Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. ALIMENTOS

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1 Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 06/12/2017. ALIMENTOS Observe a Lei 5.478/1968 que dispõe sobre ação de alimentos. 1 Da sentença de alimentos quando for interposta apelação terá efeito devolutivo apenas. O recurso não terá efeito suspensivo devendo ser pago o valor arbitrado na sentença de primeira instância. É possível ingressar com uma ação revisional se tiver um fato novo que não existia à época da sentença. A sentença de alimentos não faz coisa julgada material, mas trânsito em julgado formal. O artigo 19 observa que poderá ser decreta prisão do devedor de alimentos por até 60 dias. A interposição de agravo não suspende a ordem de prisão, contudo, devese pedir efeito suspensivo no agravo. O CPC no seu artigo 528 no 3º observa que o prazo para prisão pode ser de um a três meses. O enunciado dos juízes de família de São Paulo aplica o prazo do CPC de 1 a 3 meses. Crime tipificado no código penal quando deixa de prover o filho menor sem justa causa, pena de 1 a 4 anos (artigo 277 CP). A prisão civil é mais eficaz que a prisão penal, por ser mais rápida

2 O artigo 24 da lei 5.478/68 observa a possibilidade de ingressar com ação de oferta de alimentos por quem os deve. Procedimento da lei 5.478/68. Foro competente. A regra é do domicílio do menor (alimentando), artigo 53 do CPC, II, ação será proposta pelo menor representado ou assistido pela mãe ou se for o caso pelo pai. Na assistência ambos (mãe e filho) devem assinar a procuração. Petição inicial. Na petição inicial deve ser pedido os alimentos provisórios em face de liminar, basta demonstrar vínculo de parentesco ou vínculo conjugal. Ministério Público. O juiz após receber a inicial encaminha para o ministério público opinar sobre os alimentos provisórios, este pode discordar ou concordar com o valor pleiteado. Conclusão Após o MP opinar os autos vão para conclusão para o juiz fixar os alimentos provisórios, neste despacho o juiz vai designar audiência de conciliação, instrução, debates e julgamento. Importante observar o mandado para verificar se foi designada audiência de medição e conciliação do CPC. Contestação O prazo para contestação do réu é no dia da audiência, contudo, se for aplicado o artigo 695 CPC e designada audiência de mediação e conciliação só começa a fruir o prazo para contestar após 15 dias da audiência de mediação e conciliação infrutífera. 2

3 Audiência de conciliação, instrução, debates e julgamento. Na regra da lei 5.478/68 a audiência de conciliação sendo infrutífera já deposita a contestação e inicia de imediato a instrução, na qual o juiz vai colher o depoimento pessoal das partes, primeiro do autor depois do réu. Após, será ouvida as testemunhas, no máximo três para cada parte. A regra é que depois da instrução seja feito os debates orais, dez minutos para cada parte, inclusive o MP. Debates orais começo: resumo da inicial, da contestação e da réplica; meio: é o que foi comprovado na audiência de instrução; final: reforçar o que foi pedido na inicial ou contestação, dependendo para qual parte advoga, procedência do pedido ou improcedência, a condenação de honorários de sucumbência e custas. Embargos de declaração. Se tiver omissão, obscuridade ou contradição cabe embargos de declaração no prazo de 5 dias. Apelação Após os embargos cabe apelação para o tribunal com prazo de 15 dias. Embargos de declaração. Se tiver omissão, obscuridade ou contradição no acordão cabe embargos de declaração no prazo de 5 dias. Recurso Especial e ou Recurso Extraordinário. Se for o caso destes recursos, o prazo é de 15 dias. Observe a peça disponibilizada pelo professor!!! 3

4 Quando for fazer um quadro de despesas com os gastos da casa precisa especificar que o valor foi dividido pelo número de moradores, pois, o pai vai pagar apenas pelas despesas do filho. Além de observar os gastos com a criança precisa ser pleiteado na justiça a parte do pai na proporção dos ganhos. O valor da causa deve ser o valor de 12 vezes o pleiteado. Execução de alimentos. Artigos 523 e seguinte do CPC/15: Cumprimento de sentença, sob pena de penhora. Artigos 528 e seguintes do CPC/15: de ação de alimentos sob pena de prisão. Artigos 911 e seguintes do CPC/15: sob pena de prisão / penhora. 4

5 A pessoa que tem patrimônio, tem emprego fixo, tem dinheiro, não é para prender, a prisão é para quem não tem nada, quem não paga. Pode pedir a prisão civil apenas das três prestações anteriores, da propositura da ação para coibir a pessoa fugir. Artigo 523 do CPC a execução do artigo 523 refere-se ao cumprimento de sentença, prazo 15 dias úteis para pagamento espontâneo, se não pagar multa de 10% + honorários de 10 %. Meio de Defesa: impugnação no prazo de 15 dias úteis (art. 525 CPC), independente de penhora ou nova intimação. Não precisa caucionar para impugnar. Cabe Agravo de Instrumento da improcedência da impugnação e se for procedente a impugnação cabe apelação porque foi extinta a execução. Art No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no 1o incidirão sobre o restante. 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação. (Grifo nosso) O juiz competente para a execução do artigo 523 CPC será aquele onde tramitou o título. Artigo 528 do CPC especifico para alimentos. Três dias para justificar ou pagar. Defesa: justificativa do inadimplemento art º, comprovação de fato que gera a impossibilidade absoluta, exemplo, estar preso, estar internado na UTI e for profissional autônomo sem renda que não seja proveniente do trabalho. Se perder o emprego entra com ação revisional, não cabe justificativa 5

6 (entrar com ação antes de ficar em dívida), se esperar a execução para pedir a revisão não impede a prisão civil. Art No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. 1º Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento. 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns. 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas. 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão. 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo. 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou decisão desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso em que não será admissível a prisão do executado, e, recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo à impugnação não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação. 6

7 9º Além das opções previstas no art. 516, parágrafo único, o exequente pode promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao pagamento de prestação alimentícia no juízo de seu domicílio. (Grifo nosso). Artigo 911 do CPC Prisão / Penhora, a aplicação do artigo 911 CPC serve para executar título extra judicial de alimentos, que são decorrentes de separação e divórcio. A critério do credor poderá ser estipulado o procedimento do artigo 528, ou seja, poderá ocorrer prisão. Art Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo. Parágrafo único. Aplicam-se, no que couber, os 2º a 7º do art Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte. 7