Figura 1. Área de Interesse enquadrada no Fuso 23S. Código EPSG da Vista: 4326.

Transcrição

1 Tutorial gvsig Reprojeção de um Arquivo Shapefile Este tutorial utiliza bases cartográficas¹ que fazem parte do acervo de dados do IBGE. Todos os dados estão projetados no Sistema de Coordenadas Geográficas WGS 1984, Código EPSG² 4326 (certifique-se de ajustar a projeção da Vista de acordo com o sistema de coordenadas das camadas da área de estudo). Nossa área de interesse é o município de São Paulo-SP. Para gerar uma cópia desse polígono e destacá-lo dos demais elementos, é preciso exportar uma seleção. No gvsig, a função Separate Entities³ permite exportar uma feição previamente selecionada, gerando um novo arquivo shapefile. Para realizar estudos no município de interesse, será necessário reprojetar esse polígono para o Sistema de Coordenadas Planas UTM, Datum WGS84. Com auxílio de um grid de fusos, identificamos que os limites da camada São Paulo.shp estão enquadrados na faixa que corresponde ao Fuso 23 do Hemisfério Sul: Figura 1. Área de Interesse enquadrada no Fuso 23S. Código EPSG da Vista: O objetivo do tutorial é conhecer os recursos do programa empregados na mudança de projeção de arquivos shapefile. Se o interesse é realizar a reprojeção em arquivos raster, é preciso executar outro procedimento 4. 1

2 Para reprojetar arquivos shapefile no gvsig 1.10, vamos utilizar as ferramentas de geoprocessamento padrão do programa (Geoprocessing Tools): Selecione o algoritmo REPROJECT: Figura 2. Geoprocessing Tools: o algoritmo REPROJECT. Na janela Analysis Tools, selecione a camada de entrada e clique no botão Target Projection: Figura 3. Geoprocessing Tools: seleção da projeção e camada de entrada. 2

3 Para identificar projeções, siga o procedimento abaixo: No campo Type, selecione EPSG; No critério de busca (Search criteria), marque a opção POR NOME (By name); Escreva WGCS e clique no botão Search; Clique na barra de rolagem até encontrar a projeção desejada; Clique no botão FINISH. Figura 4. Geoprocessing Tools: seleção de projeção através do critério NOME. De volta à janela Analysis Tools, indique um nome de saída para o novo arquivo e clique no botão OK: Figura 5. Geoprocessing Tools: códigos EPSG de entrada e saída. 3

4 O arquivo reprojetado será adicionado automaticamente no projeto do gvsig, mas sua renderização não será posicionada corretamente sobre as outras camadas: Figura 6. Arquivo shapefile com a nova posição espacial (não sobreposto com as demais camadas). Até a versão 1.10 do programa, os elementos criados através dos processos no gvsig não produzem arquivos PRJ externos. Esses arquivos PRJ são responsáveis pelo sistema de coordenadas de uma camada vetorial. Além disso, o SIG não adotou até o momento o sistema de posicionamento on-the-fly - feições com diferentes projeções ocupando a mesma sobreposição com algumas distorções. Um arquivo shapefile é definido por três formatos essenciais: SHP, SHX e DBF: Figura 7. Arquivos essenciais que fazem parte da composição de um arquivo ESRI shapefile. 4

5 Podemos contornar a ausência do arquivo PRJ descarregando uma versão do arquivo no site Spatial Reference 5 : Figura 8. O site Spatial Reference. Remova o shapefile da Vista. O código EPSG que corresponde ao sistema WGS 1984 / UTM Zone 23S é 32723: Figura 9. Arquivo PRJ 32723: código EPSG que corresponde a projeção WGS 1984 UTM Zone 23S. Após baixar o arquivo PRJ correspondente, basta renomeá-lo (veja a Figura 10): Figura 10. Arquivo PRJ renomeado para o nome do arquivo shapefile. Agora que adicionamos o arquivo PRJ correspondente, vamos modificar a projeção da Vista para receber a camada com a nova projeção. 5

6 Clique no menu Vista/View e acesse a opção Propriedades/Properties: Figura 11. Menu para acesso das Propriedades da Vista. Altere a projeção da Vista de acordo com a projeção do arquivo shapefile modificado. No exemplo do tutorial, a projeção original da Vista é O novo valor para projeção será 32723: Figura 12. Propriedades da Vista: Mudança de projeção. 6

7 Com a projeção da Vista modificada, clique no botão Add Layer para trazer o polígono alterado: Figura 13. Adicionando uma camada ao projeto do gvsig. Finalmente conseguimos posicionar a camada sobreposta com suas camadas de origem. Essa foi a forma que desenvolvi para confirmar se de fato o arquivo shapefile foi reprojetado através do Geoprocessing Tools: Figura 13. Adicionando uma camada ao projeto do gvsig. Você pode confirmar o processo acima abrindo o arquivo shapefile em outros SIG s como o ArcMap, Kosmo ou Quantum GIS. Esse foi um tutorial dentre muitos 6 focado no aprendizado de códigos EPSG, arquivos PRJ e algoritmos para reprojeção de camadas vetoriais. 7

8 Considerações Finais Aos poucos vamos integrar vários tópicos abordados no blog, criando vínculos entre um tutorial e outro. Creio que esta é a melhor forma para que um usuário novo em GIS aprenda corretamente. Num primeiro plano, ou seja, num primeiro contato com a ferramenta, a análise é fundamental. Nos planos seguintes, ao adquirir conhecimento gradual próprio da etapa de análise, mas de forma sólida, a síntese é o único caminho a ser trilhado e consolida o domínio sobre a ferramenta. Aguardamos o seu comentário sobre o artigo no blog. Referências: 1. IBGE: Bases Cartográficas na Escala do Milionésio em GCS WGS84 (14 MB): 2. Processamento Digital: Arquivos PRJ das Projeções mais utilizadas no Brasil 3. Processamento Digital: Exportar Feições Selecionadas usando o gvsig 4. Processamento Digital: Reprojeção de um Raster no gvsig Processamento Digital: Spatial Reference: Downloads de arquivos PRJ 6. Processamento Digital: Tutoriais do gvsig no blog Processamento Digital Este é um artigo do blog Processamento Digital. Você pode imprimir e repassar adiante. Para publicá-lo em sites e blogs, o autor deve ser notificado. Dúvidas e sugestões podem ser enviadas para o procdigital@gmail.com. 8