ACERVOS RAROS E ESPECIAIS NO COLÉGIO PEDRO II: diagnóstico, tratamento e preservação de suas coleções
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- Adriano Philippi di Castro
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1 ACERVOS RAROS E ESPECIAIS NO COLÉGIO PEDRO II: diagnóstico, tratamento e preservação de suas coleções Tatyana Marques de Macedo Cardoso Mestre em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ Brasil. Bibliotecária do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, RJ Brasil tatyana_marques@yahoo.com.br Priscila de Assunção Barreto Côrbo Mestre em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Rio de Janeiro, RJ - Brasil. Bibliotecária do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, RJ - Brasil. priscilacorbo@cp2.g12.br
2 ROTEIRO Introdução; Colégio Pedro II; Biblioteca Histórica; Núcleo de Documentação e Memória; Acervos raros e especiais do NUDOM; Organização da coleção do NUDOM; Preservação e diagnóstico de conservação das coleções de obras raras; Considerações Finais; Referências.
3 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo identificar os acervos raros e especiais do Colégio Pedro II, apresentar os critérios de raridade bibliográfica adotados na Instituição e, particularmente, mostrar a forma de tratamento e preservação das coleções custodiadas pelo NUDOM.
4 INTRODUÇÃO A revisão de literatura especializada realizada neste estudo concentrou-se principalmente em livros e artigos científicos da área. Buscaram-se parâmetros para definição de conceitos sobre acervos raros e especiais. Recorreu-se às publicações de estudiosos do tema, destacando-se entre eles Pinheiro (1989) e Moraes (2005). Para o levantamento de dados sobre os acervos do NUDOM e Biblioteca Histórica, foram consultados documentos institucionais pertencentes aos setores. Destacam-se entre os materiais informacionais os catálogos e inventários contendo a descrição de cada item documental. O material coletado constituiu-se uma das fontes principais para a análise de dados.
5 INTRODUÇÃO As seguintes questões nortearam a pesquisa: O que é livro raro? O que é acervo especial? Como diferenciar um acervo raro de um acervo especial?
6 INTRODUÇÃO De acordo com Pinheiro (1989): cada livro é um universo restrito de manifestações culturais originais e acrescentadas. Porém, de maneira bastante simplificada, pode-se dizer que livro raro é aquele difícil de encontrar por ser muito antigo, ou por tratar-se de um exemplar manuscrito, ou ainda por ter pertencido a uma personalidade de reconhecida projeção e influência no país e mesmo fora dele (por exemplo: imperadores, reis, presidentes), ou reconhecidamente importantes para determinada área do conhecimento (física, biologia, matemática e outras). (PINHEIRO, 1989, p.1).
7 INTRODUÇÃO Os livros condensam, sob a fragilidade de sua aparência, o conteúdo intelectual que revela todo o esforço humano em busca do desenvolvimento científico, social e cultural. As ideias, os pensamentos, os fatos e informações contidos em suas páginas merecem ser preservados para manter e transmitir essa preciosa herança cultural.
8 INTRODUÇÃO Neste contexto, Carter (2005) considera que, O patrimônio histórico-cultural de uma nação não abrange apenas edificações e monumentos ou sua tradição sociocultural, mas também seus bens culturais, tangíveis e intangíveis, como o conhecimento que produz, a documentação que registra esse conhecimento e suas formas de divulgação. (CANCLINI apud CARTER, 2005, p.2).
9 O COLÉGIO PEDRO II Fundado em 2 de dezembro de 1837, caracteriza-se como uma instituição de ensino público, profissional e superior, especializada na oferta de educação básica e de licenciaturas Produziu, ao longo dos anos, documentos históricos gerados a partir das suas próprias atividades de ensino e, mantém acervo com obras gerais destinadas à comunidade docente e discente Patrimônio histórico-cultural: Acervo Arquivístico Acervo bibliográfico Acervo Iconográfico
10 O COLÉGIO PEDRO II O conjunto documental que compõe o patrimônio histórico-cultural do Colégio Pedro II guarda em si referências à identidade, a ação e a memória desta instituição e do país. Em seus traços e vestígios deixados às novas gerações encontramos prova e informação/testemunho da evolução da história da educação brasileira. No intuito de salvaguardar seu patrimônio históricocultural às gerações futuras, o Colégio criou espaços de guarda de memória. Destacam-se: Biblioteca Histórica e suas Coleções Especiais Núcleo de Documentação e Memória
11 BIBLIOTECA HISTÓRICA Composta por coleções especiais, raras e/ou preciosas, que refletem a influência humanística na formação do corpo docente e discente do Colégio. As coleções estão divididas em duas partes: Acervo Antigo Coleções Especiais
12 BIBLIOTECA HISTÓRICA Acervo Antigo: Composto por obras de assuntos gerais, nos diversos ramos do conhecimento, grande parte em francês. Reúne livros e periódicos do século XVI até o início do século XX, perfazendo um total aproximado de volumes.
13 BIBLIOTECA HISTÓRICA Acervo Antigo
14 BIBLIOTECA HISTÓRICA Coleções Especiais: São constituídas por acervos pessoais doados ao Colégio Pedro II por professores e alunos eminentes, ou ainda, pela família desses. Encontram-se reunidas as seguintes coleções: Biblioteca Professor Cândido Jucá Filho; Biblioteca Professor Roberto Bandeira Accioli; Biblioteca Professor Haroldo Lisboa da Cunha; Biblioteca Hélio Thys.
15 O NUDOM O Núcleo de Documentação e Memória (NUDOM) foi criado em 22 de agosto de 1995 para tratar, preservar e divulgar a produção intelectual da Instituição desde sua fundação. O NUDOM é um núcleo de documentação institucional de pesquisa interdepartamental. Configura-se como um laboratório de pesquisa.
16 MISSÃO Reunir, organizar, tratar, preservar e disponibilizar seu acervo documental aos servidores do Colégio Pedro II e aos pesquisadores externos à Instituição.
17 ACESSO AO ACERVO Não realiza empréstimos para os pesquisadores e/ou a reprodução de obras consideradas raras. As consultas são realizadas no próprio local, com restrição de acesso à sala de guarda. O NUDOM permite a reprodução de partes da obra por meio de fotografia sendo necessária a assinatura do Termo de Cessão de Uso de Imagens Reprodução do documento por meio de cópia - deverá respeitar as condições físicas da obra, bem como os critérios de raridade estabelecidos na Política de Desenvolvimento de Coleções do Acervo do NUDOM. Catálogo em fichas e um catálogo de teses e dissertações; um inventário analítico com registro de autoridade do Fundo CPII (acervo arquivístico); um sumário corrente dos periódicos avulsos; e CD-ROM com o conteúdo das obras já digitalizadas do acervo histórico.
18 FORMAS DE AQUISIÇÃO DO ACERVO Não mantém assinaturas de periódicos. As obras incorporadas ao acervo são adquiridas a partir de doação e permuta.
19 COMPOSIÇÃO DO ACERVO Acervo iconográfico; Acervo bibliográfico; Acervo arquivístico.
20 ACERVO ICONOGRÁFICO
21 ORGANIZAÇÃO DAS COLEÇÕES Acervo bibliográfico
22 ACERVO BIBLIOGRÁFICO
23 Acervo Arquivístico SÉRIE SUBSÉRIES ÂMBITO E CONTEÚDO Docentes ( ) Atas da Congregação ( ) Concursos para professores ( ) Conselho Departamental ( ) Reúne o registro das atividades do corpo docente do colégio e apresenta informações sobre a elaboração dos programas de ensino que posteriormente eram implantados nas escolas de ensino secundário do país, concursos para professores, registros de horários, etc. Departamentos Pedagógicos ( ) Laboratórios de Ensino (1941)
24 ACERVO ARQUIVÍSTICO
25 PRESERVAÇÃO DAS COLEÇÕES DE OBRAS RARAS A preservação de acervos abrange todos os responsáveis por acervos culturais ou que deles se utilizam, reforçando a necessidade de uma atitude consciente de preservação que deve estar presente desde a limpeza até a utilização do material pelo usuário (GOMES, 1987).
26 PRESERVAÇÃO Preservação ação global que vai permear todas as outras atividades necessárias ao combate da deterioração física e química dos acervos culturais e com isto retardar e prolongar a sua vida útil.
27 OBJETIVOS DA PRESERVAÇÃO Salvaguardar e proporcionar a permanência aos diferentes suportes que contêm qualquer tipo de informação (prolongar a vida de um patrimônio cultural).
28 PRESERVAÇÃO Por que preservar? O quê preservar? critérios: 1) com elevado valor econômico 2) com elevado valor de uso 3) de pouco uso no momento, mas que poderá ter valor para pesquisa no futuro.
29 COMO PRESERVAR? - Conhecimento : Através de mecanismos de identificação e avaliação: diagnósticos, inventários, etc. - Proteção: Atos como o registro, o tombamento, o estabelecimento de normas adequadas de acesso, uso, guarda e preservação. (política de preservação).
30 AGENTES DE DETERIORAÇÃO A acidez associada a deterioração do papel; A iluminação ; Temperatura e umidade; Fungos, insetos e roedores; Poluição atmosférica e a própria ação do homem constituem outros vilões capazes de degradar os documentos.
31 DIAGNÓSTICO DAS COLEÇÕES Em 2013 foi realizada a higienização de todo o acervo histórico do NUDOM. Assim, foi possível conhecer e identificar cuidadosamente cada obra e as necessidades para restauro e conservação.
32 DIAGNÓSTICO DAS COLEÇÕES A realização de pequenos reparos em obras muito danificadas, assim como a restauração dessas obras são medidas que devem ser implementadas no Colégio Pedro II, especificamente, no NUDOM.
33 MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO higienização periódica dos acervos históricos; monitoração do meio ambiente; [digitalização do acervo histórico].
34 NECESSIDADES RELACIONADAS ÀS COLEÇÕES DE OBRAS RARAS E ESPECIAIS investimentos na Instituição; profissionais com formação especializada para realizar o tratamento adequado e restaurar parte das obras que constituem as coleções raras/especiais; espaço físico apropriado para a manutenção desse tipo de acervo histórico; política de preservação.
35 FINALIZANDO Numa época em que o tema preservação do patrimônio torna-se amplamente discutido é imprescindível ter em mente que uma política de preservação produz excelentes resultados que subsidiam a implementação de medidas e ações voltadas para a preservação das coleções.
36 Quando pensamos em preservação, devemos levar em consideração 3 aspectos: a missão da instituição, o estabelecimento de uma política para as coleções e a definição de uma política de preservação.
37 Ainda com a restrição de investimentos em recursos financeiros, humanos e tecnológicos, os profissionais que atuam no NUDOM não medem esforços para garantir a preservação da memória educacional brasileira e a memória do Colégio Pedro II.
38 O ato de preservar envolve conservar as raízes que vinculam os cidadãos ao seu passado e às suas origens (CASTELLS, 2000).
39 REFERÊNCIAS CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, CÔRBO, Priscila de Assunção Barreto. Repositório institucional: um olhar para a preservação e acesso aos documentos de memória histórico-institucional do Colégio Pedro II Dissertação (Mestrado) Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, FROES, Rosana Carla. Obras raras no Brasil: estudo dos critérios de raridade bibliográfica, tratamento técnico e preservação das coleções p. Dissertação (Mestrado em Biblioteconomia) Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 1995.
40 REFERÊNCIAS MÁRDERO ARELLANO, Miguel Ángel. As coleções de obras raras na biblioteca digital Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)- Universidade de Brasília, Disponível em: < /eprints.rclis.org/archive/ /01/dissert_arellano.pdf>. Acesso em: mar MORAES, Rubens Borba de. O bibliófilo aprendiz. Ou, prosa de um velho colecionador para ser lida por quem gosta de livros, mas pode também servir de pequeno guia aos que desejam formar uma coleção de obras raras, antigas ou modernas. Brasília: Briquet de Lemos, NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduação em História e do Departamento de História da PUC-SP. São Paulo: PUC-SP, n.10, p PELEGRINI, Sandra C.A. Patrimônio cultural: consciência e preservação. São Paulo: Brasiliense, SILVA, Maria Celina Soares de Mello e. Segurança de acervos culturais. Rio de Janeiro: MAST, 2012.
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