CÓDIGO DE CONDUTA CONCORRENCIAL

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1 CÓDIGO DE CONDUTA CONCORRENCIAL POLÍTICAS CORPORATIVAS DE COMPLIANCE

2 CARTA DO CEO Para o Grupo Prysmian, o Código de Ética representa a Constituição do Grupo, sendo um estatuto de direitos e deveres morais que define as responsabilidades sociais e éticas de cada participante da organização. Devido a sua posição como um verdadeiro guia prático para atividades diárias, o Código de Ética representa um importante papel estratégico na vida do Grupo. O Código de Ética é uma ferramenta de prevenção de conduta irresponsável ou ilegal das pessoas que trabalham em nome da Prysmian. Os valores e princípios expressados em nossa Visão, Missão e Valores são baseados neste documento. O conhecimento e a aderência dos funcionários com o Código de Ética é fundamental para garantir a confiabilidade e a reputação da nossa empresa. O Código de Ética se aplica a todos os nossos funcionários e a qualquer pessoa que faça negócios em nome da Prysmian S.p.A. ou de qualquer uma de suas subsidiárias. Para garantir uma ampla disseminação de seu conteúdo, este Código de Ética também foi publicado no site do Grupo, com. Incentivo você a lê-lo com atenção e espero que os princípios aqui presentes inspirem sua conduta em suas atividades diárias. Valerio Battista - Diretor Executivo (Chief Executive Officer) 2

3 ADING TECHNOLOGY ALL KEY SEGMENTS ND BEST IN CLASS R& CÓDIGO DE CONDUTA CONCORRECIAL ONGER PLATFORM TO ENHANCE CUSTOMER SERV E CÓDIGO DE CONDUTA CONCORRENCIAL EXTENDED PRODUCT OFFER WORLDWI PPORTING GLOBAL UTILITIES IN THE DE F SMARTER AND GREENER POWER GRI TRONGER PLATFORM O ENHANCE CUSTOM 72

4 Sumário INTRODUÇÃO PAGAMENTOS REGRAS PRIMÁRIAS A FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Disposições Comunitárias AGENTES, Disposições CONTRATANTES Italianas E OUTROS INTERMEDIÁRIOS Comparação entre a Legislação Italiana e a Normativa da UE PAGAMENTOS MERCADOS RELEVANTES A PESSOAS QUE NÃO 10 SEJAM FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PARTE I: ACORDOS E PRÁTICAS COMBINADAS ACEITAÇÃO NOÇÕES BÁSICAS DE PAGAMENTOS INDEVIDOS Proibição de Acordos Restritivos ENTRETENIMENTO 3.2 Consequências CORPORATIVO, da Violação das BRINDES, Proibições 12 CORTESIAS 3.3 Definição E DESPESAS de Acordos DE Intercompany VIAGEM (Intra-Grupo) E Empresariais Definição de Acordo ACEITAÇÃO 3.5 Definição DE de ENTRETENIMENTO Prática Combinada CORPORATIVO, 13 BRINDES, 3.6 Decisões VIAGENS de Associações E CORTESIAS Comerciais 4. RESTRIÇÕES HORIZONTAIS DA CONCORRÊNCIA LIVROS 4.1 Acordos E REGISTROS Horizontais e Práticas Combinadas Proibidas PRINCÍPIOS DE CONDUTA PARA SE RELACIONAR COM OS CONCORRENTES IMPLEMENTAÇÃO 5. RESTRIÇÕES DA VERTICAIS POLÍTICA ANTICORRUPÇÃO DA CONCORRÊNCIA 5.1 Acordos Verticais 1. COMPLIANCE 5.2 Princípios OFFICERS Aplicados à Avaliação dos Acordos Verticais Sistemas de Distribuição por Franquia 2. ORIENTAÇÃO 5.4 Os Acordos PARA de Agência OS FUNCIONÁRIOS 69 PRINCÍPIOS 3. COMPLIANCE DE CONDUTA COM NAS POLÍTICAS RELAÇÕES VERTICAIS ISENÇÕES 4. CONFLITOS 6.1 Isenções ENTRE por Categoria AS NOSSAS 6.2 POLÍTICAS Isenções Individuais E AS LEIS APLICÁVEIS SEÇÃO 5. DISCIPLINA II: ABUSO DE POSIÇÃO DOMINANTE NOÇÕES BÁSICAS 6. NÃO 7.1 Regras EXCLUSIVIDADE Que Estabelecem DAS POLÍTICAS a Proibição Posição Dominante Individual/Coletiva Dominância Individual Dominância Coletiva Dominância em Mercados Interligados 7.3 Noção de Abuso de Posição Dominante 7.4 Tipos de Abuso A Imposição de Preços ou Condições de Negociação não Iguais Limitar A Produção, o Acesso ao Mercado, ou o Desenvolvimento Técnico, Causando Prejuízo dos Consumidores - Recusa de Negociação

5 7.4.3 Condutas Discriminatórias, Prejudicando Clientes ou Outros Grupos Empresariais Subordinação e Agrupamento Sistemas de Descontos Obrigações de Compra Exclusiva ou Mínima 37 PRINCÍPIOS DE COMPORTAMENTO PARA A EMPRESA EM POSIÇÃO DOMINANTE 38 SEÇÃO III: APLICAÇÃO DAS REGRAS REFERENTES À CONCORRÊNCIA AUTORIDADES REFERENTES À CONCORRÊNCIA Comissão Europeia e AGCM Artigos 101 e 102 do Tratado A Legislação RECURSOS CONTRA AS DECISÕES PROFERIDAS PELA COMISSÃO EUROPEIA E AGCM Procedimentos Perante a Comissão Europeia e AGCM PODERES DE INVESTIGAÇÃO DAS AUTORIDADES COMPETENTES NO QUE DIZ RESPEITO À CONCORRÊNCIA INVESTIGAÇÕES, PEDIDOS DE INFORMAÇÃO E TROCA DE INFORMAÇÕES REGRAS DE COMPORTAMENTO DURANTE A INVESTIGAÇÃO CONSEQUÊNCIAS DA VIOLAÇÃO DAS REGRAS CONCORRENCIAIS Sanções Fatores Relevantes para a Determinação da Sanção Leniência As Penalidades Para os Gestores E Funcionários Anulação Dos Acordos E Cláusulas Restritivas; Indenização por Danos Danos à Imagem da Empresa 50 74

6 INTRODUÇÃO As normas europeias e italianas sobre acordos restritivos da concorrência e abusos de posição dominante (doravante também denominadas regras de concorrência ) têm assumido um papel central na regulação da atividade das empresas em todos os setores da esfera econômica. A violação das regras de concorrência pode sujeitar o autor a sanções administrativas, potencialmente de grande porte, e a pedidos de indenização em processos civis. As ações judiciais por violação das regras de concorrência (promovidas por autoridades responsáveis, bem como por partes lesadas por práticas anticoncorrenciais) têm aumentado substancialmente nos últimos anos, resultando em sanções administrativas extremamente elevadas e ressarcimentos consideráveis decorrentes de sentenças judiciais civis. A título de exemplo, a unidade europeia da Intel foi recentemente condenada a pagar 1,6 bilhões de Euros por abuso de posição dominante, enquanto que produtores de vidros para automóveis foram multados em mais de 1,3 bilhões de Euros por formação de cartéis para repartição do mercado¹. As ações destinadas a apurar violações de regras concorrenciais serão intensificadas, devido ao compromisso assumido pela Comissão Europeia ( Comissão ) e pelas autoridades nacionais responsáveis em matéria de concorrência em manter uma política de forte repressão às violações concorrenciais. Portanto, as empresas devem operar no mercado em plena conformidade com as regras de concorrência, e devem evitar a implementação, por um lado, de condutas de conluio com o objetivo de, em detalhe, repartir o mercado ou fixar os preços (acordos) e, por outro lado, condutas unilaterais que, através da exploração do poder de mercado, visam excluir os concorrentes ou aumentar os seus lucros injustificadamente em detrimento dos consumidores (abusos de posição dominante). Um conhecimento sólido das principais regras relacionadas a infrações anticoncorrenciais e seus procedimentos é, portanto, essencial para os gestores, assim como para um número considerável de pessoas que trabalham em todas as áreas de negócios, independentemente do setor de atuação. Considerando a sua presença global no mercado, e a crescente atenção prestada pelas autoridades responsáveis em matéria de concorrência, tal conhecimento é de particular importância para o Grupo Prysmian. ¹ Consultar as decisões da Comissão COMP/ e COMP/39.125, respectivamente. 6

7 Portanto, o Grupo Prysmian pretende assegurar que o desempenho das suas atividades comerciais, bem como o das suas controladas, seja conforme as regras definidas para a proteção da concorrência. Em vista disso, o Grupo Prysmian tem realizado um programa de Compliance do programa de concorrência com o objetivo, entre outros, de divulgar o conhecimento das regras de defesa da concorrência entre todos os operadores do Grupo. No contexto deste programa, todos os dirigentes e funcionários empregados pelas empresas do Grupo terão de se comprometer a cumprir integralmente com as normas de defesa da concorrência no desempenho das suas atividades. O Código de Conduta Concorrencial é parte integrante do programa de Compliance e tem como objetivo fornecer uma visão geral dos problemas relacionados com a aplicação dos princípios europeus e italianos de defesa da concorrência, com referência específica aos acordos de restrição da concorrência e abuso de posição dominante. O conteúdo a seguir constitui uma simples ilustração das atuais regras de concorrência e não se destina a ser um aconselhamento jurídico. Portanto, eventuais situações específicas precisarão ser avaliadas caso a caso. Para os efeitos deste Código, a AGCM é a Autorità Garante della Concorrenza e del Mercato (ou seja, a autoridade italiana de garantia da concorrência e de mercado) 1. REGRAS PRIMÁRIAS 1.1 Disposições Comunitárias 7 Artigos 101 e 102 do Tratado TFEU (doravante denominado Tratado ), que proíbem, respetivamente, os acordos restritivos da concorrência e abusos de posição dominante. Regulamento CE n.º 1/2003, que contém as regras processuais para a aplicação das disposições concorrenciais comunitárias. Regras adicionais estão contidas em regulamentos de isenção da Comissão Europeia (isenções por categoria) que identificam, em relação a casos específicos, as condições para que um determinado acordo, apesar de restringir a concorrência, possa, entretanto, beneficiar de uma isenção da proibição aplicável, em vista dos efeitos competitivos positivos que é capaz de gerar. Além disto, a Comissão Europeia também emitiu diversas comunicações para a interpretação das regras concorrenciais comunitárias. As mais importantes referem-se a:

8 Orientações relativas à aplicabilidade do artigo 101 do Tratado às restrições horizontais²; Orientações relativas à aplicabilidade do artigo 101 do Tratado às restrições verticais³; Requerimentos de isenção de multas e redução de sanções financeiras no âmbito de processos relativos a cartéis (denominado Programa de 4 Leniência) ; Orientações sobre os métodos de definição das sanções financeiras 5 aplicadas em caso de violação das regras de defesa da concorrência ; Acordos de menor importância, que não restringem significativamente a concorrência nos termos do artigo 101, parágrafo 1, do Tratado (denominados de minimis) 6; A definição de mercado relevante para efeitos do direito comunitário em 7 matéria de concorrência. 1.2 Disposições Italianas A Lei Antitrust (Lei n. 287 datada de 10 de Outubro de 1990, doravante Lei ). Em detalhe: O Artigo 2 proíbe acordos restritivos (praticamente idêntico ao artigo 101, parágrafo 1, do Tratado). O Artigo 4 prevê a possibilidade de isenção de determinados acordos restritivos da proibição (praticamente idêntico ao artigo 101, parágrafo 3, do Tratado). O Artigo 3 proíbe abusos de posição dominante (praticamente idêntico ao artigo 102 do Tratado). 2 Comunicação 2011/C 11/01. 3 Comunicação 2010/C 130/01. 4 Comunicação 2006/C 298/17. 5 Comunicação 2006/C 210/2. 6 Comunicação 2001/C 368/07. 7 Comunicação 97/C 372/03. 8

9 Decreto Presidencial [ D.P.R. ] n. 217 datado de 30 de Abril de 1998 contém em detalhe o enquadramento aplicável aos processos instaurados pela AGCM, relativas especificamente ao acesso a documentos, audiências, inspeções e regras processuais. As regras italianas em matéria de concorrência italiana devem ser interpretadas à luz dos princípios estabelecidos pela normativa da União Europeia em matéria de concorrência e de acordo com a jurisprudência da Comissão Europeia e jurisprudência comunitária (artigo 1, parágrafo 4, da Lei). 1.3 Comparação entre a legislação italiana e a normativa da UE Conforme já mencionado anteriormente, as disposições italianas e europeias são substancialmente idênticas e proíbem as seguintes condutas: acordos que restrinjam a competição, quer horizontais (tais como entre empresas no mesmo nível na cadeia produtiva ou distributiva) quer verticais (tais como entre empresas em diferentes níveis na cadeia produtiva ou distributiva) (artigo 101, parágrafo 1, do Tratado; artigo 2 da Lei); abuso de posição dominante (artigo 102 do Tratado; artigo 3 da Lei). A diferença principal entre o regulamento italiano e europeu baseia-se nos seus respectivos escopos de aplicação territorial. As disposições europeias aplicamse a comportamentos anticoncorrenciais que possam afetar o comércio entre os Estados-Membros da UE (ou seja, intracomunitária); as disposições italianas aplicam-se a comportamentos que possam afetar a competição no território italiano. De acordo com a notificação da Comissão relativa à noção de efeito sobre o 8 comércio entre Estados-Membros referida nos artigos 101 e 102 do Tratado, este conceito deve ser interpretado extensivamente, tendo em conta a influência direta ou indireta, real ou potencial, sobre os fluxos de comércio entre Estados- Membros. Adicionalmente, a Comissão especificou, também, que mesmo os cartéis horizontais criados dentro de um único Estado-Membro normalmente natureza, têm o efeito de garantir a divisão do mercado nacional, impedindo são capazes de afetar o comércio europeu, na medida em que, pela sua própria desta forma a integração de mercado que o Tratado se destina a promover. 8 Comunicação 2004/C 101/07, orientações sobre a noção de efeito sobre o comércio entre Estados-Membros nos termos dos artigos 81 e 82 do Tratado. 9

10 As leis relativas à concorrência, sejam elas comunitárias ou italianas, têm um alcance extraterritorial uma vez que se aplicam também aos comportamentos que, embora adotados respetivamente fora da Comunidade e fronteiras italianas, produzem efeitos nos mencionados territórios 9. O Regulamento 1/2003 introduziu uma série de modificações importantes 10 nas leis comunitárias que, mesmo que não tenham sido incorporadas na legislação nacional, na prática foram adotadas pela AGCM MERCADOS RELEVANTES Ao avaliar o efeito anticoncorrencial de uma conduta de qualquer tipo de empresa, seja um acordo ou um abuso de posição dominante, devemos referir-nos a um mercado específico, com base nos seus produtos e dimensão geográfica. Por outras palavras, devemos primeiramente definir um mercado relevante. Com referência aos produtos, o mercado relevante compreende todos os produtos e/ou serviços que são considerados permutáveis ou substituíveis pelo consumidor, em razão dos/as seus/suas: Características; Preços; ou Usos previstos. 9 Por exemplo, pense em acordos entre empresas estabelecidas fora da UE que visem limitar o fornecimento de produtos ou serviços na UE ou que, em qualquer caso, determinem efeitos anticoncorrenciais indiretos na UE (por exemplo, afetando os níveis de preços no seu território). 10 Principalmente: (i) a abolição da possibilidade de requerer, nos termos do artigo 101, parágrafo 3, a isenção da aplicação da proibição de acordos restritivos (a referida opção ainda está disponível no caso de acordos que se enquadrem no âmbito do artigo 2 da Lei, ou seja, acordos incapazes de ter um impacto significativo sobre o comércio intracomunitário). Acordos restritivos da concorrência nos termos do artigo 101, parágrafo 1, mas que satisfaçam as condições estabelecidas pelo artigo 101, parágrafo 3, são também aceitáveis e podem ser realizados sem a necessidade de uma decisão prévia da Comissão ou de uma autoridade nacional; e (ii) a introdução da possibilidade para as autoridades nacionais em matéria de concorrência concederem medidas provisórias que, à espera da conclusão da investigação preliminar, garantam a eficácia da sua intervenção ao aplicar as regras da UE. 11 De acordo com o Regulamento 1/2003, as autoridades nacionais em matéria de concorrência também podem aplicar os artigos 101 e 102 do Tratado sempre que os comportamentos anticoncorrenciais afetem o comércio no mercado comum. A AGCM, graças a uma interpretação extensiva do conceito de efeito sobre o comércio entre Estados-Membros, está cada vez mais, aplicando regras da UE em vez de disposições nacionais sobre a concorrência. 10

11 O mercado geográfico relevante é constituído pela área em que: As empresas em questão estão envolvidas na oferta e procura de produtos e serviços; As condições concorrenciais são suficientemente homogêneas; e As condições concorrenciais são substancialmente diferentes das existentes nas regiões próximas. PARTE I: ACORDOS E PRÁTICAS COMBINADAS 3. NOÇÕES BÁSICAS 3.1. Proibição de acordos restritivos O artigo 101, parágrafo 1, do Tratado e o artigo 2 da Lei proíbem qualquer acordo entre atividades, associações empresariais e práticas premeditadas que tenham como objetivo ou efeito impedir, restringir ou distorcer a concorrência. Em particular, estas disposições proíbem os acordos que: Fixam preços ou outras condições comerciais; Limitam a produção ou o acesso ao mercado; Repartem os mercados; Aplicam condições desiguais para operações equivalentes; Impõem obrigações adicionais que não têm alguma ligação com o contrato ( condicionamento ). Um acordo pode ser estipulado entre duas ou mais empresas concorrentes ( acordo horizontal ) ou entre empresas que operam em diferentes níveis do processo industrial, tais como um produtor e um distribuidor ( acordo vertical ). Os parágrafos seguintes analisam os potenciais efeitos anticoncorrenciais de cada tipo de acordo (consultar as seções 4 e 5). A proibição supracitada não se aplica (uma vez que não restringe sensivelmente a concorrência) a acordos de menor importância, ou seja, acordos: 11

12 entre os concorrentes (acordos horizontais) quando a cota de mercado agregada detidas pelas partes envolvidas não exceda 10%; entre empresas não diretamente concorrentes (acordos verticais) quando a cota de mercado agregada detida por cada uma das partes não exceda 15%; A menos que os acordos descritos contenham restrições graves, tais como a fixação dos preços, a limitação da produção ou vendas, a repartição de mercados ou clientes. Sempre que a concorrência no mercado relevante é restringida pelo efeito cumulativo de acordos concluídos por diferentes fornecedores ou distribuidores, a cota de mercado detida por cada uma das partes não deve exceder 5% para que o acordo seja reconhecido como sendo de minimis. 3.2 Consequências da Violação das Proibições De acordo com o artigo 101, parágrafo 2, do Tratado e o artigo 2, parágrafo 3, da Lei os acordos restritivos que não beneficiam de isenção (consultar a seção 6) são nulos e inválidos e, portanto, ineficazes (consultar a seção 12.5). A violação das disposições sobre acordos restritivos resultará na imposição de sanções (consultar a seção 10.1) e irá expor a empresa ao risco de pedidos de indenização apresentados pelos concorrentes ou clientes. 3.3 Definição de Acordos Intercompany (intra-grupo) e Empresariais No que se refere aos regulamentos em matéria de concorrência, Empresarial é representado por qualquer parte que exerça uma atividade econômica autônoma, independentemente do seu estatuto jurídico e do modo em que é financiada. No que diz respeito aos regulamentos em matéria de concorrência, a definição de Empresarial está ligada ao conceito de independência e, portanto, não identifica necessariamente uma única empresa, mas pode abranger todas as empresas que respondam a uma coordenação/gestão centralizada, privandoas efetivamente da independência decisória em questões de importância estratégica, ou limitando esta última significativamente (como pode ocorrer, por exemplo, num grupo de empresas). Este conceito extensão implica que o artigo 101, parágrafo 1, do Tratado, e o artigo 2 da Lei, não seja aplicado aos acordos entre empresas que pertencem ao mesmo grupo, salvo casos particulares. Com base neste princípio, e tendo em conta a estrutura do Grupo Prysmian, é possível excluir - operação sujeita à aprovação do Departamento Corporativo de 12

13 Assuntos Jurídicos - que eventuais acordos entre diversas empresas do Grupo possam ser considerados acordos a partir de uma perspectiva de defesa da concorrência, sempre que estes acordos visem atribuir tarefas no âmbito do Grupo e sempre que as empresas envolvidas estejam perseguindo uma estratégia de negócios comum. 3.4 Definição de Acordo Um acordo que restringe a concorrência implica uma forma de colusão entre duas ou mais empresas, com o fim coordenar as suas estratégias de mercado. A disposição relativa à proibição de acordos abrange, portanto, todas as formas de acordo, tais como (entre outros): Acordos informais, mesmo quando celebrados por pessoas que não estejam legalmente autorizadas a representar a empresa; Acordos de cavalheiros; Acordos que não sejam juridicamente vinculativos; Acordos que não imponham obrigações específicas para as partes; Acordos que não prevejam a aplicação de sanções em caso de nãocumprimento (por conseguinte, até mesmo anotações tomadas durante as reuniões informais podem ser utilizadas para provar a existência de um acordo anticoncorrencial). Em outras palavras, apenas os comportamentos que podem ser rastreados até às decisões independentes tomadas, estão isentos da aplicação do artigo 101 do Tratado e do artigo 2 da Lei. 3.5 Definição de Prática Combinada Os regulamentos de concorrência definem uma prática combinada como uma forma de coordenação que, mesmo não estando incorporada num acordo tangível, constitui uma colaboração consciente entre as partes em detrimento da concorrência 12. A noção de prática combinada requer: i) a presença de algum tipo de contato entre as empresas que lhes permite adquirir conhecimento das 12 A Comissão, por exemplo, constatou que os membros de um cartel tinham pleno conhecimento da sua conduta anticoncorrencial ao proceder a uma troca de documentos marcados como confidenciais e com a menção favor destruir após leitura ou nada no papel - cf. Decisão de 24 de Julho de 2002, Processo COMP/E-3/36700, Gases industriais e medicinais, no JOUE L 84 de 1 de Abril de

14 suas respetivas estratégias de negócios, e ii) um impacto direto e tangível de tal contato sobre a conduta das empresas envolvidas, ou seja, provas dos efeitos anticompetição desses contatos não são requeridos. A fim de averiguar a existência de uma prática combinada, é suficiente demonstrar que houve um contato, enquanto a comprovação dos efeitos anticoncorrenciais resultantes da conduta não é necessária. Estes contatos podem consistir em: Reuniões entre concorrentes; Discussão de questões relacionadas com as estratégias de negócios; Intercâmbio de informações, oral ou por meio de uma comunicação padrão, relacionadas com o preço, produção, vendas (valores ou volumes) ou clientes. As autoridades em matéria de concorrência podem até mesmo presumir a existência de uma prática combinada caso encontrem evidências de comportamentos paralelos (por exemplo, aumentos de preços análogos ou simultâneos, descontos ou sistemas de desconto idênticos), contanto que a única explicação possível para tal comportamento paralelo seja a manutenção de uma forma de coordenação. Ainda que o alinhamento da conduta concorrencial não seja considerado, por si só, uma violação das normas de defesa da concorrência, grande atenção deve ser dada à garantia de que, por exemplo, os vendedores concorrentes não comuniquem uns com os outros a fim de obter detalhes sobre os preços de varejo respetivamente aplicados. Tal fato não significa que os comportamentos paralelos estejam sempre proibidos; entretanto, tais ações podem ser interpretadas como um claro sinal de coordenação. O comportamento paralelo é lícito se representa o resultado de decisões independentes, mesmo quando voltado para alinhar a conduta à estratégia do líder de mercado. 3.6 Decisões de Associações Comerciais A normativa de concorrência não proíbe as empresas de participar a reuniões com concorrentes nos locais de associações comerciais, nem criar obstáculos nas operações destas últimas. 14

15 Entretanto, as resoluções emitidas por associações comerciais (ou entidades similares), qualquer que seja a sua forma jurídica (e independentemente da sua natureza vinculativa para os membros ou menos, que sejam compostas por regras estatutárias da associação ou apenas por recomendações, tais como circulares, memorandos ou diretivas), são consideradas como acordos restritivos da concorrência sempre que induzam os associados a coordenar efetivamente os comportamentos no mercado 13. Tal efeito pode ser alcançado, por exemplo, por decisões que induzam os membros a uniformizar a sua conduta ou exijam que os mesmos sigam estratégias específicas de preços, troquem regularmente informações confidenciais, ou se abstenham de entrar em determinados mercados. Com referência específica ao setor dos cabos, especial atenção deve ser dada às atividades realizadas em conjunto com associações nacionais e internacionais de produtores de cabos, bem como a outros acordos que envolvam a categoria. Deve-se evitar que as informações compartilhadas nestes contextos tenham o efeito de reduzir o grau de incerteza sobre os preços do Grupo Prysmian, ou sobre outras disposições comerciais. Por outro lado, as associações comerciais podem legalmente: 15 Realizar atividades de representação junto da Administração Pública; Definir normas técnicas comuns, ou representar empresas do setor ao lidar com os órgãos competentes; Esboçar códigos gerais de conduta; Coletar dados estatísticos e históricos sobre as tendências industriais, desde que apenas os dados agregados sejam processados, de modo que não seja possível ter acesso a dados relacionados com uma única empresa; Realizar pesquisas de mercado; Fornecer informações gerais, assistência e apoio aos seus associados; Iniciar conversas de negociação coletiva com os sindicatos; Exercer a atividade de relações públicas em favor de seus associados; 13 Na decisão sobre os gases industriais e medicinais, a Comissão considerou que os encontros organizados pela associação comercial que reuniu empresas ativas no setor da produção e comercialização de gases industriais nos Países Baixos tornaram-se o fórum escolhido para discutir e fixar os preços e outras condições para o fornecimento de gases industriais.

16 Prever a realização de cursos e programas de negócios de atualização; Discutir, em termos gerais, os problemas relacionados com a promoção de atividades de pesquisa e desenvolvimento. Será, portanto, possível discutir apenas questões técnicas ou questões relacionadas com a proteção dos interesses da categoria profissional. Qualquer discussão sobre questões comerciais deve ser evitada (por exemplo, discussões sobre os dados de produção, preços, cotas de mercado e outras informações comerciais que possam ser consideradas confidenciais). Deste ponto de vista, devemos levar em conta que o Grupo Prysmian opera em mercados maduros e concentrados, mercados denotados pela presença de apenas alguns operadores e por um elevado nível de transparência. Dentro destes mercados, a circulação de informações comercialmente sensíveis, diferente das normalmente disponíveis, pode incentivar os operadores a coordenar as suas políticas de negócios. No caso de violação do regulamento de proteção da concorrência, tanto a associação quanto os seus membros serão considerados responsáveis pela infração e, consequentemente, ficarão sujeitos ao pagamento das sanções. 4. RESTRIÇÕES HORIZONTAIS DA CONCORRÊNCIA 4.1 Acordos horizontais e práticas combinadas proibidas Os acordos horizontais são considerados mais prejudiciais à concorrência em comparação com as restrições verticais, uma vez que são os mais propensos a restringir a concorrência e prejudicar os consumidores. Os acordos horizontais que são considerados graves violações das leis de proteção da concorrência, e que podem levar à imposição de sanções financeiras pesadas são os que visam: I. a fixação dos preços: preços atuais ou futuros, níveis de desconto, critérios para a concessão de descontos, aumentos dos preços e prazos de revisão de preços, aplicação de preços diferentes para diferentes tipos de clientes, margens de lucro, condições de venda, condições de pagamento; II. a cooperação para fins de propostas: qualquer forma de comportamento empresarial coordenado, relacionado com a participação em propostas, representa uma potencial violação da concorrência; 16

17 Por exemplo, em relação ao setor das mangueiras marinhas, a Comissão sancionou um cartel em que as empresas concorrentes, por meio de um complexo sistema de distribuição, concordaram as condições de participação em propostas 14. Especial atenção deve ser dada, a fim de garantir a aderência com a normativa de defesa da concorrência, às participações em propostas (por exemplo, aquelas que serão anunciadas nos próximos anos para fabricação de novos cabos e/ou projetos de instalação), especialmente em caso de formação de uma parceria joint venture (por exemplo, criação temporária de empresas associadas). Efetivamente, um acordo entre duas empresas concorrentes para uma participação conjunta numa proposta é potencialmente capaz de levar a uma coordenação das atividades competitivas. A consequência imediata deste tipo de coordenação é a redução do número de participantes na proposta. De um modo geral, a participação conjunta em propostas é desencorajada, especialmente quando se trata de duas ou mais empresas capazes de satisfazer individualmente, numa base autônoma, os requisitos técnicos e financeiros necessários para participar na proposta. Para além destas considerações de caráter geral, é necessário realizar uma análise caso a caso dos efeitos potenciais da concorrência, no acordo a ser estabelecido; em particular, é necessário avaliar cuidadosamente as condições de concorrência do mercado relevante e prestar atenção ao número de concorrentes e as suas respetivas participações de mercado, bem como à importância das partes para o acordo. Estes dados permitirão uma avaliação completa das consequências do acordo. III. a determinação da conduta empresarial: como por exemplo, o boicote de clientes específicos; discriminação contra certos tipos de clientes; estratégias que visem concordar e coordenar o vencimento de licitações públicas e privadas; IV. a repartição de mercado: repartição de territórios, grupos de produtos, clientes ou fontes de suprimento (por exemplo, um acordo por meio do qual os participantes concordam em não roubar clientes uns dos outros); V. as restrições à produção ou ao acesso ao mercado: estão incluídos nesta categoria os acordos que têm como objeto o aumento dos preços através de uma redução das quantidades produzidas; Em detalhe, isto ocorre quando as empresas concorrentes decidem fixar as cotas de produção, ou limitar as vendas, ou ainda diferenciar a sua linha de produtos. 14 Decisão da Comissão COMP/39406, Mangueiras marinhas. 17

18 VI. a repartição de cotas de produção ou vendas; Neste contexto, a Comissão tem censurado diversos acordos restritivos da concorrência no âmbito do mercado de polipropileno e das resinas de polietileno de baixa densidade (LDPE) 15. Os comportamentos censurados incluíram uma série de projetos, acordos e práticas de conluio com um único propósito, desenvolvidos num sistema de reuniões periódicas. Estas reuniões referiram-se (para além da fixação de preços-alvo, da aplicação de iniciativas combinadas destinadas a elevar os níveis de preços para cumprir metas estabelecidas, e da troca de informações detalhadas sobre as atividades de mercado dos participantes) à repartição dos mercados europeus e japoneses de acordo com cotas de mercado ideais ou cotas-alvo. Através de uma série de contatos regulares proporcionados por um sistema institucionalizado de reuniões, os acordos selados entre os produtores foram constantemente alterados, ajustados ou atualizados para responder às mudanças das condições e reações do mercado. VII. a adoção de decisões estratégicas (por exemplo, a introdução de um novo produto ou serviço); VIII. a troca de informações comerciais confidenciais, qualquer que seja a forma; A troca de dados confidenciais (por exemplo, produção ou dados de vendas, expressos em volume e valor, custos ou preços, com a inclusão dos custos de transporte e listas de preços referenciais) é vista como restritiva e, como tal, é severamente proibida sempre que elimine quaisquer dúvidas sobre o comportamento comercial futuro que as empresas pretendem adotar, na medida em que permite a coordenação das condutas, restringindo a concorrência. A proibição é ainda mais estrita para os mercados em que operam um número limitado de empresas, e a linha que distingue a troca de informações lícita das condutas anticompetitivas depende da natureza das informações em questão, da frequência de divulgação e das partes receptoras. A este respeito, é de extrema importância monitorar a participação em joint ventures com concorrentes que, em teoria, possam levar ao intercâmbio de dados e informações e a outras condutas relevantes sob um ponto de vista de defesa da concorrência. Portanto, deve ser evitado que os joint ventures possam tornar-se instrumentos para a troca de informações sensíveis. Para este fim, os diretores dos joint ventures devem evitar ter contatos - e obter informações - com dados comerciais 15 Decisão 89/191/CEE da Comissão datada de 21 de Dezembro de 1988 e decisão 86/398/CEE da Comissão datada de 23 de Abril de

19 das empresas, mas apenas com aqueles necessários para as atividades dos joint ventures. IX. produção ou cooperação para a pesquisa e o desenvolvimento entre as empresas que detenham conjuntamente uma cota de mercado considerável (ou seja, superior a 25% no caso de acordos para pesquisa e desenvolvimento, e superior a 20% no caso de acordos de produção). Princípios de conduta para se relacionar com os concorrentes Os seguintes princípios de conduta devem ser observados ao relacionar-se com os concorrentes: a) Apresentação prévia ao Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos de todas as questões potencialmente relevantes para a legislação em matéria de concorrência, tendo em conta que é proibido: coordenar os preços, as políticas de negócios e decisões estratégicas; repartir mercados, clientes, produção e cotas de vendas; limitar a produção ou as fontes de acesso ao mercado; compartilhar informações sobre políticas de negócios. b) Cuidadosa verificação da forma e do conteúdo de qualquer comunicação e/ou declaração unilateral (por exemplo, cartas, mensagens de correio eletrônico, memorandos internos). Estes não devem ser suscetíveis de ser interpretados como evidência da presença de acordos anticoncorrenciais; por exemplo, levantando a suspeita que informações confidenciais tenham sido recebidas e/ ou transmitidas para os concorrentes. c) Nos encontros com os concorrentes, mesmo quando ocorridos no contexto de associações comerciais, as discussões nunca devem tratar de: Questões concernentes aos preços, descontos ou reembolsos, custos, quantidades produzidas e vendidas, fontes de suprimento, ou qualquer outro elemento imputável às futuras estratégias de marketing de tais partes; Questões relacionadas com perfis confidenciais (termos econômicos, etc.), inerentes às relações com revendedores, fornecedores ou distribuidores; Informações relativas à identidade dos clientes e qualquer outra informação confidencial relativa à clientela em geral; Negócios, investimentos ou estratégias de publicidade; Ações coletivas (por exemplo, recusas coletivas envolvendo as negociações 19

20 com um cliente específico e recusas coletivas envolvendo a aceitação de determinadas condições contratuais estão proibidas). d) No caso em que estas questões sejam tratadas durante uma reunião (ou inscritas na agenda de trabalho de uma associação comercial), deve haver imediata oposição, evidenciando a impossibilidade de discussão (e solicitando a sua remoção da agenda de trabalho). Se a oposição falhar, a reunião deve ser imediatamente abandonada, certificando-se que a objeção e o abandono da reunião sejam formalmente registrados. Esta última precaução é extremamente importante uma vez que a empresa pode ser responsabilizada por violações organizadas por outras partes em caso de consciência da prática de conluio e aceitação das suas consequências. Por outras palavras, mesmo uma empresa que assista passivamente a uma reunião anticoncorrencial pode ser considerada responsável pelo acordo, a menos que a mesma consiga provar a sua discordância e o abandono formal da reunião. e) As associações comerciais são consideradas pelas autoridades em matéria de concorrência os locais preferenciais para a troca de informações confidenciais e, consequentemente, são alvo de inspeções frequentes; portanto, os funcionários que frequentam tais reuniões devem observar rigorosamente as seguintes regras de conduta: Em caso de dúvida quanto à conformidade com as normas de defesa da concorrência, as questões sujeitas à discussão devem ser primeiramente apresentadas ao Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos; Observância das regras de conduta definidas no ponto anterior d), sempre que a reunião se refira a questões definidas na alínea c); O Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos deve ser prontamente informado sobre qualquer reunião onde foram discutidas questões que possam estar sujeitas a regulamentos concorrenciais (mesmo quando não incluídas na agenda de trabalho da reunião); o Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos estará, então, em condições de realizar todas as medidas necessárias. f) Está proibida a coordenação entre empresas concorrentes quando se trata de participação em propostas. Mais especificamente, quaisquer trocas de informações a respeito dos termos de licitação, bem como relativas à decisão de participar na proposta, estão proibidas. 20

21 No caso em que as condições supracitadas sejam satisfeitas, as seguintes condutas são geralmente permitidas: Discussão de questões relativas à segurança financeira e confiabilidade do cliente com os concorrentes; entretanto, também neste caso, é recomendável ouvir previamente a orientação do Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos; Aquisição de dados no que diz respeito aos preços praticados pelos concorrentes ao visitar revendedores ou distribuidores; Uso de dados referentes aos preços praticados ao público e quaisquer outras informações relativas aos concorrentes que estejam disponíveis gratuitamente; Troca de informações estatísticas que contenham dados agregados, e não permitam a identificação da empresa fonte. Entretanto, devido à dificuldade intrínseca de compreender as consequências concorrenciais causadas pela troca de informações com os concorrentes, uma consulta prévia do Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos é sempre aconselhável. 5. RESTRIÇÕES VERTICAIS DA CONCORRÊNCIA 5.1 Acordos verticais Os acordos verticais são celebrados entre empresas que atuam em diferentes níveis da cadeia produtiva ou distributiva (por exemplo, o produtor e o distribuidor). Embora geralmente menos prejudiciais do que os horizontais, os acordos verticais também podem incluir disposições proibidas na medida em que restrinjam a liberdade comercial ou a autonomia concorrencial das partes. Os acordos verticais mais comuns incluem o licenciamento, distribuição (exclusiva e seletiva), compra e acordos de franchising. As regras a serem seguidas na avaliação dos três últimos 16, nos termos do artigo 101 do Tratado, são definidas no Regulamento (CE) 330/201017, que prevê uma zona de segurança para os 16 Exceção é feita para os acordos de licença sujeitos à adoção de um conjunto específico de regras. 17 O Regulamento n. 330 de 20 de Abril de 2010 da Comissão define a aplicação do artigo 101(3) do Tratado sobre o funcionamento da União Europeia a certas categorias de acordos verticais e práticas combinadas. 21

22 acordos que respeitem condições específicas. Se estas condições são verificadas, o Regulamento 330/2010 prevê a não aplicabilidade da proibição definida no artigo 101, parágrafo 1, do Tratado (isenção por categoria). Além do mais, a Comissão Europeia emitiu orientações para a avaliação dos acordos verticais que não atendam às condições estabelecidas pelo regulamento de isenção por categoria. 5.2 Princípios aplicados à avaliação dos acordos verticais De acordo com o Regulamento (CE) 330/2010, os acordos verticais preocupantes em relação à compra e venda de produtos e ativos não são considerados restritivos da concorrência nos casos em que nem o fornecedor nem o distribuidor detenham uma cota de mercado superior a 30%. Entretanto, a isenção prevista pelo regulamento não é aplicada, independentemente da cota de mercado das partes, quando os acordos incluam restrições graves. Mais especificamente, quando um fornecedor de produtos não poderá: Fixar os preços de revenda, exceto para os preços recomendados ou máximos, sob a condição de que estes não equivalham aos preços fixos ou preços mínimos de revenda como resultado de pressões ou incentivos a conceder por uma das partes; Limitar o território ou os clientes para os quais o comprador pode vender. Entretanto, as seguintes proibições não são consideradas ilegais: Vendas ativas (ou seja, as que impliquem a abordagem ativa d e clientes individuais por parte do distribuidor) no território exclusivo ou a um cliente exclusivo reservado ao fornecedor, desde que tal restrição não limite as vendas aos clientes do fornecedor; As vendas para usuários finais realizadas pelo responsável de compras/ Comprador responsável por aquisições de atacado; As vendas a distribuidores não autorizados para distribuição seletiva 18 ; 18 Sob um acordo de distribuição seletiva, o produtor estabelece um sistema em que os produtos podem ser comprados e revendidos apenas por distribuidores e varejistas oficialmente designados, que satisfaçam aos critérios impostos pelo próprio produtor (ou seja, pessoal devidamente treinado, instalações e serviços pós-venda adequados, etc.). Na Europa, este sistema de distribuição é permitido apenas quando justificado pela natureza e pelas características dos produtos a serem comercializados. 22

23 Venda de produtos que tenham sido fornecidos para efeitos de incorporação; Restringir vendas ativas (ou seja, as que impliquem na abordagem ativa de clientes individuais por parte do distribuidor) ou passivas (ou seja, as que respondem a pedidos não solicitados) a usuários finais por parte dos membros de um sistema de distribuição seletiva, salvo a possibilidade de proibir um membro do sistema de operar a partir de um local não autorizado; Restringir fornecimentos cruzados entre distribuidores autorizados dentro de um sistema de distribuição seletiva. 5.3 Sistemas de distribuição por franquia Os princípios supracitados aplicam-se também aos contratos de franchising sempre que estes últimos envolvam a transferência efetiva do know-how técnico do franqueador para o franqueado. As orientações sobre restrições verticais fazem referência explícita às franquias e esclarecem que, no caso em que o franqueador detenha uma cota de mercado superior a 30%, as partes devem avaliar a conformidade do seu contrato com a normativa de defesa da concorrência, considerando que: Quanto maior for a transferência do know-how técnico, maior será a possibilidade de que o acordo preencha as condições previstas no artigo 101, parágrafo 3, do Tratado (ou seja, não será considerado ilegal); A obrigação de não vender produtos ou serviços fornecidos por outros concorrentes não é abrangida pelo âmbito de aplicação do artigo 101, parágrafo 1, do Tratado se a obrigação é necessária para manter a identidade comum e a reputação da rede do franqueador. Neste caso, a obrigação de não concorrência pode durar por toda a duração do contrato de franquia; As seguintes obrigações que vinculam o franqueado são consideradas necessárias para proteger os direitos de propriedade intelectual e industrial do franqueador, e não constituem uma violação do artigo 101, parágrafo 1, do Tratado: Não embarcar, direta ou indiretamente, em atividades similares; Não comprar uma participação numa empresa concorrente se isto lhe confere o poder de influenciar o comportamento de mercado da empresa; 23

24 Não divulgar o know-how técnico fornecido pelo franqueador até que o mesmo se torne de domínio público; Comunicar ao franqueador qualquer experiência adquirida através da franquia, e conceder ao franqueador uma licença não exclusiva para o know-how técnico decorrente da referida experiência; Comunicar com prontidão ao franqueador qualquer violação dos direitos de propriedade intangível licenciados, embarcar em ações legais contra os transgressores ou apoiar o franqueador em qualquer ação judicial movida contra o mesmo; Não utilizar o know-how técnico fornecido sob licença do franqueador para fins que vão além do uso da franquia; Não transferir os direitos e obrigações regidos pelo contrato de franquia sem o consentimento prévio do franqueador. 5.4 Os acordos de agência De um modo geral, os acordos de agência não se enquadram no âmbito de aplicação da proibição sancionada pelo artigo 101, parágrafo 1, do Tratado. Entretanto, as cláusulas incluídas nestes acordos devem ser cuidadosamente examinadas para garantir que não seja afetada a natureza do próprio contrato de agência, e que este último não seja enquadrado na categoria de acordos verticais apesar da sua forma jurídica. De acordo com as diretrizes verticais, esta circunstância pode ocorrer sempre que: O agente aceite os riscos financeiros ou comerciais relacionados com as atividades realizadas por conta do cliente. Os sinais que indicam a aceitação dos riscos incluem, entre outros: a compra, realizada pelo agente, da propriedade das mercadorias vendidas por conta do cliente; o encargo, imposto ao agente, de investir na promoção de vendas, armazenar os bens por sua própria conta e risco, investir em equipamentos, escritórios ou treino de pessoal, compartilhar as despesas ligadas ao fornecimento de bens colocados à venda (por exemplo, despesas de transporte) e, por último, mas não menos importante, aceitar a responsabilidade por mercadorias danificadas ou violações de contrato. A presença de um ou mais desses fatores implica a aplicação do artigo 101 do Tratado ao acordo entre o cliente e o agente; o acordo não será automaticamente considerado ilegal, mas estará sujeito a uma atenta avaliação para determinar a sua conformidade com os princípios mencionados nas regras de isenção de acordos verticais e relativas diretrizes. 24

25 Esteja envolvida uma cláusula de não concorrência em favor do cliente. Se a cota de mercado detida por este último, em relação ao mercado envolvido no acordo de agência, é inferior a 30%, é muito provável que a cláusula de não-concorrência não dará origem a qualquer tipo de complicação. A avaliação deve levar em conta também as cotas de mercado detidas pelos concorrentes e eventuais acordos de não-concorrência subscritos entre estes últimos. Efetivamente, a acumulação de diversas cláusulas de não concorrência pode levar à compartimentação do mercado e exclusão de novos fornecedores. Incentiva determinadas práticas combinadas. Em detalhe, este evento ocorre no caso em que um grupo de clientes faça uso dos mesmos agentes, impedindo assim que outras partes façam o mesmo, ou no caso em que o grupo utilize os agentes para a execução de práticas combinadas relacionadas com as estratégias de negócios ou para efeitos de troca de informações confidenciais sobre o mercado relevante. Princípios de conduta nas relações verticais Seguindo os princípios de defesa da concorrência aplicáveis às relações verticais, os seguintes padrões de conduta devem ser observados: a) Abster-se de exercer pressão (ou oferecer incentivos) que visem fazer com que o distribuidor respeite um preço recomendado de varejo ( RRP em inglês) ou um preço mínimo de venda, tais como: Garantir um desconto para aqueles que mantêm os preços, não vendem a um valor inferior ao RRP ou não vendem abaixo do custo; - Prever promoções de vendas destinadas a premiar os distribuidores que mantêm os preços ou vendem observando o RRP; - Financiar campanhas de propaganda apenas aos distribuidores que aplicam o RRP; - Interromper o fornecimento aos distribuidores que aplicam (ou presumivelmente aplicarão) um preço inferior ao RRP, ou vendem abaixo do custo; - Antecipar a situação de aplicação de sanções para aqueles que não respeitam o RRP ou vendem abaixo do custo (por exemplo, interrompendo os serviços de assistência de marketing); 25

26 - Garantir assistência especial aos distribuidores que compram abaixo do custo de outro distribuidor. O produtor pode exigir que os seus distribuidores o mantenham informado sobre as flutuações de preços de venda apenas quando tal comportamento é verdadeiramente justificado; b) Abster-se de acompanhar as reclamações relativas aos descontos excessivos aplicados por outros distribuidores (dos mesmos produtos/serviços do mesmo produtor) e os pedidos de exercício de pressão sobre estes últimos para desencorajar tais descontos. c) Efetivamente, é bastante difícil evitar que tais ações sejam interpretadas diferentemente de um exercício indevido de pressão sobre o revendedor, com o objetivo de impor a este último o respeito do RRP. Em caso de qualquer dúvida sobre a legalidade de um determinado comportamento, efetuar os devidos controles junto do Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos. d) Sempre que necessário, verificar com o Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos se o site Web da empresa ou se outras comunicações dirigidas aos distribuidores contêm indicações que possam ser consideradas como uma proibição da promoção e venda de produtos via internet, a menos que tal proibição se refira a territórios reservados. e) No caso em que a empresa detenha mais de 30% das cotas de mercado, a inclusão no contrato de cláusulas de não concorrência ou disposições similares deve ser cuidadosamente avaliada com o Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos. f) Sempre que é adotado um sistema de distribuição seletiva, verificar os critérios para a seleção de distribuidores com o Departamento Corporativo de Assuntos Jurídicos. 6. ISENÇÕES 6.1 Isenções por categoria A Comissão Europeia emitiu uma série de regulamentos que dizem respeito a determinadas categorias de acordos horizontais ou verticais, estabelecendo as condições em que tais acordos, embora contendo restrições à concorrência, podem beneficiar-se de isenção automática das disposições do artigo 101, parágrafo 1, do Tratado (conhecidas como isenções por categoria ). 26

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