTEVES, 1998). O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento ambiental resulta em prejuízos significativos para a sociedade. Uma das conseqüências do crescimento urbano foi o acréscimo da poluição doméstica e industrial, criando condições ambientais inadequadas e propiciando o desenvolvimento de doenças, poluição do ar e sonora, aumento da temperatura, contaminação da água subterrânea, entre outros problemas (CETESB, 2010). Além disso, a utilização de fertilizantes químicos e agrotóxicos na agricultura tem, em muitos casos, modificado drasticamente as características dos ecossistemas aquáticos (ESTEVES, 1998). O desenvolvimento urbano brasileiro concentra-se em regiões metropolitanas, na capital dos estados e nas cidades-polo regionais. Em Petrolina o desenvolvimento foi alavancado a partir do final da década de 70, quando tiveram início as atividades de fruticultura irrigada. O investimento estatal fomentou o desenvolvimento do espaço econômico da região. Grandes projetos de irrigação foram implantados, a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) promoveu pesquisas agronômicas com as culturas irrigadas, houve a promoção de assistência técnica, a construção da Barragem de Sobradinho, instalação de escolas técnicas e Universidades, proporcionando a especialização da mão-de-obra local, além de promover toda a dinamização do setor privado da região (OLIVEIRA FILHO et al., 2008).

16 15 A economia é crescente, no entanto, os efeitos desta realidade fazem-se sentir sobre todo aparelhamento urbano relativo a recursos hídricos, ao abastecimento de água, ao transporte e ao tratamento de esgotos Definição de Limnologia Segundo Esteves (1998), pode-se definir a Limnologia como o estudo ecológico de todas as massas d água continentais, independentemente de suas origens, dimensões e concentrações salinas. Sob o aspecto sanitário, especialmente naqueles relacionados às doenças veiculadas pela água, a Limnologia pode fornecer elementos importantes. Sua contribuição neste sentido pode ocorrer através de pesquisas no meio abiótico ou em suas comunidades bióticas, visando o controle de populações de organismos que transmitem doenças diretamente ou indiretamente ao homem. A Limnologia surgiu como ciência no início do século XX, muito embora o estudo dos ambientes aquáticos continentais seja muito mais antigo. O marco de início da Limnologia aconteceu com a publicação do primeiro livro sobre esta ciência, o Handbuch der Seekunde (Manual da Ciência dos lagos), em 1901, na Suíça. O caráter experimental das pesquisas limnológicas tem sido especialmente acentuado a partir do final da Segunda Guerra Mundial, quando se observou também grande avanço tecnológico em todo o mundo (ESTEVES, 1998) Poluição das Águas Segundo o Art. 3º da Política Nacional de Meio Ambiente, Lei 6.938/81, poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e/ou lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

17 16 O conceito de Poluição das Águas, segundo Von Sperling (2005), é a adição de substâncias ou de formas de energia que, direta ou indiretamente, alterem a natureza do corpo d água de uma maneira tal que prejudique os legítimos usos que dele são feitos. Esta definição é essencialmente prática e, em decorrência, potencialmente polêmica, pelo fato de associar a poluição ao conceito de prejuízo e aos usos do corpo hídrico, conceitos esses atribuídos pelo próprio ser humano. Entretanto, esta visão prática é importante, principalmente ao se analisar as medidas de controle para a redução da poluição. De maneira geral, os poluentes são frequentemente originários de esgotos domésticos, despejos industriais e escoamento superficial, contendo, entre outras impurezas, resíduos agrícolas, em certas regiões. Existem, basicamente, duas formas em que a fonte de poluentes pode atingir um corpo d água: como poluição pontual e como poluição difusa. Na poluição pontual os poluentes atingem o corpo d água de forma concentrada no espaço. Um exemplo é o da descarga em um rio de um emissário transportando esgotos. Já na poluição difusa, os poluentes adentram o corpo hídrico distribuídos ao longo de parte da sua extensão. Como exemplo pode-se citar a poluição veiculada pela drenagem pluvial, a qual é descarregada no corpo d água de uma forma distribuída, e não concentrada em um único ponto (VON SPERLING, 2005). Toda forma de uso do corpo hídrico impacta o ambiente aquático de alguma forma, sendo necessária a realização do monitoramento da qualidade do corpo hídrico sempre, evitando que se use aquela água para um fim ao qual ela não se enquadra. Corpos hídricos podem ser plenamente caracterizados por três principais componentes: hidrologia, físico-química e biologia. Uma completa avaliação da qualidade da água é baseada em um monitoramento apropriado destes componentes (CHAPMAN, 1996).

18 Índice de Qualidade de Água IQA O IQA é uma espécie de nota atribuída à qualidade da água. Cada sistema aquático possui características próprias, o que torna difícil estabelecer uma única variável como um indicador padrão para qualquer sistema hídrico (TOLEDO, 2002). Desta forma, atribui-se pesos a diversas variáveis hidrológicas, de acordo com o grau de importância considerado, determinando-se um valor que será atribuído à qualidade da água em estudo. A partir de uma pesquisa realizada em 1970 pela "National Sanitation Foundation" dos Estados Unidos, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) adaptou e desenvolveu o IQA, que incorpora nove parâmetros (Temperatura, Turbidez, Sólidos Totais, DBO, Fósforo Total, Nitrogênio Total, Oxigênio Dissolvido, ph e Coliformes Fecais) considerados relevantes para a avaliação da qualidade das águas, tendo como determinante principal a utilização das mesmas para abastecimento público. A criação do IQA baseou-se numa pesquisa de opinião junto a especialistas em qualidade de águas, que indicaram os parâmetros a serem avaliados, o peso relativo dos mesmos e a condição com que se apresentam cada parâmetro, segundo uma escala de valores "rating". Para os parâmetros selecionados, a critério de cada profissional, foram estabelecidas curvas de variação da qualidade das águas de acordo com o estado ou a condição de cada parâmetro (CETESB, 2010). Através do cálculo do IQA desenvolvido pela CETESB pode-se classificar a água em ótima, boa, regular, ruim e péssima. No entanto, apesar de o índice criado pela CETESB ser o mais utilizado no Brasil, outras instituições, como a FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais) e a CAESB (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal), também desenvolveram seus próprios IQA s, de acordo com as particularidades de sua região.

19 Legislação A legislação ambiental nacional é rica em instrumentos que tutelam o aspecto qualitativo dos recursos hídricos. Desde o Código das Águas (Decreto nº /34), que priorizava a gestão quantitativa dos recursos hídricos, especialmente na forma de concessões para o aproveitamento hidrelétrico, o aspecto qualitativo foi mencionado nos artigos 109 e 116, que tratavam das Águas Nocivas, proibindo qualquer pessoa contaminar as águas que não consome, com prejuízo de terceiros. Três décadas depois, o Código Florestal (Lei nº 4.771/65) em seu artigo 2º, determinou que fossem preservadas as florestas e demais formas de vegetação situadas ao longo dos rios, protegendo também, de maneira indireta, a vazão e a qualidade das águas. Em seguida, o Código de Pesca (Decreto-Lei nº221/67) veio proteger as águas interiores, ao estabelecer que os efluentes das redes de esgotos e os resíduos industriais somente poderiam ser lançados nas águas quando não as tornassem poluídas. Contudo, a norma legislativa que inaugurou, no âmbito nacional, a gestão da qualidade das águas foi a Resolução 20/86 do CONAMA, a qual foi recentemente revogada pela resolução CONAMA 357/05. A experiência brasileira em gestão dos recursos hídricos ganhou um grande impulso com a Lei Federal 9.433/97. Esta Lei, entre outras atribuições, define o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes, como um dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos e, de forma complementar, a Resolução 357/05 do CONAMA tem sido utilizada para subsidiar a aplicação deste instrumento. Segundo essa Resolução, as classes de uso das águas doces são: classe especial, Classe 1, Classe 2, Classe 3 e Classe 4, como se pode observar no Quadro 1. Segundo o Art. 10º da Lei 9.433/97, o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, visa a assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas e diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes. Esta lei dispõe também que as classes de corpos de água serão

20 19 estabelecidas pela legislação ambiental e delega às Agências de Bacia competência para propor aos respectivos Comitês de Bacia o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com o domínio desses. Quadro 1: Classes de uso de águas doces. Classes de Uso Classe Especial Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Águas destinadas à: a) abastecimento doméstico sem previa ou com simples desinfecção; b) preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. Águas destinadas à: a) abastecimento doméstico após tratamento simplificado; b)proteção das comunidades aquáticas; c)recreação de contato primário (natação, mergulho, etc); d) irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e) criação natural e/ou intensiva de espécies destinada à alimentação humana. Fonte: Resolução CONAMA 357/05. Águas destinadas à: a) abastecimento doméstico após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) recreação de contato primário; d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; e) criação natural e/ou intensiva de espécies destinada alimentação humana. à Águas destinadas à: a) abastecimento doméstico após tratamento convencional; b) irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas forrageiras; c) dessedentação de animais. e águas destinadas: a) à navegação; b) à harmonia paisagística; c) aos usos menos exigentes.

21 Caracterização da Região de Estudo A região do Submédio São Francisco, que está inserida no Semiárido brasileiro, é marcada por chuvas irregulares, longos períodos de seca e poucas áreas de terras agricultáveis (HERMES et al., 2004). O clima da região segundo a classificação de Köppen é do tipo BSwh, ou seja, semi-árido com temperaturas médias anuais elevadas, da ordem de 26,03ºC e precipitação média de 522,3 mm (EMBRAPA SEMI-ÁRIDO, 2009) O Rio São Francisco é a principal fonte de abastecimento e desenvolvimento da região, atendendo basicamente à população ribeirinha e, em alguns casos, outros municípios da bacia hidrográfica por sistemas de adutoras. Na região, grande parte das suas águas encontra-se represada, e seus tributários, quase na totalidade, são temporários, ou seja, só apresentam fluxo nas épocas em que ocorrem precipitações pluviométricas. O confinamento de diversas fontes de água, durante o período de seca, confere características únicas e individuais para cada uma, acarretando sérias restrições em sua quantidade e qualidade. (HERMES et al., 2004) O município de Petrolina, onde este estudo foi realizado, está localizado na região Submédia do rio São Francisco, no estado de Pernambuco. Localiza-se a 09º23'55" de latitude sul e a 40º30'03" de longitude oeste, estando a uma altitude de 376 metros. Apresenta uma área de 4.756,8 km 2 e uma população de habitantes. Faz divisa com o estado da Bahia, pelo município de Juazeiro, que juntas, formam o maior aglomerado urbano do semi-árido (IBGE, 2007). Petrolina é um dos principais municípios da Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Polo Petrolina-Juazeiro, criada pela Lei Complementar nº 113, e regulamentada pelo Decreto nº 4366, de 9 de setembro de 2002, na estrutura do Ministério da Integração Nacional, em setembro de Essa Ride abriga 610 mil habitantes em 34 mil quilômetros quadrados e abrange quatro municípios de Pernambuco - Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó - e quatro da Bahia - Juazeiro, Casa Nova, Sobradinho e Curaçá. O primeiro projeto desta Ride que ganhou apoio foi o incentivo ao desenvolvimento do turismo nos oito municípios, em especial o turismo associado às agricultura irrigada, ciência e tecnologia; e à vitivinicultura, ou enoturismo. Recentemente, a região tornou-se o segundo polo vitivinicultor do Brasil, com produção anual de 7 milhões de litros de

22 21 vinho - 15% da produção nacional, sendo 30% de vinhos finos, premiados nacional e internacionalmente (BRASIL, 2010) Água no Semiárido A Região Nordeste ocupa 18,27% do território brasileiro, com uma área de ,8 km². O Semiárido nordestino ocupa ,9 km (aproximadamente 54% da área), caracterizando-se por apresentar reservas insuficientes de água em seus mananciais e índices pluviométricos de aproximadamente 500mm anuais. O Brasil abriga a maior região semiárida contínua do mundo (SUDENE, 2010). O Nordeste brasileiro, com uma disponibilidade hídrica anual de 700 bilhões de m 3, pode ser considerado de expressivo potencial hídrico; no entanto, somente 24 bilhões de m 3 permanecem efetivamente disponíveis, o restante, 97%, é consumido pelo fenômeno da evaporação que, em média, atinge 2000 mm anuais, e pelo escoamento superficial (REBOUÇAS; MARINHO, 1972 Apud. MELO et al., 2009). Nesta região, a instabilidade climática é mais afetada por sua irregularidade que pela escassez, constituindo-se num grande obstáculo à permanência do homem no meio rural, devido à falta de água até mesmo para suprir suas necessidades básicas (BRITO, 1999). O regime de chuvas é caracterizado por períodos longos de estiagem com secas devastadoras que provocam a hibernação das plantas e a morte dos animais. A capacidade de suporte da região é pequena e o desmatamento atualmente em acelerada progressão, e já em enormes proporções, a reduz ainda mais. A história da região se caracteriza por grandes êxodos quando as secas são mais prolongadas (PADILHA, 2004). Para contrapor o fenômeno das secas, que freqüentemente provocam perda da produção agrícola na zona semiárida do Nordeste, gerando grandes problemas sociais, a fruticultura irrigada alavanca o desenvolvimento no Vale do São Francisco, promovendo um grande dinamismo na economia. A fruticultura irrigada é o principal vetor do desenvolvimento do Submédio São Francisco, notadamente das suas cidades-polo, Petrolina e Juazeiro, que se constituem em verdadeiros paraísos de desenvolvimento dentro do semiárido brasileiro. Isto porque com o crescimento da

23 22 fruticultura se desencadeou uma sinergia de crescimento em praticamente todos os setores produtivos, como o industrial, comércio e turismo (CORREIA et al., 2000) Rio São Francisco O Brasil possui a rede hidrográfica mais extensa do Globo, com km 2. Muitos de seus rios destacam-se pela profundidade, largura e extensão, o que constitui um importante recurso natural. Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto. A Bacia do rio São Francisco é a terceira em importância no Brasil, ocupando 8% do território nacional, com uma área de aproximadamente km 2. Ela divide-se em quatro regiões: Alto São Francisco, das nascentes até Pirapora-MG; Médio São Francisco, entre Pirapora e Remanso BA; Submédio São Francisco, de Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso, e, Baixo São Francisco, de Paulo Afonso até a foz no oceano Atlântico. O rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra e atravessa o sertão semiárido mineiro, pernambucano e baiano, o que possibilita a sobrevivência da população ribeirinha de baixa renda, a irrigação de pequenas propriedades, a criação de gado e o desenvolvimento de polos urbanos. Possui grande aproveitamento hidrelétrico, abastecendo não só a região Nordeste, como também parte da região Sudeste. Até a sua foz, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe, o São Francisco percorre km. Embora atravesse um longo trecho em clima semiárido, é um rio perene e navegável por cerca de km, desde Pirapora (MG) até a cachoeira de Paulo Afonso (BA). Apresenta fortes quedas em alguns trechos, e tem seu potencial hidrelétrico aproveitado através das Usinas de Paulo Afonso, Sobradinho, Três Marias e Moxotó, entre outras. O rio São Francisco liga as duas regiões mais populosas e de mais antigo povoamento: Sudeste e Nordeste (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2010). Devido aos seus usos preponderantes, o rio São Francisco está enquadrado como Corpo Hídrico de Classe 2, segundo a Deliberação nº 12 do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, de 30 de julho de 2004.

24 23 3. Material e Métodos 3.1. Delimitação da área de estudo Ao longo dos seus Km de extensão o rio São Francisco passa por inúmeras paisagens. Em seu trecho submédio banha as cidades-irmãs Petrolina e Juazeiro, sendo de suma importância para o desenvolvimento deste polo. A área de estudo compreende as margens do rio São Francisco em trecho urbano do município de Petrolina (Figura 1), totalizando aproximadamente 6 Km. Todo o esgoto produzido pela cidade, sendo tratado ou bruto, tem o São Francisco como destino final. Segundo diagnóstico socioeconômico da Bacia do rio São Francisco realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2009, Petrolina lança aproximadamente m 3.dia -1 de efluente tratado e cerca de m 3.dia -1 de efluente bruto no rio São Francisco. Figura 1: Área urbana. Ao Norte do rio, o município de Petrolina-PE (área de estudo). Ao sul, o município de Juazeiro-BA. A linha vermelha indica a área de estudo. Fonte: Google earth, 2010.

25 Determinação dos pontos de amostragem Realizou-se uma expedição, utilizando barco motorizado, às margens do rio São Francisco no perímetro urbano de Petrolina com o intuito de avaliar os pontos mais representativos. Os critérios para definição dos pontos de amostragem foram baseados no aspecto visual, na presença de odores e de macrófitas. Foi encontrado e georreferenciado o ponto de lançamento dos esgotos tratados da cidade, que se faz via Riacho das Porteiras. Também foram encontrados vários pontos de lançamento de esgoto possivelmente bruto, no entanto, um ponto de lançamento chamou mais atenção, por sua altíssima vazão de despejo, maus odores, presença de muitas macrófitas e péssimo aspecto visual, indicando que o esgoto afluente é bruto. Assim, foram escolhidos dois pontos para amostragem: o ponto de lançamento do esgoto tratado da cidade (foz do Riacho das Porteiras), observado na Figura 2; e o ponto supracitado, de despejo de esgoto bruto, observado na Figura 3. Desta forma, pode-se fazer o comparativo entre a influência do despejo tratado e o despejo bruto, ao corpo receptor. Tais pontos foram denominados, respectivamente, PA e PB. Figura 2: Imagem de satélite do ponto de lançamento de esgoto tratado à foz do Riacho das Porteiras (PA). Fonte Google earth, 2010.

26 25 Figura 3: Imagem de satélite do ponto de lançamento de efluente bruto (PB). Fonte: Google earth, A partir destes pontos principais, observou-se a região circunvizinha, no sentido horizontal e vertical, e se definiu pontos auxiliares para observar a modificação causada por aquele despejo em seus arredores. Os pontos determinados para a pesquisa foram georreferenciados e localizados conforme se observa no Quadro 2. Quadro 2: Caracterização dos Pontos de Pesquisa. Ponto Localização Coordenadas PA Ponto de lançamento do esgoto tratado, 5 metros vertical à margem. PAV Ponto 30 metros vertical à PA, com relação a margem do Rio. PAM Ponto 100 metros à montante de PA. PA 200 Ponto 200 metros à jusante de PA. PB Ponto de lançamento de esgoto bruto, 5 metros vertical à margem. PBV Ponto 30 metros vertical à PB, com relação a margem do Rio. PBM Ponto 100 metros à montante de PB. PB 300 Ponto 300 metros à jusante de PA. PB 500 Ponto 500 metros à jusante de PA. 09º24 14 S e 40º31 19 O 09º24 18 S e 40º31 25 O 09º24 15 S e 40º31 18 O 09º24 09 S e 40º31 08 O 09º24 29 S e 40º28 56 O 09º24 30 S e 40º28 57 O 09º24 28 S e 40º29 01 O 09º24 33 S e 40º28 43 O 09º24 33 S e 40º28 35 O Nas Figuras 4 e 5 visualiza-se a localização dos pontos de pesquisa.

27 26 Figura 4: Ponto de lançamento de esgoto tratado e seus pontos auxiliares. Fonte: Google earth, Figura 5: Ponto de lançamento de esgoto bruto e seus pontos auxiliares. Fonte: Google earth, 2010.

28 27 A distância especificada de 100 metros à montante foi escolhida por ser um ponto sem influência de despejos e assim, poder-se realizar o comparativo da qualidade da água antes do lançamento e no momento do lançamento. Já a distância de 30 metros vertical ao ponto principal teve como intuito observar a influência do despejo na qualidade da água do leito do rio em contraposição às suas margens. A escolha das distâncias dos pontos à jusante foi mais complexa, pelo fato de haverem muitos pequenos despejos ao longo da margem. Inicialmente foram coletadas amostras de 100 em 100 metros, até os 600 metros à jusante dos pontos principais para avaliações preliminares, cujos resultados apontaram que os melhores pontos para amostragem seriam: a 200 metros de PA, já que aos 300 metros houve uma variação negativa na qualidade da água, indicando ter algum despejo entre um ponto e outro, o que mascararia o real efeito do lançamento do esgoto tratado (lançamento de PA); a 500 metros à jusante de PB, já que aos 600 metros ocorreu o mesmo problema citado para anteriormente; e a 300 metros, para observar a melhora gradativa da qualidade da água entre PB e PB 500, devido ao processo de regeneração natural do rio, a autodepuração. Todas as amostras foram coletadas à distância de 5 metros da margem do rio, com exceção aos pontos PAV e PBV Coletas de Amostras A amostragem foi realizada mensalmente nos pontos pré-determinados, entre os meses de outubro de 2009 e março de Foram coletadas amostras em três diferentes tipos de frascos, para cada ponto, em função do tipo de análise: frasco de vidro com volume de 300 ml para análise de Oxigênio Dissolvido, que deve proporcionar que a amostra fique completamente vedada, sem presença de ar (Figura 6); frasco de 250 ml de PVC para a análise de Coliformes Fecais, previamente autoclavado durante 15 minutos, para garantir esterilidade (Figura 7); e um frasco de ml para as análises físico-químicas (Figura 8).

29 28 Após as coletas, as amostras foram armazenas em caixa de isopor e conduzidas imediatamente ao laboratório de esgotos da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA), para início dos procedimentos analíticos. Figura 6: Frascos para análise de OD. Figura 7: Frascos para análise de Coliformes Fecais Análises in loco utilizando sonda multiparâmetros Para a determinação dos parâmetros Condutividade Elétrica (C.E.), Temperatura e Turbidez (os dois últimos necessários à determinação do IQA), as quais não eram possíveis de realizar no Laboratório de Esgotos, utilizou-se uma sonda multiparâmetros da marca Horiba modelo U-10 water Checker (Figura 8), que determina os parâmetros ph, Turbidez, Oxigênio Dissolvido, Temperatura e Salinidade. Figura 8: Sonda Horiba modelo U-10.

30 Condutividade Elétrica A capacidade da água conduzir corrente elétrica é denominada condutividade e depende da concentração dos íons presentes na solução e da temperatura e, por isso, essas medidas devem estar sempre associadas. Cada corpo d água tende a ter um grau relativamente constante de condutividade que, uma vez estabelecido, pode ser usado para comparação com medidas regulares do mesmo ponto de condutividade. Mudanças significativas podem ser indicadores de que processos de poluição estão ocorrendo com descarga de material na água (HERMES; SILVA, 2004) Temperatura Temperatura é um fator determinante no direcionamento das reações que afetam os processos químicos, físicos e biológicos, exercendo enorme influência na atividade biológica e no crescimento de organismos aquáticos (HERMES; SILVA, 2004). Elevações de temperatura aumentam a taxa das reações e diminuem a solubilidade dos gases. Além disso, aumentam a taxa de transferência de gases, o que pode gerar mau cheiro, no caso da liberação de gases com odores desagradáveis (VON SPERLING, 2005) Turbidez A turbidez representa o grau de interferência com a passagem da luz através da água, conferindo uma aparência turva à mesma, tendo como constituinte responsável os sólidos em suspensão. Altos valores de turbidez podem atrapalhar a atividade fotossintética de plantas aquáticas, reduzindo a concentração de OD, o que prejudica, não só a flora, mas também a fauna local. (VON SPERLING, 2005). Segundo o art. 5º da Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005), o limite máximo para a turbidez em corpos hídricos de Classe 2 é de 100 UNT.

31 Análises laboratoriais Os parâmetros analisados em laboratório para determinação do Índice de Qualidade de Água são físicos, químicos e microbiológicos. Como parâmetro físico foi analisado os sólidos totais. Os parâmetros químicos analisados foram: Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), Fósforo Total, Nitrogênio Total, Oxigênio Dissolvido (OD) e Potencial Hidrogeniônico (ph). Como parâmetro microbiológico foi analisado os Coliformes Fecais (E.Coli) Parâmetro Físico Sólidos Totais Sólidos Totais é a medida da concentração de todos os cátions, ânions e sais que se encontram dissolvidos na água e materiais em suspensão. Medidas de sólidos totais são importantes e devem ser realizadas onde ocorrem áreas de descarga de esgotos, descargas industriais e áreas de irrigação intensiva (HERMES; SILVA, 2004). A análise de sólidos totais foi feita através da medida da massa de sólidos resultante da evaporação de 100 ml da amostra colocada em uma cápsula de porcelana e posta sobre chapa de aquecimento (Figura 9). Segundo a Resolução 357/05 do CONAMA (BRASIL, 2005), o limite permitido de sólidos totais para corpos hídricos de classe 2 é de 500 mg.l -1. Figura 9: Chapa de aquecimento com as cápsulas

32 Parâmetros Químicos Demanda Bioquímica de Oxigênio Demanda Bioquímica de Oxigênio é a quantidade de oxigênio requerida para oxidar bioquimicamente a matéria orgânica presente na água (VON SPERLING, 2005). Em um corpo d'água coexistem bactérias e matérias orgânicas de todas as naturezas. As bactérias alimentam-se de matéria orgânica. A digestão completa dessa matéria acontece através de uma reação bioquímica que necessita de um elemento fundamental para ser realizada: o oxigênio. Quando a bactéria consegue o oxigênio, ela transforma a matéria orgânica em outra substância, de forma mais estável. Esse processo é conhecido como mineralização. Contudo, se a quantidade de alimento disponível for muito grande nos corpos d água, as bactérias se multiplicarão em demasia e disputarão entre si todo o oxigênio disponível. Dessa forma, ele tende a se extinguir, matando as bactérias. Como resultado, elas acabam se transformando em mais alimento disponível, já que também são matérias orgânicas. Acabado o oxigênio, as águas de rios ou lagos que vivem essa situação serão incapazes de sustentar a vida aeróbia. Desta forma, é importante que se tenha um controle rígido no lançamento de matéria orgânica nesses corpos d água, preservando um mínimo de oxigênio. A técnica utilizada para análise deste parâmetro é a orientada pelo Standard Methods (APHA, 1998), assim como todas as outras análises realizadas. Caso a análise seja efetuada em até 2 horas após a coleta, é desnecessário o resfriamento da amostra. Porém, se o período de espera for maior do que 2 horas, a amostra deve ser mantida resfriada a 4 ºC ou menos desde o momento da coleta. A análise deve ter início no período máximo de 6 horas. Segundo a Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005), a concentração de DBO em sistemas aquáticos de Classe 2 deve ser no máximo 5 mg.l -1 de O 2.

33 Demanda Química de Oxigênio A Demanda Química de Oxigênio é a quantidade de oxigênio consumido na oxidação química da matéria orgânica existente na água, medida em teste específico. Usada geralmente como indicador do grau de poluição de um corpo hídrico ou de águas residuárias. (NBR 9896/1993). A análise de DQO realizada no laboratório se deu através do método do refluxo aberto com dicromato, conforme sugerido pelo Standard Methods (APHA, 1998). Este método é indicado em função de sua alta capacidade de oxidação, aplicabilidade para larga variedade de amostras e fácil manipulação. Para que se tenham resultados mais rápidos, usa-se um digestor (Figura 10) que mantém as amostras (Figura 11) a 150 ºC por duas horas. A Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005) não prevê um valor máximo permitido de DQO. Figura 10: Digestor para DQO. Figura 11: Amostras em análise.

34 Fósforo Total Há muito é conhecida a importância do fósforo nos sistemas biológicos. Esta importância deve-se à participação deste elemento em processos fundamentais do metabolismo dos seres vivos, tais como armazenamento de energia e estruturação da membrana celular. Na maioria das águas continentais o fósforo é o principal fator limitante de sua produtividade (ESTEVES, 1998). Ele não apresenta problemas de ordem sanitária nas águas de abastecimento, mas, quando em elevadas concentrações em lagos e represas, pode conduzir a um crescimento exagerado desses organismos, um processo chamado eutrofização. É, ainda, um elemento essencial para o crescimento dos microrganismos responsáveis pela estabilização da matéria orgânica (VON SPERLING, 2005). O fósforo apresenta-se na água principalmente nas formas de ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico. A análise de Fósforo Total foi realizada segundo indicado pelo Standard Methods (APHA, 1998), através do método de Digestão por Persulfato de Potássio e Ácido Ascórbico (Figura 12). A leitura do resultado foi feita através de um espectrofotômetro, marca MERCK, modelo NOVA 400 (Figura 13), que gera um valor de concentração em mg.l -1. A Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005) prevê um valor máximo de 0,1 mg.l -1 de fósforo para corpos hídricos de classe 2, em ambiente lótico. Figura 12: Metodologia de análise de fósforo total. Figura 13: Espectrofotômetro.

35 Nitrogênio Total Dentro do ciclo do nitrogênio na biosfera, este se alterna entre várias formas e estados de oxidação. No meio aquático, o nitrogênio pode ser encontrado na forma molecular, nitrogênio orgânico, amônia, nitrito e nitrato. É um elemento indispensável para o crescimento de algas e, quando em elevadas concentrações em lagos e represas, pode conduzir ao processo de eutrofização (VON SPERLING, 2005). O nitrogênio, em processos bioquímicos de conversão da amônia a nitrito e deste a nitrato, implica no consumo de oxigênio dissolvido do meio, sendo portanto, prejudicial ao meio aquático quando em altas concentrações. Porém, o nitrogênio é um elemento indispensável para o crescimento dos microrganismos responsáveis pelo tratamento de esgotos (VON SPERLING, 1996). A análise realizada para determinação do Nitrogênio Total foi feita pelo Método do Indofenol (APHA, 1998). É de suma importância que a análise seja realizada dentro de uma capela, com uso de máscara apropriada, já que o fenol é tóxico (Figura 14). A leitura, assim como a do fósforo total, é realizada em espectrofotômetro. A Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005) estabelece que o valor de nitrogênio total não deve ultrapassar: 2,18 mg.l -1 para ambiente lótico, quando for fator limitante para eutrofização; 3,7 mg.l -1 quando ph 7,5; 2,0 mg.l -1 quando o ph estiver na faixa entre 7,5 e 8,0; 1,0 mg.l -1 quando o ph estiver na faixa entre 8,0 e 8,5; 0,5 mg.l -1 quando ph>8,5. Figura 14: Procedimento de análise.

36 Oxigênio Dissolvido Dentre os gases dissolvidos na água, o oxigênio (O 2 ), é um dos mais importantes na dinâmica e na caracterização dos ecossistemas aquáticos. As principais fontes de oxigênio para a água são a atmosfera e a fotossíntese. Por outro lado, as perdas são o consumo pela decomposição de matéria orgânica (oxidação), perdas para a atmosfera, respiração de organismos aquáticos e oxidação de íons metálicos como, por exemplo, o ferro e o manganês. A solubilidade do oxigênio na água, como de todos os gases, depende da temperatura e da pressão (ESTEVES, 1998). A concentração de oxigênio dissolvido na água é trivial para a respiração dos organismos aquáticos aeróbios. Durante a estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do oxigênio nos seus processos respiratórios, podendo vir a causar uma redução da sua concentração no meio. Dependendo da magnitude desse fenômeno, podem vir a morrer diversos seres aquáticos, inclusive os peixes. Caso o oxigênio seja totalmente consumido, têm-se as condições anaeróbias, com possível geração de maus odores (VON SPERLING, 2005). De acordo com o art. 5º da Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005), a concentração de oxigênio dissolvido não deve ser inferior a 5 mg.l -1.

37 ph O ph é uma medida do equilíbrio entre as cargas de hidroxilas (OH - ) e de íons hidrogênio (H + ), sendo definido como logaritmo negativo da concentração molar de hidrogênio em uma solução, dando uma indicação sobre a condição de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água (HERMES; SILVA, 2004). Valores de ph afastados da neutralidade revelam perturbações do meio aquático. Em termos de corpos d água, valores elevados de ph podem estar associados à proliferação de algas; já valores altos ou baixos de ph podem ser indicativos da presença de efluentes industriais. Além disso, variações no ph influenciam o equilíbrio dos compostos químicos (VON SPERLING, 2005). O phmetro utilizado nas medições realizadas nesta pesquisa é digital, da marca Quimis, modelo SC09, conforme apresentado na Figura 15. Ele é indicado para as medições de ph, potencial mv absoluto e relativo, indicação e compensação da temperatura. Todas as medições de ph são compensadas automaticamente e levadas para a temperatura atual da solução sob teste, de tal maneira que o efeito da temperatura na medição do ph seja totalmente corrigido. Como previsto pela Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005), o valor do ph para corpos hídricos de classe 2 deve estar entre 6 e 9. Figura 15: phmetro.

38 Parâmetro Microbiológico Coliformes Fecais O grupo de bactérias denominado coliformes comporta todos os bacilos aeróbicos, gram-negativos não formadores de esporos que, quando incubados a 35ºC, fermentam a lactose, produzindo gás carbônico (CO 2 ), em 48 horas. Nem todos esses microrganismos são patogênicos, ou somente habitam o trato gastrointestinal (HERMES; SILVA, 2004). Os Coliformes Fecais (C.F.) são bactérias originárias especificamente do trato intestinal. Métodos para a detecção de material fecal foram desenvolvidos utilizando a presença de organismos indicadores, como a bactéria intestinal Escherichia coli, uma vez que ela é específica de material fecal humano ou de outros animais de sangue quente (CHAPMAN; KINTASCH, 1997 Apud. HERMES; SILVA, 2004). Esta análise foi realizada através da técnica da membrana filtrante, como sugerido pelo Standard Methods (APHA, 1998). Neste procedimento, inicialmente, faz-se a filtração de um volume da amostra através de uma membrana, conforme apresentado na Figura 16. Em seguida, a membrana é colocada em uma placa de Petri com meio de cultura e incubada em estufa de cultura a 44,5ºC por 24 horas (Figura 17). Após este período faz-se a contagem de colônias de coliformes fecais, que neste caso são de coloração azul escura, conforme consta na Figura 18, e procedese o cálculo segundo a Equação 1. Figura 16: Sistema de filtração por membrana. Figura 17: Estufa de cultura.

39 38 Figura 18: Placa com as colônias desenvolvidas. (Eq. 1) Sendo: UFC Número de Unidades Formadoras de Colônia de E. coli por 100 ml de amostra; Nc Número de Colônias desenvolvidas; Fd Fator de Diluição utilizado. A análise deste parâmetro deve ter início em no máximo 24 horas após a coleta, para que não se tenham grandes variações na população bacteriana, devendo a amostra estar sob refrigeração.

40 Determinação dos Índices de Qualidade de Água O IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de água correspondentes aos parâmetros: temperatura, ph, OD, DBO (5 dias, 20ºC), coliformes fecais, nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais e turbidez. Para tanto, a equação 2 é utilizada. (Eq. 2) onde: IQA : Índice de Qualidade das Águas, um número entre 0 e 100; q i : qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, obtido da respectiva "curva média de variação de qualidade", em função de sua concentração ou medida; w i : peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído em função da sua importância para a conformação global de qualidade, sendo encontrado pela Equação 3. (Eq. 3) em que: n: número de parâmetros que entram no cálculo do IQA. No caso de não se dispor do valor de algum dos parâmetros, o cálculo do IQA é inviabilizado. A Tabela 1 mostra os pesos utilizados pela CETESB, para cada parâmetro. As curvas médias de variação de qualidade para cada parâmetro encontram-se no apêndice A. A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas, que é indicada pelo IQA, variando numa escala de 0 a 100, conforme especificado na Tabela 2.

41 40 Tabela 1: Pesos relativos para cada parâmetro no cálculo do IQA Parâmetros Pesos Relativos OD 0,17 Coliformes Fecais 0,15 ph 0,12 DBO 0,10 Fósforo Total 0,10 Temperatura 0,10 Nitrogênio Total 0,10 Turbidez 0,08 Sólidos Totais 0,08 Fonte: CETESB, Tabela 2: Classificação da qualidade da água de acordo com o valor do IQA. Categoria Ponderação Fonte: CETESB, Ótima 79 < IQA 100 Boa 51 < IQA 79 Regular 36 < IQA 51 Ruim 19 < IQA 36 Péssima IQA Teste Estatístico Foi realizada a análise de variância para os resultados das análises de Oxigênio Dissolvido, Coliformes Fecais e Demanda Bioquímica de Oxigênio. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

42 Obtenção de dados meteorológicos Fatores meteorológicos como temperatura, pressão, radiação e precipitação influenciam diretamente nas características do ambiente aquático. Desta forma, é muito importante que sejam recolhidos os dados meteorológicos referentes ao momento em que a coleta das amostras de água foi realizada. A estação meteorológica mais próxima, e, portanto, capaz de fornecer dados mais seguros para a pesquisa, encontra-se no bairro Gercino Coelho, em Petrolina (Figura 19). É uma estação automática pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Figura 19: Imagem de satélite revelando a posição geográfica da estação meteorológica em relação aos pontos. Fonte: Google earth, Os dados meteorológicos referentes aos dias e horários das coletas foram retirados do site do Inmet ( e encontram-se descriminados na Tabela 3.

43 42 Tabela 3: Dados meteorológicos do momento das coletas Data Hora Temp. Umidade Pressão Vento (ºC) (%) (hpa) (m.s -1 ) Radiação Chuva Local Máx. Mín. Max. Mín. Max. Mín. Veloc. (kjm 2 ) (mm) 29/10/ :00h 27,4 25, ,6 970,3 4, ,0 24/11/ :00h 29,1 26, ,1 969,9 4, ,0 15/12/ :00h 26,9 25, ,4 971,2 4, ,0 27/01/ :00h 28,4 26, ,2 970,1 4, ,0 23/02/ :00h 28,2 26, ,3 971,0 4, ,0 17/03/ :00h 28,7 25, ,8 971,5 4, ,0 Fonte: INMET, Dados de Vazão do rio São Francisco O rio São Francisco apresenta vazões de chegada variáveis aos pontos de coleta. Isso ocorre porque à montante existe a barragem de Sobradinho, que varia a vazão em que a água é liberada de acordo com as necessidades da Usina Hidrelétrica de Sobradinho. O valor de vazão interfere diretamente nos resultados das análises, uma vez que o volume de água pode deixar as amostras mais diluídas ou concentradas. Os dados de vazão dos dias de coleta encontram-se na Tabela 4 e foram cedidos pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), que gerencia a Usina Hidrelétrica de Sobradinho. Tabela 4: Vazões do Rio nos dias de coleta Data Vazão 29/10/ m 3.s -1 24/11/ m 3.s -1 15/12/ m 3.s -1 27/01/ m 3.s -1 23/02/ m 3.s -1 17/03/ m 3.s -1 Fonte: CHESF, 2010.

44 43 4. Resultados 4.1. Resultados das análises das amostras Os resultados obtidos das análises laboratoriais das amostras coletadas durante o período de estudo foram compilados e apresentam-se dispostos no Apêndice B Índices de Qualidade de Água das amostras coletadas A partir dos resultados obtidos das análises laboratoriais, dispostos no Apêndice B, foi calculado o IQA para cada ponto de amostragem, de outubro de 2009 a Março de Os resultados estão explicitados na Tabela 5. Tabela 5: Índices de Qualidade de Água (Classificação e valor) do Rio São Francisco no período de estudo. PA PAM PAV PA200 PB PBM PBV PB300 PB500 Out/09 Regular (41,9) Nov/09 Regular (39,4) Dez/09 Regular (42,8) Jan/10 Regular Fev/10 Mar/10 (36,4) Ruim (32,9) Ruim (33,0) Boa (54,6) Boa (60,6) Boa (51,5) Regular (49,4) Regular (50,7) Boa (55,0) Boa (53,5) Regular (39,4) Boa (58,7) Regular (46,3) Regular (50,1) Regular (43,5) Regular (39,7) Regular (39,5) Regular (40,8) Boa (69,6) Ruim (27,1) Regular (38,4) Péssima (12,7) Péssima (12,2) Péssima (11,8) Péssima (17,0) Péssima (12,2) Péssima (11,8) Regular (48,6) Regular (47,8) Regular (40,3) Boa (60,2) Ruim (27,1) Regular (48,2) Regular (47,7) Regular (45,6) Regular (44,5) Boa (57,1) Regular (42,0) Boa (56,9) Regular (43,6) Boa (53,3) Ruim (33,2) Regular (46,0) Regular (45,2) Ruim (35,3) Regular (48,4) Boa (63,4) Regular (50,7) Boa (64,7) Regular (40,0) Boa (55,5) Observa-se grande diferença na qualidade da água entre PA e PB, em todos os meses. No ponto de despejo de esgoto tratado (PA) a água oscila entre regular e ruim. Já no ponto de lançamento de esgoto bruto (PB) a qualidade da água é sempre péssima, ressaltando o efeito deletério que a falta de tratamento de esgoto causa ao meio ambiente e à saúde pública. A degradação da qualidade da água

45 44 pode resultar na deterioração do funcionamento dos ecossistemas, além de se constituir como meio de propagação de organismos patogênicos. No entanto, o despejo tratado, mesmo com menos influência que o esgoto bruto, causa modificações negativas ao sistema aquático. Isso fica evidente quando se compara a qualidade da água do ponto PA com o ponto à montante (PAM), em todos os meses, que está sempre entre boa e regular. Constata-se com os resultados alcançados que 200 metros à jusante do lançamento de esgoto tratado, a água ainda não volta a ter a mesma qualidade que possuía à montante do despejo, mostrando que a esta distância o rio ainda não foi capaz de depurar o efluente lançado. O mesmo é observado no ponto 300 metros à jusante do lançamento de esgoto bruto. No entanto, quando se compara o ponto PB500 com o ponto PBM, percebe-se que a água volta a ter a mesma qualidade, ou até mesmo qualidade superior à que possuía antes do despejo, revelando que 500 metros é uma distância capaz de depurar aquela vazão de esgoto bruto, neste ponto do rio São Francisco. Quando se trata dos pontos verticais aos lançamentos de esgoto (PAV e PBV), observa-se que eles, geralmente, possuem a mesma qualidade do ponto à montante, indicando que estes pontos não estão sofrendo influência do efluente, ou seja, a contaminação acontece em sentido paralelo à margem do rio e tende a desaparecer à medida que se afasta do ponto de lançamento, o que deve ocorrer devido às forças de corrente. Nos pontos que circulam o despejo de esgoto tratado não se percebe variações bruscas na qualidade da água ao longo dos meses. Isso se justifica pelo fato de o esgoto tratado possuir uma qualidade de despejo prevista em lei, ou seja, a qualidade do efluente lançado é quase invariável, portanto, o impacto causado é quase sempre o mesmo. No entanto, quando se observa os pontos que circulam o lançamento de esgoto bruto (PB), percebem-se variações na qualidade da água, que pode ser explicado pelo fato de o esgoto bruto variar de acordo com as atividades da população geradora, naquele período. Através dos Gráficos 1 a 6, pode-se observar a modificação na qualidade da água ao longo do trecho pesquisado nos meses de outubro de 2009 a março de 2010.

46 45 Gráfico 1: Índices de Qualidade de água do Rio São Francisco ao longo do trecho estudado no mês de outubro de Legenda: Verde IQA Bom; Amarelo IQA Regular; Preto IQA Péssimo. Gráfico 2: Índices de Qualidade de água do Rio São Francisco ao longo do trecho estudado no mês de novembro de Legenda: Verde IQA Bom; Amarelo IQA Regular; Preto IQA Péssimo. Gráfico 3: Índices de Qualidade de água do Rio São Francisco ao longo do trecho estudado no mês de dezembro de Legenda: Verde IQA Bom; Amarelo IQA Regular; Vermellho IQA Ruim; Preto IQA Péssimo.

47 46 Gráfico 4: Índices de Qualidade de água do Rio São Francisco ao longo do trecho estudado no mês de janeiro de Legenda: Verde IQA Bom; Amarelo IQA Regular; Preto IQA Péssimo. Gráfico 5: Índices de Qualidade de água do Rio São Francisco ao longo do trecho estudado no mês de fevereiro de Legenda: Amarelo IQA Regular; Vermellho IQA Ruim; Preto IQA Péssimo. Gráfico 6: Índices de Qualidade de água do Rio São Francisco ao longo do trecho estudado no mês de março de Legenda: Verde IQA Bom; Amarelo IQA Regular; Vermellho IQA Ruim; Preto IQA Péssimo.

48 Comparativo da Concentração de OD e Qualidade da Água nos pontos de lançamento tratado e de lançamento bruto De acordo com os valores da concentração de OD obtido com as análises, observou-se que não existe possibilidade de se encontrar vida aeróbia, com exceção das macrófitas, no ponto PB, uma vez que não há oxigênio neste ponto. A exceção na concentração de OD ocorreu no mês de janeiro, mas mesmo assim, o valor encontrado foi muito baixo, incompatível com a vida de seres aeróbios. No ponto PA os valores de OD foram considerados satisfatórios, uma vez que apenas no mês de novembro de 2009 a concentração esteve abaixo do que preconiza a Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005), isto é, 5 mg.l -1, como pode ser observado no Gráfico 7. Gráfico 7: Concentração de OD (em mg.l -1 ) em PA e em PB. O parâmetro Oxigênio Dissolvido é o que apresenta maior peso no cálculo do IQA, sendo seu valor de 0,17. Desta forma, comparando-se os gráficos 7 e 8, observa-se que à medida que aumenta a concentração de OD nos pontos de análise, tem-se o aumento da qualidade da água e vice-versa. Gráfico 8: IQA dos pontos PA e PB em cada análise

49 48 Com os valores de OD encontrados em todos os pontos foi realizada a análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Verificou-se que não há diferença significativa entre os valores de OD, com exceção do ponto PB, que difere significativamente dos demais Comparativo da Concentração de C. F. e Qualidade da Água nos Pontos de lançamento tratado e de lançamento bruto Foi observada uma enorme discrepância entre os valores de coliformes fecais do despejo tratado e do despejo bruto, conforme pode ser visualizado no Gráfico 9. Tais valores revelam que o tratamento do esgoto diminuiu drasticamente o valor de organismos patogênicos lançados ao corpo hídrico, o que ressalta a enorme importância do tratamento para a saúde da população e para o meio ambiente. Gráfico 9: Valor da concentração de Coliformes fecais em PA e em PB. No cálculo do IQA, o parâmetro C.F. apresenta-se com o segundo maior peso (0,15), e a relação Concentração de Coliformes Fecais X Qualidade da Água fica clara nos gráficos 8 e 9, onde se percebe que o aumento da concentração de coliformes contribui para a queda no índice de qualidade de água. Com os valores de C.F. encontrados em todos os pontos foi realizada a análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Verificou-se que não há diferença significativa entre os valores, com exceção do ponto PB, que difere significativamente dos demais.

50 Comparativo da Concentração da DBO e Qualidade da Água nos pontos de lançamento tratado e de lançamento bruto Foi observada uma grande diferença nos valores de DBO entre os pontos PA e PB. Este apresentou valores muito superiores àquele. No entanto, em todas as análises, em ambos os pontos, a DBO encontra-se acima do permitido pela Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005), o valor de 5 mg.l -1. Percebe-se também, que a concentração de DBO ao longo dos meses no ponto PA não varia muito, no entanto, no ponto PB observa-se uma variação muito grande. Os valores de DBO nos pontos PA e PB estão explícitos no Gráfico 10. Gráfico 10: Concentração de DBO (em mg.l -1 ) em PA e em PB. Para o cálculo do IQA utiliza-se o peso 0,1 para este parâmetro, assim como para os parâmetros Fósforo Total, Temperatura e Nitrogênio Total. Logo, percebe-se que, apesar da demanda bioquímica de oxigênio ser um dos principais parâmetros de observação da qualidade da água, apresenta o mesmo peso de outros parâmetros, não sendo possível observar uma relação direta entre concentração de DBO e IQA no período estudado. Com os valores de DBO encontrados em todos os pontos foi realizada a análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Verificou-se que não há diferença significativa entre os valores, com exceção ao ponto PB, que difere significativamente dos demais.

51 Valores de Condutividade Elétrica Os resultados de condutividade elétrica, obtidos através da sonda multiparâmetros Horiba, encontram-se na Tabela 6. Tabela 6: Valores de Condutividade Elétrica das amostras analisadas. C.E. (ms.cm -1 ) Out/09 Nov/09 Dez/09 Jan/10 Fev/10 Mar/10 PA 0,054 1,185 0,077 0,077 0,078 0,077 PAM 0,054 0,048 0,048 0,048 0,048 0,048 PAV 0,05 0,187 0,048 0,048 0,048 0,048 PA200 0,055 0,052 0,051 0,051 0,05 0,05 PB 0,075 0,094 0,271 0,271 0,32 0,33 PBM 0,074 0,053 0,054 0,054 0,054 0,052 PBV 0,053 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 PB300 0,062 0,051 0,052 0,052 0,052 0,052 PB500 0,058 0,051 0,051 0,051 0,051 0,051 Observam-se maiores valores de C.E. no ponto PB, e em seguida, no ponto PA, o que já era esperado, uma vez que a C.E. aumenta à medida em que a água recebe íons que são partículas carregadas eletricamente. Os despejos de efluentes carreiam várias substâncias para o rio, dentre elas os íons, logo, pode-se dizer que o aumento da condutividade elétrica em águas superficiais está diretamente relacionado com a queda na qualidade desta água.

52 Aspectos visuais observados Foram observados os aspectos visuais de cada ponto durante o período de realização da pesquisa. Estas características não tiveram mudanças significativas ao longo dos meses e o que foi observado encontra-se no Quadro 3. As imagens de cada ponto podem ser vistas no apêndice C. Quadro 3: Aspectos visuais observados em cada ponto. Ponto Características observáveis in loco PA PAM PAV PA 200 PB PBM PBV PB 300 PPB 500 Apesar deste ponto receber efluente tratado, observou-se a presença de bastante espuma, o que caracteriza a presença de substâncias surfactantes. Observando-se que este ponto está no início da área urbana, parece não sofrer nenhuma influência de lançamento de efluentes. A água não mostra nenhum indicativo de poluição, como espuma, mau cheiro ou macrófitas. Apresenta água aparentemente límpida. Ponto localizado próximo ao Porto de Petrolina, no entanto, a água apresenta-se aparentemente límpida. Apresenta uma alta vazão de chegada de esgoto sem tratamento. O local possui um forte mau cheiro, muitas macrófitas bioindicadoras de poluição aquática e alta turbidez na água. O ponto não é livre da influência de pequenos lançamentos clandestinos, possuindo, portanto, água com considerável carga orgânica. Tal fato pode ser percebido pela presença de plantas indicadoras de poluição aquática, já que estas se desenvolvem onde há muita oferta de matéria orgânica. Apresenta água aparentemente límpida. Já não se pode sentir o forte odor que se sentia em PB. A água já se apresenta menos turva, mas ainda há grande presença de macrófitas. Tal diagnóstico mostra que o rio está se recuperando, mas ainda não se apresenta completamente depurado. O rio já se encontra, segundo suas características observáveis in loco, completamente depurado. Não ocorre a presença de macrófitas e a água é límpida.

53 52 5. Conclusões De acordo com os resultados obtidos conclui-se que: O despejo de efluentes no corpo hídrico, seja tratado ou bruto, causa degradação na qualidade da água; O lançamento de esgoto tratado provoca menor impacto negativo do que o lançamento de esgoto bruto, uma vez que a qualidade da água no ponto PA é sempre superior ao ponto PB; Os pontos verticais aos lançamentos não sofrem influência destes, já que a qualidade da água, na maioria das vezes, é igual ou superior ao ponto à montante; A variação de vazão do Rio São Francisco ao longo dos meses não influenciou na qualidade da água, uma vez que não se percebe uma relação direta entre aumento de vazão e aumento da qualidade da água. Tal fato ocorre porque o volume de água do rio São Francisco é muito grande; Foi necessária a distância de 500 metros para que a água voltasse a ter a qualidade que possuía a montante do despejo de esgoto bruto. Já a distância para depuração do esgoto tratado não pôde ser estimada devido à presença de pequenos despejos à jusante de PA. Os resultados para Coliformes Fecais apresentam um valor muito elevado no ponto PB. O mesmo não ocorre no ponto PA, revelando a importância do tratamento do esgoto na remoção de organismos patogênicos; O ponto PA apresenta DBO com valores inferiores ao ponto PB. No entanto, observa-se que os valores de DBO em PA encontram-se sempre superiores ao limite máximo exigido por norma. Por isso, acredita-se que o efluente tratado esteja sendo lançado com DBO superior ao permitido pela Resolução CONAMA 357/05, de 5 mg.l -1. A concentração de OD em PA foi considerada satisfatória, uma vez que, apenas no mês de novembro de 2009, esteve abaixo do permitido. Já em PB os valores de OD mostraram-se incompatíveis

54 53 com a vida aeróbia. (A Resolução CONAMA 357/05 propõe a concentração mínima de 5 mg.l -1 de O 2 ). Percebe-se que o esgotamento sanitário é de suma importância. Sendo a água trivial para todas as atividades, é indispensável que o efluente gerado seja tratado, mantendo, desta forma, a qualidade da água disponível, o que permitirá o desenvolvimento econômico, social e a manutenção do meio ambiente. 6. Referências APHA AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard Methods for examination of water and wastewater. 20.ed. Baltimore: United Book Press, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9896: informação e documentação: Glossário de Poluição das Águas. Rio de Janeiro, BRASIL. Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Deliberação CBHSF nº 12, de 30 de julho de Apresenta propostas de enquadramento dos corpos d água estabelecidas no Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Disponível em: < %20Enquadramento.pdf>. Acesso em: 30 de março de BRASIL. Decreto nº , de 10 de julho de Decreta o Código de Águas. Disponível em: < >. Acesso em 18 de março de BRASIL. Decreto-lei nº 221, de 28 de fevereiro de Dispõe sobre a proteção e estímulos à pesca e dá outras providências. Disponível em: < >. Acesso em 18 de março de BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Ride do Polo Petrolina-Juazeiro. Disponível em: < de>. Acesso em: 20 de março de BRASIL. Lei nº 4.771, de 14 de setembro de Institui o Novo Código Florestal. Disponível em: < Acesso em 18 de março de BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus afins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras

55 54 providências. Disponível em: < Acesso em 18 de março de BRASIL. Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em 18 de março de BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução n.357, de Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em 18 de março de BRITO, L. T. L., SILVA, D. A., CAVALCANTI, N. B., ANJOS, J. B., REGO, M. M. Alternativa tecnológica para aumentar a disponibilidade de água no semi-árido. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, v. 3, n. 1, p , CHAPMAN, D. Water Quality Assessment. 2.ed. London: E&FN SPON, COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Índice de Qualidade de Água. Disponível em: < Acesso em: 02 de abril de COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Tipos de Águas. Disponível em: < >. Acesso em: 05 de abril de 2010 CORREIA, R. C. ARAUJO, J. L. P. CAVALCANTI, E. B. A fruticultura como vetor de desenvolvimento: o caso dos municípios de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Embrapa semiárido, EMBRAPA SEMI-ÁRIDO. Laboratório de Agrometeorologia. Dados Agrometeorológicos. Disponível em: < Acesso em: 18 de abril de ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. EPA Strategic Plan: Direction for the future Disponível em: < Acesso em 04 de abril de ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Interciência, FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual de Saneamento FUNASA. 3.ed.rev. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, cap. 2, p

56 55 HERMES, L. C., FAY, E. F., BUSCHINELLI, C. C. A., SILVA, A. S., SILVA, E. F. F. Participação Comunitária em Monitoramento da Qualidade da Água. Circular Técnica nº8. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, HERMES, L. C.; SILVA, A. S. Avaliação da Qualidade das Águas: Manual Prático. 1.ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Contagem da população. Disponível em: < Acesso em: 15 de abril de INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Diagnóstico socioeconômico da Bacia do São Francisco. Disponível em: < 418&id_pagina=1>. Acesso em: 25 de maio de INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Monitoramento das Estações Automáticas. Disponível em: < Acesso em: 06 de maio de MELO, B. A. OLIVEIRA, R. R. T. BEZERRA, R. L. SOUSA, I. D. FREITAS, A. S. Comportamento da germinação de sementes de algodão colorido sob irrigação salina. Anais do Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, p , OLIVEIRA FILHO, S. F. S. XAVIER, L. F. COSTA, E. F. A Fruticultura irrigada no pólo de Petrolina-Juazeiro e a possibilidade de acesso a novos mercados. Anais do IV Encontro de Economia Baiana, Salvador, set PADILHA, J. A. ZANGHETIN, M. F. L. ORTEGA, E. O uso da água nas microbacias hidrográficas do semi-árido do nordeste brasileiro e o conceito base zero. Proceedings of IV biennial Internacional workshop Advances in energy studies, Campinas, p , PEREIRA, S. B., PRUSKI, F. F., SILVA, D. D., RAMOS, M. M. Estudo do comportamento hidrológico do Rio São Francisco e seus principais afluentes. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.11, n.6, p , PORTAL SÃO FRANCISCO. Hidrografia do Brasil Disponível em: < Acesso em: 01 de abril de PREFEITURA MUNICIPAL DE PETROLINA. Petrolina é exemplo Nacional em Saneamento Disponível em: < Acesso em: 07 de outubro de 2009.

57 56 REGO, N. A. C., SANTOS, J. W. B., TEIXEIRA, A. Estudos quali-quantitativos da condutividade elétrica das águas superficiais da bacia hidrográfica do rio Cachoeira Sul da Bahia. Série Águas da Bahia, Salvador, v.3. p SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. Área de atuação da SUDENE O semi-árido nordestino. Disponível em: < Acesso em: 30 de abril de TOLEDO, L. G. NICOLELLA, G. Índice de Qualidade de Água em microbacia sob uso agrícola e urbano. Revista Scientia Agricola, v.59, n.1, p , jan./mar VON SPERLING, M. Introdução à qualidade da Água e ao Tratamento de Esgotos. 1.ed. v.1. Belo Horizonte: Editora UFMG, VON SPERLING, M. Princípios Básicos do Tratamento de Esgotos. 1.ed. v.2. Belo Horizonte: Editora UFMG, WALDMAN, M. Recursos Hídricos e a rede urbana mundial: Dimensões globais da escassez. Disponível em: < Acesso em 07 de abril de 2010.

58 57 APÊNDICE A Curvas de Variação da CETESB para cálculo do IQA Curva de Variação de q i para Coliformes Fecais. Curva de Variação de q i para ph. Curva de Variação de q i para DBO. Curva de Variação de q i para Nitrogênio Total. Curva de Variação de q i para Fósforo Total. Curva de Variação de q i para Temperatura.

59 58 Curva de Variação de q i para Turbidez Curva de Variação de q i para Sólidos Totais. Curva de Variação de q i para OD.

60 59 APÊNDICE B Resultados das análises por coleta em cada ponto Tabela 7: Resultados das análises de água. Temperatura (ºC) 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA 27,1 27,1 27, PAM 27, , PAV , PA200 27,1 26,9 27, PB 27,4 27,4 29, ,5 29 PBM 27,5 26,9 27, PBV 27,1 26,8 27, ,5 PB300 27,3 26,8 27, PB ,8 27, Turbidez (UNT) 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA PAM PAV PA PB PBM PBV PB PB Sólidos Totais (mg.l -1 ) 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA PAM PAV PA PB PBM PBV PB PB DBO (mg.l -1 ) 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA 21,5 8,3 18, ,7 23,6 PAM 9,5 1,7 1,7 9,7 4,2 1,7 PAV 8,1 2,2 2,4 18,9 12,9 3,9 PA200 9,5 1,4 2,3 0,8 63,8 4,2 PB 33,3 63,6 90,6 21,3 300,7 350 PBM 6,1 4 24,1 0,3 35,7 3,5 PBV 14,5 23,4 28,4 0,1 17,9 0,6 PB300 9,5 4 68,3 0,6 10,4 2,4 PB ,2 3,7 2,6 23,7 0,4

61 Fósforo Total (mg.l -1 ) 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA 3,17 2,5 6,14 5,94 7,97 14,41 PAM 2,96 1,24 7,84 4,21 7,64 5,45 PAV 5,55 10,85 2,64 4,03 4,84 10,54 PA200 12,2 13,42 10, ,39 13,3 PB 5,42 8,25 7,69 3,29 6,35 9,09 PBM 5,6 5,75 3,97 9,73 23,82 7,5 PBV 5,47 1,14 1,38 3,43 6,2 8,82 PB300 3,73 0,5 8,7 7,7 4,79 14,3 PB500 2,15 0,02 7,92 0 3,16 6,61 Nitrogênio Total (mg.l -1 ) 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA 0 1,31 0, PAM 0 2, PAV 0 0 0, PA , ,94 PB 3,99 4,88 2,32 4,85 4,71 2,27 PBM PBV PB , PB OD (mg.l -1 ) 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA 5,8 2,8 8 7,2 5 6,6 PAM 6 6,8 7,6 6,8 8 6 PAV 6,6 5 7,6 7 6,8 8,6 PA200 6,2 6,6 7,4 7 5,2 7 PB PBM 5,8 6,6 6 5,6 5,6 7 PBV 6,2 7,8 7,4 7,6 6,4 8 PB ,2 8,4 6 6 PB ,4 7 7,2 4,8 6,4 ph 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA 7,4 7,26 7,56 7,33 7,14 7,07 PAM 7,91 7,59 7,32 7,2 7,41 7,41 PAV 7,47 7,29 7,46 7,42 7,41 7,25 PA200 7,52 7,45 7,31 7,33 7,48 7,37 PB 6,84 6,83 6,77 6,98 7,1 8,03 PBM 7,35 7,37 7,19 7,2 7,32 7,43 PBV 7,52 7,43 7,41 7,19 7,49 7,42 PB300 7,48 7,35 7,33 7,31 7,37 7,67 PB500 7,33 7,39 7,29 7,42 7,37 7,22 Coliformes Fecais (E.Coli/100ml de amostra) 29/out 24/nov 15/dez 27/jan 23/fev 17/mar PA PAM 3, PAV 3, PA PB PBM 116, PBV 16, PB PB

62 61 APÊNDICE C Imagens dos pontos de coleta Ponto de lançamento de esgoto tratado de Petrolina, com ênfase para as espumas - PA. Imagem de satélite do ponto à montante do lançamento de efluente tratado - PAM. Ponto de coleta PAM.

63 62 Imagem de satélite de PAV e PA. Ponto Vertical ao lançamento de esgoto tratado PAV. Imagem de satélite de PA 200.

64 63 Ponto de coleta PA 200. Ponto de coleta PB, com destaque para as macrófitas. Imagem de satélite do ponto à montante do lançamento bruto PBM.

65 64 Ponto de Coleta PBM. Imagem de satélite do Ponto vertical ao lançamento bruto PBV. Coleta no ponto PBV.

66 65 Imagem de Satélite do Ponto 300 metros à jusante do lançamento bruto - PB300. Ponto de coleta PB300. Imagem de Satélite do Ponto 500 metros à jusante do lançamento bruto - PB500.

67 Imagem do rio no ponto de coleta PB

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