Resultados do Inquérito Nacional às CES

Transcrição

1 i Resultados do Inquérito Nacional às CES, Isabel Castelão, Filipe Almeida Porto, 28 de Novembro de 2008

2 Direcção de Serviços da Qualidade Clínica Direcção Geral da Saúde Coordenar, a nível nacional, acções com vista a impulsionar o desenvolvimento da excelência na prestação de cuidados de saúde Ética na Prestação de Cuidados de Saúde Inquérito Conhecer Avaliar Melhorar

3 Trajecto percorrido. Inquérito Envio questões Limite recepção Com base nos dados provenientes do preenchimento do questionário: Criação de uma base de dados em SPSS Tratamento e análise dos dados Resultados na forma tabular e com representações gráficas Conhecimento global das CES a nível nacional (ospitais SNS)

4 Caracterização da amostra Enviados 70 inquéritos 70 respostas 100 % C 3 respostas Não responderam 2 C 68 97,1 % 68 Em reestruturação - 3 Fora de prazo - 1 Amostra 64 91,4 %

5 Respostas Região Norte 1. ospital São João 2. C Porto 3. C Vila Nova Gaia 4. C Póvoa Varzim 5. C Trás-os-Montes e Alto Douro 6. C Alto Ave 7. C Alto Minho 8. C Médio Ave 9. C Nordeste 10. C Tâmega e Sousa 11. Joaquim Urbano 12. Magalhães Lemos 13. São Sebastião 14. Distrital Barcelos 15. Central Braga 16. Distrital Valongo 17. IPO Porto 18. U L Matosinhos Região Lisboa 1. C Cascais 2. C Lisboa Central 3. C Lisboa Ocidental 4. C Lisboa Norte 5. C Setúbal 6. C Torres Vedras 7. C Médio Tejo 8. C Psiquiátrico Lisboa 9. Curry Cabral 10. Distrital Santarém 11. Distrital do Litoral Alentejano 12. Distrital Vila Franca Xira 13. Distrital Barreiro 14. Distrital Montijo 15. Fernando Fonseca 16. Garcia de Orta 17. Instituto Oftalm Gama Pinto 18. IPO Lisboa 19. Maternidade Alfredo Costa Região Centro 1. C Cova da Beira 2. C Caldas Rainha 3. C Coimbra 4. C Psiquiátrico Coimbra 5. C Medicina F Rea Rovisco Pais 6. UC 7. Distrital Figueira da Foz 8. Distrital Guarda 9. Distrital Águeda 10. Distrital Alcobaça 11. Distrital Anadia 12. Distrital Aveiro 13. Distrital Cantanhede 14. Distrital Castelo Branco 15. Distrital Estarreja 16. Distrital Leiria 17. Distrital Oliveira Azeméis 18. Distrital Ovar 19. Distrital Peniche 20. Distrital Pombal 21. Distrital São João Madeira 22. Distrital Seia 23. Distrital Tondela 24. Distrital Viseu 25. IPO Coimbra Região Alentejo 1. C Baixo Alentejo 2. Évora 3. Unidade loc Norte Alentejo Região Algarve 1. C Barlavento Algarvio 2. ospital Central Faro Ilhas 1. Angra do eroísmo

6 CES - Composição Áreas Profissionais Medicina Medicina Enfermagem Farmácia Direito S. Social Enf ermagem Farmácia Direito Serviço Social Teologia Psicologia Teologia Psicologia 26,6% 26,6% 59,4% 64,1% 59,4% 64,1% 81,3% 79,7% 81,3% 79,7% 93,8% 98,4% 98,4% 93,8% Análises Clí nicas 4,7% Filosofia 4,7% Fisioterapia 4,7% Decreto-Lei 97/95, 10 Maio As têm uma composição multidisciplinar e são constituídas por.membros, designados de entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, juristas, teólogos, sociólogos, ou profissionais de outras áreas das ciências sociais e humanas.

7 Análise descritiva da área profissional Média Mediana Mínimo Máximo Medicina 2, Enfermagem 1, Direito 0, Farmácia 0, Serviço Social 0, Teologia 0, Psicologia 0, Biologia 0, Sociologia 0, Análises Clínicas 0, Filosofia 0, Filologia 0, Fisioterapia 0, Ortóptica 0, º Ano 0, Prof. Secundário 0,

8 CES - número de membros N.º membros N.º % < , ,7 Total Estatística Valor Mínimo 5 Máximo 11 Média 7,0 CES por n.º de membros 20% 80% <7 >=7 Decreto-Lei 97/95, 10 Maio - As CES têm uma composição multidisplinar e são constituídas por sete membros.

9 CES Regulamento Regulamento Próprio N.º % Não 17 26,6 Sim 47 73,4 Total Regulamento Próprio em vigor 73% Não Sim 27% omologado pelo CA N.º % Não 2 4,3 Sim 45 95,7 Total Regulamento omologado pelo CA 96% Não 4% Sim

10 CES Regulamento: divulgação Divulgado N.º % Não 24 51,1 Sim 22 46,8 NR 1 2,1 Total % Divulgado junto profissionais de saúde 2% Não Sim NR 51% Uma situação a rever? Uma área a melhorar?

11 CES Tempo atribuído Tempo atribuído NÃO SIM N.º % N.º % Presidente 51 79, ,6 Vice-Presidente 52 81,3 5 7,8 Vogais 57 89,1 6 9,4

12 CES n.º de horas/mês disponibilizadas oras/mês Presidente Vice-Presidente Vogais Mínimo Máximo Média 10,5 4,7 4,3 Mediana Presidente Vice-Presidente 5 a 9 Vogais 3 a 4 Responderam : 42 das 64 CES em análise

13 CES Tempo atribuído Observações Os membros do CES nomeados pelo Conselho de Administração do CC reúnem dentro do horário de trabalho Apesar de não existir um tempo oficialmente atribuído aos membros da CES para o exercício das funções inerentes, estas são exercidas sempre que o volume de trabalho o justifica, sem prejuízo das funções desenvolvidas no âmbito da categoria profissional dos membros do CES Embora sem tempo oficialmente atribuído tem reunido com uma periodicidade mensal e preparado os assuntos sem prejuízo dos serviços onde estão inseridos O CA autoriza a disponibilidade de todos os membros dentro do horário laboral para o desempenho das funções do CES. Existe muito trabalho de estudo, de secretariado, de vários contactos, feitos fora das horas de trabalho no ospital, que apenas dependem da boa vontade e do empenhamento de cada membro desta CES, que até agora é louvável. O Presidente tem oficialmente atribuído 2 manhãs do seu horário semanal

14 CES Tempo atribuído Observações Os membros do CES nomeados pelo Conselho de Administração do CC reúnem dentro Uniformização do horário de? trabalho Apesar Maior de profissionalização não existir um tempo oficialmente? atribuído aos membros da CES para o exercício das funções inerentes, estas são exercidas sempre que o volume de trabalho o justifica, sem prejuízo Maior das funções envolvimento desenvolvidas do órgão no âmbito de gestão da? categoria profissional dos membros do CES Embora sem tempo oficialmente atribuído tem reunido com uma periodicidade mensal e preparado os assuntos sem prejuízo dos serviços onde estão inseridos O CA autoriza a disponibilidade de todos os Que membros outras dentro soluções do horário? laboral para o desempenho das funções do CES. Existe muito trabalho de estudo, de secretariado, de vários contactos, feitos fora das horas de trabalho no ospital, que apenas dependem da boa vontade e do empenhamento de cada membro desta CES, que até agora é louvável. Um tema a discutir O Presidente tem oficialmente atribuído 2 manhãs do seu horário semanal

15 CES Logística 25% Gabinete próprio 2% Gabinete próprio Não Sim NR 73% Secretariado próprio 2% Secretariado próprio 45% 53% Não Sim NR

16 CES Local de reuniões LOCAL N.º % Sala reuniões 10 15,6 Biblioteca do ospital 6 9,4 Gabinete/Sala disponível 5 7,8 Sala reuniões do CA 5 7,8 Sala Formação do ospital 3 4,7 Gabinete Presidente 2 3,1 Partilhado com as outras comissões 2 3,1 Biblioteca ospital / Gabinete livre 1 1,6 Sala destinada pelo CA 1 1,6 Gabinete do Director Clínico 1 1,6 Gabinete Gestão de Altas 1 1,6 Gabinete Vice-Presidente 1 1,6 LOCAL N.º % Gabinete de Utente 1 1,6 Sala do Centro de Educação e Formação 1 1,6 Sala de reuniões das comissões hospitalares 1 1,6 Sala reuniões do Serviço de Ortopedia 1 1,6 Sala Reuniões da Enfermeira Directora 1 1,6 Sala reuniões dos S. Anestesiologia 1 1,6 Salão Nobre 1 1,6 Auditório 1 1,6 Serviço de Ortopedia por favor do Director 1 1,6

17 CES Funcionamento Reúne plenário regularmente N.º % Não 10 15,6 Sim 53 82,8 NR 1 1,6 Total ,0 Reúne plenário regularmente 2% 16% 82% Não Sim NR Periodicidade N.º % Quinzenal 2 3,8 Mensal 38 71,7 Outra 12 22,6 NR 1 1,9 Total ,0 23% Periodicidade 2% 4% 71% Quinzenal Mensal Out ra NR

18 Convocatória para reuniões plenárias CES Funcionamento Convocatória 19% 81% Não Sim Existência de quórum 3% 14% Decisões dependentes de quórum 83% Não Sim NR

19 CES Funcionamento Distribuição documentação prévia às reuniões Docum entação prévia 2% 28% 70% Não Sim NR Protocolos para estudo de casos Protocolos para estudo de casos 5% 41% 54% Não Sim NR

20 CES Funcionamento Actas das reuniões plenárias Actas das reuniões plenárias 2% 2% 96% Não Sim NR Apenas 1 CES não elabora

21 CES Dinamismo Acções de form ação contínua Acções de formação contínua para os seus membros 30% Não Sim 70% Acções de formação para os profissionais de saúde 2007 Acção de formação para profissionais de saúde 3% 20% Médicos, enfermeiros, técnicos Não Sim NR 77% Decreto-Lei 97/95 de 10 Maio - art 6º 1- g) Promover a divulgação os princípios gerais da bioética

22 CES Dinamismo Dossier documentação Dossier de Documentação Documentação necessária à submissão de pedido de parecer 54% 5% Não Sim NR 41% Divulgação dossier Dossier adequadamente divulgado 63% 37% Não Sim

23 CES Dinamismo Responder pedidos urgentes Capacidade de resposta a pedidos urgentes 2% 5% 11% 1 CES nunca teve uma situação de urgência 82% Não Sim NA NR Relatórios anuais da actividade 6% Relatório de actividades 50% 44% Sem partilha dos relatórios com outras CES Não Sim NR Decreto-Lei 97/95 de 10 Maio - art 13º As CES elaboram, no fim de cada ano civil, um relatório sobre a sua actividade, que deve ser enviado ao órgão de gestão ou seriço de saúde respectivo

24 CES Comunicação inter-pares Reuniões com outras CES 9% 3% Reuniões com outras CES 88% Não Sim NR Partilha de pareceres * com outras CES * Com relevância ética Pareceres com outras CES 19% 3% 78% Não Sim NR

25 CES Actividade : Pareceres em 2007 Pareceres N.º % < , ,8 Número de pareceres , ,1 > ,1 NR 7 10,9 Total Média 31,2 < >150 NR 3,1% 3,1% 18,8% 10,9% 10,9% 53,1% Mediana 18 Mínimo 0 Máximo 179

26 CES Tipologia dos pareceres em 2007 Pareceres N.º % Ética de investigação 48 90,6 Ética assistencial 21 39,6 Ética institucional 13 24,5 Demasiado peso? Decreto-Lei 97/95, 10 Maio Estas comissões representaram o passo decisivo que permitiu passar da pura reflexão ao estabelecimento de normas consensuais de defesa da dignidade e integridade humanas

27 CES Ensaios clínicos Pareceres sobre ensaios clínicos sem intervenção Ensaios Clínicos submetidos à CES 2% 9% 17% 72% Não Sim NA NR Intervenção em pareceres da competência da CEIC Intervenção pareceres responsabilidade da CEIC 3% 33% Lei nº 46/2004 de 19 de Agosto 64% Não Sim NR

28 CES Ensaios clínicos Tipo de actuação Meio Utilizado Apreciando os protocolos Apreciando t ambém os respect ivos prot ocolos Colaborando com solicitações do CA Colaborando com solicitações do CA Intervindo junto das Int ervindo junt o das equipas equipas de investigação igação Acompanhando a investigação Acompanhando o decurso da Monitorizando alguns Monit orizando alguns passos passos do do ensaio ensaio 19,5% 24,4% 34,1% 70,7% 82,9%

29 CES Outros projectos investigação Projectos Pareceres de sobre investigação outros projectos de investigação submetidos à CES 3% 6% 91% Não Sim NR Ex. Inquéritos a doentes

30 CES Iniciativa própria Pareceres da iniciativa das CES Pareceres da iniciativa da CES 3% 27% Tipo de pareceres 17 CES Não Sim NR 70% Tipo pareceres 27% 35% 38% Ética A ssistencial Ética institucio nal Ética de investigação

31 CES Divulgação dos pareceres Divulgação facilitada 19% 38% 43% Não Sim NR Publicação interna regular do ospital Página da Intranet do ospital Pág. da CES na Intranet do ospital Correio interno para todos os profissionais

32 CES Formação Complementar em Bioética 20 Membros com formação em Ética N.º de elementos das CES com formação em Ética 44 31% 1 68,8% ,6% Não Sim 69% ,1% 9,4% 1,6% 1,6%

33 CES Formação Complementar em Bioética Resultados estatisticamente significativos Regulamento próprio em vigor (P4) Relação entre a variável Formação em Bioética e Regulamento devidamente divulgado junto dos profissionais de saúde (P6) Número de pareceres elaborados (P22) CES ter partilhado com outras CES pareceres com relevância ética (P33)

34 CES Tempo oficialmente atribuído (TOA) Resultados estatisticamente significativos Relação entre TOA ao Presidente e: Número de pareceres elaborados Existência de dossier de documentação Divulgação do dossier junto dos profissionais

35 Conclusões I Inquérito tentativa de avaliar a realidade nacional. Identificação de aspectos a melhorar Prejudicado pela reestruturação actual das instituições? dificuldade na comparação de dados ( ex. pareceres/dimensão ou tipo da instituição) Formulário do inquérito a melhorar, simplificar, on-line Privados? Cuidados de Saúde Primários? CES Distribuição em todo o território nacional Grande esforço de implementação Composição e desenvolvimento de actividade de acordo com dec lei 97/95 de 10 de Maio

36 Dificuldades internas Conclusões II Actual modelo de organização Estruturais Funcionais Formação Curriculum em bioética Desempenho Passivo, deliberação sobre docs externos Pouco desempenho proactivo Protocolos Sem definição prévia de requisitos a cumprir (50% CES) Acompanhamento projectos Sem condições de funcionamento adequado (secretariado, local para reunir, tempo atribuído) Actividade como avaliar? Relatório actividade (50% CES)

37 Conclusões III Deficientes condições logísticas Falta de tempo atribuído Reflexos no dinamismo e eficiência Acções de formação dos membros CES Acções de formação para profissionais Pareceres da iniciativa das CES Sair do âmbito da investigação Dossier de documentação e sua divulgação, relatório de actividades, protocolos Maior envolvimento do Órgão de Gestão Bioética Definição dos critérios de nomeação e avaliação externa

38 Agradecimentos Fernanda Marçal (DSQC) Carla Cardoso (Informação +) Todos os hospitais/centros que responderam ao inquérito