ATA DA 3º. REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE DIREITO DA PROPRIEDADE IMATERIAL DA OAB SP, REALIZADA DIA 28 DE MAIO DE 2008
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- Orlando Nathan Campos da Conceição
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1 ATA DA 3º. REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE DIREITO DA PROPRIEDADE IMATERIAL DA OAB SP, REALIZADA DIA 28 DE MAIO DE 2008 Aos 28 dias do mês de maio de 2008, reuniram-se os membros da COMISSÃO DE DIREITO DA PROPRIEDADE IMATERIAL no Mini-Auditório, no 1º andar, situado na Rua Anchieta, nº 35, nesta capital. Foi iniciada a reunião as 16:30 horas, sob a Presidência do Dr. Paulo Oliver, secretariada por mim Karina Alves Correa. Até o início desta, justificaram a ausência até o início dessa reunião, os seguintes membros: Ives Gandra Martins, Alberto Luis Camelier, Cláudio Roberto Barbosa, Márcio Pugliesi, Patrícia Luciane de Carvalho, Carolina Bottura, Cláudio R. Barbosa, José Carlos Tinoco Soares, Paula Carolina Zanchetta Oliver, Elizabeth Ribeiro, Anna Paula Souza, Fernando Ramazzini, Renata Fraga, Thais Jurema, Maria Cecília Garreta, Maite Moro, Luiz Ignácio Homem de Mello. A seguir, o Presidente tem a ordem do dia: 1) O Presidente, no uso da palavra, pediu aprovação da Ata da última reunião. 2) Agradeceu a presença de todos nessa reunião, esclarecendo que os Conferencistas que participaram do último encontro promovido pela Comissão, mandaram agradecimentos a todos os membros e as homenagens à OAB, pela forma de como foram acolhidos e pelo interesse demonstrado pelos inscritos. 3) Que já se encontra reservado o Salão Nobre da OAB para novo ciclo de Palestras, com os temas: Obra Arquitetônica em 05 de agosto de 2008 às 09:30 hs e Conferência da Coordenação de Propriedade Industrial em 09 de setembro de 2008 às 09:30 hs. 4) Que a Comissão de Propriedade Imaterial, irá promover ciclo de Palestra na Uninove, esperando apenas acertar detalhes, o encontro está marcado para a semana de 11 de agosto, no Campus Vergueiro, conforme entendimentos que estão sendo mantidos com os interessados, pela pessoa da Coordenadora do Curso de Direito Campus Vergueiro, Drª Giselle Ferreira de Araújo. Agora, conforme é de conhecimento de todos, tem em pauta um tema de interesse em comum, embora seja a favor ao estudo da Cadeira de Direito Autoral como um todo ou até com a divisão, dando destaque à Propriedade Industrial. Esclareço que a seu ver isso cabe ao interesse das
2 Instituições e ao Conselho Federal de Educação, pois os alunos aprendem a matéria muito superficialmente. Deu a palavra aos inscritos, embora ache que o tema deverá ficar aberto até a próxima reunião, para que os interessados opinem até por escrito, evitando qualquer mau entendimento, embora saiba que alguns já definiram posições. Antes de passar a palavra, informou aos colegas que o Dr. José Carlos Tinoco Soares, ausente nesta oportunidade, manifestou-se por escrito: 1. Pelo que nos foi dado a conhecer na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e no segundo ano existe pelo menos meio semestre dedicado exclusivamente à PROPRIEDADE INTELECTUAL, tendo de um lado os inventos, as marcas e congêneres e de outro os direitos de autor. 2. Na mesma Faculdade há também a especialização, mestrado e doutoramento nessa mesma área de Propriedade Intelectual, sendo que as aulas são ministradas pelo Prof. Dr. Newton Silveira. 3. Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, há a Cadeira de Propriedade Industrial, cujas aulas são dadas pelo Prof. José Carlos Vaz Dias. 4. Particularmente com relação a esta última, pode afirmar que houve um concurso do qual participaram o Dr. Ricardo Sichel e o mencionado acima, sendo que este último foi o vitorioso. 5. Ao que parece e tudo indica a prerrogativa de decidir sobre a inclusão no Curso de Direito de uma grade curricular sobre Propriedade Intelectual é da Faculdade e não da nossa OAB/SP. 6. Esta, no entanto, como detém a Comissão de Direito da Propriedade Intelectual e considerando o alcance dos objetivos da proposta feita poderá recomendar que assim procedam. 7. Este é apenas e tão somente o pensamento, cabendo à Presidência a apresentação do tema e a sua palavra final. A seguir fora dada a palavra aos membros participantes da reunião que se manifestaram pela ordem de inscrição: A Dra. Natalia Mazonetto, fez algumas considerações, mas declarou que desejava ouvir também a opinião dos demais colegas. A Dra. Sônia Maria D Elboux, achou interessante o trabalho ou pedido apresentado pelas Professoras que não estavam presentes, mas desejou ouvir o Dr. José Carlos Costa Neto, que declarou ter tomado conhecimento do procedimento administrativo para que esta Comissão opinasse sobre a necessidade de uma cadeira específica que versasse sobre a Propriedade Imaterial, mais especificamente o Direito de Propriedade Industrial. O expediente, além de distribuído via correspondência eletrônica aos participantes, fora encaminhado ao
3 Coordenador de Direito de Propriedade Industrial Dr. José Carlos Tinoco Soares, que irá se manifestar via parecer escrito. Fora dada a palavra ao Dr. José Carlos da Costa Netto, que assim se expressou: A denominação "propriedade intelectual" é mais utilizada pelos especialistas em propriedade industrial. O mais correto seria a utilização da expressão "direitos intelectuais", como defendido pelo saudoso professor Carlos Alberto Bittar baseado na tese do jurista Edmond Picard lançada em O termo propriedade é impróprio pois sua acepção não abrange os direitos morais de autor, ramificação dos direitos da personalidade. O direito de autor tem hoje autonomia científica, merecendo, como leciona José de Oliveira Ascensão, ser incluído como o sexto ramo especializado do direito civil. A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, sob o comando do saudoso Professor Antonio Chaves, tem essa Cadeira específica há mais de trinta anos e seria para nós um retrocesso mudarmos aquilo que já é reconhecido em todo o território nacional, até por lei específica. A Propriedade Industrial, em nosso direito ou em nossa Faculdade, aparece como um dos itens dentro da Cadeira de Direito Comercial. Nós podemos recomendar o estudo da matéria, mas não cabe à OAB ou à nossa Comissão opinarmos da necessidade da referida Cadeira em espécie. Portanto, isso é o que eu tinha a explicar em resumo. A seguir, fora dada a palavra ao Dr. Plínio Cabral, que seguiu, após explanação, as mesmas palavras da exposição de Costa Netto. Maria Luíza Viegas seguiu a mesma opinião, esclarecendo até que no Rio Grande do Sul, em duas Faculdades, também já existe a Cadeira específica de Direitos Autorais. Pediu a palavra a Professora Lílian Silveira, que também fora assistente do Professor Antonio Chaves, que assim se manifestou: Na esteira das críticas acadêmicas do Costa Netto, fez as seguintes considerações: 1. No primeiro parágrafo do artigo, ao elencar as matérias que poderiam caber sob o tema maior Propriedade Intelectual, vem um empilhamento de itens sem qualquer rigor científico, misturando expressões e desdobramentos que enfraquecem a defesa de matéria única. 2. Relatou a experiência da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, que sob o comando dos saudosos autoralistas Professor Antonio Chaves e seu principal assistente Professor Walter Moraes, na década de 70, instituíram o Direito de Autor na grade curricular regular do curso de bacharelado (especialidade na Cadeira de Direito Civil), bem como, nos cursos de pós
4 graduação. Tão bem sucedida a experiência que foi copiada em outras Faculdades, como no Rio Grande do Sul e outras mais. 3. Outra dificuldade na proposta e que o artigo não resolve é que parte da matéria se encontra subordinada aos respectivos Departamentos de Direito Civil e outras de Direito Comercial. 4. Quanto aos tratados internacionais, é também importante assinalar que os ramos Autorais e Industriais não se misturam, apenas são tratados em conjunto quando o objetivo maior do tratado é econômico, não tratando cientificamente nenhum dos ramos assinalados. 5. No penúltimo parágrafo vem a afirmação que apenas o Departamento Comercial e o Departamento Constitucional tratam da matéria, quando é pacífico nas Faculdades de Direito que Direito de Autor é ramo do Direito Civil e em seus respectivos Departamentos é tratado. O Dr. Paulo Roberto Mariano da Silva teve oportunidade de opinar e seguiu a mesma idéia e colocação da Professora Lilian de Melo Silveira. A Dra. Ivana Có Galdino Crivelli, após algumas considerações, seguiu a esteira e a opinião dos demais que anteriores a ela, usaram da palavra. A seguir o Dr. Plínio Cabral declarou que subscrevia a posição do Dr. José Carlos Costa Neto. A seguir a palavra voltou a Profª. Lilian de Melo Silveira, que observou que a proposta vem com empilhamento quanto a várias rubricas, como marcas, patentes, desenhos industriais, Direitos Autorais e Conexos, software, assim por diante. A seguir dada a palavra a Dra. Maria Luiza Freitas que declarou comungar da mesma opinião dos Drs. José Carlos Costa Neto, Lilian de Melo Silveira, Plínio Cabral e outros. Em continuação usou da palavra Dra. Maria Fernanda P. Suplicy, que fez considerações quanto às matérias específicas. Em continuação, usou da palavra o Dr. Daniel Rejman, que seguiu a manifestação do Dr. Paulo Mariano, declarando que a matéria deve ser dada como um todo, quando o tema versar as demais Faculdades que tenham interesse em matéria específica, como jornalismo, arquitetura, artes plásticas, entre outras. Fora dada a palavra aos demais presentes para opinarem se o tema deveria encerrar-se nessa reunião ou prosseguir para que a Coordenação de Propriedade Industrial opinasse. Ficou evidente entre os presentes que o procedimento deveria seguir para a Coordenação de Propriedade Industrial para que esses se manifestassem. Só então após essa manifestação, fora decidido em reunião a forma de encaminhamento da proposta. Consultar os membros para opinarem sobre a mudança no horário das reuniões para as 10 horas
5 da manhã, mensalmente com dia a ser designado. Nada mais tendo a discutir, declarou-se encerrada a Reunião com a lista dos presentes anexa, esclarecendo, desde logo, que as reuniões serão sempre na última quarta-feira de cada mês, às 16:30 horas. Às 18:00 hs encerrou-se a reunião. Paulo Oliver Presidente da Comissão de Propriedade Imaterial
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