Regulamento de Avaliação de Conhecimentos e Competências do 2.º Ciclo de Estudos
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1 Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas UNIVERSIDADE DE LISBOA Regulamento de Avaliação de Conhecimentos e Competências do 2.º Ciclo de Estudos
2 Preâmbulo O presente Regulamento estabelece as regras de funcionamento do processo de avaliação da aprendizagem de todos os discentes e é aplicável a todos os discentes dos cursos do II Ciclo do ISCSP da Universidade de Lisboa. CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Responsabilidade do Processo de Avaliação 1. O processo de avaliação de conhecimentos e competências em cada unidade curricular é da responsabilidade do regente, após distribuição do serviço docente devidamente homologada pelo Presidente de acordo com a alínea c) do art.º 40 dos Estatutos do ISCSP. 2. A autoridade máxima dentro da sala de aula é exercida pelo docente designado pelo Conselho Científico, a quem compete garantir o cumprimento dos termos do presente Regulamento. Artigo 2º Regime e Estatuto dos estudantes 1. No ISCSP-UL os trabalhadores-estudantes não estão vinculados às regras de assiduidade estipuladas para a modalidade de avaliação adoptada em cada unidade curricular. 3. Os estudantes abrangidos por regimes especiais devidamente registados nos Serviços Académicos, ficam abrangidos pela legislação em vigor no que respeita à assiduidade e avaliação: i) Trabalhadores-estudantes; ii) Dirigentes associativos; ii) Dirigentes associativos juvenis; iv) Mães e pais estudantes; v) Atletas de alta competição; vi) Atletas universitários; vii) Bombeiros e outras situações abrangidas pela lei. 2 Artigo 3.º Ficha de Unidade Curricular 1. O modo de funcionamento de cada unidade curricular deve obrigatoriamente ser sintetizado numa Ficha de Unidade Curricular pelos docentes referidos no Artigo 1º. 2. A Ficha de Unidade Curricular deve ser atualizada sempre que se verifiquem alterações na mesma. 3. Na Ficha de Unidade Curricular deverão constar os seguintes elementos: i) Designação, ii) Carga horária; iii) Créditos que confere; iv) Conteúdos programáticos; v) Método de ensino; vi) Modelo de avaliação, detalhando a ponderação percentual de cada elemento da avaliação (caso existam). 4. As Fichas de Unidade Curricular são públicas constando no sítio eletrónico do Instituto. Artigo 4.º Publicidade da modalidade de avaliação 1. As modalidades e os critérios de avaliação de conhecimentos e competências, bem como as regras de assiduidade, a adoptar em cada unidade curricular são comunicados aos estudantes no primeiro dia de aulas, de acordo com a informação obrigatoriamente detalhada na respectiva ficha de unidade curricular que deverá estar acessível no sítio eletrónico e na plataforma de e-learning do ISCSP antes do início do semestre. 2. Qualquer aspecto da avaliação definido na ficha de unidade curricular não pode ser alterado após o início do semestre, salvo com o acordo dos estudantes. Artigo 5.º Regras Gerais de Avaliação 1. A avaliação de conhecimentos e competências adquiridas pelos alunos em cada unidade curricular será feita mediante a realização de, pelo menos, um elemento escrito de avaliação.
3 2. No caso desse elemento escrito ser um trabalho, o mesmo tem que ser objeto de apresentação e discussão oral. 3. Os critérios de avaliação deverão constar na Ficha da Unidade Curricular. 4. A avaliação é individual. 5. Serão considerados aprovados os alunos que obtiverem uma classificação final mínima de 10 valores. 6. A avaliação de cada unidade curricular tem que ser concluída, em todas as suas componentes, até ao final do respetivo período de avaliação. 7. As avaliações decorrem em duas épocas de exames: a época normal e a época de recurso. 8. A época normal decorre no final de cada semestre, seguindo-se-lhe a respetiva época de recurso. 9. Cada aluno tem direito, para cada unidade curricular do seu plano de estudos, a efetuar uma melhoria de nota, que pode ser efetuada na época de recurso do semestre onde foi obtida a classificação positiva ou na época de avaliação normal ou de recurso do semestre correspondente do ano lectivo subsequente. Artigo 6.º Acompanhamento Tutorial 1. De acordo com o estabelecido na lei e no âmbito do programa a estabelecer semestralmente, cada docente indicará os dias e horas de atendimento tutorial de acordo com as horas de contacto legalmente estipuladas. 2. Os alunos, consoante os horários apresentados no ponto anterior, podem escolher livremente o seu tutor. Artigo 7.º Orientação Científica 1. A orientação científica dos trabalhos finais de mestrado, independentemente da sua modalidade, ficará a cargo de um professor ou de um investigador doutorado, nacional ou estrangeiro, livremente escolhido pelo aluno. 2. O regime de orientação conjunta é obrigatório sempre que o orientador seja externo ao ISCSP, sendo a coorientação exercida por professor ou investigador do ISCSP. 3. Noutras situações em que se justificar o regime de orientação conjunta, podem ser nomeados coorientadores professores ou investigadores doutorados. 4. É um direito que assiste a qualquer aluno mudar de orientador. 5. Compete ao Conselho Científico do ISCSP analisar e decidir sobre os pedidos de alteração de orientador, quando devidamente fundamentados, dando conhecimento do pedido às partes envolvidas [antigo(s) e novo(s) orientador(es)] e ouvido o Conselho Pedagógico sempre que na razão da troca de orientador(es) estejam presentes problemas pedagógicos. 3 Artigo 8.º Regras Específicas do Aproveitamento 1. O resultado das avaliações será expresso em valores, segundo a seguinte escala: a) 0 a 9 valores: Reprovado b) 10 a 13 valores: Suficiente; c) 14 e 15 valores: Bom; d) 16 e 17 valores: Muito Bom; e) 18 a 20 valores: Excelente. CAPÍTULO II CONSULTA DA AVALIAÇÃO E REVISÃO DE PROVA Artigo 9.º Consulta de elementos escritos de avaliação 1. O docente, no momento do lançamento das classificações dos elementos escritos de avaliação, em qualquer das épocas de avaliação informa os alunos, preenchendo campo próprio para o efeito na presente pauta, dos períodos (datas e horários) em que estarão disponíveis, nos seus gabinetes, para possibilitar aos discentes a consulta das suas provas, devidamente classificadas. Esses períodos serão agendados entre o 2º (segundo) e o 4º (quarto) dia útil após a divulgação da classificação. 2. No momento da consulta do elemento escrito de avaliação, o docente disponibiliza o mesmo devidamente classificado, bem como a grelha de correção e classificação ou os critérios de avaliação aos quais o elemento escrito em causa obedeceu. 3. A consulta do elemento de escrito de avaliação tem essencialmente um carácter pedagógico, permitindo ao aluno tomar consciência do seu desempenho na prova e de como este poderá ser melhorado no futuro.
4 Artigo 10.º Revisão do elemento escrito de avaliação 1. Havendo dúvidas quanto à classificação obtida e não sendo possível ultrapassar eventuais diferendos quanto à classificação junto do docente da unidade curricular, o aluno pode solicitar a revisão do respetivo elemento escrito de avaliação até 5 (cinco) dias úteis após a consulta do mesmo. 2. O pedido de revisão de prova devidamente fundamentado deverá ser entregue pelo aluno nos Serviços Académicos e dirigido ao coordenador do curso. 3. O pedido de revisão de prova divide-se em 2 fases: 3.1 Na primeira fase, o coordenador envia ao docente da unidade curricular em causa a fundamentação do pedido de revisão de prova entregue pelo aluno e solicita a fundamentação por escrito da classificação atribuída. O docente em questão entregará ao coordenador a referida fundamentação até ao 2º (segundo) dia útil e cabe ao coordenador, também no prazo de 2 (dois) dias úteis, agendar uma reunião entre o docente da unidade curricular e o aluno em questão de forma a: i) proceder a uma explicação detalhada da classificação atribuída bem como a ii) proceder à audição do aluno. Se não for possível resolver de forma satisfatória o pedido de revisão nesta primeira fase do pedido, entrará em funcionamento a segunda fase do pedido de revisão de prova, explicitada nos artigos seguintes. 3.2 Na segunda fase do processo, o coordenador do curso designará um júri composto pelo coordenador do curso, por dois docentes de categoria igual ou superior ao docente que leciona a unidade curricular da qual o aluno reclama a revisão de prova e da mesma área científica ou área científica afim. 4. Caso o coordenador seja o docente da unidade curricular sobre a qual recai o pedido de revisão, caberá ao presidente do conselho científico proceder em conformidade com o número anterior. 5. Após a nomeação pelo coordenador, o júri possui até 5 (cinco) dias úteis para proceder à apreciação do pedido, e caso entenda procedente, realizar a revisão e tornar pública a nova classificação. 6. O júri emitirá um parecer vinculativo, dirigido ao coordenador do curso, que será comunicado às partes interessadas: ao docente da unidade curricular, ao aluno e ao Conselho Pedagógico. 7. Caso haja lugar à alteração da classificação, a tramitação processual relativa ao lançamento da correção da mesma será assegurada pela coordenação do curso. 8. Se entre o tempo que medeia o pedido de revisão de prova e a publicação da nova classificação (se a isso houver lugar) se realizarem momentos de avaliação adicionais, o aluno mantêm o direito de se apresentar em tais momentos de avaliação, prevalecendo a classificação mais alta obtida. 4 CAPÍTULO III DISCIPLINA Artigo 11.º Práticas Fraudulentas 1. Constitui infração disciplinar: i) Submissão múltipla: submeter o mesmo trabalho escrito para apreciação em unidades curriculares diferentes sem autorização do(s) docente(s), mesmo que com pequenas alterações; ii) Plágio ou apropriação de trabalho(s) de outrem: apresentar como seu o trabalho de outro(s) ou partes dos trabalhos de outro(s); iii) Adulteração: fornecer, usar ou tentar usar materiais, informação, apontamentos, auxiliares de estudo ou outros objetos e equipamento não autorizados em exercícios académicos; ajudar ou tentar ajudar um colega no cometimento de uma infração disciplinar. 2. A prática fraudulenta cometida na realização de qualquer elemento ou modalidade de avaliação implica a anulação da mesma e será objeto de comunicação às Unidades de Coordenação respetivas e ao Conselho Pedagógico, que deliberarão sobre o procedimento a recomendar. 3. O Conselho Pedagógico mantém um registo das infracções disciplinares cometidas de forma a detectar casos reincidentes, que, a existirem, são solucionados pelo Presidente do ISCSP, sob proposta do Conselho Pedagógico. 4. No ISCSP-UL as práticas fraudulentas são consideradas muito graves estimulando-se a honestidade científica e intelectual bem como os princípios éticos que regem a investigação científica.
5 CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 12.º Casos omissos 1. As situações contempladas neste Regulamento seguem a legislação aplicável, sendo os casos omissos ou de interpretação dúbia objeto de deliberação do Conselho Pedagógico. 2. Os casos omissos ou de interpretação dúbia devem ser presentes ao Conselho Pedagógico que terá o prazo de 15 (quinze) dias para deliberar. Artigo 13.º Entrada em vigor O presente Regulamento entra em vigor no 1º Semestre do ano letivo de 2013/2014 e o mesmo poderá ser revisto pelo Conselho Pedagógico, após homologação pelo Presidente do ISCSP. Aprovado pelo Conselho Pedagógico, em 25 de Julho de 2013 Homologado pelo Presidente do ISCSP, em 26 de Julho de
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