Principais considerações fiscais Brasileiras
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- Felícia Antunes Peixoto
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1 Investimento Português no Brasil 12 de Abril de 2012
2 Principais considerações fiscais Brasileiras Aspectos fiscais relevantes a considerar do ponto de vista fiscal Brasileiro Isenção de RF nos dividendos distribuídos a entidades não residentes RF à taxa de 15% nos juros pagos por uma entidade Brasileira a entidades não residentes. Quando pagos a uma entidade localizada num paraíso fiscal a taxa de RF passa para 25% Mais valias realizadas por uma entidade não residente com a alienação de uma entidade Brasileira estão sujeitas a tributação à taxa de 15% (que opera via RF). Quando a mais valia for realizada por uma entidade localizada num paraíso fiscal a tributação passa para 25%. ADT Brasil-Japão prevê uma exclusão de tributação de mais valias realizadas por uma entidade Japonesa com a alienação de participações sociais de uma entidade Brasileira. Transferências indirectas de uma entidade Brasileira não estão sujeitas a tributação no Brasil (normas anti-abuso). Regras de subcapitalização no Brasil aplicam-se aos juros pagos por uma entidade Brasileira a qualquer entidade não residente. Quando os juros são pagos a uma entidade localizada num paraíso fiscal estas regras agravam-se. Financiamento a uma entidade Brasileira proveniente do estrangeiro está sujeito a IOF-crédito à taxa de 6% (salvo se por prazo superior a 5 anos) e os investimentos / fundos estrangeiros que tenham de ser registados no BACEN estão sujeitos a IOF-câmbio à taxa de 0,38%. Conclusão: com exclusão dos paraísos fiscais, do ponto de vista fiscal Brasileiro é irrelevante a jurisdição através da qual se efectua o investimento no Brasil Slide 2
3 Investimento no Brasil a partir de Portugal (15% RF) SGPS (Portugal) OpCo Suprimento Principais aspectos fiscais a considerar em Portugal Nos termos do ADT Portugal-Brasil, 95% dos dividendos provenientes de uma sociedade Brasileira estão isentos de tributação em Portugal, nas seguintes condições Participação igual superior a 25%; e Participação tenha sido detida durante os 2 anos precedentes, desde a data da constituição da sociedade Brasileira, se tiver ocorrido posteriormente, mas em qualquer dos casos unicamente se a participação tiver sido detida ininterruptamente durante esse período. De acordo com o regime das SGPS a mais valia realizada com a alienação da participação na sociedade Brasileira poderá estar isenta de tributação em Portugal Financiamento concedido pela SGPS à sociedade Brasileira recebidos pela SGPS estão sujeitos a tributação em Portugal nos termos gerais Limitações de dedutibilidade de juros pagos por SGPS Crédito de imposto por dupla tributação internacional Isenção de Imposto do Selo (em determinadas condições) Juro sobre capital próprio (instrumento jurídico-fiscal Brasileiro) está sujeito a tributação em Portugal nos termos gerais (Protocolo do ADT Portugal-Brasil) Slide 3
4 Investimento no Brasil a partir da Holanda (15% RF) SGPS (Portugal) BV OpCo Suprimento Financiamento Principais aspectos fiscais a considerar na Holanda e mais valias provenientes da participação na sociedade Brasileira estão isentos de tributação na Holanda (mediante determinados requisitos) Financiamento concedido pela BV à sociedade Brasileira Alternativa 1: se a BV for devidamente capitalizada, poderá beneficiar do tax sparing previsto no ADT Brasil-Holanda, nos termos do qual se presume que a RF sofrida no Brasil ascende a 20% (não obstante a RF efectiva ser de 15%) Alternativa 2: o juro pago pela sociedade Brasileira à BV a título de remuneração do capital próprio poderá ser requalificado na Holanda como um dividendo e, desta forma, ser isento de tributação na Holanda Alternativa 3: o juro pago pela sociedade Brasileira à BV no âmbito de um empréstimos participativos no lucros (PPL) poderá ser requalificado na Holanda como um dividendo e, desta forma, ser isento de tributação na Holanda Limitações de dedutibilidade de juros pagos pela BV Crédito de imposto por dupla tributação internacional Principais aspectos fiscais a considerar em Portugal isentos nos termos da PSD (mediante determinados requisitos) Mais valias isentas pelo regime das SGPS (mediante determinados requisitos) Financiamento: mesmo comentários feitos relativamente ao slide anterior Slide 4
5 Investimento no Brasil a partir de Espanha (15% RF) SGPS (Portugal) ETVE (Espanha) OpCo Suprimento Financiamento Financiamento Principais aspectos fiscais a considerar em Espanha e mais valias provenientes da participação na sociedade Brasileira estão isentos de tributação em Espanha (mediante determinados requisitos) Financiamento concedido pela ETVE à sociedade Brasileira Alternativa 1: se a ETVE for devidamente capitalizada, poderá beneficiar do tax sparing previso no ADT Brasil-Espanha, nos termos do qual se presume que a RF sofrida no Brasil ascende a 20% (não obstante a RF efectiva ser de 15%) Alternativa 2: o juro pago pela sociedade Brasileira à ETVE a título de remuneração do capital próprio poderá ser requalificado em Espanha como um dividendo e, desta forma, ser isento de tributação em Espanha Sucursal (ex: Irlanda) Alternativa 3: utilização de uma sucursal (financeira) fora de Espanha para financiar a sociedade Brasileira. Mediante determinadas condições, Espanha isenta o rendimento proveniente da sucursal. Não há limitações de dedutibilidade de juros pagos pela ETVE Crédito de imposto por dupla tributação internacional Principais aspectos fiscais a considerar em Portugal isentos nos termos da PSD (mediante determinados requisitos) Mais valias isentas pelo regime das SGPS (mediante determinados requisitos) Financiamento: mesmo comentários feitos relativamente ao slide 3 Slide 5
6 Investimento imobiliário no Brasil estrutura 1 Investidores BV Constituição de uma BV na Holanda que se torna o veículo de investimento. Os investidores contribuem em fundos para a BV A BV constitui holdings intermédias na Holanda / Luxemburgo que irão quer os veículos de aquisição de novos investimentos imobiliários no Brasil (através de SPVs no Brasil) Sub- HoldCo (Hol / Lux) Sub- HoldCo (Hol / Lux) SPV SPV Principais vantagens fiscais recebidos na Holanda / Luxemburgo devem ser isentos de tributação nestes países Mais valias realizadas pela BV com a alienação das holdings intermédias deve estar isenta de tributação na Holanda Distribuições efectuadas pela BV aos investidores sujeita a RF à taxa de 15%. Contudo existem várias formas de eliminar esta tributação Real Estate Real Estate Slide 6
7 Investimento imobiliário no Brasil estrutura 2 Investidore 1 Investidore 2 Investidore 3 Constituição Esta estrutura terá de ter pelo menos 3 investidores independentes (uma vez que nenhum deles poderá ter mais do que 40% do FIP) BV feeder BV feeder BV feeder As BV feeders constituem um FIP (Fundo de Investimento Imobiliários por Participações) e transferem os fundos para uma conta bancária brasileira e posteriormente para o FIP Principais vantagens fiscais FIP A FIP é uma entidade transparente do ponto de vista fiscal Brasileiro. Se determinadas condições estiverem cumpridas e se o FIP for devidamente constituído, esta entidade e as BV feeders não deverão ser sujeitos a tributação no Brasil (incluindo as mais valias) As BV feeders devem estar isentas de tributação na Holanda relativamente aos dividendos e mais valias provenientes do FIP, no pressupostos que determinadas condições estão cumpridas SPV Real Estate Distribuições efectuadas pela BV aos investidores sujeita a RF à taxa de 15%. Contudo existem várias formas de eliminar esta tributação Real Estate Slide 7
8 Contactos QUESTÕES? OBRIGADO Pedro Fugas Ernst & Yng Lisboa Telefone: TLM: Slide 8
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