RISCOS DOS PROJETOS DE MDL MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO LIMPO.
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- Victoria Quintão Mascarenhas
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1 RISCOS DOS PROJETOS DE MDL MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO LIMPO. Clayton Barcelão Natasha Soares Pires Tayla Lunardi Centro Universitário Fundação Santo André (FSA) Av. Príncipe de Gales, Bairro Príncipe de Gales - Santo André, SP, Brasil. eficienciaenergetica@maggion.com.br natasha.soares@hotmail.com tanala@uol.com.br Abstract: Progress toward sustainable development is often considered incompatible with efforts to combat global warming, however, recent attempts have shown that this goal can and should be pursued. Article 12 of the Kyoto Protocol expected that projects under the Clean Development Mechanism (CDM) are selected in order to meet both the international concern such as reducing emissions and national needs of sustainable development. All projects including CDM has some types of risks such as financial risks, technical risks, operational risks, legal risks among others. Keywords: Project Risks and CDM Clean Development Mechanism. Resumo: O progresso rumo ao desenvolvimento sustentável é freqüentemente considerado incompatível com os esforços para se combater o aquecimento global, no entanto, tentativas recentes mostraram que tal objetivo pode e deve ser perseguido. O artigo 12 do Protocolo de Kyoto espera que os projetos sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) sejam selecionados com vistas a atender tanto à preocupação internacional com a redução das emissões como às necessidades nacionais de desenvolvimento sustentável. Todos projetos inclusive os de MDL tem alguns tipos de riscos, como riscos financeiros, riscos técnicos, riscos operacionas, riscos legais entre outros. Palavras Chaves: Projeto MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, Sustentabilidade, Risco Financeiro, Técnico, Legal e Operacional. 1. INTRODUÇÃO 1.1 Características e Conceitos Básicos O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) caracteriza-se como o único dos mecanismos de flexibilização que permite a participação dos países em desenvolvimento, ou países sem compromisso de redução, como o Brasil. O MDL tem como objetivo, promover o desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento (países não Anexo I) a partir de incetivos financeiros de países do Anexo I que resultem na redução de emissões de GEE s. Assim os países em desenvolvimento que não conseguirem atingir suas metas de redução de emissões em seu território, podem investir em projetos de MDL de outros países, resultando na obtenção de créditos negociáveis (denominados reduções certificadas de emissões RCE), válidos para o cumprimento de suas metas de redução perante o Protocolo de Kyoto. Além do seu objetivo central de redução de emissões causadoras de efeito estufa, o projeto de MDL deve promover o desenvolvimento sustentável através de atividades ambientalmente corretas, economicamente viáveis, e socialmente justas, ou seja, não deve
2 comprometer a qualidade dos recursos naturais e ecológicos e deve prever a melhoria das condições sociais da população nas áreas de influência do projeto. Neste sentido, o MDL tem duas funções básicas: 1. Ajudar os países do Anexo-I a cumprirem suas metas de redução de emissão; 2. Promover desenvolvimento sustentável nos países anfitriões (não Anexo-I). auditoria e verificação independente destes projetos. A COP deve também garantir que parte destes certificados seja usada para cobrir custos administrativos, assim como ajudar países em desenvolvimento, particularmente vulneráveis aos efeitos adversos da mudança do clima, a cobrir os custos de adaptação. A participação no MDL pode envolver entidades públicas e privadas e está sujeita a qualquer regra que possa ser definida pelo seu Conselho Executivo. Os RCEs que foram obtidos durante o período entre os anos 2000 e 2008 poderão ser resgatados entre os anos 2008 e 2012 para cumprimento de compromissos. Para serem certificados e validados, os projetos de MDL deverão oferecer: - Benefícios de longo prazo, reais e mensuráveis, para os propósitos de mitigação da mudança do clima e redução do efeito estufa; Estas duas funções visam contribuir para o cumprimento do objetivo último da Convenção, isto é, prevenir mudanças climáticas. O MDL irá gerar unidades de redução certificada de emissões (RCE), originadas em projetos nos países em desenvolvimento, com as quais os países industrializados poderão contar para o cumprimento de seus compromissos de redução de emissão. As reduções de emissões promovidas por tais projetos devem ser certificadas pelas entidades operacionais designadas (EOD) e estão condicionadas a: - Participação voluntária das Partes envolvidas; a questão da voluntariedade deve ser tratada como ponto primordial; - Benefícios de longo prazo reais, mensuráveis e relativos à mitigação de mudança climática; - Reduções de emissão que são adicionadas àquelas que ocorreriam na ausência de tal projeto certificado (adicionalidade). O objetivo final de mitigação de gases de efeito estufa é atingido através da implementação de atividades de projeto, nos países em desenvolvimento, que resultem na redução da emissão de gases de efeito estufa ou no aumento da remoção de CO2, mediante em investimentos em tecnologias mais eficientes, substituição de fontes de energia fósseis por renováveis, racionalização do uso da energia, florestamento e reflorestamento, entre outras. Para efeitos do MDL, entende-se por atividades de projeto (project activities) as atividades integrantes de um empreendimento que tenham por objeto a redução de emissões de gases de efeito estufa e/ou a remoção de CO2. A CQNUMC através das COPs elaborou modalidades e procedimentos com o objetivo de garantir transparência, eficiência e responsabilidade através de - Promover uma redução de emissões que seja adicional, ou seja, uma redução de emissões que não seria obtida no caso da inexistência do projeto. 1.2 Divisão em Projetos Florestais e Não-Florestais No contexto de validação existem basicamente duas modalidades de projetos de MDL considerados elegíveis perante as regras estabelecidas no Protocolo de Kyoto, que dizem respeito à redução de emissões de gases de efeito estufa (Projetos Industriais) e à remoção de CO2 atmosférico (Projetos Florestais): - Projetos industrias de redução (não-florestais) Os exemplos mais comuns que podem ser citados são os que se referem a projetos de substituição de combustíveis, fontes alternativas de geração de eletricidade, aterros sanitários e co-geração por biomassa, por meio de uso de fontes e combustíveis renováveis e/ou aumento de eficiência energética em matrizes poluidoras, ou seja, o uso de tecnologias e sistemas de geração de energia com menor potencial de emissão de gases de efeito estufa. Outros exemplos que podem ser citados são: a substituição do uso de derivados de petróleo pelas chamadas fontes verdes, de melhores tecnologias e soluções para o setor de transportes e no processo produtivo de um modo geral, e da co-geração de energia a partir de resíduos industriais e animais. O anexo A do Protocolo de Kyoto prevê também os seguintes setores como potenciais fontes de atividades de projetos MDL: 1. Setor de energia (queima de combustível e emissões fugitivas de combustíveis); 2. Setor de processos (indústrias mineradoras, químicas, de metais, de solventes); 3. Setor agrícola (fermentação entérica, cultivo de arroz, manejo de solos, queimadas de resíduos); 4. Setor de resíduos (disposição em aterros, tratamento de esgoto, de efluentes). 41
3 - Projetos florestais de remoção estoques temporários; Referem-se a atividades que visam a remoção de CO2 atmosférico através de sumidouros e estão relacionados ao uso da terra. Definidas como florestamento e reflorestamento, tais áreas tornam-se elegíveis à luz do Protocolo se comprovar que, no ano-referência de 1989, elas não apresentavam cobertura florestal. Estas atividades são mais conhecidas, no processo de negociação do Protocolo de Kyoto, como LULUCF Land Use, Lande Use Change and Forest, ou Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas. Diferentemente do tipo de créditos gerado por um projeto não-florestal, no caso dos reflorestamentos existe uma contabilização temporária dos créditos a partir do fato que florestas possuem ciclos de plantio e colheita bem definidos, logo os créditos florestais expiram após um prazo determinado quando então precisam ser renovados. 1.3 Definições Básicas Alguns conceitos são fundamentais para serem retidos, pois são aplicados nas diversas fases de elaboração de um projeto MDL: - Adicionalidade do projeto É a redução das emissões de gases de efeito estufa ou sequestro de CO2 atmosférico adicional ao que ocorreria na ausência da atividade de projeto do MDL. Existem outras formas distintas (e de igual importância) de adicionalidade: - Financeira: um projeto não poderá fazer uso dos recursos do AOD (Auxílio Oficial para o Desenvolvimento Official Development Assistence) ou de fundos do GEF (Global Environment Facility), fundos de cooperação internacional com a finalidade de prover recursos adicionais para se cobrir custos incrementais em projetos que beneficiem o meio ambiente global; - Econômica / de investimentos: o projeto não é nenhuma tomada lucrativa com cálculos de riscos e barreiras não-monetárias. Existem diferentes maneiras de como se determinar esta adição, através de termos quantitativos; - Ambiental: o projeto de MDL contribui ambientalmente de uma maneira positiva que não somente aquela associada a mitigação em si (base de qualquer projeto) dos gases de efeito estufa; - Social: deve ser feita uma análise de quais reflexos serão sentidos nas comunidades e populações vicinais à região onde o projeto foi implementado. - Linha de base (baseline) A linha de base (baseline) de uma atividade de projeto do MDL é o cenário de referência que representa, de forma razoável, as emissões antrópicas de gases de efeito estufa que ocorreriam na ausência da atividade de projeto proposta, incluindo as emissões de todos os gases, setores e categorias de fontes listados no Anexo A do Protocolo de Kyoto que ocorram dentro do limite do projeto. Serve de base tanto para verificação da adicionalidade quanto para quantificação das RCEs decorrentes das atividades de projeto do MDL. As RCEs serão calculadas justamente pela diferença entre as emissões da linha de base e as emissões verificadas em decorrência das atividades de projeto do MDL, incluindo as fugas. A linha de base é qualificada e quantificada com base em um Cenário de Referência. - Atividade de projeto (project activity) Para efeitos do MDL, entende-se por atividades de projeto (project activities) as atividades integrantes de um empreendimento que tenham por objetivo a redução de emissões de gases de efeito estufa e/ou a remoção de CO2. As atividades de projeto devem estar exclusivamente relacionadas a determinados tipos de gases de efeito estufa e aos setores/fontes de atividades responsáveis pela maior parte das emissões, conforme previsto no Anexo A do Protocolo de Kyoto. - Limite do projeto (project boundary) Os limites do projeto delimitam geograficamente as atividades do projeto de MDL sob controle de seus participantes, podendo encerrar mais que uma área discreta. Cabe lembrar que as emissões de gases de efeito estufa (dentro e fora da fronteira criada pelos limites) abrangem aquelas que sejam significativas, atribuíveis e não desprezíveis, de forma razoável, a essas atividades. - Fuga (leakage) A fuga (leakage) corresponde ao aumento de emissões de gases efeito estufa que ocorra fora do limite da atividade de projeto do MDL e que, ao mesmo tempo, seja mensurável e atribuível ao projeto. - Atores Atores significa o público, incluindo os indivíduos, os grupos ou as comunidades afetados, ou com possibilidade de serem afetados, pela implementação de uma atividade de projeto do mecanismo de desenvolvimento limpo. 1.4 Documento de Concepção do Projeto, metodologias de baseline e de monitoramento Toda empresa ou produtor pretende desenvolver um projeto de MDL a ser submetido para aprovação e registro pelo Conselho Executivo (Executive Board) deverá elaborar um Documento de Concepção do Projeto (DCP) em inglês, Project Design Document (PDD). Além da descrição das atividades de projeto e dos respectivos participantes, o DCP deverá incluir uma descrição para a metodologia da linha de base, para a metodologia de cálculo da redução de emissões de gases de efeito estufa, para o estabelecimento dos limites das atividades de projeto e para o cálculo das fugas. Deve ainda conter a definição do período de
4 obtenção de créditos, um plano de monitoramento, a justificativa para adicionalidade da atividade de projeto, contexto social e ambiental em que se insere, relatório de impactos ambientais, comentários dos atores e informações quanto à utilização de fontes adicionais de financiamento. O DCP deverá ser elaborado segundo os formatos, as normas, as modalidades e os procedimentos especificados pela Convenção Quadro das Nações Unidas para a Mudança do Clima CQNUMC durante as COPs. Junto com o DCP deverá ser especificado as metodologias de baseline e monitoramentos utilizadas, respectivamente, para os cálculos das reduções/remoções dos gases de efeito estufa e para o monitoramento, coleta e armazenamento dos dados necessários. Para se utilizar uma metodologia, tanto de baseline quanto de monitoramento, estas precisam ser previamente aprovadas pelo Executive Board. No caso de não haver uma metodologia previamente aprovada para uma atividade de projeto de MDL proposta, os participantes do projeto deverão desenvolver uma nova metodologia a ser aplicada na sua atividade de projeto e submetê-la a aprovação pelo Executive Board segundo os formatos, as normas, as modalidades e os procedimentos especificados pela Convenção Quadro das Nações Unidas para a Mudança do Clima CQNUMC durante as COPs. 1.6 O Mercado Mundial de Créditos de Carbono A principal força motriz deste novo mercado de créditos de carbono é a própria necessidade, por força de lei, que os países Anexo I do Protocolo de Kyoto têm de cumprir as metas de redução de emissões (National Allocation Plans NAPs) que consideram grandes empresas e iniciativas governamentais de cada país. O já extremamente movimentado comércio das permissões para poluir geradas a partir dos NAPs faz o EUETS (European Union Emissions Trading Schemes Planos de comércio de emissões na União Européia) a mais pungente forma de comercialização neste novo mercado, onde as empresas buscam diretamente os créditos no mercado de forma a cumprir suas metas dentro dos países. E cada país, via seu governo, também atua diretamente no mercado de forma a conseguir os créditos e desta forma financiar as metas de reduções de emissões nacionais em conjunto com a iniciativa privada. As metodologias de baseline e monitoramento devem ter uma forte correlação entre si de modo e se complementarem e devem ser propostas e aprovadas em conjunto. Feita a submissão e tendo sido aprovada esta nova metodologia, ela se torna pública e passa a estar disponível para que quaisquer outros atores, em qualquer parte do mundo, possam elaborar seus projetos de MDL tornando-a como referência. 1.5 Projeto de Pequena Escala (small scale projects) Existem três tipos de metodologia, a saber: metodologias para atividades de projeto MDL, metodologias para atividades de projeto MDL de florestamento/reflorestamento e metodologias para projetos MDL de pequena escala. Todas podem estar ou sob o controle de aprovação, ou então já aprovadas, e um projeto de pequena escala consiste naquele em que são obtidas reduções de ordem inferior a toneladas de CO2 equivalente por ano ou que proporcionem co-gerações de eletricidade inferiores a 15 GWh anuais. O que caracteriza um projeto como sendo de pequena escala, além dos números primordiais citados acima, são prazos menores para tramitações de aprovação e redução nas taxas cobradas, além de ser fator importatíssimo de fomento para participação de pequenos produtores ou donos de pequenas corporações. Os mecanismos de mercado, impulsionados pela relação entre oferta e procura pelas Reduções Certificadas de Emissões (RCEs) apresentam todas as características de um mercado concentrado e organizado pelas entidades envolvidas diretamente em suas negociações. A organização de bolsas de mercadorias e de futuros semelhante às negociações tradicionais em curso para as principais commodities agrícolas, de energia e financeiro. Os avanços das transações dos últimos tempos têm apontado para a utilização de sistemas eletrônicos de negociação, substituindo de forma definitiva as transações em regime de viva voz. A compra e venda de RCEs demonstram ocorrer através de sistemas centralizados em bolsas de natureza eletrônica com as suas funções 43
5 básicas de garantia das operações e de credeciamento dos participantes, com o devido disciplinamento e adoção de mecanismos que demonstram, a cada momento, a transparência do andamento livre das negociações para o mercado. A disputa inicial ocorre pela afirmação das principais praças mundiais com tradição em negociações onde já se iniciaram as operações. Como por exemplo Chicago, nos Estados Unidos, e o esquema das negociações européias. O mercado deve apontar um ou dois centros de negociações com a possibilidade de sua regionalização das negociações, a exemplo da BM&F, devido ao fato do Brasil ter boas condições favoráveis para originar RCEs. A operação com as RCEs, direcionadas pelas forças de mercado, movida pela necessidade dos países de cumprirem suas metas de emissões e combinada com a capacidade de realização de projetos de redução de emissões, torna-se a principal função operacional de um mercado organizado e centralizado em bolsas de mercadorias e futuros. A primeira característica de uma Bolsa Eletrônica consiste na definição de seus membros que operação as negociações com os RCEs. As corretoras tradicionais de operação com commodities já se movimentam para se juntarem às bolsas que se candidatam com a capacidade de levar um grande número de negócios para o mercado. Destacamse as corretoras como a Cantor Fitzgerald, REFCO e NATSOURCE. As funções das bolsas possibilitam igualmente a garantia para o mercado com a validação e certificação dos títulos negociados (RCEs) e de seus derivativos normais, além da difusão de informações clássicas para compor os preços praticados livremente e do volume das negociações que, de forma empírica, fornecem estudos de tendências sobre o comportamento do mercado e refletem as expectativas quanto à oferta e procura dos certificados segundo o sentimento do próprio mercado. As operações de negociações das RCEs oferecerão a alternativa de atuação com derivativos do mercado físico por títulos a partir do início do primeiro período de compromisso que iniciou em Os derivativos constituem-se no mercado de futuro e de opções, seguindo a tendência de outras commodities similares. O mercado de futuros constitui-se em um derivativo dos RCEs no qual as empresas garatem os preços futuros através de obrigação de compra e venda, realizada com as garantias das bolsas (mecanismo de clearing). O comportamento dos preços futuros aponta a tendência do mercado quanto à expectativa dos preços futuros, em diversos períodos determinados (cada ano de compromisso) que refletem a relação entre os créditos gerados e demandados. O mercado de opções apresenta igualmente um mecanismo de proteção de preços futuros, porém sem a necessidade de assumir um compromisso financeiro para a compra integral dos créditos. A situação atual do mercado demonstra claramente que os países do Anexo I procuram a proteção contra as expectativas de aumento de preços no futuro. o mercado atual ainda reflete a situação do Executive Board, que se encontra em processo de organização para a análise e aprovação de projetos com reflexo nas Autoridades Nacionais Designadas (ANDs). Os principais países europeus, em conjunto com o Japão e empresas norte americanas, têm procurado projetos com maior grau de certeza quanto à elegibilidade e aprovação pelo Executive Board para incentivar os investimentos em atividades florestais e industriais e, ao mesmo tempo, garantir e obtenção das RCEs segundo condições pré-acordadas. A forma como estas negociações evoluem indicam a tendência para a padronização dos mercados de financiamento de projetos, bem como as formas de negociação das RCEs. Existe, com base em experiência de negociações, a estruturação em torno de bolsas e mercadorias e de futuros segundo o padrão clássico com a operação eletrônica. O mercado de carbono, em todos os seus segmentos, inclui tanto os mercados de licenças de emissão, alocadas num regime de metas e negociação (cap and trade), como os mercados que negociam as reduções de GEE, originadas da implementação de projetos que visam a essa redução. No âmbito do Protocolo de Kyoto, o esquema da União Européia (UE) EU Emissions Trading Scheme (EU ETS), que entrou em vigor em janeiro de 2005, é o principal representante do sistema de negociações, do tipo cap and trade, pelo qual, em uma primeira fase, os países europeus devem reduzir em 5% suas emissões, através de planos nacionais de alocação aprovados pela Comissão Européia. No caso de não-cumprimento da meta nesse período, a penalidade inclui uma multa de 40 euros por tonelada excedente de carbono. Note-se que existe a possibilidade de utilizações de reduções de emissões no âmbito do MDL utilizando as reduções certificadas geradas por projetos. Com o começo da operação do mercado da UE e com a ratificação do Protocolo de Kyoto, em fevereiro de 2005, o mercado global de carbono recebeu um forte estímulo de crescimento potencial, cuja efetiva realização dependerá de vários fatores, em que certamente se inclui um marco regulatório/institucional adequado, cuja função/ objetivo deveria incluir os seguintes argumentos: - maximização do bem-estar social mundial; - maximização na implementação de projetos geradores de créditos de carbono, em particular aqueles que
6 contribuam ao desenvolvimento sustentado dos países em desenvolvimento (MDL); e - contribuição efetiva, e não apenas simbólica, ao combate do efeito estufa. Por outro lado, a natureza de um marco regulatório/institucional no mercado de carbono deve contemplar três níveis de análise, com um grau de interdependência elevada. O mercado de carbono está crescendo rapidamente. Segundo o Banco Mundial, o volume negociado em 2008 dobrou em relação ao ano anterior, alcançando o total de EUR 86 bi, sendo a grande parte - EUR 63 bi - no mercado europeu de Allowances. O mercado de crédito de carbono (CER) deve alcançar EUR 23 bi, dividido nos segmentos: - Mercado primário EUR 5 bi: a negociação de crédito de carbono ainda não emitido. - Mercado secundário EUR 18 bi: a negociação de crédito de carbono já emitido. As primeiras negociações antecipadas dos RCEs levam em consideração a probabilidade de aprovação do projeto junto ao Executive Board e também a viabilidade do projeto de engenharia industrial ou florestal como um todo. A organização das empresas na Europa e Japão aponta para a formação de fundos para a aquisição dos RCEs, onde as empresas concentram toda a estrutura técnica de pessoal para a análise e aprovação de projetos. Os principais exemplos de fundos de investimentos em CERs constituem-se: PCF Prototype Carbon Fund Organizado pelo Banco Mundial com a participação de Bancos e empresas interessadas em fomentar os primeiros projetos de redução de emissões. O PCF apresentou inicialmente a captação de recursos da ordem de US$ 150 Milhões junto a cerca de 30 empresas. JCF Japan Carbon Finance Fundo organizado pelas principais organizações japonesas compondo-se de empresas de energia, empresas de engenharia e bancos de formento. A captação inicial supera os US$ 120 Milhões com previsão de crescimento com a aplicação integral nos projetos. Europa Os governos de países europeus têm utilizado os bancos para promover os diversos fundos de aplicação em projetos de redução de emissões, com benefícios indiretos no formento de projetos de engenharia. China O país apresenta um grande potencial de geração de RCEs por se constituir em um grande emissor com base em combustíveis fósseis, especialmente o carvão mineral. O país encontra-se em fase de crescimento acelerado com forte tendência de industrialização, onde a geração das RCEs poderá ocorrer pelo aumento da eficiência na utilização dos combustíveis fósseis. Índia Apresenta um cenário parecido com o chinês, alavancado pela rápida evolução das legislações ambientais do país. Brasil Possui um papel importante como receptor de projetos de MDL devido a grande extensão de sua área territorial e abundancia de recursos, porém sofrerá pressão de outros países para que ele pague a conta pelo desmatamento da Amazônia, o que será motivo de intensa disputa diplomática. 1.7 Vantagens e Desvantagens do MDL no Brasil O Brasil é um país reconhecido internacionalmente por possuir uma das matrizes energéticas mais.limpas e renováveis do mundo. Embora, no decorrer da história, isso não tenha sido uma escolha resultante de preocupações ambientais, o fato é que, por ter o seu abastecimento de eletricidade baseado em recursos hídricos e por possuir um importante programa de uso de combustíveis de biomassa (álcool) em substituição aos derivados do petróleo, o Brasil. dentre os países que apresentam níveis equivalentes de desenvolvimento e de dimensão econômica. possui um curriculum energético (e de emissões) que o qualifica positivamente no processo de implantação do MDL. É bem verdade que a matriz energética brasileira, daqui para a frente, deverá perder muito desse seu aspecto de renovação. O suprimento de eletricidade deverá, cada vez mais, se utilizar de recursos fósseis (como o gás natural) e, de um modo geral, a expansão econômica e o desenvolvimento do país deverão elevar de modo substantivo a demanda pela utilização de recursos naturais e o aumento de emissões. Essa tendência, entretanto, de maneira alguma desqualifica o país como especialmente favorável para desenvolver projetos de MDL e ocupar uma posição vantajosa no mercado dos CERs. O Brasil apresenta um enorme potencial para a conservação de energia e, do mesmo modo, facilidades estruturais permitem que uma nova energia seja produzida em bases sustentáveis e menos emissoras. Reforçando ainda mais esta posição, a competitividade e a excelência brasileira nas atividades de agrobusiness e na indústria florestal formam um quadro bastante positivo para os projetos de MDL. Igualmente assinalável é a dimensão econômica e o peso. das empresas brasileiras. O mercado dos CERs exigirá, principalmente na sua fase de implementação, um forte amparo de credibilidade, força e dimensão empresarial, que dê suporte às suas transa- ções. E, sob esse aspecto, o Brasil apresenta, também, um diferencial positivo. É de fundamental importância reconhecer e destacar algumas especificidades que caracterizam os projetos de MDL e o mercado dos CERs. 45
7 de dados e informações florestais do mundo (afetando, particularmente, os países não industrializados), contribuíram para aumentar ainda mais o cetisismo de que as florestas deveriam ser incluídas no âmbito das negociações envolvendo o comércio de emissões. 2.2 Riscos Os principais fatores de riscos 2 DIFICULDADES E RISCOS 2.1 Dificuldades - Falhas iniciais na formulação dos projetos; - Rejeição de metodologia; - Não aprovação pela autoridade Nacional; - Aprovação pelo CDM Executive Board; - Atrasos; - Não Certificação. Originalmente, o MDL foi concebido para projetos de redução de emissões (tais como melhoria na eficiência energética ou redução no consumo). A inclusão desses projetos foi extremamente difícil. Isto porque se previne a entrada de GEE na atmosfera, oriundos principalmente da queima de combustíveis fósseis. No caso dos projetos de remoção de emissões, atribui-se às florestas o papel de compensar as emissões de GEE já realizadas peças Partes Anexo I, removendo CO2 da atmosfera através do processo de fotossíntese, auxiliando essas Partes a atingir suas metas acordadas de redução de emissões. Uma das dificuldades na aceitação de projetos florestais dentro do MDL é o fato de os estoques de carbono na vegetação serem inerentemente menos permanentes que as reduções obtidas a partir de outros projetos MDL. A consciência de que o carbono estocado na atmosfera no caso de perda (total ou parcial), queima e/ou degradação da formação florestal, entre outros, surgiu vários questionamentos sobre a efetiva contribuição desses projetos na mitigação da mudança climática. Esta questão ficou conhecida nas negociações como não-permanência, e é exclusiva de projetos florestais. Outra questão polêmica derivou do fato de tanto a Convenção quanto o Protocolo de Kyoto referirem-se a emissões e remoções antrópicas (relativo às modificações provocadas pela ação do homem no meio ambiente) de gases de efeito estufa (GEE) não controlados pela Convenção de Montreal (a exemplo do ozônio). Um dos agravantes foi o fato de algumas Partes Anexo I desejarem incluir, nas suas contabilidades de emissões/remoções de GEE, remoções de CO2 de natureza não antrópica, mas naturais ou indiretamente promovidas pelo homem, tais como mudanças nos estoques de carbono decorrentes da estrutura etária das formações florestais, ou decorrentes do aumento da concentração de CO2 desde a era pré-industrial ou pela fertilização por nitrogênio. Esta separação dos efeitos naturais ou indiretos nas mudanças nos estoques de carbono. As próprias incertezas relacionadas à quantificação/estimativa dos estoques de carbono nos diferentes reservatórios florestais, e o precário conjunto Temos também riscos relacionados a (validação, verificação, certificação). Para serem certificados e validados, os projetos de MDL deverão oferecer: - Benefícios de longo prazo, reais e mensuráveis, para os propósitos de mitigação da mudança do clima e redução do efeito estufa; - Promover uma redução de emissões que seja adicional, ou seja, uma redução de emissões que não seria obtida no caso da inexistência do projeto. Os processos de verificação e certificação serão anuais, antes validação pode haver, caso seja consenso dos participantes, uma etapa de pré-validação, onde pe feita uma primeira análise e estudo com relação ao encaminhamento do projeto, sua padronização e aderência aos padrões e requisitos. Os preços no mercado de carbono são bastante voláteis. Não existe contrato de CER s primários negociados em bolsa; mas somente no mercado de balcão. Numa maneira resumida, o preço do CER primário depende do preço do mercado secundário e os riscos associados ao projeto, principalmente de aprovação e performance: - Risco de aprovação do projeto: isto inclui todos os riscos do fluxo (validação, aprovação e registro do PDD, alterações na metodologia e verificação e emissão dos CER s, inclusive o risco de atrasos). - Risco de performance do projeto: isto inclui a emissão das licenças ambientais necessárias,
8 construção, implementação de projeto e, uma vez operacional, a performance. Por causa destes riscos, o CER primário é negociado com um deságio em comparação ao CER secundário. Nos últimos 18 meses o CER secundário tem flutuado entre EUR 7.50 e EUR Dependendo dos riscos específicos de cada projeto e a fase em que ele se encontra, o CER primário é negociado por preços que variam entre EUR 6.00 até EUR ANÁLISE DE RISCOS Normalmente, as abordagens de avaliação de projetos, são determinísticas: espera-se que os valores projetados realmente ocorram. O tratamento do risco do projeto, quando existe, é comumente feito através da utilização de análise de sensibilidade, para o custo de capital do projeto ou para o possível crescimento dos fluxos de caixa futuros. Também são avaliados parte administrativa que compõe legislação e normas técnicas. 3.1 Risco Administrativo / Operacional Dentre os fatores de risco relacionados ao Protocolo de Quioto, destaca-se a alta complexidade administrativa e institucional tanto do Comitê Executivo quanto das autoridades locais do MDL. Segundo Eguren, desde a concepção até o registro de um projeto MDL, são necessários, em média, dispor de períodos iguais a 12 meses. Caso seja necessário aprovar uma nova metodologia para o cálculo da linha de base, este processo pode se tornar ainda mais demorado. Cabe ressaltar que além de desmotivar a execução de novos projetos, a necessidade de grandes períodos para sobrepujar as etapas do ciclo do projeto também implica em maiores gastos e adiam os fluxos financeiros provenientes da venda das RCEs. Outro ponto importante relacionado a este grupo de risco diz respeito ao que acontecerá após o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto ( ). Segundo Rocha, o estabelecimento de metas de redução para os períodos pós 2012 seria fundamental para incentivar o surgimento de mercados futuros de carbono, o que possibilitaria reduzir os riscos sobre os preços das RCEs. Outro ponto importante relacionado a este grupo de risco diz respeito ao que acontecerá após o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto ( ). Segundo Rocha [18], o estabelecimento de metas de redução para os períodos pós 2012 seria fundamental para incentivar o surgimento de mercados futuros de carbono, o que possibilitaria reduzir os riscos sobre os preços das RCEs. 3.2 Risco Técnico Dentre os principais riscos que envolvem os projetos MDL destacam-se três detalhados por Batista (2007) em seu trabalho: risco inerente ao próprio Protocolo de Kyoto e ao MDL, risco técnico é o risco referente aos preços futuros das RCEs nos mercados internacionais. A alta complexidade administrativa e a burocracia envolvendo as diferentes esferas e agentes de aprovação de projetos MDL destacam-se, assim como o próprio Protocolo de Kyoto, que tem seu primeiro compromisso que irá vencer em 2012 e dependerá do sucesso de projetos e reduções efetivas de emissões de GEE para fortalecer as premissas defendidas pelo Protocolo de Kyoto e o mecanismo MDL. O risco técnico refere-se ao nível de reduções alcançadas pelo projeto que no caso poderiam provocar uma produção de RCEs inferiores àquelas fixadas no contrato impossibilitando que contratos de compra e venda de créditos de carbono possam ser efetivados. 3.3 Risco Legal Credenciamentos Legais O artigo 6º estabelece a implementação conjunta de projetos entre países, parte transferir ou adquirir de qualquer outra dessas partes unidades de redução de emissões resultantes de projetos visando à redução das emissões antrópicas por sumidouros de GEE em qualquer setor da economia. Já o artigo 12, conhecido como MDL, abre a possibilidade de os países do Anexo I poderem assistir os países do não-anexo I no alcance do seu crescimento sustentável, através de projetos que reduzam as emissões de GEE, que, financiados pelos primeiros, poderão servir como créditos de reduções dentro das obrigações de reduções dos países desenvolvidos. Finalmente, o artigo 17, Mercado de Licenças de Emissão, possibilita que as partes incluídas no Anexo I possam participar de um mercado de licenças de emissão, no alcance de suas metas de redução. O EU ETS tem seu respaldo legal. O aspecto mais interessante do protocolo é a criação de mecanismos que estimulem o surgimento de mercados/projetos geradores de reduções certificadas, através dos artigos 12 e 17, que abrem a possibilidade de que os países em desenvolvimento, como o Brasil, por exemplo, participem desse mercado numa situação, possivelmente, de vendedores líquidos de direitos de emissão. Os Acordos de Marrakesh, de 2001, e as recentes regulamentações estabelecidas pela Conferência das Partes, constituem o marco regulatório para o enquadramento de projetos dentro do MDL. Esse marco regulatório instituiu o Executive Board como o órgão que supervisiona o funcionamento do MDL, que inclui as seguintes atividades a) o credenciamento das entidades operacionais designadas; b) o registro das atividades de projeto do MDL; c) a emissão do ativo reduções certificadas (RC), geradas por um projeto MDL; d) o desenvolvimento e a operação dos registros do MDL; e e) O estabelecimento e o aperfeiçoamento de metodologias para definição de 47
9 linhas de base, monitoramento e fugas. O cumprimento de todas essas etapas implica elevados custos de transação que, se não forem corretamente tratados, poderão erodir significativamente os benefícios do MDL para os países em desenvolvimento, em particular, o Brasil. 3.4 Risco Financeiro A Atividade de Projeto encara barreiras financeiras e econômicas. No Brasil as taxas de juros para financiamento local são significantemente maiores que as taxas norte-americanas. O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) é o único que financia empréstimos de longo prazo. O financiamento do BNDES é primariamente feito através de bancos comerciais. O mercado de crédito é dominado por curtos prazos (90 dias a 1 ano) e as linhas de créditos de longo prazo estão disponíveis apenas para as corporações que são grandes tomadoras de empréstimos e para as iniciativas especiais governamentais, que não é a posição de pequenos grupos de empresários de indústrias madereiras. Isso está relacionado à demanda de colateral do BNDES. O BNDES garante aos débitos financeiros tão altos quanto 140% do empréstimo, que impõe um grande impedimento para pequenos investidores já que quase não podem prover esses colaterais. Além disso, no Brasil o crédito é restringido ao curto prazo. Mercados financeiros domésticos com maturidade maior que um ano praticamente não existem no Brasil. A experiência mostra que, em momentos de tensão financeira, a duração de instrumentos de poupança caiu para níveis perto de um dia com concentração massiva de depósitos bancários temporários. Poupadores não têm contratos financeiros de longo prazo devido à falta de habilidade de precificar a incerteza envolvida na preservação do poder aquisitivo1. A falta de financiamento em longo prazo é o resultado da relutância de instituições financeiras em expandir os termos de seus investimentos. Isso fez com que os poupadores optassem pelos investimentos mais líquidos e colocassem seu dinheiro em fundos governamentais de curto prazo ao invés de investir em oportunidades de longo prazo que poderiam financiar projetos de infraestrutura. 4. CONCLUSÃO Avaliar os riscos de projetos é fundamental, pois os projetos de MDL e o mercado dos CERs se originam de uma iniciativa global de melhoria do meio ambiente, traduzida na forma de redução das emissões de gases geradores de efeito estufa e materializada na Conferência Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Rio 92. Portanto, a questão da qualidade e da sustentabilidade, no sentido amplo dos termos (social, ambiental, econômico, tecnológico etc.), é mais do que uma peça chave nesse processo: é a matéria-prima básica do trabalho. A imagem dos problemas ambientais e sociais do Brasil. principalmente aqueles associados à questão do uso irracional e da destruição dos recursos florestais, inclusive pelas implicações para o aumento do efeito estufa. é uma questão sensível a ser enfrentada. Se, de um lado, isso valoriza as ações de melhoria ambiental, oferecendo melhor retorno e abrindo boas oportunidades de novos empreendimentos, de outro, implica a necessidade de um esforço real do empresariado brasileiro, expresso tanto junto ao Governo quanto à Sociedade Civil, em prol da sustentabilidade e para assegurar aos projetos de MDL um elevado padrão de consistência no atendimento dos seus propósitos. Todas essas questões merecem ser enfrentadas com competência e profissionalismo, pois o desenvolvimento de projetos de MDL vem ao encontro de interesses profundos do empresariado brasileiro. O interesse geral na eficiência dos resultados dos projetos de MDL abre uma porta importante de acesso a práticas inovadoras e modernas, resultando em evidentes ganhos de produtividade e competitividade empresarial. Mas como qualquer outro projeto, os de MDL também necessitam de estudos para diagnosticar e avaliar todos os riscos que venham modificar ou prejudicar de alguma maneira a integridade e funcionalidade do projeto. 5. REFERÊNCIAS IGNEZ VIDIGAL LOPES; O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MDL: guia de orientação / coordenação-geral Acesso em: 24/5/2010, Disponível em: Acesso em: 24/5/2010, Disponível em: s/acnsalles.pdf Acesso em: 26/5/2010, Disponível em: Acesso em: 26/5/2010, Disponível em: 32_Pavan_Oliveira.pdf Acesso em: 26/5/2010, Disponível em: df Acesso em: 1/6/2010, Disponível em: nho.pdf &script=sci_arttext&tlng=pt =&id_artigo=31 _impactos2/clima/mudancas_climaticas_resultados/gol d/ 3/C3-05.pdf
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