1. Física Periódicos. I. Universidade Estadual de Feira de Santana. Departamento de Física. CDU: 53

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3 Caderno de Física: Publicação do Departamento de Física da Universidade Estadual de Feira de Santana / Departamento de Física da Universidade Estadual de Feira de Santana. V. 1, n. 1 jan./ jun Feira de Santana: UEFS, v. : il.; 30 cm. Semestral ISSN Física Periódicos. I. Universidade Estadual de Feira de Santana. Departamento de Física. CDU: 53

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6 A presente edição contém os números 01 e 02 do volume 11, referente ao ano de 2013, do Caderno de Física da UEFS. Esta edição traz um artigo de Antonio Jorge Sena dos Anjos sobre Pesquisa em Ensino de Física e Sala de Aula: uma reflexão necessária, no qual o autor fomenta e amplia a discussão sobre essa temática. Em seguida temos um artigo de Elinoel Júlio dos Santos Valverde que faz uma Análise Crítica dos Problemas Resolvidos nos Livros-Texto de Física do Programa Nacional do Livro para o Ensino Medio PNLEM. Temos também um trabalho de Tamila Marques Silveira e M. S. R. Miltão intitulado Educação Não-Formal e Mapas Conceituais: estudo de Fenômenos da Natureza em alguns Pontos Turísticos de Salvador-BA, que nos mostra, através de um passeio turístico, como a Física está presente em nosso cotidiano. Em outro artigo intitulado O Teatro como Instrumento Pedagógico para o Ensino de Física, dos autores Francisca Tercia da Silva, Akailson Lenon Soares da Silva, J. A. Leyva-Cruz, M. S. R. Miltão e A. V. Andrade-Neto, é demonstrado que o uso do Teatro como instrumento pedagógico para o ensino de Física é viável e promissor. Os dois últimos artigos dos autores Péricles César de Araujo e Sonia Barbosa Camargo Igliori, intitulados O Problema Epistemológico da Probabilidade e Método Estatístico Bayesiano de Dados Difusos apresentam uma rica discussão sobre a probabilidade e sobre a estatística Bayesiana, temas muito importantes para nossa compreensão da natureza. Boa leitura. Os editores 5

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8 Igor Bunchaft é estudante do Curso Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e nasceu em Salvador BA, em Com apenas 17 anos teve seu trabalho Dois Lotes de Terra exposto na XI Bienal do Recôncavo, realizada entre os dias 24 de novembro de 2012 e 24 de março de 2013, no Centro Cultural Dannemann, localizado na cidade de São Félix BA, tornando-se o mais jovem artista selecionado. A instalação havia sido concebida dois anos antes, em 2010, durante as aulas de artes do IFBA, como parte de uma série de intervenções artísticas realizadas no âmbito da Semana de Cultura do IFBA daquele ano, compondo o projeto Ensino das Artes Visuais no Contexto da Escola de Formação Profissional da professora Diana Valverde de Almeida, que rendeu a ela o 13º Prêmio de Arte na Escola Cidadã na categoria Ensino Médio, em Após ser incentivado por colegas e professores pela obra apresentada em 2010, Igor resolveu ir levala além dos muros da escola enviando-a ao processo seletivo da XI Bienal do Recôncavo, onde foi aprovada. A obra consiste em duas porções de terra absolutamente iguais, a não ser pelo fato de terem sido deslocadas de dois distintos lugares da cidade de Salvador, com distintos valores no mercado imobiliário (Horto Florestal, R$ ,00 Reais; Novos Alagados, R$ 800,00 Reais). Cada uma com aproximadamente um metro cúbico no formato de uma pirâmide quadrangular sobre um suporte branco de MDF com medidas de dois metros e vinte nos lados por vinte centímetros de altura, e separados quinze centímetros. Cada porção de terra sendo sinalizada com o nome do seu bairro de origem e com o valor monetário a ela atribuído, além de um vídeo acoplado aos montes mostrando a terra sendo retirada e o panorama de seu bairro original. A retirada da terra foi realizada com a mobilização de seus amigos todos estudantes do IFBA Bethânia Alves, Ednaldo Tavares, Luis Carlos e Lucas Bomfim. O que justificou o trabalho foi o fato de que nos grandes aglomerados urbanos a problemática do espaço torna-se uma cruel realidade que segrega e estigmatiza. Ao desplanificar a terra, isto é, materializá-la, pretendeu-se desconstruir as ideias e valores abstratos atribuídos à terra, desvelando a segregação espacial nas cidades, e os mecanismos de exclusão que fazem com que bairros distintos não tenham o mesmo valor, e por consequência seus moradores. Este trabalho deseja provocar no receptor uma reflexão sobre as ideias comuns sobre terra, espaço, e propriedade. Ao se deparar com duas porções de terra absolutamente iguais a não ser pelo fato de terem sido deslocadas de dois distintos lugares da cidade de Salvador, com distintos valores no mercado imobiliário, deseja-se instigar no receptor da obra questionamentos sobre o que faz uma terra valer mais que outra, e o quanto isto não tem a ver simplesmente com o fato de nós mesmos acreditarmos nisso. 93

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