II Mamíferos Marinhos. A. Considerações Gerais

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1 II Mamíferos Marinhos A. Considerações Gerais Dentre os grupos taxonômicos que representam os mamíferos marinhos, destacam-se os cetáceos, os pinípedes, os sirênios e os mustelídeos. Esses animais dependem exclusivamente dos ambientes marinhos para desenvolver todo ou grande parte do seu ciclo de vida. Com exceção dos cetáceos e sirênios, que vivem exclusivamente no ambiente aquático, as demais espécies de mamíferos marinhos utilizam o ambiente terrestre para realizar parte de suas atividades, como reprodução, descanso, etc (JEFFERSON et al., 2008). A ordem Sirenia (sirênios) inclui as espécies de peixes-bois marinhos e de água doce e os dugongos. Os dugongos têm sua distribuição limitada à região do Indo-Pacífico. Os peixes-bois pertencem à família Trichechidae, que é formada por três espécies: Trichechus manatus (peixe-boi marinho), T. inunguis (peixeboi amazônico) e T. senegalensis (peixe-boi africano). No Brasil, são encontradas duas espécies: Trichechus manatus manatus e Trichechus inunguis. Este último tem sua distribuição praticamente limitada à Bacia Amazônica, podendo ocorrer na desembocadura com o Oceano Atlântico e regiões adjacentes (DOMMING, 1981; BEST & TEIXEIRA, 1982). A ordem Cetacea é formada por duas subordens atuais: Mysticeti e Odontoceti. A subordem Mysticeti é formada pelas baleias verdadeiras ou baleias de barbatanas (possuem placas córneas situadas no lugar dos dentes, com função de filtrar o alimento) e a subordem Odontoceti, representada pelos botos, golfinhos e baleias dentadas. Os odontocetos são caracterizados pela presença de dentes, assimetria cranial e a presença de uma estrutura, denominada de melão, responsável pelo sistema de ecolocalização dos odontocetos (BERTA & SUMMICH, 1999). Os pinípedes atuais estão agrupados na Ordem Carnivora, pertencendo à subordem Pinnipedia (JEFFERSON et al., 2008). O grupo compreende os lobos e leões marinhos (otarídeos), as focas e elefantes-marinhos (focídeos) e as morsas (odobenídeos) (NOWAK, 2003). A superexploração dos mamíferos marinhos levou a extinção de duas espécies: a vaca-marinha de Steller e a foca monge do Caribe (JEFFERSON et al., 2008). Muitas outras espécies têm sido e continuam a ser afetadas pelas atividades humanas, como as capturas acidentais na pesca comercial, enredamentos, contaminantes ambientais, entre outros. No Brasil, a história da conservação dos mamíferos marinhos começou em 1985 com a adesão do Brasil à moratória da caça às baleias. Desde então, o governo federal tem demonstrado alguns esforços para a conservação desses animais, como a criação do Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio), a criação do Grupo de Trabalho Especial dos Mamíferos Aquáticos (GTEMA), e mais recentemente a proposta de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, com o objetivo de banir a caça de cetáceos em todo o Atlântico Sul. Maio/2013 Revisão 00 II /15

2 B. Espécies de Mamíferos Marinhos Presentes na Área de Estudo da Atividade Dentre as espécies de mamíferos marinhos encontradas na área de estudo da atividade, registra-se apenas a ocorrência de cetáceos e, muito ocasionalmente, pinípedes. Nesse capítulo, serão abordados apenas os cetáceos, uma vez que os pinípedes são visitantes ocasionais, que não utilizam a área para reprodução. Os animais avistados, normalmente, são encontrados bastante debilitados devido à sua jornada a partir das suas áreas reprodutivas localizadas no Uruguai e Argentina. No caso do peixe-boi-marinho, as populações remanescentes de T. manatus manatus estão distribuídas entre os estados de Alagoas e Amapá, sendo os estados do Espírito Santo, Bahia e Sergipe considerados apenas áreas de ocorrência histórica para a espécie (ALBUQUERQUE & MARCOVALDI, 1982; LIMA et al., 1992; LIMA, 1997). A seguir serão apresentadas as espécies de cetáceos e pinípedes com ocorrência confirmada para a região de estudo e para as quais se tem um maior nível de informação. Cetáceos A ordem dos cetáceos inclui 86 espécies identificadas em todo o mundo, das quais cerca da metade já foi registrada no Brasil, sendo que 23 espécies já foram registradas para a Bacia de Camamu-Almada (Tabela II ). Dentre elas, a baleia-jubarte Megaptera novaeangliae, a baleia-sei Balaenoptera borealis, a baleia-fin Balaenoptera physalus, a baleia-franca-do-sul Eubalaena australis e o cachalote, Physeter macrocephalus têm suas populações listadas como vulneráveis (VU) ou em perigo (EN) no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2008). Apesar do grande número de espécies de cetáceos que ocorrem em águas jurisdicionais brasileiras, poucas são as informações que permitem avaliar seu status, fazendo com que quase todas as espécies sejam classificadas como insuficiente em dados (DD) ou até mesmo nem sejam citadas nas listas nacionais e internacionais de espécies ameaçadas (MMA, 2008; IBAMA, 2001; IUCN, 2011). Os cetáceos foram agrupados em duas categorias de acordo com seus hábitos de vida: (1) espécies costeiras e (2) espécies pelágicas. Essa classificação foi realizada com o objetivo de facilitar a avaliação de possíveis impactos sobre esse grupo de animais, dada as características do empreendimento (como a lâmina de água maior que 2000 m). Espécies que apresentam hábitos pelágicos, mas que podem ser encontradas em águas costeiras (como é o caso da baleia-jubarte e da baleia-franca) foram inseridas na segunda categoria. Maio/2013 Revisão 00 II /15

3 TABELA II Lista de espécies de cetáceos costeiros e oceânicos encontrados no litoral da Bahia. Subordem Família Espécie Nome comum MMA 1 IUCN 2 Fonte Mysticeti Odontoceti Balaenidae Eubalaena australis Baleia-franca-austral EN LC BARROS, 1991; ENGEL et al., 1997; BARACHO-NETO et al., 2002 Balaenoptera acutorostrata Baleia-minke-anã - LC ZERBINi et al., 1996; 1997; REIS & SANTANA, 1991; FIGUEIREDO et al., 1996; IMA, dados não-publicados Balaenopteridae Balaenoptera borealis Baleia-sei VU EN BARROS, 1991; ZERBINI et al., 1997 Balaenoptera physalus Baleia-fin EN EN ZERBINI et al., 1997 Megaptera novaeangliae Baleia-jubarte VU LC BARROS, 1991; DÓREA-REIS et al., 1996; REIS et al., 2000; FREITAS et al, 1998; ZERBINI et al, 2004 Physeteridae Physeter macrocephalus Cachalote VU VU BARROS, 1991; BEZERRA et al., 1994; RAMOS et al., 2001; IMA, dados não-publicados Kogiidae Kogia sima Cachalote-anão - DD REIS et al., 2000; MAIA-NOGUEIRA et al., 2001a Kogia breviceps Cachalote-pigmeu - DD MAIA-NOGUEIRA et al., 2001a Ziphiidae Mesoplodon layardii Baleia-bicuda-de-Layard - DD MAIA-NOGUEIRA & Nunes, 2005 Ziphius cavirostris Baleia-bicuda-de-Cuvier - LC REIS et al., 2000; IMA, dados não-publicados Globicephala macrorhynchus Baleia-piloto-de-peitorais-curtas - DD IMA, dados não-publicados Grampus griseus Golfinho-de-risso - LC MAIA-NOGUEIRA, 2000; REIS et al., 2000 Peponocephala electra Golfinho-cabeça-de-melão - LC REIS et al., 2000; GASPARINI & SAZIMA, 1996 Pseudorca crassidens Falsa-orca - DD REIS et al., 1996 Feresa attenuata Orca pigméia - DD IMA, dados não-publicados Orcinus orca Orca - DD IMA, dados não-publicados Delphinidae BARROS, 1991; REIS & QUEIROZ, 1992; REIS et al., 2000; Sotalia guianensis Boto-cinza ou boto - DD IMA, dados não-publicados Stenella attenuata Golfinho-pintado-pantropical - LC REIS et al., 2000; IMA, dados não-publicados Stenella clymene Golfinho-clímene - DD REIS et al., 2000; FERTL et al., 2003; SOUTO et al., 2004 Stenella longirostris Golfinho-rotador - DD IMA, dados não-publicados Stenella coeruleoalba Golfinho-listrado - LC REIS et al., 2000; MAIA-NOGUEIRA et al., 2001b Steno bredanensis Golfinho-de-dentes-rugosos - LC DÓREA-REIS et al., 1994; REIS et al., 2000; BASTOS et al., 2002 Tursiops truncatus Golfinho-flíper - LC BARROS, 1991; REIS et al., 2000; IMA, dados não-publicados 1 MMA Ministério do Meio Ambiente. (2008). Livro Vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. 2 IUCN União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (2011) VU (Vulnerable)= vulnerável ou ameaçada de extinção a médio prazo; DD (Data Deficient)= deficientes em dados; LC (Least Concern)= baixo risco de extinção; EN (Endangered)= ameaçada de extinção a curto prazo. Maio/2013 Revisão 00 II /15

4 Espécie costeira Sotalia guianensis (boto-cinza ou boto) Sotalia guianensis é a espécie de odontoceto com maior número de registros ao longo do litoral brasileiro (Figura II ). Contudo, as informações a respeito da espécie ainda são poucas, pois os dados biológicos são coletados de forma oportuna e a maioria dos estudos é desenvolvida em áreas restritas. Devido a esses fatores, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) classifica a espécie como insuficientemente conhecida (IUCN, 2011), sendo ainda considerada como uma das espécies prioritárias no Plano de Ação para Mamíferos Aquáticos do IBAMA (IBAMA, 2001). Foto: Acervo IMA Instituto Mamíferos Aquáticos FIGURA II Botos-cinza (Sotalia guianensis) em socialização próximo a Ilha de Madre de Deus, Bahia de Todos os Santos (BA). Até recentemente, empregava-se a definição de uma única espécie Sotalia fluviatilis com duas subespécies (RICE, 1998) ou de uma única espécie (Sotalia fluviatilis) com dois ecótipos distintos, sendo uma forma marinha e outra fluvial (DA SILVA & BEST, 1994; DA SILVA & BEST, 1996). Entretanto estudos da morfologia dos crânios das duas formas e análises genéticas sugerem um alto grau de especiação para as duas formas, tratando-se então de duas espécies distintas, sendo a espécie costeira denominada Sotalia guianensis ou boto-cinza e a espécie endêmica à Bacia Amazônica denominada Sotalia fluviatilis ou tucuxi (MONTEIRO-FILHO et al., 2002; CUNHA et al., 2005; CABALLERO et al., 2007). A espécie marinha, em geral conhecida como boto-cinza, ou simplesmente boto, apresenta hábitos costeiros e encontra-se distribuída amplamente pelo litoral das Américas do Sul e Central, tendo como limites de sua distribuição, ao norte, a Nicarágua na América Central, e ao sul, o Estado de Santa Catarina, na América do Sul (SIMÕES-LOPES, 1986; CARR & BONDE, 2000). No entanto, DA SILVA & BEST (1994, 1996) apontam para a possível ocorrência da espécie até Honduras. O boto-cinza pode ser avistado se deslocando tanto em águas superficiais ao longo da costa quanto em áreas protegidas de bocas de grandes rios, baías e estuários (DA SILVA & BEST, 1996). Maio/2013 Revisão 00 II /15

5 Poucos estudos têm monitorado os movimentos realizados por S. guianensis ao longo da costa. JESUS et al. (2004) observaram um indivíduo foto-identificado realizando um deslocamento de cerca de 20 km no mesmo dia entre duas enseadas no litoral do Rio Grande do Norte. ROSSI-SANTOS et al. (2004) aplicaram a técnica de foto-identificação em duas áreas do litoral do extremo sul da Bahia com aproximadamente 80 km de distância entre si e nenhum animal identificado numa área foi reavistado em outra, o que pode sugerir que, ao contrário de outras espécies de delfinídeos costeiros, S. guianensis não realiza grandes deslocamentos ao longo da costa. Na verdade, alguns estudos de foto-identificação realizados com S. guianensis no Brasil têm demonstrado que alguns indivíduos podem apresentar uma fidelidade à área por até dez anos (FLORES, 2003). Existem registros para S. guianensis dentro de praticamente todo o litoral baiano. Existem registros para S. guianensis desde o município de Salvador até o município de Belmonte, região do Baixo Sul, havendo áreas de maior concentração, como a Baía de Todos os Santos, a Baía de Camamu e as regiões de Itacaré e Ilhéus (REIS & QUEIROZ, 1992; REIS et al., 2000; MARCONDES & ROSSI-SANTOS, 2004; REIS, 2004; ALARCON & SCHIAVETTI, 2005). Aparentemente S. guianensis não apresenta um período reprodutivo marcado, com a reprodução podendo ocorrer ao longo de todo o ano. DI BENEDITTO (2000) observou picos de nascimento para a espécie na costa do Rio de Janeiro, entretanto, o mesmo não foi observado para a Barra do Paraguaçu (REIS et al., 2004) ou para a costa do Paraná (ROSAS & MONTEIRO-FILHO, 2002). Os principais impactos para a espécie na área em questão são as capturas acidentais e/ou intencionais em artefatos de pesca para consumo humano ou utilização como isca na pesca com espinhel e a poluição e degradação dos ambientes costeiros (IBAMA, 2001). Espécies pelágicas Balaenoptera sp. Os balenopterídeos que utilizam a costa oeste do Atlântico sul apresentam as águas do nordeste brasileiro até a latitude de S como seu limite setentrional durante seu período reprodutivo (ZERBINI et al., 1997). Nesse gênero, encontram-se a baleia-azul Balaenoptera musculus, a baleia-minke-anã Balaenoptera acutorostrata, a baleia-minke-antártica Balaenoptera bonaërensis, a baleia-sei Balaenoptera borealis, a baleia-fin Balaenoptera physalus e a baleia-de-bryde Balaenoptera edeni. B. borealis (Baleia-sei) e B. physalus (Baleia-fin) têm sido observadas na costa nordestina durante o inverno e a primavera austrais, enquanto a B. acutorostrata (Baleia-minke-anã) tem apresentado registros ao longo de todo o ano, o que pode indicar certo grau de residência para os indivíduos da população ou ainda uma migração em menor escala quando comparada com as demais espécies do grupo, com exceção da Baleia-de- Bryde, que permanece em águas tropicais e temperadas em ambos os hemisférios (ZERBINI et al., 1997). Maio/2013 Revisão 00 II /15

6 Dentre essas espécies, a baleia-minke-anã (Figura II ) a baleia-sei e a baleia-fin (Figura II ) apresentam registros de encalhes para o litoral baiano (IMA, dados não-publicados). É possível, ainda que, a baleia-azul (espécie mais rara) e a baleia-minke-antártica também ocorram nessa região, uma vez que já foram registradas em outras localidades da costa brasileira, mas principalmente na região nordeste (ZERBINI, 1997; MEIRELLES & FURTADO-NETO, 2004; LUCENA, 2006). Fonte: FIGURA II Baleia minke anã, Balaenoptera acutorostrata. A baleia-sei e a baleia-minke foram os principais alvos da caça comercial nas estações baleeiras da Costinha (PB) e Cabo Frio (RJ), diminuindo consideravelmente o número de indivíduos avistados durante a década de 80 (ZERBINI et al., 1997). Atualmente, as principais ameaças às populações de Balenopterídeos são as colisões com embarcações de grande porte (FÉLIX & WAEREBEEK, 2005) e o enredamento em redes de pesca de deriva. Fonte: FIGURA II Baleia fin, Balaenoptera physalus. Maio/2013 Revisão 00 II /15

7 Megaptera novaeangliae (baleia-jubarte) As baleias-jubarte Megaptera novaeangliae apresentam uma ampla distribuição, sendo encontradas em todos os oceanos. As populações de baleias-jubarte apresentam um padrão de migração anual, podendo ser encontradas em áreas de alimentação situadas nas regiões polares durante o verão austral e áreas de reprodução situadas em regiões tropicais e sub-tropicais durante o inverno e a primavera (CLAPHAM & MEAD, 1999). No Brasil, as jubartes podem ser encontradas desde o Rio Grande do Sul até Fernando de Noronha, mas principalmente na região do Banco de Abrolhos, situado no sul da Bahia e norte do Espírito Santo, reconhecido como a principal área de concentração para a espécie no Atlântico Sul-Ocidental durante o seu período reprodutivo, entre os meses de julho a novembro (Figura II ) (SICILIANO, 1997; IBAMA, 2001; MARTINS et al., 2001). Fonte: Instituto Baleia Jubarte ( FIGURA II Fêmea e filhote de Megaptera novaeangliae Nos últimos anos, observou-se um maior deslocamento de indivíduos ao longo da costa brasileira, com o aumento das avistagens de indivíduos adultos e filhotes em outros estados na região nordeste (FURTADO- NETO et al., 1998; COSTA et al., 2002; MACEDO et al., 2004; JESUS et al., 2005A). O aumento na frequência de avistagens, associados à presença de filhotes recém-natos sugere que a população de baleiasjubartes demonstra sinais de recuperação e apresenta uma tendência a reocupar áreas de ocorrência utilizadas antes do período em que a espécie foi alvo da atividade baleeira na costa do nordeste e sudeste do país (ZERBINI et al., 2004; ENGEL & MARCOVALDI, 2007). Grupos de baleias-jubartes têm sido avistados nas adjacências da cidade de Salvador desde a década 90 (DÓREA-REIS et al., 1996) e até mesmo um indivíduo previamente identificado no Arquipélago de Abrolhos foi re-avistado nas proximidades de Salvador durante a mesma estação reprodutiva, sugerindo haver movimentos entre essas áreas (FREITAS et al., 1998). De fato, indivíduos de M. novaeangliae também têm sido observados utilizando a Península de Maraú, desde Itacaré até a região da Bacia Camamu Maio/2013 Revisão 00 II /15

8 entre os meses de julho e novembro. As profundidades em que os animais foram avistados variaram de 07 a 50 m, sendo encontrados desde indivíduos solitários a grupos contendo até quatro indivíduos. Em Camamu, mais da metade dos grupos observados era formado apenas por uma fêmea e seu filhote, enquanto que na região de Itacaré, os filhotes representaram cerca de 10% dos animais avistados (ENGEL & MARCOVALDI, 2007; SOMA, 2008). Vale salientar ainda, o registro do nascimento de um filhote de M. novaeangliae nas proximidades da Ilha de Quiepe, próximo à Baía de Camamu (SOMA/EL PASO, dados não publicados). Esse episódio associado ao grande número de registros de fêmeas e filhotes nos permite afirmar que a área em questão é de grande importância para a espécie durante o seu período reprodutivo. Estudos recentes têm estimado a população de jubartes para o Banco dos Abrolhos entre indivíduos, dependendo da técnica utilizada para a coleta dos dados e dos modelos de estimativa aplicados (ANDRIOLLO et al., 2003; FREITAS et al., 2004). ZERBINI et al. (2004) estimaram 628 indivíduos entre os paralelos 5 e 12º S. Os animais foram observados entre isóbatas de 20 m a 700 m, sendo que a maioria das avistagens aconteceu próximo à isóbata de 200 m e em áreas mais rasas para pares fêmeas-filhotes. Recentemente, a população total ocorrendo ao longo da costa brasileira foi estimada em indivíduos, o que representa 25-30% do estoque populacional no período pré-caça (PALAZZO-JUNIOR, 2006). Atualmente, os principais impactos sobre as populações de baleia-jubarte estão relacionados às rotas de navegação de barcaças e corredores de navegação próximos ao Banco de Abrolhos e outras áreas de concentração para a espécie, localizadas próximas à costa baiana, às atividades de exploração de hidrocarbonetos e ao crescimento na atividade de observação de baleias, principalmente na região de Abrolhos (MORETE et al., 2003; MARTINS, 2004). Eubalaena australis (baleia-franca-austral ou baleia-franca-do-sul) As baleias francas austrais migram de áreas de alimentação em regiões subantárticas e se concentram próximo à costa ao longo da América do Sul e África para fins reprodutivos (NOWAK, 2003). No Brasil, a principal área de concentração é o litoral de Santa Catarina (SIMÕES-LOPES et al., 1992; IWC/BRASIL, 1999), raramente chegando em regiões mais ao norte. Entretanto alguns poucos indivíduos têm sido avistados no Arquipélago de Abrolhos (ENGEL et al., 1997) e no litoral norte da Bahia (BARACHO-NETO et al., 2002). Vale ressaltar também a observação de um par fêmea/filhote na região da Bacia de Camamu (SOMA/EL PASO, dados não publicados) (Figura II ). A baleia-franca era a espécie alvo na época da caça à baleia no Brasil. Estima-se que a caça no Hemisfério Sul tenha reduzido a população da baleia franca austral de uma estimativa de animais antes da caça comercial para cerca de atualmente (PALAZZO-JUNIOR, 2006). Atualmente, os possíveis impactos sobre as populações de E. australis incluem riscos de colisões com embarcações de grande porte, poluição sonora decorrente da exploração de hidrocarbonetos e emalhamento em redes de pesca (IWC/BRASIL, 1999). Maio/2013 Revisão 00 II /15

9 Fonte: Projeto Baleia Franca ( FIGURA II Fêmea e filhote de Eubalaena australis Physeter macrocephalus (cachalote) O cachalote Physeter macrocephalus é o maior dentre os odontocetos e o que apresenta maior dimorfismo sexual, sendo que machos maduros sexualmente podem atingir de 13 a 18 m enquanto o tamanho das fêmeas pode variar de 9,5 a 11 metros. O cachalote pode ser encontrado em todos os oceanos, evitando apenas os pólos em ambos os hemisférios. Machos e fêmeas têm comportamentos migratórios diferentes. Os machos adultos costumam se aproximar mais das regiões polares do que as fêmeas e os machos juvenis. De forma geral, os animais costumam se aproximar mais dos pólos durante o verão austral, e retornar às áreas temperadas e tropicais durante o inverno austral (WHITEHEAD & WEILGART, 2000). No Brasil, existem registros de sua ocorrência entre os estados do Pará (~1º S) e Rio Grande do Sul (~34º S) (RAMOS et al, 2001). Na Bahia, existem registros de encalhes de P. macrocephalus ao longo de quase todo o litoral (BARROS, 1991; ENGEL, 1994; RAMOS et al., 2001; IMA, dados não publicados). Estudos com P. macrocephalus praticamente inexistem no litoral brasileiro. As poucas informações acerca desses animais são procedentes de animais encalhados (Figura II ; RAMOS et al., 2001; JESUS et al., 2005b) ou ainda de avistagens oportunísticas (ANANIAS et al., 2003). Maio/2013 Revisão 00 II /15

10 Foto: Greenpeace. FIGURA II Baleia-cachalote (Physeter macrocephalus) Baseados em registros de encalhes de P. macrocephalus ocorridos na costa brasileira entre , RAMOS et al. (2001) sugerem que os indivíduos tendem a se concentrar em baixas latitudes (~3-7 S) entre os meses de janeiro e abril (verão e outono) e altas latitudes ~18-25 S entre junho e agosto (inverno). De acordo com os autores, um pico de nascimentos é esperado nessa época do ano (verão/outono), o que também é observado para a espécie em outras áreas (WHITEHEAD & WEILGART, 2000). Entretanto, essas informações devem ser utilizadas com cautela, pois se baseiam apenas em dados obtidos a partir de encalhes. No Brasil, as possíveis ameaças para P. macrocephalus são as colisões com embarcações, emalhamentos em redes de pesca, contaminação por poluentes químicos e, aparentemente, altos níveis de poluição sonora também parecem afetar esses animais (WHITEHEAD & WEILGART, 2000). Baleias-bicudas ou zifídeos As baleias-bicudas (Família Ziphiidae) fazem parte do segundo maior grupo de cetáceos, com 21 espécies reconhecidas no mundo (JEFFERSON et al., 2008 No entanto, as avistagens em mar são dificultadas por apresentarem comportamento inconspícuo, forma do corpo pouco variável entre as espécies, borrifo discreto e reação de afastamento das embarcações (HEYNING, 1989; JEFFERSON et al., 1993; CARWARDINE, 1995). Tais características, aliadas ao fato de serem animais de hábitos pelágicos de águas profundas (áreas em torno de 1000 m de profundidade), dificultam ainda mais a obtenção de informações sobre a biologia e a ecologia do grupo. Os animais encontrados encalhados nas praias sempre foram alvo principal dos estudos sobre as baleiasbicudas. Das espécies conhecidas, a maioria dos dados refere-se a basicamente três espécies: baleia-bicudade-cuvier (Ziphius cavirostris), baleia-bicuda-de-blainville (Mesoplodon densirostris) e baleia-nariz-de- Maio/2013 Revisão 00 II /15

11 garrafa do norte (Hyperoodon ampulatus) (WHITEHEAD et al. 1997; DALEBOUT et al., 1998; 2004; CLARIDGE, 2006). Registros sobre o comportamento de mergulho de algumas espécies indicaram que estão entre os cetáceos que realizam os mergulhos mais longos e profundos, durando em média 30 minutos (NOWAK, 2003; BAIRD et al. 2006). A dieta é composta principalmente por lulas pelágicas, sendo encontrados peixes e crustáceos (com menor representatividade) nos estômagos de animais encalhados (CARWARDINE, 1995; HETZEL & LODI, 1993; SEKIGUCHI et al., 1996). A alimentação se dá através de sucção da presa sendo a língua utilizada neste mecanismo. Os machos adultos possuem dois dentes na mandíbula inferior que são visíveis mesmo quando esta se encontra fechada e são utilizados na disputa por fêmeas (HETZEL & LODI, 1993). Há ocorrência de duas espécies para a Bacia de Camamu-Almada, a baleia-bicuda-de-cuvier (Ziphius cavirostris) e a baleia-bicuda-de-layard (Mesoplodon layardii). A baleia-bicuda-de-cuvier, conhecida por ser a mais cosmopolita das baleias-bicudas, ocorre nas águas tropicais e temperadas de todos os oceanos (FIGURA II ) (RICE, 1977 apud NOWAK, 2003). Esta espécie é a que encalha com maior freqüência em relação a outras baleias-bicudas, podendo não ser tão rara quanto se pensava (HEYNING, 1989; MEAD 1989). Há registros de pelo menos 37 espécimes no sudoeste do Atlântico, de Fernando de Noronha à Terra do Fogo na Argentina, sendo que 12 ocorreram ao longo da costa do Brasil (HETZEL & LODI, 1993; PALAZZO, 2006; RICE,1998). Foto: FIGURA II Baleia-bicuda-de-Cuvier (Ziphius cavirostris) Maio/2013 Revisão 00 II /15

12 Em relação ao tamanho, não apresenta dimorfismo sexual aparente, sendo que as fêmeas possuem cerca de 7 m de comprimento e os machos 6,7 m. Grupos com mais de 40 animais já foram registrados, mas comumente são avistados pequenos grupos de 2 a 7 animais ou ainda indivíduos solitários (possivelmente machos adultos) (RICE, 1978 apud NOWAK, 2003; HEYNING, 1989; JEFFERSON et al., 1993). A baleia-bicuda-de-layard (Mesoplodon layardii) é uma espécie de águas temperadas e frias. No Atlântico Sul, encalhes foram registrados no sul da Argentina, Uruguai, Ilhas Malvinas, Namíbia, África do Sul e no sul do Brasil, sendo que o registro mais a norte desta espécie foi estimado através de encalhes ao longo da costa da Bahia, em Salvador (PINEDO et al., 2001; MAIA-NOGUEIRA & NUNES, 2005; PALAZZO, 2006; SOUTO et. al, 2007). As fêmeas atingem cerca de 6 m de comprimento e os machos 5,8 m, estando entre as maiores das baleiasbicudas. Devido ao seu padrão típico de coloração e a presença de um par de dentes que crescem na mandíbula inferior e curvam-se para a superior, ocorrendo somente nos machos adultos, podem ser identificadas com maior facilidade no oceano (NOWAK, 2003). SEKIGUCHI et al. (1996), comparando os tamanhos das presas entre machos adultos (que possuem dentes externos) com as presas capturadas por fêmeas e machos jovens de M. layardii, não encontraram diferenças significativas em relação ao peso das lulas consumidas por ambos os grupos, apesar dos tamanhos similares, sugerindo que a presença dos dentes nos machos adultos não influencia o tamanho das presas capturadas, mesmo que os dentes impossibilitem a abertura total da boca. Pouco se sabe sobre a historia de vida e a dinâmica das populações destas espécies pelágicas (MEAD, 1989; PERRIN et al., 1994). As baleias-bicudas parecem ser particularmente vulneráveis a traumas sonoros, e foram registrados encalhes em massa que coincidiram com exercícios militares envolvendo o uso de sonares de baixa freqüência e volume muito elevado (PALAZZO, 2006). Informações sobre o comportamento de mergulho das baleias-bicudas são necessárias para avaliar o quanto essas espécies são susceptíveis aos impactos antrópicos. C. Conservação Existem atualmente duas instituições de pesquisa e conservação que atuam com mamíferos aquáticos no litoral baiano, são elas: Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e Instituto Baleia Jubarte (IBJ). São citadas também a Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Nordeste e as Áreas Prioritárias para a Conservação dos Mamíferos Marinhos. Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) O Instituto Mamíferos Aquáticos foi criado em 1995 na cidade de Salvador com o objetivo de desenvolver atividades de pesquisa e conservação desses mamíferos e de seus ecossistemas associados, sejam eles interiores, costeiros ou oceânicos. Inicialmente denominado Sociedade de Pesquisa e Preservação dos Mamíferos Aquáticos (Projeto MAMA), o IMA é uma organização não-governamental sem fins lucrativos. Maio/2013 Revisão 00 II /15

13 Com o decorrer dos anos, devido à grande demanda de encalhes, tanto de animais vivos quanto animais mortos, houve a necessidade de dividir o grupo em duas unidades operacionais, são elas: Projeto Mamíferos Marinhos - que desenvolve estudos de comportamento e ecologia de mamíferos aquáticos e atividades de educação ambiental. Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos (CRMA) - responsável pelo atendimento a encalhes desses animais. O Projeto Mamíferos Marinhos tem desenvolvido pesquisas com comportamento e ecologia do boto-cinza Sotalia guianensis há mais de dez anos na Baía de Todos os Santos. Além de diversas atividades de educação ambiental e Projetos de Inclusão Social, como o Programa Amigo Pescador. Atualmente, o Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) tem bases nos Estados da Bahia e Sergipe. Na Bahia, o IMA encontra-se sediado na cidade de Salvador e conta ainda com mais três unidades descentralizadas situadas na Barra do Paraguaçu (Baía de Todos os Santos), Gamboa (Ilha de Tinharé) e Ilhéus. Instituto Baleia Jubarte (IBJ) O Instituto Baleia Jubarte, também uma organização não-governamental sem fins lucrativos, foi criado em 1996 com o objetivo de fomentar o desenvolvimento das atividades de pesquisa do já existente Projeto Baleia Jubarte. Além da conservação das espécies de mamíferos aquáticos que ocorrem na região do Arquipélago de Abrolhos, o IBJ também tem como objetivo o desenvolvimento de projetos que visam à melhoria da qualidade de vida das comunidades litorâneas da região, através do Programa de Educação e Informação Ambiental e do Projeto de Gerenciamento Costeiro Integrado. O IBJ é sediado no município de Caravelas, extremo sul do litoral baiano. Recentemente, a maior freqüência de avistagens de baleias-jubartes no litoral norte do Estado da Bahia levou o IBJ a criar uma unidade operacional na Praia do Forte, município de Mata de São João. Além do reconhecido trabalho desenvolvido com baleias-jubarte, o IBJ criou o Projeto Boto Sotalia com o objetivo de estudar a população de botos-cinza (Sotalia guianensis) no extremo sul do litoral baiano. Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Nordeste (REMANE) A Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Nordeste - REMANE foi criada a partir da portaria N.º 39 de 28 de julho de 2000, como um primeiro passo para a criação da Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Brasil (REMAB). A REMANE tem como objetivos realizar, coordenar e prover na região nordeste, estudos oriundos de resgate, reabilitação e soltura de mamíferos aquáticos. A REMANE foi uma atitude pioneira e permitiu que instituições que já trabalhavam com mamíferos aquáticos na região nordeste pudessem interagir de forma mais eficaz, com a troca de experiências e o estabelecimento de parcerias (Tabela II ). Essa ação inovadora ajudou a construir o modelo que atualmente vem sendo empregado na criação das demais Redes Regionais de Encalhe. Maio/2013 Revisão 00 II /15

14 TABELA II Instituições que fazem parte do Comitê Gestor da REMANE. Instituições Centro Mamíferos Aquáticos/IBAMA Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos Aquasis Centro Golfinhos Rotador Reserva Biológica Atol das Rocas/IBAMA Instituto Baleia Jubarte Instituto Mamíferos Aquáticos Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Fundação Mamíferos Aquáticos UF ou localidade em que atua AL, PE, CE, PI, MA CE Fernando de Noronha (PE) Atol das Rocas (RN) BA BA, SE RN RN PE Na Bahia, os representantes da REMANE são o Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e o Instituto Baleia Jubarte (IBJ). O IMA é o responsável pelo atendimento e resgate de mamíferos aquáticos na faixa do litoral que compreende o município de Canavieiras e se estende até a divisa dos estados da Bahia e Sergipe. Áreas Prioritárias para a conservação dos mamíferos marinhos O documento Avaliação e Ações Prioritárias Para a Conservação da Biodiversidade das Zonas Costeira e Marinha identificou áreas prioritárias visando proteger diversos organismos, incluindo os mamíferos marinhos (MMA, 2002). Estão listadas, a seguir, as áreas presentes na área de estudo. Ilhéus (BA) estuário, manguezal e praia arenosa. Presença de Sotalia guianensis com registros de captura acidental e intencionais para consumo humano; Bahia área de procriação de baleia jubarte e baleia franca. Em 2007, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) realizou o processo de atualização das Áreas e Ações Prioritárias para os biomas brasileiros (MMA, 2007). Dentre as áreas presentes nas zonas costeira e marinha da área de estudo, destacam-se pela sua importância para os mamíferos marinhos: ZM018 Banco dos Abrolhos Principal área de concentração e reprodução de baleias jubarte. ZM019 Ilhéus Área de ocorrência e reprodução de jubartes (Megaptera novaeangliae); ocorrência de boto-cinza (Sotalia guianensis), golfinho-de-nariz-de-garrafa (Tursiops trucatus). ZM021 Baía de Todos os Santos (área de fora) - Área de concentração reprodutiva da baleia jubarte (Megaptera novaeangliae), ocorrência de baleia franca (Eubalaena australis), Golfinho-de-nariz-de-garrafa (Tursiops trucatus) e Boto Cinza (Sotalia fluviatilis). ZM061 Base do Talude Área de ocorrência de jubartes (Megaptera novaeangliae) ZM064 Base do Talude ao largo do - Área de ocorrência de baleia jubartes (Megaptera novaeangliae). Maio/2013 Revisão 00 II /15

15 D. Considerações Finais Aproximadamente 23 espécies de cetáceos já foram registradas na região de estudo, demonstrando a importância da região para a biodiversidade desses animais em águas jurisdicionais brasileiras. A distribuição dessas espécies varia desde águas mais rasas e costeiras (p.e., boto-cinza) até lâminas d água superiores a 500 m (misticetos, zifídeos e maior parte dos delfinídeos). Algumas espécies podem ainda se aproximar mais da costa, apenas durante o período reprodutivo, como a baleia-jubarte e a baleia-franca. Dentre elas, a baleia-jubarte Megaptera novaeangliae, a baleia-sei Balaenoptera borealis, a baleia-fin Balaenoptera physalus, a baleia-franca-do-sul Eubalaena australis e o cachalote, Physeter macrocephalus têm suas populações listadas como vulneráveis (VU) ou em perigo (EN) no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2008) e/ou na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas (IUCN, 2011). Destaca-se a baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), a baleia-franca-austral (Eubalaena australis), o cachalote (Physeter macrocephalus) e algumas espécies de balenopterídeos (baleias-sei, fin e minkeantártica), que provavelmente utilizam a região do litoral da Bahia para fins reprodutivos (acasalamento e cuidados dos filhotes). Além disso, algumas espécies de odontocetos, além do boto-cinza (Sotalia guianensis), também utilizam essa área durante suas atividades diurnas e noturnas. Os misticetos estão presentes na área de estudo entre os meses de inverno e primavera austral, com exceção da baleia-minke-anã que tem sido avistada ao longo de todo o ano, podendo refletir certo grau de fidelidade da espécie para a região do nordeste brasileiro. Dentre os odontocetos, evidências a partir de registros de encalhes sugerem que o cachalote pode ocorrer ao longo de todo o ano, com maiores concentrações nos meses de inverno, enquanto que os delfinídeos podem ocorrer ao longo de todo o ano, como observado para S. guianensis. Maio/2013 Revisão 00 II /15

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