Patrícia Sarmento Pressley Ridge Portugal. Kátia Almeida Pressley Ridge Portugal

Transcrição

1 Seminário Promoção do Sucesso Educativo Associação de Antigos Alunos da FPCE-UL 15 Novembro, 2008 Patrícia Sarmento Pressley Ridge Portugal Kátia Almeida Pressley Ridge Portugal

2 Instituição não governamental sem fins lucrativos, fundada em 1832 nos EUA Presta um conjunto de serviços para crianças com problemas de comportamento e de desenvolvimento, procurando mantêlas junto das suas famílias e nas suas comunidades Serve cerca de 1900 crianças e jovens A nível internacional a Pressley Ridge desenvolve programas na Hungria, Portugal e Ucrânia

3 MISSÃO Melhorar a adaptação e desenvolvimento de crianças com comportamentos perturbadores e suas famílias, através de programas eficazes focados em todos os aspectos das suas vidas. Liderar o desenvolvimento de programas inovadores, avaliar esses programas, medir os seus resultados e fazer investigação. Liderar iniciativas que melhorem o sistema de cuidados para crianças e suas famílias.

4 Serviços desenvolvidos: Co-organização de cursos de Pós-graduação e Mestrado em Intervenção psicossocial com crianças, jovens e famílias Organização de conferências e seminários sobre Intervenção com crianças, jovens e famílias Programas de intervenção comunitáriapara crianças e jovens em risco e suas famílias: P.E.S p andar e Nova_Mente Programa de formação Supervisão clínica (profissionais de serviço social; equipas de menores em risco)

5 Bairro da Estrada Militar do Alto da Damaia Programa Trilhos Alternativos, em parceria com a Junta de Freguesia da Damaia Objectivo: Promover a (re)inserção social de jovens com problemas de comportamento e emocionais através do treino de competências de vida e comportamentos socialmente aceites. Destinatários: 24 jovens, dos 11 aos 16 anos, lusodescendentes, residentes no Bairro

6 Assiduidade anual Desistências Competências Sociais Média (3 anos) = 67% 7 jovens em 28 (3 anos) 2004/05: aumento significativo nas 6 competências sociais avaliadas (p<.000 a p<.010) A B C D E F G H 5 0 1º 2º 3º 2005/06: N pequeno para análise estatística 2006/07: alterações pouco significativas

7 Programa de Competências Pessoais e Sociais e Promoção de Estilos de Vida Saudáveis Financiado pelo Programa de Intervenção Focalizada (PIF) do IDT Duração: 2 anos (2007 a 2009) Financiamento: ,83 Meta: Prevenir comportamentos de risco, nomeadamente o consumo de SPAs Parceiros

8 As crianças e jovens devem ser ajudados nos contextos mais próximos dos naturais quanto possível (Hobbs, 1996). Os programas desenvolvidos na comunidade no período pós-escolar mantêm os jovens fora das ruas e aumentam o seu bem-estar escolar e pessoal(shan, 2001). Os programas ocupacionais contribuem para o aumento dos resultados escolares e melhoria do comportamento em crianças provenientes de famílias de nível socio-económico baixo (Posner e Vandell, 2001).

9 Princípios da Re-Educação Família*: Formação para 30 famílias Bairro: Estrada Militar do Alto da Damaia/ 50 jovens vulneráveis Jovens Escola: 2 agrupamentos de Escolas/ 30 professores/ 1200 alunos Instituições locais de desenvolvimento: 1 clube de futebol + 1 grupo de escoteiros Teoria dos factores de risco e protecção Abordagem ecológica

10 Crianças e jovens vulneráveis Portugueses; Afro-descendentes Idades entre os 11 e os 19 anos Organizados em 4 grupos: dos anos; 12-14; e Residem no Bº da Estrada Militar (Damaia) Alunos Provenientes de diferentes etnias Idades entre os 11 e os 17 anos Frequentam as escolas Pedro d Orey da Cunha e a Sec. Dr. Azevedo Neves Organizados em turmas: do 6º ao 10º ano Residem próximo da escola

11 50 Jovens vulneráveis, residentes no Bº da Estrada Militar, Alto da Damaia OBJECTIVOS Jovens vulneráveis aprendem e usam as competências pessoais e sociais e os conhecimentos sobre as SPA em casa, no bairro e na escola. ACTIVIDADES - Programa de competências pessoais e sociais* - Conselho Supremo - Apoio ao estudo - Sessões de informação sobre as SPA* - Actividades de exterior

12 Treino de competências sociais 240 Sessões de grupo 55 jovens (7 desistências e 3 entradas) Assiduidade = 72% (3 grupos) Assiduidade = 60%* (grupo dos 17 aos 19 anos) Actividades de exterior 7 actividades de exterior de um dia 30 jovens 3 actividades de acantonamento 36 jovens 10 dias de praia (colónia de férias) 22 jovens Sensibilização do uso de SPA s (substâncias psicoactivas) 16 acções 46 jovens Acções recreativas e desportivas de integração (com parceiros locais) 6 acções 36 jovens Apoio ao estudo 6 sessões individuais 2 jovens 77 sessões em grupo 27 jovens

13 Medida Instrumentos Subescalas/ exemplos de itens Competências sociais Comportamento pró-social Dificuldades / problemas de comportamento Conhecimento e expectativas sobre SPA Competências pessoaise sociais e vinculação Escala de verificação de competências sociais, baseada na de Goldstein & McGinnis (1997) Questionário de capacidades e dificuldades (Goodman, 1999, adaptado por Loureiro, Fonseca & Gaspar) Questionário de capacidades e dificuldades (Goodman, 1999, adaptado por Loureiro, Fonseca & Gaspar) Questionário para jovens (PIF, IDT, 2007) Questionário para jovens (PIF, IDT, 2007) Esperar pela sua vez para falar; elogiar; usar o autocontrolo; etc. Comportamento pró-social (é sensível aos sentimentos dos outros; tem pelos menos um bom amigo/a) Hiperactividade (Distrai-se com facilidade); Sintomas emocionais (Anda muitas vezes triste); Problemas de conduta (Luta com as outras crianças frequentemente); Problemas de relacionamento com colegas (As outras crianças metem-se com ele) Conhecimento sobre as SPA; Percepção do risco associado ao consumo de SPA; Expectativas associadas ao consumo de SPA Competências pessoais e sociais; Vinculação escolar e familiar

14 Competências Sociais* - Aumento estatisticamente significativo nas competências sociais dos jovens do 1º para o 2º período (t(23)=3.3, p=.003) Assiduidade e Competências sociais - Correlação positiva significativa (para a média das competências sociais ao longo do ano (r=0.48; p<.05) e para a média das competências sociais no último período, em Maio (r=0.43; p<.05)) - Mais tempo dispendido no programa está associado a mais competências sociais *Avaliadas através da escala de verificação de competências sociais

15 tot.dif3 Pro.Soc3 Competências sociais X Comportamento pró-social X Dificuldades (Hiperactividade; Sintomas emocionais; Problemas de condutae Problemas de relacionamento com colegas) Pro.Soc1 Pro.Soc2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0-0,2-0,4-0,6-0,8 P.com1 Hiperact1 P.Relaci1 S. Emoc1 tot.dif1 P.com2 Hiperact2 P.Relaci2 S. Emoc2 tot.dif2 P.com3 Hiperact3 P.Relaci3 S. Emoc3-1

16 Competências sociais e Comportamento pró-social - - Correlação positiva forte, especialmente no 3º período (r=0.768; p<.001) - - Quanto mais competências sociais os jovens revelam, mais comportamentos pró-sociais demonstram, e vice-versa. Competências sociais e Dificuldades - - Correlação negativa forte, especialmente no 2º período (r= ; p<.001). - - Quanto mais competências sociais os jovens revelam, menos dificuldades manifestam nas suas vidas, e vice-versa. A IMPORTÂNCIA DO TREINO DE COMPETÊNCIAIS SOCIAIS!

17 1200 Alunos e 30 professores (Escola Pedro D Orey da Cunha e Dr. Escola Azevedo Neves) OBJECTIVOS Alunos e professores implementam actividades na escola para promover estilos de vida saudáveis e prevenir comportamentos de risco. - Acompanhamento e apoio ao desenvolvimento dos projectos das turmas (acompanhamento junto dos DT; dinamização de actividades de educação vivencial; sessões de apresentação dos projectos iniciais) - Acções de sensibilização para hábitos de vida saudáveis - Acções de informação sobre as SPA para alunos e professores - Acompanhamento individual de alunos ACTIVIDADES

18 22 projectos implementados (criados pelas turmas) 6 turmas (6º-10º ano) 438 alunos 20 professores 4 dias de actividades 2 palestras / 2 convidados 2 acompanhamentos individuais 2 novas parcerias

19 Pontos Fortes (Strengths) - Boa adesão dos alunos ao projecto - Alunos envolvidos em actividades recreativas e/ou mentais - Boa capacidade de envolvimento de professores e alunos - Grande entusiasmo dos alunos no desenvolvimento dos projectos - Divulgação do projecto Fraquezas (Weaknesses) - Divulgação dos projectos pouco aguerrida - Poucos recursos económicos - Poucas turmas envolvidas - Planeamento das etapas do projecto pouco pormenorizado - Mensagem pouco clara do projecto

20 Ameaças (Threats) - Ocorrência de alguns incidentes durante as actividades - Apenas o cansaço ou a desmotivação de alguns professores - Os alunos apesar de se envolverem com empenho, tiveram uns projectos muito ambiciosos que deverão ser futuramente mais repartidos na sua concretização - Falta de recursos Oportunidades (Opportunities) - A disciplina Área de Projecto pode desenvolver um projecto com aplicação prática e visível - Continuar a colaborar com outras iniciativas - Agora que vamos ter também o 9º ano, porque não pensar na continuidade do trabalho com estes alunos - Permitir que os alunos desenvolvam os seus projectos de acordo com a formulação de hipótese

21 -Definir expectativas claras e grau de envolvimento por parte de todos os parceiros -Planear antes de agir de acordo com o levantamento das necessidades -Responder às necessidades e interesses dos jovens -Apostar nas relações interpessoais e prevenção da crise -Incluir este tipo de iniciativas nas disciplinas (ex. área projecto) -Procurar parceiros na comunidade para a sustentabilidade financeira -Envolver activamente os jovens em actividades saudáveis e construtivas fora do periodo escolar -Promover intervenções intensivas e focalizadas (> grau de exposição > maior probabilidade de obtenção de resultados) -Avaliar e divulgar os resultados

22 3º CURSO EM EDUCAÇÃO VIVENCIAL A arte da facilitação e processamento das aprendizagens 2º seminário 29 Nov a 1 Dez 2008 Mértola Aprender a re-educar: Intervir na crise Março 5.6_2009 Lisboa Fundação Luso-Americana

23 Obrigadapelavossaatenção! Patrícia Sarmento