EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PREVENÇÃO: MINISTRO EDSON FACHIN PET Nº 7003/DF

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1 EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PREVENÇÃO: MINISTRO EDSON FACHIN PET Nº 7003/DF URGENTE: RECLAMANTE PRESO WESLEY MENDONÇA BATISTA, brasileiro, casado, empresário, portador da Cédula de Identidade RG SSP-DF, inscrito no CPF sob o nº , residente e domiciliado à Rua Antilhas, nº 181, Jardim América, CEP , São Paulo-SP, vem, respeitosamente, por seus advogados, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 102, inciso I, alínea l, da Constituição Federal e no artigo 6º, inciso I, alínea g, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizar a presente RECLAMAÇÃO (com expresso pedido liminar) a fim de preservar a competência desta Corte Suprema, a qual foi manifestamente usurpada pelo Juízo da 6ª Vara Federal Criminal Federal Especializada em Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional e Lavagem de Valores, da Subseção Judiciária de São Paulo, nos autos dos Processos de nº s e , conforme os fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos.

2 I BREVE SÍNTESE DOS FATOS Em 03 de maio de 2017, foram firmados acordos de colaboração premiada entre diversos executivos do grupo empresarial J&F dentre eles Joesley Batista, Wesley Batista e Ricardo Saud e o douto Procurador-Geral da República. Tais acordos foram celebrados com o desiderato de obter provas e elementos que contribuíssem na investigação de crimes praticados contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a Administração Pública, de lavagem de dinheiro e organização criminosa; na identificação de agentes e partícipes, estrutura hierárquica e divisão de tarefas dessas organizações criminosas existentes nos órgãos públicos, notadamente com a participação de agentes políticos. Assim, entre os dias 03 e 05 de maio de 2017, os depoimentos dos colaboradores foram colhidos por Grupo de Trabalho designado pelo Procurador-Geral da República. Ato contínuo, em obediência ao disposto no art. 4º, 7º, da Lei /2013, o douto Procurador-Geral da República efetuou a remessa dos acordos de colaboração dos respectivos termos ao eminente Ministro Edson Fachin, requerendo o exercício de juízo homologatório e justificando a competência desta Corte Suprema nos seguintes termos: II. Da competência II.I Distribuição por dependência O presente expediente está relacionado a investigações em curso no Supremo Tribunal Federal no âmbito dos Inquéritos nº 4326, 4327 e 4462, além da PET Os inquéritos 4326 e 4327 apuram a atuação de um grupo criminoso organizado, comandado e articulado por políticos integrantes do PMDB. No Inq 4326 o foco é na atuação dos políticos com ligação ao Senado Federal, ao passo que o Inq apura as práticas delituosa dos agentes políticos vinculados à Câmara dos Deputados. Note-se que, apesar das duas vertentes investigativas, a organização criminosa é a mesma, especializada em um processo sistêmico de distribuição de recursos ilícitos agentes políticos. Já o inquérito 4462 investiga possíveis pagamentos de vantagens indevidas a pessoas próximas ao governo federal,

3 nomeadamente ELISEU PADILHA e WELLINGTON MOREIRA FRANCO em contexto bastante próximo ao Presidente da República MICHEL TEMER. Um dos supostos pagamentos teria sido realizado por LÚCIO BOLONHA FUNARO no escritório do Sr. MIGUEL YUNES. Outrossim, os fatos articulados no presente requerimento são conexos a outros já analisados por Vossa Excelência em desdobramentos do caso Lava Jato. a) Primeiramente, há íntima relação entre as declarações de JOESLEY BATISTA com as apurações decorrentes da colaboração de FÁBIO CLETO (PET 6122), que está sob essa relatoria. b) dentre os fatos trazidos por JOESLEY BATISTA a título de possível colaboração consta, como dito em seu depoimento, pagamentos sistemáticos a membros do parlamento já investigados e denunciados em feitos de competência desse relator. Pelos mesmos fundamentos do item a, a conexão, ao menos inicialmente firmada, é inevitável [sic] Evidentemente, a dinâmica e os mesmos personagens envolvidos demonstram mais uma vez que, ao menos inicialmente, a conexão deste feito com os desdobramentos do caso Lava Jato, novamente nos termos do art. 76, II e III. Como nos Termos de Colaboração são mencionadas autoridades com foro por prerrogativa de função, cabe sua homologação nesse Egrégio Supremo Tribunal Federal. Os acordos foram então recebidos e autuados como a Petição (PET) nº 7003 perante o Supremo Tribunal Federal e, em seguida, distribuídos ao eminente Ministro Edson Fachin, que, em 11 de maio de 2017, proferiu decisão homologatória, in verbis: Segundo o Ministério Público Federal, há a narrativa de pagamento de propina a diversos funcionários públicos e parlamentares (fl.5), além do que também esclarecem os colaboradores fatos que, em tese, configuram crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, geração de caixa dois, repasses não contabilizados a partidos políticos e compra de apoio dessas agremiações. Todo esse contexto está inserido na exordial às fls Conforme a inicial, existem várias menções com relação à participação nos fatos de autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função perante este Supremo Tribunal Federal, o que leva à competência desta Corte.

4 Da análise dos depoimentos prestados pelos colaboradores Joesley Mendonça Batista, Wesley Mendonça Batista, Ricardo Saud, Florisvaldo Caetano de Oliveira, Demilton Antônio de Castro, Francisco de Assis e Silva e Valdir Aparecido Boni, cujos termos estão juntados neste autos, percebe-se, repiso, a indicação de notícia de fatos, em tese criminosos, praticados por autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função perante este Supremo Tribunal Federal. Portanto, incide o disposto no art. 102, I, b, da Constituição da República, para deliberar sobre a homologação do acordo. Considerando as clásulas dos acordos trazidos à homologação, vistas quanto à regularidade e legalidade, não depreendo contrariedade com o Texto Constitucional e com as leis processuais penais. Os colaboradores, ouvidos em audiência designada com base no precitado art. 4º, 7º, da Lei /2013, reafirmaram a voluntariedade dos acordos na presença de advogado, como demonstraram os termos e o conteúdo das mídias digitais juntadas aos autos. Com essas considerações, não cabendo ao Poder Judiciário, neste momento, a emissão de qualquer outro juízo quanto ao conteúdo das clásulas acordadas, homologo os Acordos de Colaboração Premiada (fls do Apenso 1, fls do Apenso 2, fls do Apenso 3, fls do Apenso 4, fls do Apenso 5, fls do Apenso 6 e fls do Apenso 7), complementado pelos termos de depoimentos anexados, para que produzam seus jurídicos e legais efeitos perante qualquer juízo ou tribunal nacional, nos termos da Lei /2013. Destaque-se que o referido acordo, por envolver agentes que ocupam cargos públicos de alto escalão do governo, tal como o Chefe do Poder Executivo, repercutiu sobremaneira no cenário político do país, na medida que continha narrativa de fatos atinentes à prática de crimes contra a Administração Pública, com o envolvimento de diversos agentes políticos organizados em grupos para tanto. Nesse diapasão, os acordos de colaboração firmados pelo MPF com os referidos colaboradores resultaram na menção ao nome de agentes políticos, dentre eles o Presidente da República, 5 Ministros

5 de estado, 6 Senadores, 15 Deputados Federais, 4 Governadores de Estado, 1 Prefeito e 1 Procurador da República. Para justificar a premiação pactuada pelas partes, haja vista a concessão aos colaboradores do maior benefício previsto na Lei /2013, qual seja, o não oferecimento de denúncia, o douto Procurador- Geral da República asseverou o seguinte: Em razão do ineditismo de muitos dos temas trazidos pelos colaboradores, da atualidade das ilicitudes reportadas e da grande utilidade dos elementos de corroboração trazidos tanto para investigações em curso como para novas frentes relevantes de apuração, a premiação pactuada entres as partes signatárias dos acordos foi o não oferecimento de denúncia em face dos colaboradores. (folhas do pedido de homologação de acordo de colaboração premiada PET 7003 no STF) Da análise dos termos dos acordos celebrados, percebese que restou estipulado nos termos dos acordos de colaboração o prazo inicial de 120 (cento e vinte) dias para a apresentação de novos fatos pelo colaborador. Veja-se: Cláusula 3ª. O presente acordo tem por objeto todos os fatos ilícitos praticados pelo COLABORADOR até a data da assinatura deste Termo, assim como todos os fatos ilícitos que sejam de seu conhecimento, os quais estão explicitados nos anexos que compõem e integram este Acordo. Parágrafo 1º. O objeto do presente acordo, descrito nos anexos, será pormenorizado e complementado pelo COLABORADOR após a assinatura deste instrumento, por meio de depoimentos e fornecimento e indicação de meios de prova. Parágrafo 2º. O COLABORADOR terá o prazo máximo de 120 dias contados da assinatura do acordo para apresentar novos anexos, desde que não seja caracterizada má-fé na sua omissão. Parágrafo 3º. Identificado fato ilícito praticado pelo COLABORADOR que não tenha sido descrito nos anexos que integram este acordo, inclusive após o transcurso do prazo fixado no parágrafo anterior, o Procurador-Geral da República poderá repactuar a presente avença ou rescindila, submetendo, em qualquer caso, ao Juízo homologatório.

6 Importantíssimo ressaltar que o prazo inicial foi prorrogado por decisão proferida pelo eminente Ministro Relator Edson Fachin, pelo que o prazo, que se findaria em 31 de agosto de 2017, passou a viger até o fim de outubro. Confira-se: Decisão: 1. Por meio da petição de fls , o Procurador-Geral da República manifesta sua concordância com o pleito apresentado pelos colaboradores Joesley Mendonça Batista, Wesley Mendonça Batista, Ricardo Saud, Demilton Antonio de Castro, Valdir Aparecido Boni, Florisvaldo Caetano de Oliveira e Francisco de Assis e Silva, no sentido de prorrogação, por mais 60 (sessenta) dias, do prazo estipulado na Cláusula 3ª, parágrafo 2º, dos acordos celebrados com o Ministério Público Federal para apresentação de novos anexos, submetendo-o a este Tribunal. 2. Nos termos da decisão de fls , os acordos de colaboração premiada em análise se encontram em conformidade com o Texto Constitucional e com a legislação processual penal de regência, razão pela qual, diante do consenso manifestado pelas partes acordantes acerca da prorrogação do prazo à apresentação de novos anexos, não se verifica qualquer óbice ao seu deferimento. 3. Retificação ou dilação temporal, sem adentrar à mudança substancial no pactuado, congruente com a eficácia e a efetividade da colaboração premiada, tanto encontra precedentes neste Supremo Tribunal Federal (PET e PET 5.789, relatadas pelo saudoso Ministro Teori Zavascki), quanto não tem obstáculo na Lei / Ante o exposto, defiro a prorrogação do prazo previsto na Cláusula 3ª, parágrafo 2º, dos acordos de colaboração em análise nestes autos, por mais 60 (sessenta) dias. Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de agosto de Ministro Edson Fachin Nesse contexto, no dia , com o intuito de corroborar com as investigações que despontaram a partir do conteúdo das colaborações premiadas, foram entregues ao MPF uma série de documentos e áudios.

7 Ocorre que, alegando suposta má-fé de alguns dos colaboradores no momento da celebração do acordo, o Parquet Federal requereu a prisão temporária de Joesley Batista, Ricardo Saud e Marcello Miller. Confira-se: I - Dos fatos No dia 31/08/2017, os colaboradores JOESLEY BATISTA e RICARDO SAUD entregaram uma série de documentos e áudios, dentre estes o arquivo PIAUI RICARDO WAV (em anexo), que aparentemente foi apresentado de forma equivocada, já que o nome atribuído ao áudio e o anexo com a descrição do fato criminoso supostamente a ele vinculado não dizem respeito ao seu conteúdo. O áudio sugere a existência de ilícitos praticados por terceiros que deliberadamente não teriam sido trazidos no bojo da colaboração premiada. Algumas evidências, entre outros fatos, dizem respeito à possível conduta espúria de MARCELLO MILLER, ex-procurador da República, que, de acordo cor]m o áudio, teria agido, ainda no mês de março de 2017, visando a defender e zelar pelos interesses dos colaboradores, enquanto ainda pertencia aos quadros do Ministério Público Federal. Em razão disso, o Procurador-Geral da República determinou no dia 04/09/2017 a instauração de Procedimento de Revisão dos acordos firmados com os referidos colaboradores. III - Da suspensão dos efeitos do acordo a interpretação sistêmica dos dispositivos acordados mostra que JOESLEY BATISTA e RICARDO SAUD tem imunidade apenas e tăo-somente no tocante aos fatos que trouxeram no prazo estipulado no acordo. A possibilidade de se trazer novos fatos se aplica, expressamente, quando não houver "má-fe na sua omissão". Como já e notório, os colaboradores apresentaram, no dia 31/8/2017, novos anexos e áudios para a sua possível comprovação. Entre eles, constava o áudio chamado ''Piauí Ricardo ". No seu conteúdo, consistente em conversa

8 datada possivelmente de 17/3/2017 entre JOESLEY BATISTA e RICARDO SAUD, há diversas menções, além de outros fatos, a possíveis crimes de exploração de prestígio, obstrução às investigações e participação em organização criminosa do ex- procurador da Republica MARCELLO MlLLER. Portanto, a omissão desses fatos, ao que tudo indica, foi intencional, ou seja, de má-fe. Tanto que, por informações de imprensa, só decidiram entregar os novos áudios quando suspeitaram que a Polícia Federal poderia ter gravação similar, informação que e plausível. Portanto, se a omissão pode causar a rescisão total e definitiva do acordo, por óbvio a fundada suspeita de omissão pode suspender temporária e parcialmente (por exemplo, para permitir medidas cautelares) os efeitos do acordo. Consequentemente, não só óbice ao deferimento de medidas cautelares pessoais no presente caso. IV - Da fundamentação da prisão Tem-se, assim, que as evidências colhidas até o momento demonstram que é absolutamente plausível a suspeita de que MARCELLO MILLER tenha, na sua atuação junto ao grupo J&F, cometido o crime de exploração de prestígio, art. 357 do Código Penal. Dessa forma, a decretação da prisão é medida que se impõe. Há evidências de que JOESLEY BATISTA e RICARDO SAUD integram núcleo econômico de organização criminosa, bem como, há indícios de que, em um determinado momento, possivelmente MARCELLO MILLER passou a integrá-la. V - Dos pedidos Posto isso, por ser imprescindível para as investigações, o Procurador-Geral da República requer a decretação de prisão temporária de JOESLEY BATISTA, RICARDO SAUD e MARCELO MILLER, pelo prazo de 05 (cinco) dias, nos termos do art. 1, inciso 1 e III, alínea "1" da lei n 7.960/1989.

9 Ato contínuo, os pedidos do MPF, realizados em total dissonância com que o foi estipulado no acordo de colaboração e baseados em premissas fáticas equivocadas, foram encaminhados ao eminente Ministro Edson Fachin, que decidiu do seguinte modo, in verbis: No caso, a análise do áudio e dos documentos juntados na mídia das fls. 15 revela indícios suficientes de que os colaboradores omitiram, no momento da formalização do acordo de colaboração premiada, informações a que estavam obrigados prestar sobre a participação do então Procurador da República Marcello Miller no aconselhamento destes quando das negociações dos termos da avença. Tal atitude permite concluir que, em liberdade, os colaboradores encontrarão os mesmos estímulos voltados a ocultar parte dos elementos probatórios, os quais se comprometeram a entregar as autoridades em troca de sanções premiais, mas cuja entrega ocorreu, ao que tudo indica, de forma parcial e seletiva. Dessa forma, coma requerido pela PGR, resta presente a indispensabilidade da prisao temporária pretendida, a qual não encontra em outras cautelares penais alternativas a mesma eficácia. Cabível, portanto, nos termos pleiteados pela MPF, a parcial suspensão cautelar da eficácia dos benefícios acordados entre o Procurador-Geral da República e os colaboradores para o fim de se deferir medidas cautelares com a finalidade de se angariar eventuais elementos de prova que possibilitem confirmar os indícios sobre os possíveis crimes ora atribuidos a Marcello MiIler. Ante o exposto, defiro em parte o pedido do Procurador- Geral da República, e decreto a prisão temporária de Joesley Mendonça Batista e Ricardo Saud, com fundamento no art. 1º, I e III, ''l'', da Lei 7.960/1989, pela prazo previsto na lei, ou seja, cinco dias, conforme prevê o art. 2º da Lei 7.960/1989. Deveras sem adentrar ao mérito sobre a necessidade e a adequação da custódia decretada não é necessário um grande esforço para perceber que houve parcial suspensão cautelar da eficácia dos benefícios acordados entre o Procurador-Geral da República e os colaboradores Joesley Batista e Ricardo Saud, para o fim de se deferir medidas cautelares com a

10 finalidade de se angariar eventuais elementos de prova que possibilitem confirmar os indícios sobre os possíveis crimes ora atribuídos a Marcello Miller. Com efeito, é isso que foi decido pelo ínclito Ministro da Suprema Corte. Nem mais, nem menos. Deve ser considerado que o acordo homologado por este Supremo Tribunal Federal previa o seguinte em suas Cláusulas de nºs 3 e 26: Cláusula 3º O presente acordo tem por objeto todos os fatos ilícitos praticados pelo COLABORADOR até a data da assinatura deste Termo, assim como todos os fatos ilícitos que sejam de seu conhecimento, os quais estão explicitados nos anexos que compõem e integram este Acordo. Parágrafo 1º. O objeto do presente acordo, descrito nos anexos, será pormenorizado e complementado pelo COLABORADOR após a assinatura deste instrumento, por meio de depoimentos e fornecimento e indicação de meios de prova. Parágrafo 2º. O COLABORADOR terá prazo máximo de 120 dias contados da assinatura do acordo para apresentar novos anexos, desde que não seja caracterizada má-fé na sua omissão. Parágrafo 3º. Identificado fato ilícito praticado pelo COLABORADOR que não tenha sido descrito nos anexos que integram este acordo, inclusive após o transcurso do prazo fixado no parágrafo anterior, o Procurador-Geral da República poderá repactuar a presente avença ou rescindila, submetendo, em qualquer caso, ao Juízo homologatório. Cláusula 26 O acordo perderá efeito, considerando-se rescindido, nas seguintes hipóteses: a) se o COLABORADOR descumprir, sem justificativa, qualquer dos dispositivos deste acordo; b) se o COLABORADOR mentir ou omitir, total ou parcialmente, em relação a fatos ilícitos que praticou, participou ou tem conhecimento;

11 e) se ficar provado que, após a celebração do acordo, o COLABORADOR sonegou, adulterou, destruiu ou suprimiu provas que tinha em seu poder ou sob sua disponibilidade, assim como fatos ilícitos de que tivesse conhecimento; f) se o COLABORADOR vier a praticar qualquer outro crime doloso da mesma natureza dos fatos em apuração após a homologação judicial desse acordo; h) se o sigilo a respeito deste acordo for quebrado por parte do COLABORADOR; Como se vê, as referidas cláusulas tratam de causas de perda da eficácia do acordo pactuado e da apresentação de novos anexos, com previsão de rescisão inclusive. Tais cláusulas foram homologadas por esta Corte Suprema para que produzissem seus jurídicos e legais efeitos perante qualquer juízo ou tribunal nacional, nos termos da Lei /2013, conforme decisão do eminente Ministro Edson Fachin. Nesse contexto, para a perplexidade geral, o juízo da 6ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de São Paulo, inobstante sua incompetência manifesta, decretou a prisão preventiva de Wesley Mendonça Batista, colaborador que sequer foi mencionado na decisão exaurida pelo Ministro Edson Fachin, acima transcrita. Data maxima venia, a prisão do ora reclamante decorre de manifesta usurpação da competência deste Supremo Tribunal Federal, bem assim de afronta à autoridade de suas decisões, não restando alternativa senão o ajuizamento da presente Reclamação Constitucional. II DA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DESTE EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONCOMITANTE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA POR MINISTRO DESTA CORTE A reclamação constitucional, como se sabe, especialmente após o advento da Constituição da República de 1988, constitui mecanismo processual de eficaz proteção da ordem constitucional, tal como interpretada por este colendo Supremo Tribunal Federal. Quanto à natureza jurídica e às funções da referida medida, basta o registro de voto do eminente Min. Celso de Mello, no bojo da Reclamação nº 5119/PB, verbis:

12 Todos sabemos que a reclamação, qualquer que seja a natureza jurídica que se lhe atribua ação (Pontes de Miranda, Comentários ao código de processo civil, tomo V/384, Forense), recurso ou sucedâneo recursal (Moacyr Amaral Santos RTJ 56/ ; Alcides de Mendonça Lima, O poder judiciário e a nova constituição, p. 80, 1989, Aide), remédio incomum (Orosimbo Nonato, apud Cordeiro de Mello, O processo no Supremo Tribunal Federal, v. 1/280), incidente processual (Moniz Aragão, A correição parcial, p. 110, 1969), medida de direito processual constitucional (José Frederico Marques, Manual de direito processual civil, v. 3, 2ª parte, p. 199, item no 653, 9. ed., 1987, Saraiva) ou medida processual de caráterexcepcional (Min. Djaci Falcão, RTJ 112/ ), configura instrumento de extração constitucional, não obstante a origem pretoriana de sua criação (RTJ 112/504), destinado a viabilizar, na concretização de sua dupla função de ordem político-jurídica, a preservação da competência e a garantia da autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, 1). Com efeito, em se tratando da usurpação de competência, por exemplo, o referido instrumento funciona, até mesmo, como exceção à sistemática brasileira que adota o modelo de substituição de jurisdição nos casos de recursos e apelações, na medida em que a esta Corte Suprema é dado o poder de, nos termos do art. 161 do RISTF 1, avocar os autos do processo ou do recurso. Em se tratando da segunda hipótese de cabimento, ou seja, para a garantia da autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal, percebe-se, de fato e sem nenhuma dificuldade, que a escolha, pelo constituinte originário, do vocábulo autoridade não fora despropositada. Conforme exposto na narrativa fática, o Juízo reclamado decretou a prisão preventiva do ora reclamante pela suposta prática do delito previsto no art. 27-D da Lei nº 6.385/76 ( uso indevido de informação privilegiada ). Pois bem. 1 Art. 161: Julgando procedente a reclamação, o Plenário ou a Turma poderá: I avocar o conhecimento do processo em que se verifique usurpação de sua competência; II ordenar que lhe sejam remetidos, com urgência, os autos do recurso para ele interposto;

13 A defesa exporá duas cláusulas do acordo vigente, conectando-as para demonstrar a clara usurpação da competência desta Corte Suprema e, também, a afronta à autoridade de suas decisões. As cláusulas de nºs 3 e 26 do acordo vigente de que o ora Reclamante é parte dispõem o seguinte: Cláusula 3º O presente acordo tem por objeto todos os fatos ilícitos praticados pelo COLABORADOR até a data da assinatura deste Termo, assim como todos os fatos ilícitos que sejam de seu conhecimento, os quais estão explicitados nos anexos que compõem e integram este Acordo. Parágrafo 1º. O objeto do presente acordo, descrito nos anexos, será pormenorizado e complementado pelo COLABORADOR após a assinatura deste instrumento, por meio de depoimentos e fornecimento e indicação de meios de prova. Parágrafo 2º. O COLABORADOR terá prazo máximo de 120 dias contados da assinatura do acordo para apresentar novos anexos, desde que não seja caracterizada má-fé na sua omissão. Parágrafo 3º. Identificado fato ilícito praticado pelo COLABORADOR que não tenha sido descrito nos anexos que integram este acordo, inclusive após o transcurso do prazo fixado no parágrafo anterior, o Procurador-Geral da República poderá repactuar a presente avença ou rescindila, submetendo, em qualquer caso, ao Juízo homologatório. Cláusula 26 O acordo perderá efeito, considerando-se rescindido, nas seguintes hipóteses: a) se o COLABORADOR descumprir, sem justificativa, qualquer dos dispositivos deste acordo; b) se o COLABORADOR mentir ou omitir, total ou parcialmente, em relação a fatos ilícitos que praticou, participou ou tem conhecimento; e) se ficar provado que, após a celebração do acordo, o COLABORADOR sonegou, adulterou, destruiu ou suprimiu provas que tinha em seu poder ou sob sua

14 disponibilidade, assim como fatos ilícitos de que tivesse conhecimento; f) se o COLABORADOR vier a praticar qualquer outro crime doloso da mesma natureza dos fatos em apuração após a homologação judicial desse acordo; h) se o sigilo a respeito deste acordo for quebrado por parte do COLABORADOR; Da leitura e da interpretação sistemática das referidas cláusulas pode ser extraído o seguinte: (i) (ii) (iii) que qualquer omissão dolosa de informações de crimes praticados pelo colaborador ou por terceiros é causa de perda da eficácia do acordo pactuado, na medida que as referidas informações deveriam ser apresentadas até a ocasião da assinatura do acordo; que os crimes supostamente cometidos antes ou após a data da celebração do acordo ( ) ainda podem ser confessados mediante a produção e a juntada de novos anexos, conforme se depreende da parte dispositiva de nada menos que 2(duas) decisões do eminente Ministro Edson Fachin a que determinou a produção de efeitos jurídicos e legais perante todo território nacional e a que prorrogou o prazo previsto nos parágrafos da cláusula nº 3 do acordo; e, last but not least, que quaisquer crimes praticados até, durante e após a celebração do acordo e que a ele sejam conexos, direta ou indiretamente, não podem ser causa para a decretação de medidas cautelares senão mediante a provocação e decisão dos órgãos competentes, é dizer, do Chefe do Ministério Público Federal e deste Supremo Tribunal Federal, seja para repactuação ou rescisão do acordo, em todo caso havendo submissão ao Juízo competente. Não se está aqui, evidentemente, afirmando que uma colaboração premiada homologada no âmbito do Supremo Tribunal Federal dá o direito de o colaborador, por exemplo, praticar crimes dolosos contra a vida; não se está aqui a afirmar que o acordo homologado por esta Corte

15 Suprema serve, praticamente, como uma espécie sui generis de foro por prerrogativa de função. Não é disso que se cuida. Absolutamente. De fato, é evidente que não houve insider trading no caso em questão, o que será demonstrado em sede própria. Contudo, ainda que se conjecture a existência de insider trading hipótese admitida a título de argumentação, este teria decorrido, direta e claramente, do acordo de colaboração premiada de que o ora Reclamante é parte e que fora homologado por este Supremo Tribunal Federal. No ponto, convém transcrever excertos da decisão reclamada, que demonstram a conexão direta do que foi utilizado como pressuposto fático para a prisão preventiva do ora Reclamante e o acordo homologado que vige por este colendo Supremo Tribunal Federal. Confira-se: As referidas operações, segundo investigado, teriam sido realizadas em condições fora dos padrões de investimento usuais das aludidas empresas e durante o período em que seus dirigentes estavam negociando termos de acordo de colaboração premiada, à época em fase de sigilo absoluto. Esclarece a representação policial que a colaboração premiada dos investigados, consistiria na informação privilegiada quando ainda não divulgada ao mercado elementar do delito insider trading, relevante o bastante para impactar o Sistema Financeiro Nacional, como de fato se verificou (cf. laudo pericial), dado que atingia a alta cúpula da esfera política nacional e colocava em cheque as expectativas do mercado com relação aos rumos da economia brasileira. Prossegue afirmando que o conhecimento dos termos da referida colaboração revestia-se de potencial explosivo no mercado, capaz de gerar oscilações abruptas nos preços de ativos como ações e também na variação cambial dólar/real, potencial este que teria se efetivado com o vazamento de seu conteúdo na noite do dia (fls. 117-v e 118) Por sua vez, o uso da informação privilegiada teria se dado nos períodos de a (venda de ações pela FB PARTICIPAÇÕES) e a (compra de contratos futuros e a termo de dólar), o que evidenciaria que durante as negociações formalmente iniciadas em

16 02.03, ao tempo da assinatura do termo de confidencialidade (28.03) e mesmo após a homologação da delação (11.05), os dirigentes da JBS e FB PARTICIPAÇÕES teriam feito uso desses dados par obtenção de vantagens indevidas (fl. 118) Finalmente, a representação policial trata de indícios amealhados no sentido da possível prática de crimes contra a Administração Pública no âmbito da negociação e celebração dos acordos de colaboração premiada pelos dirigentes do Grupo JBS perante a Procuradoria Geral da República, com o possível envolvimento do ex-procurador da República MARCELO MILLER e dos advogados FRANCISCO DE ASSIS E SILVA e FERNANDA LARA TÓRTIMA. (fl. 118) Com efeito, os eventos apontados como envolvendo o uso indevido de informações privilegiadas remontam aos períodos de 24/04 a 17/05 (venda de ações pela FG PARTICIPAÇÕES, coordenada com a recompra efetivada pela JBS) e 28/04 a 17/05 (compra de contratos futuros e a termo de dólar), indicando que durante as negociações da colaboração premiada e especialmente após sua homologação, ocorrida em 11/05/2017, os dirigentes da JBS e da FB PARTICIPAÇÕES teriam feito uso desses dados para obtenção de vantagens indevidas no mercado financeiro. (fl. 120) Ademais, índice igualmente a necessidade de garantia de aplicação da lei penal, considerando o risco concreto de fuga, ante a possível reversão dos benefícios deferidos em sede de colaboração premiada perante a PGR em especial a ampla imunidade concedida -, somado ao elevado patrimônio dos investigados no país e no exterior, que facilitaria sobremaneira a sua evasão do território nacional, bem como a efetiva saída desses do país logo após a divulgação do pacto firmado com o Ministério Público Federal. Em conclusão, existe prova robusta da materialidade do delito, que afetou gravemente a economia nacional, e indícios veementes de autoria, em face de ambos os investigados que facilmente poderiam furtar-se à atividade jurisdicional, em especial após possível revogação dos benefícios premiais concedidos pela

17 PGR, inexistindo, por fim, outra medida eficaz, além da prisão cautelar, que possa ser utilizada. Como se vê, o Juízo reclamado sem nenhuma timidez não só analisou supostos fatos e atos que se inserem como cláusulas expressas de perda de eficácia do acordo como, ainda, decretou a prisão do ora reclamante com base nessas mesmas causas, tentando demonstrar, claramente, que houve omissão dolosa por parte do ora Reclamante. Não se diga que o seguinte excerto da decisão reclamada representa contra-argumento à tese aqui expendida: De fato, encontra-se presente o risco à garantia da ordem pública, dado que foram amealhados diversos indícios de que os investigados JOESLEY e WESLEY, mesmo após a negociação e assinatura dos termos de colaboração premiada, teriam tornado a praticar delitos, inclusive interferindo de maneira ilícita junto a agentes públicos, havendo razoável suspeito de que as atividades delitivas permaneçam até o presente momento. O pacto firmado perante a Procuradoria Geral da República prevê a imunidade quanto aos fatos anteriores, o que não alcança fatos típicos posteriores, como é o caso dos presentes crimes autônomos de competência do Juízo de 1ª instância. A defesa desconhece qual acordo a autoridade Reclamada leu apesar da ampla publicidade da PET nº 7003/DF. O acordo firmado entre o ora Reclamante e o então Procurador-Geral da República não prevê somente a imunidade com relação aos fatos anteriores e não se sabe qual o marco temporal utilizado pelo Juízo para a referida anterioridade, prevê a competência da Procuradoria-Geral da República e deste egrégio Supremo Tribunal Federal autoridades que tutelam a legalidade do negócio jurídico processual e a manutenção de seus efeitos para a verificação de causas de rescisão. Tanto é verdade que as causas de rescisão tal qual como uma omissão dolosa estão sob a jurisdição deste Supremo Tribunal Federal que em 14 de setembro deste ano, em cota de denúncia encaminhada a este Corte Suprema, o então Procurador-Geral da República deveras surpreendentemente tratou das referidas causas de rescisão, senão vejamos, in verbis:

18 No que toca às provas que dão sustentação às imputações formuladas na inicial, uma parcela delas foi obtida a partir dos acordos de colaboração firmados com Joesley Batista e Ricardo Saud e devidamente homologados pelo Supremo Tribunal Federal. Contudo, em razão de fatos novos, foi instaurado Procedimento de Revisão acerca destes ajustes firmados e o Procurador-Geral da República concluiu que houve omissão deliberada por parte dos referidos colaboradores, de fatos ilícitos que deveriam ter sido apresentados por ocasião da assinatura dos acordos. Em razão disso, houve rescisão destes Ajustes, mas isso não limita a utilização das provas por eles apresentadas. Vejamos. Por derradeiro, a eficácia do acordo ocorre quando é homologado judicialmente (art. 4º, 7ºº, da Lei nº /13). Assim, o acordo já existe e vale por vontade das partes negociantes, mas só passa a surtir efeitos após a apreciação judicial. Dessa forma, havendo rescisão de acordo de colaboração premiada por descumprimento das cláusulas as quais, por exemplo, proíbem a omissão deliberada, má-fé, o dever de transparência dos colaboradores, perde o colaborador os benefícios auferidos, mas mantêm-se hígidas e válidas as provas já produzidas. Mas não é só. Também comprovando que as causas de rescisão estão sob a jurisdição deste Supremo Tribunal Federal, colhe-se o seguinte excerto da decisão proferida pelo eminente Ministro Relator Edson Fachin, na qual fora decretada a prisão temporária de Joesley Batista e Ricardo Saud, in verbis: 4. No caso, a análise do áudio dos documentos juntados na mídia das fls. 15 revela indícios suficientes de que os colaboradores omitiram, no momento da formalização do acordo de colaboração premiada, informações a que

19 estavam obrigados prestar sobre a participação do então Procurador da República Marcello Miller no aconselhamento destes quando das negociações da avença. Num juízo de cognição sumária, como é próprio desta fase, tal fato pode implicar justa causa à ulterior rescisão dos acordos celebrados, nos termos da Cláusula 25 (em relação a Ricardo Saud) e Cláusula 26 (em relação a Joesley Mendonça Batista). Percebe-se pelos elementos de convicção trazidos aos autos que a omissão por parte dos colaboradores quando da celebração do acordo, diz respeito ao, em princípio, ilegal aconselhamento que vinham recebendo do então procurador Marcelo Miller. (grifos nossos) A Cláusula nº 26 é exatamente a cláusula reiteradamente colacionada nesta Reclamação! Incumbe a Ministro deste Supremo Tribunal Federal decretar cautelares restritivas de direitos fundamentais com relação a fatos claramente decorrentes de uma suposta violação às cláusulas da colaboração. De fato, não se olvida que nos autos da Ação Cautelar nº 4352/DF, em que a prisão temporária de Joesley Batista e Ricardo Saud foi convertida em preventiva, o próprio eminente Ministro Relator Edson Fachin chegou a mencionar a decisão reclamada. Confira-se: Enfatizo que não se trata de reconhecer nexo necessário entre o descumprimento de acordo de colaboração premiada e a indispensabilidade de adoção de medidas cautelares. Em verdade, é o caso de, tão somente, ponderar que essas particularidades indicam o ânimo dos agentes e, por consequência, imprimem credibilidade ao receio de que, em liberdade, destruam ou ocultem provas. Além disso, nas palavras do Procurador-Geral da República, o fatodos representados, em tese, terem omitido fatos a despeito da ponte de ouro que lhes foi estendida com o acordo de colaboração indica que nenhuma outra medida cautelar seria eficiente e útil para estancar suas atividades ilícitas, aí incluída a ocultação de provas. Com efeito, se os representados, em tese, omitiram provas em cenário de imunidade, o quadro resta agravado na

20 oportunidade decisiva em que se questiona a manutenção dessa avença. Em acréscimo, a aparente prática reiterada de crimes que pesa contra os representados confere plausibilidade ao risco de prática de novos delitos. Não bastasse o suposto caráter serial das práticas delitivas, convém mencionar que tais acontecimentos, em tese, teriam envolvido as mais altas autoridades da República. É certo que os custodiados, ao pleitearem a revogação da prisão temporária, afirmaram, sem equivocidade, que basta a análise do próprio teor do parlatório informal estabelecido pelos requerentes para se constatar que nenhum Ministro foi gravado (fls. 114); e que, no parecer do douto jurista apensado à peça defensiva intentam, de modo legítimo, se alçar no que ali se denominou de a moral e a ética da Consulente J&F, e que (fls. 112) são incoerentemente acusados de ocultar fatos espontaneamente revelados. A plena incidência do contraditório e da ampla defesa abrirá as portas à prova dessas assertivas. A esse respeito, ilustrativamente, em relação a Joesley Batista, como mencionado pelo Ministério Público, cito a recente decisão proferida pelo Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo (Autos ), em que, em cognição sumária, foram reconhecidos indícios da prática, após a celebração do acordo de colaboração premiada, do delito previsto no art. 27-D da Lei 6.385/76. Mais que isso, segundo aponta o Juiz singular, é possível que o fato da colaboração premiada tenha sido empregada como meio de realização do suposto delito contra o sistema financeiro, matéria, por certo, a ser submetida ao contraditório e à ampla defesa. Ou seja, ao ser agraciado por sanção premial de não denúncia, e após a suposta prática de inúmeros delitos, o citado agente teria, mesmo assim, persistido na prática ilícita. Contudo, percebe-se que tanto a referida decisão quanto a manifestação da Procuradoria-Geral da República destinamse, evidentemente, a outros colaboradores cujos acordos tiveram seus efeitos parcialmente suspensos e acaso o Supremo Tribunal Federal,

21 órgão verdadeiramente competente para declarar tal situação, assim decida, rescindido. O acordo do ora Reclamante ainda produz efeitos! Deveras, não se desconhece que o instituto da colaboração premiada ainda possui alguns pontos não tão claramente enfrentados pela jurisprudência. Contudo, admitir que um Juízo de primeiro exerça jurisdição sobre supostos fatos e atos criminosos decorrentes - e previstos como causa de rescisão! de acordo de colaboração premiada homologado perante o Supremo Tribunal Federal e, com base neles, decrete prisão preventiva (!), é simplesmente ignorar, a não mais poder, a necessidade de respeito à competência da mais alta Corte do País, bem assim a necessidade de manutenção da autoridade de suas decisões, notadamente as que mantiveram a vigência do acordo firmado entre o ora Reclamante e o Ministério Público Federal. Repita-se: a defesa não argumenta no sentido de que uma colaboração premiada homologada no âmbito do Supremo Tribunal Federal dá o direito de o colaborador, por exemplo, praticar crimes contra o patrimônio; não se está aqui a afirmar que a colaboração homologada por esta Corte Suprema servirá como uma espécie sui generis de foro por prerrogativa de função. Neste caso, Excelência, a autoridade policial e o Juízo Reclamado, causando perplexidade inclusive, asseveram que a colaboração premiada é o próprio elemento do tipo ( informação privilegiada ) sobre o qual circunda a investigação. Prova clara de causalidade e conexão com o negócio jurídico processual homologado por este Pretório Excelso. Para reforçar, aliás, que a autoridade policial a quo e o Juízo reclamado invadiram a competência deste Supremo Tribunal Federal, a defesa elaborou a seguinte tabela: Premissas fáticas da Representação da Autoridade Policial que culminou na prisão do ora Reclamante. No curso das investigações, fortuitamente foram colhidos elementos que revelam a prática do delito de Excertos do pedido de prisão temporária feito pelo Procurador-Geral da República Rodrigo Janot em desfavor de Joesley Mendonça Batista e Ricardo Saud. Algumas evidências, entre outros fatos, dizem respeito à possível conduta espúria de MARCELLO

22 corrupção ativa praticado por JOESLEY e WESLEY BATISTA consistente no oferecimento de vantagem indevida ou promessa de vantagem ao então Procurador da República MARCELLO PARANHOS DE OLIVEIRA MILLER, para que em razão do cargo público que ora ocupava, orientar a condução desses investigados e de seu grupo de delatores da JBS S/A a obter nas melhores condições possíveis a formalização do procedimento de colaboração premiada bem como assessorar os irmãos BATISTA na condução do procedimento de leniência norte-americano. Há também indicativos do cometimento do crime de corrupção passiva pelo ex-procurador, consistente no recebimento de vantagem ilícita ou promessa de vantagem, para que, em razão do seu cargo, orientar o grupo de delatores da JBS S/A a obter nas melhores condições possíveis a formalização da colaboração premiada bem com conduzir o procedimento de leniência norte-americano em face dessa empresa. Conclui-se que desde quando MARCELLO MILLER passou a colaborar para os interesses dos investigados quando ainda era Procurador da República, atuou em troca do recebimento de uma vantagem ilícita (ainda não evidenciada) ou com intuito da promessa dessa vantagem a que se referem JOESLEY e WESLEY, a qual não deixa de ser ilícita visto que atuou nos interesses particulares desses investigados e suas empresas enquanto ainda exercia uma função pública. Utilização de causa de rescisão como fundamento do pedido de prisão pela Autoridade Policial. Destaca-se que tais crimes não são objeto deste inquérito. Contudo, foram coletados indícios de que JOESLEY e WESLEY cooptaram um agente público para lograr êxito numa colaboração premiada que lhes garantiu imunidade. Trata-se de um fato criminoso gravíssimo que juntamente com os indícios de autoria e materialidade dos delitos de insider trading constituem o fundamento do pedido de prisão preventiva desses investigados. MILLER, ex-procurador da República, que, de acordo com o áudio, teria agido, ainda no mês de março de 2017, visando a defender e zelar pelos interesses dos colaboradores, enquanto ainda pertencia aos quadros do Ministério Público Federal. Tem-se, assim, que as evidências colhidas até o momento demonstram que é absolutamente plausível a suspeita de que MARCELLO MILLER tenha, na sua atuação junto ao grupo J&F, cometido o crime de exploração de prestígio, art. 357 do Código Penal. Há possibilidade, outrossim, de ter sido cooptado pela organização criminosa da qual fazem parte JOESLEY BATISTA e RICARDO SAUD, passando, em princípio, a integrá-la. Se não bastasse, há indicativo de que MARCELLO MILLER, ainda na condição de procurador da República, teria, em princípio, ajudado os colaboradores a filtrar informações, escamotear fatos e provas e ajustar depoimentos e declarações, em benefício de terceiros que poderiam estar inseridos no grupo criminoso. Utilização da causa de rescisão como fundamento do pedido de prisão temporária feito perante este colendo STF. Ressalte-se que, aliada à presente medida de prisão temporária foi requerida a V. Exa. Busca e Apreensão em desfavor dos representados. Tendo em vista os fatos já trazidos sobre JOESLEY BATISTA, RICARDO SAUD e MARCELO MILLER é bastante provável que, no momento da busca e apreensão ou logo após à execução desta, os imputados procurem funcionários ou outras pessoas com a finalidade de eliminar provas, combinar versões com testemunhas ou mesmo exercer pressões sobre essas pessoas, a fim de que não forneçam informações do interesse da investigação.

23 Em conclusão, diante dos fatos supramencionados temse como presentes os requisitos autorizadores para a decretação da prisão temporária, por imprescindível às investigações criminais relacionadas à atuação da organização criminosa da qual fazem parte os colaboradores e, provavelmente (as investigações poderão comprovar), o ex-procurador da República MARCELLO MILLER Excelência, a representação pela prisão preventiva do ora reclamante possui nada menos do que 14(quatorze) páginas tratando, justamente, dos supostos fatos que ensejaram os pleitos do douto Procurador-Geral da República nos autos da Ação Cautelar nº Isto mesmo: as autoridades policiais da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros (DELECOR) da Superintendência Regional do Estado de São Paulo apuraram e também com base na apuração requereram a prisão do ora reclamante e de outros. Há, na verdade, um tópico 2 da representação da autoridade policial em que se narra a suposta prática de crimes contra a Administração Pública, é dizer, justamente os crimes objeto do acordo de colaboração premiada, ou, ainda de sua mesma natureza. Com base na apuração de tais e supostos crimes é que, aliás, é requerida tanto a prisão quanto a busca e apreensão. O Juízo reclamado percebeu a referida e verdadeira usurpação da competência da sede do processamento da persecução penal; mas o fez de maneira tímida, apenas registrando como causa de não deferimento da medida de busca e apreensão mantida a prisão!, senão vejamos: FATO 3: DA CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA, às fls

24 O reconhecimento do magistrado não legaliza a situação: trata-se de claro caso de dupla persecução penal pelos mesmos fatos. Mais: Trata-se de usurpação da competência deste Supremo Tribunal Federal para suspender a eficácia do acordo do ora Reclamante e decretar, acaso constatada omissão dolosa, medida cautelar restritiva de direitos fundamentais. O Juízo reclamado reconhece que a autoridade policial a quo extrapolou o âmbito de sua competência e, com(o) efeito, investigou e apurou supostos fatos e atos que estão, inexoravelmente, sob a jurisdição deste Supremo Tribunal Federal. Caberia a este Supremo Tribunal Federal autorizar, inclusive, a abertura de investigação sobre supostos fatos criminosos que possam figurar como causa descumprimento e, com efeito, rescisão do acordo homologado nesta sede. Ora, tanto a autoridade policial quanto o Ministério Público e o Juízo reclamado estão, nos autos do Inquérito nº e da Cautelar de nº , usurpando a competência deste Supremo Tribunal Federal, bem assim da douta Procuradoria-Geral da República, sem prejuízo de, também, descumprir a parte dispositiva de decisões proferidas no âmbito deste Pretório Excelso. Como se sabe, a participação de Marcelo Miller na orientação técnica e jurídica dos colaboradores é apurada em outras instâncias em especial no Procedimento nº. 1663/2017, em trâmite junto à Procuradoria Geral da República, e no Procedimento Preparatório nº / , em trâmite junto à Procuradoria da República no

25 Distrito Federal e em nenhuma delas foi decretada qualquer medida cautelar contra o ora Reclamante. Nesse contexto, em manifestação datada de 13 de setembro de 2017, a Procuradoria-Geral da República solicitou o compartilhamento das provas obtidas no bojo da Operação Tendão de Aquiles, a qual investiga a prática do crime de Insider Trading pelos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, com finalidade de instruir procedimento instaurado no bojo desta Procuradoria-Geral da República, para apurar possível descumprimento de acordos de colaboração firmados com executivos da JBS. Por sua vez, a ilustre representante do Parquet em primeira instância apresentou parecer em que aduziu: Assim, considerando que não há qualquer princípio da especialidade no processo penal que impeça o compartilhamento das provas, e que as provas apresentadas são não apenas pertinentes, mas em especial relevantes para que a Procuradoria Geral da República analise a revisão dos acordos, este Ministério Público Federal concorda com o compartilhamento nos termos solicitados. (grifamos) Ato contínuo, o juízo de primeiro grau deferiu o pleito em questão, ressaltando que a medida pleiteada é de todo recomendável e pertinente. Como se vê, ambos os representantes do Órgão Ministerial Federal e até mesmo o juízo de primeiro grau reconheceram a pertinência entre os fatos em tela e, por óbvio, assumem conexão entre eles. E mais: foi reconhecida a relevância de tais fatos para análise de pretensa revisão dos acordos. E isso porque soa elementar que a prova emprestada tem como requisito, além da identidade de partes, do atendimento aos requisitos formais de produção probatória no processo emprestante e do exercício contraditório no caso diferido, que haja a apuração do mesmo fato probando: o fato demonstrado pela prova que se quer emprestar deve ser relevante aos dois processos 3, sobretudo para que não se dê azo a um 3 TÁVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 10. ed. Salvador: Juspodvm, fl. 586

26 agressivo direito penal do autor, com o uso leviano de elementos totalmente estranhos à persecução. Diante disso, impossível não mencionar o princípio do ne bis in idem, o qual, conforme farta jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, complementa os direitos e garantias individuais previstos pela Constituição da República, estando associado à proibição de que um Estado imponha a um indivíduo dupla sanção ou um duplo processo em razão da prática de um mesmo crime 4. Nesse mesmo sentido, imperioso colacionar importante entendimento doutrinário 5 : Em linhas gerais, o princípio ne bis in idem vem sendo aplicado, atualmente, em dois sentidos: a) na vertente processual, que corresponde à inadmissibilidade de múltipla persecução penal, simultânea ou sucessivamente, pelos mesmos fatos, vinculando-se à garantia constitucional da coisa julgada; e b) no âmbito material, que diz respeito aos limites jurídicoconstitucionais da acumulação de sanções penais e administrativas pelos mesmos fatos e mesmos fundamentos, ainda que impostas em ordens sancionadoras diversas (grifamos) Como se vê, tal princípio adquire especial conotação processual penal no intuito de vedar que uma única conduta seja investigada por variados procedimentos investigatórios. Em outras palavras, por força do ne bis in idem, o órgão investigador é impedido de apurar determinado fato de um mesmo acusado a partir de múltiplos procedimentos, eis que tal conduta prejudicaria a devida compreensão do feito, a adequada colheita instrutória e, por certo, o exercício do direito de defesa. A bem da verdade, deve ser ressaltado que o inquérito policial do qual originou a cautelar de prisão do ora Reclamante foi instaurado em , sendo que somente compartilhamento com a autoridade policial a quo elementos de prova colhidos na cognominada Operação Lama Asfáltica, dentre os quais mensagens de whatsapp que foram largamente colacionadas na representação da autoridade policial, datada de Medida Cautelar na ACO nº 2.833/SP. Relatora: Min. Rosa Weber. 5 SABOYA, Keity Mara Ferreira de Souza; DANTAS, Marcelo Navarro Ribeiro. Ne bis in idem: limites jurídico-constitucionais à persecução penal. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, p. 150.

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