EVANGELHO DE JOÃO. Lição 01 "A revelação de Deus João cap. 1. uma oportunidade de proclamar bem alto que há vida em Jesus.

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1 Lição 01 "A revelação de Deus João cap. 1 Caros ouvintes, começamos hoje uma nova série de estudos bíblicos, buscando explorar o ultimo dos evangelhos que temos na Bíblia, o de João. O Evangelho segundo João se diferencia significativamente dos outros três evangelhos. Mateus, Marcos e Lucas são conhecidos como evangelhos sinóticos, visto que apresentam o relato da vida de Jesus de maneira bastante similar. João, por outro lado, enfatiza o aspecto teológico, procurando demonstrar Jesus como o Filho de Deus, sendo relativamente poucos os fatos que João apresenta que são também encontrados nos outros evangelhos. O evangelho de João se nos apresenta mais como um sermão a respeito de Jesus, do que um relatório da sua vida. E isto o torna precioso e de grande valia para o nosso melhor entendimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus. O objetivo desta obra está claramente apresentado no cap.20 v.30 e 31: Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. Com humildade de coração e desejo de apropriar um pouco mais da significativa mensagem do evangelho de João para nós, vamos ao seu estudo. Oramos para que o Espírito Santo atue, vivificando em nós a perfeita compreensão do ministério e obra de Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador. Que esta seqüência de estudos possa ser a oportunidade de mais uma vez agradecer a Deus pela maravilhosa salvação que nos propiciou. Que de igual modo, possamos reconfirmar nosso compromisso de vida com a causa de Cristo, e que esta possa ser mais uma oportunidade de proclamar bem alto que há vida em Jesus. Os primeiros dezoito versos do capitulo 1 formam o prefácio do livro, e este prefacio já nos revela muito da intenção e da metodologia do autor. Lembramos que os evangelhos de Mateus e Lucas começam apresentando a encarnação de Jesus, descrevendo o seu nascimento e a sua genealogia humana. João começa de uma perspectiva diferente. Quer ressaltar a divindade de Jesus, nos apresentando o Verbo. Os cinco primeiros versos não nos deixam dúvida a respeito do Verbo: fonte da vida, princípio de todas as coisas, criador de todas as coisas, sem o Verbo nada poderia ter sido feito. O Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Naturalmente, esta declaração introdutória de João nos remete para o capítulo 1 de Gênesis: Disse Deus: Haja luz e houve luz. (Gn.1.3). O poder da Palavra de Deus não era um conceito novo que João estava trazendo. O canto do Salmo 33, no verso 6 já expressou a mesma idéia Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da sua boca. O que João queria destacar era a encarnação do Verbo, como apresentado no v.14: E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. O Jesus Cristo que João começava a apresentar era o verdadeiro Filho de Deus, presente na criação do mundo, e que não podia ser dissociado do Pai, como João mesmo nos lembra mais adiante no capítulo 10, verso 30. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 1

2 Outra verdade que João apresenta neste seu prefácio, e que será aprofundada ao longo do livro é a rejeição do Filho de Deus encarnado: Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. (v.10-11). A questão fundamental que o prefácio enfatiza e que nos indica o objetivo da obra de João, e que, embora rejeitado por muitos, o Filho de Deus foi aceito por outros, e a benção que estes alcançaram por reconhecer o Deus encarnado são de grande expressão: Mas a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. (v.12-13). É precisamente esta realidade que é o cerne da nossa fé. Por reconhecer o Cristo encarnado como o Filho de Deus nos tornamos co-herdeiros dele (Rm.8.17). A encarnação do Verbo nos revela o próprio Deus, que de outra maneira não pode jamais ser conhecido (v.18). A lembrança desta realidade espiritual, tão clara e tão essencial à nossa fé, somente deve ser motivo de gratidão a Deus. Juntamo-nos ao evangelista para declarar: Pois todos nós recebemos da sua plenitude, e graça sobre graça. (v.16). Se algum dos ouvintes ainda não atentou para esta realidade espiritual que João tão significativamente apresenta, não continue neste estudo, sem antes reconhecer o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Não permaneça entre aqueles que continuam rejeitando o Filho de Deus. Concluída a revisão deste prefácio, que não deixa de ser um belo hino apresentado a verdade espiritual mais importante que devemos saber, João começa os seus relatos de apresentação de Jesus, o filho de Deus. já foi mencionado no prefácio. A pregação destemida e algo inusitada de João Batista arregimentava seguidores e levantava dúvidas nos líderes religiosos, mas João permanecia fiel à sua missão de anunciador do Messias, e quando viu a Jesus testificou: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (v.29). É dentre os seguidores de João Batista que surgiram os primeiros discípulos de Jesus. Os irmãos Simão Pedro e André, ao ouvirem o testemunho de João a respeito do Cordeiro de Deus, decidiram passar a seguilo, confessando: Havemos achado o Messias (v.41). A respeito deste episódio, é interessante compara-lo com a chamada dos primeiros discípulos nos evangelhos sinóticos. Naqueles, imediatamente após a chamada de Simão e André, registra-se a chamada de dois outros irmãos, Tiago e João. A omissão dessa segunda chamada no evangelho de João, para muitos comentaristas é evidência de que o autor desta obra é João, o discípulo de Jesus, que por não buscar a auto-promoção, omite ou dissimula fatos relacionados à sua pessoa. O primeiro capítulo se encerra com a convocação de mais dois discípulos: Filipe e Natanael. E assim chegamos ao final do primeiro capítulo do evangelho de João. Que Deus abençoe o estudo da Sua Palavra e que persistamos em permitir que o Seu Espírito nos ilumine na correta compreensão das verdades eternas. A seqüência inicia-se com o relato do testemunho de João Batista, o precursor, que EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 2

3 Lição 02 "As primeiras ações no ministério terreno João cap.2 Queridos ouvintes: Nos encontramos mais uma vez, para a continuação dos estudos no Evangelho de João. Nesta oportunidade nos concentramos no segundo capítulo. Após o prefácio, os capítulos iniciais de João se concentram em apresentar Jesus Cristo, o Filho de Deus. Isto já foi feito com o relato do testemunho de João Batista e através dos primeiros discípulos arregimentados pelo mestre. Continua neste segundo capítulo com o relato do milagre das Bodas de Caná e com a purificação do templo. O relato do primeiro milagre de Jesus, transformando água em vinho no casamento é bastante conhecido e apreciado e não necessita ser recontado. Convém, no entanto, ressaltar alguns detalhes do evento e lições que podemos colocar como conclusões. O local do evento, Caná da Galiléia é somente mencionado no Novo Testamento por João, que o volta a citar em 4.46 e depois em 21.2 nos informando que essa era a cidade de Natanael. Possivelmente, esse discípulo, já agregado ao Mestre, tenha sido o motivador da presença de Jesus na festa. A participação da mãe de Jesus no episódio é outro ponto que chama a atenção. A maneira como o Mestre se dirigiu a ela, de certo modo nos choca, aparentando ser um tratamento rude:...mulher, o que eu tenho contigo?. Ainda não é chegada a minha hora. (v.4) Essa reação de Jesus deixa a impressão que Maria estava desejando apressar as coisas, e incitando Jesus à ação, quando ainda não seria a hora certa para tal. Mas ainda assim, Maria ordena aos serventes da festa a obedecerem Jesus em tudo. A nossa atenção também é despertada para o tratamento que Jesus dedica à sua mãe, ao chamá-la de mulher. Apenas duas vezes João menciona a mãe de Jesus, e em ambas ela é chamada pelo Mestre da mesma maneira (vide 19.25) Vamos a algumas constatações conclusivas a respeito deste milagre, como nos sugere o estudo de Bob Deffinbaugh sobre o Evangelho de João: (1) Há uma visível relutância de Jesus em atuar, e ele o faz pela insistência de sua mãe. (2) o milagre não era uma necessidade, mas mais um luxo, nos lembrando que Deus se preocupa com todos os aspectos da nossa vida. (3) Como acontece com muitas das intervenções divinas, apenas poucos conseguiram perceber o que tinha acontecido: Maria, os discípulos que acompanhavam Jesus e talvez alguns dos serventes. (4) Algo destinado a um uso pouco nobre, água separada para os rituais de purificação, foi transformada em algo esplendido, vinho de qualidade. É a superioridade da graça de Deus se contraponto às exigências de lei. E (5) O resultado do milagre foi produzido em alta qualidade e muita abundância. Comparado aos outros evangelhos, João é muito parcimonioso nos seus relatos de milagres. São apenas sete neste evangelho, mais um oitavo ocorrido após a ressurreição. De igual maneira, não encontramos neste evangelho nenhuma das parábolas de Jesus. São constatações da peculiaridade do livro de João. O segundo episódio descrito neste capítulo 2 é a purificação do templo em Jerusalém. Os demais evangelhos situam este episódio na semana final de vida de Jesus, naquela em que Ele seria EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 3

4 condenado e crucificado. Para João, o episódio está no início do relato, deixando a impressão de que duas diferentes purificações tenham ocorrido. O momento da intervenção de Jesus, expulsando o comércio no templo, é o mesmo em todos os relatos: A festa da Páscoa, que levava peregrinos de todo o Israel para Jerusalém, e lá deveriam oferecer sacrifícios de animais no templo. Os comerciantes, inescrupulosamente, se preocupavam com seus lucros, esquecendo-se de todo o aspecto espiritual que o sacrifício de expiação devia ter. É contra isso que Jesus agiu, levando seus discípulos a se lembraram do salmo 69.9:...O zelo da tua casa me devorará. (v.17). A apresentação do Filho de Deus vai progredindo em círculos crescentes no relato de João: Começa com João Batista, inclui os primeiros discípulos, e ganha o grande público na festa da Páscoa no templo. E a contestação a partir das lideranças religiosas começa a se esboçar. Elas não estavam preocupadas com o mau uso do templo e sua transformação em praça de comércio. Talvez as práticas condenadas veementemente por Jesus tinham o consentimento dessas lideranças, mas elas queriam um sinal da autoridade de Jesus para respaldar o que ele fez. O Mestre foi enigmático na sua resposta, e sua resposta não foi compreendida, nem pelos questionadores nem pelos discípulos. Como João explica, Jesus se referia à sua ressurreição, e apenas quando ela ocorreu é que os discípulos, relembrando esse episódio, puderam compreende-la na sua totalidade. Compreenderam e creram. Diferentemente dos discípulos que creram na palavra do Mestre, quando a conseguiram compreender, em face dos acontecimentos posteriores, João relata nos versos finais deste capitulo que os sinais realizados por Jesus nessa sua estada em Jerusalém, e não registrados no evangelho, foram motivo para muitos crerem em Jesus. Mas essa crença advinda do testemunho dos sinais era uma crença superficial e passageira. O Mestre, que conhece os corações de todos, não se confiava nestes seguidores impressionados. Nunca é por demais deixar que todo este episódio descrito por João e ocorrido nas festividades da Páscoa em Jerusalém, nos leve a uma reflexão sobre a seriedade da nossa vida espiritual e também da nossa liturgia. Não podemos de modo algum deixar que preocupações secundárias nos afastem, ou afastem outros seguidores, do verdadeiro objetivo de uma vida de devoção a Deus. Os vendilhões do templo estão permanentemente nos lembrando que Religião não é comércio. As ações mercantis não podem concorrer com ou desviar a prioridade da Adoração a Deus. Se dermos prioridade às coisas mundanas sobre as coisas espirituais estamos desvirtuando o propósito divino, e precisamos drasticamente que o rumo seja corrigido, tal como Jesus com o seu zelo corrigiu a deturpação do templo,...porque a minha casa será chamada a Casa de Oração para todos os povos (Is.56.7). Deixemos que o propósito de servir ao Senhor e O adorá-lo permeie toda a nossa atividade religiosa, e sejamos crentes que realmente compreendemos Jesus Cristo, o Filho de Deus e não somente crentes impressionados, mas sem consistência de fé. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 4

5 Lição 03 "O novo nascimento João cap.3 Caros ouvintes: pela graça de Deus estamos mais uma vez juntos para o prosseguimento desta série de estudos no Evangelho de João, enfatizando hoje o texto sagrado do capitulo três. Nicodemos era um líder entre os judeus. Como fariseu, compenetrado no estudo e observação da lei. Como muitos outros naqueles dias, ele ficou impressionado com os sinais que viu, ou ouviu de outros, sendo operados por Jesus. Com seu zelo religioso julgou que seria necessário entender mais a respeito do vinha ocorrendo para poder decidir corretamente a respeito, e assim procurou Jesus, à noite, talvez para não se expor em demasia antes de obter a convicção a respeito do Mestre. O diálogo que se estabeleceu entre o visitante e o visitado se constituiu em um significativo ensino de Jesus. É essa entrevista que gerou a declaração do Mestre tida como o versículo áureo de toda a Bíblia, de João 3.16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Nicodemos se surpreendeu com o ensino de Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (v.3) Como judeu, consciente da sua genealogia, Nicodemos devia considerar-se privilegiado. Tinha nascido certo, tinha nascido judeu. Mas agora, precisava nascer de novo? Voltar ao ventre da mãe? Jesus precisou aprofundar o seu ensino, estabelecendo a diferença entre as coisas mundanas, as da carne, e as coisas espirituais. As coisas espirituais não são visíveis, nem palpáveis, mas a sua ação é sentida, tal como o vento, que não se sabe de onde vem, nem para onde vai. Nicodemos só conseguiu se sentir mais confuso ainda:...como pode ser isto? (v.9). Ainda que mestre entre os judeus, Nicodemos não estava ligado nas coisas espirituais, e Jesus o repreendeu e aproveitou a oportunidade para elaborar mais o tema, anunciado a sua crucificação, como necessária para a redenção da raça humana, como confirmação do infinito amor divino pela humanidade. Jesus terminou ressaltando a necessidade de ser crer nele, para que a luz e a verdade das obras feitas em Deus fossem manifestas. O encontro de Nicodemos com Jesus contrasta com o encontro dos dois discípulos de João com o Mestre, visto no capitulo 1. Em ambos os episódios, Jesus é chamado de Rabi, Mestre, mas que diferença no entendimento do que significa Mestre. Os dois discípulos de João rapidamente mudaram o rumo de suas vidas para seguir o Mestre e Nicodemos, parece que não conseguiu se livrar de suas dúvidas. Algumas questões permanecem em aberto, com relação a essa entrevista: Nicodemos foi ao encontro de Jesus por sua livre decisão, ou foi comissionado pelos fariseus? Fica-se esta dúvida ao atentar que ele começa sua apresentação fazendo uso do plural: sabemos que és Mestre. (v.2). Outra questão, mais crucial, que também fica sem uma resposta clara é saber se Nicodemos aceitou a Jesus ou não. João faz mais duas referencias a este personagem, o que já indica a sua importância para o evangelista. Em 7.50, em meio a uma discussão entre os fariseus que queriam ver Jesus preso, Nicodemos EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 5

6 intervém em uma velada posição a favor de Jesus, na intenção de garantir ao Mestre o direito de defesa, antes de ser julgado. Em 19.39, o evangelista informa que Nicodemos levou uma mistura de mirra e aloés para ungir o corpo de Cristo na sepultura, acompanhando José de Arimatéia, apresentado como discípulo oculto de Jesus. Ambos episódios reforçam a evidência da simpatia de Nicodemos pelo Mestre. Essas provas de simpatia não são suficientes para caracterizar a crença de Nicodemos em Jesus como o Filho de Deus encarnado, e a questão, portanto, permanece sem uma resposta clara. No verso 22 João informa que Jesus deixou Jerusalém e saiu pela Judéia, batizando os que criam nele. João Batista também estava batizando na mesma região, e naturalmente, os seguidores de João ao tomarem conhecimento da atuação de Jesus e da atração que ele exercia sobre as multidões buscaram a João e o indagaram a respeito de Jesus. Esse fato criou a oportunidade para um novo e mais vibrante testemunho de João Batista a respeito do Messias. Vemos neste pequeno discurso do Batista o quanto ele era humilde, e o quanto ele tinha consciência da sua missão de ser o antecedente do Cristo: É necessário que ele cresça, e que eu diminua, (v.30) Os versos 27 a 30 expressam o contentamento de João em poder testemunhar o inicio do ministério de Jesus, aquele que ele veio anunciar. É a alegria dos amigos do noivo. Enquanto o noivo se alegra porque tem a noiva, os amigos do noivo se alegram em testemunhar a alegria do noivo. Nos versos 31 a 36, João elabora sobre as razões pelas quais o ministério de Jesus é superior ao seu. Jesus veio de cima, e por isso é superior a todos. Jesus falava as palavras de Deus. Jesus estava abundantemente cheio do Espírito de Deus. Jesus, como Deus Filho refletia o amor do Pai. Jesus tinha todo o poder do Pai consigo, e assim, o destino de todo ser humano dependia dele, de acordo com o que cada um decide fazer com o Filho de Deus: Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. (v.38) Poderíamos sumarizar este capitulo como o capítulo da vida. O diálogo com Nicodemos versou sobre o nascer de novo. Nascer do Espírito. Por crer no Filho unigênito de Deus, aqueles que são do mundo ganham a vida eterna, em alternativa a perecer. E então João Batista termina reafirmando que a obediência ao Filho, portanto a crença nele produz a vida. Lembra também que, em oposição, a desobediência ao Filho somente traz a ira de Deus, que significa morte. O termo vida é empregado mais de 40 vezes nesse evangelho. Nenhum outro livro do Novo Testamento o utiliza em tal quantidade. No Verbo estava a vida, e a vida era a luz dos homens, e todos os que O receberam nasceram de novo, para uma nova vida, vida não originada no sangue, ou na carne, ou na vontade de qualquer varão, mas vida recebida diretamente de Deus. Isto é o que o prefácio do evangelho já declarava. Há vida em Jesus. Há vida perfeita, vida completa e vida eterna em Jesus. Louvemos a Deus por isso. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 6

7 Lição 04 "A missão de Cristo João caps. 4 e 5 É bom podermos nos encontrar novamente nesta seqüência de estudos no Evangelho de João. Hoje nos concentramos nos capítulos 4 e 5. Retornando da Judéia, onde ocorreram os acontecimentos apresentados no capítulo 3, e indo em direção a Galiléia, Jesus e seus discípulos tinham que atravessar a região dos samaritanos, pelos quais os judeus não nutriam nenhuma admiração. A Samaria era a região do antigo Reino do Norte, ou Israel, resultado da cisão ocorrida depois da morte de Salomão. Para evitar que os israelenses do norte fossem a Jerusalém adorar a Deus, os reis do Norte acabaram edificando um novo templo, no monte Gerezim, Posteriormente, durante o domínio Assírio, os israelenses do norte foram expostos a uma miscigenação, e os judeus entendiam que os samaritanos não mantiveram uma genealogia pura, e por isso não deviam ser considerados. O encontro é permeado por muitas surpresas. A mulher samaritana se surpreende ao deparar-se com um varão judeu lhe dirigindo a palavra (v.9), e vai tendo um crescente de surpresas ao ir constatando quem seu interlocutor era e a mensagem e as revelações que ele ia apresentado. Os discípulos de Jesus se surpreendem ao verem o Mestre falando com uma mulher (v.27). Somos chamados a comparar o encontro de Jesus com essa mulher, com o encontro de Jesus com Nicodemos. Alguns contrastes são por demais evidentes. De um lado, a alta posição religiosa de Nicodemos que procurou Jesus; de outro lado, a desclassificação tríplice da samaritana abordada, que além de ser samaritana, era mulher e, possivelmente, adúltera. Qualquer uma dessas condições faria um religioso judeu consciente repudiá-la e evitar qualquer contato com ela. Quanto mais as três condições encontradas na mesma pessoa! No entanto, ambos tiveram dificuldade de entender a mensagem do Mestre. As idéias comuns utilizadas por Jesus, nascer, água, foram de início tomadas literalmente, e o Mestre precisou elaborar mais, e deixar que os sinais do seu poder fizessem os dois interlocutores atentarem para o que dizia. Mas o contraste significativo que se ressalta dessa comparação é o resultado dos encontros. È a confirmação da declaração do prefácio: Veio para os seus, mas os seus não o receberam (1.11) A bagagem intelectual de Nicodemos dificultou-lhe ver o que tão claramente a samaritana compreendeu: será este, porventura, o Cristo? (4.28) Não só compreendeu como se empenhou de trazer outros para se certificarem do Messias entre eles, suplicando que Jesus ficasse mais tempo ali. O encontro também serviu para o Mestre mostrar aos seus discípulos a urgência da obra, visto que os campos estavam brancos para a ceifa. Os samaritanos exemplificavam que as pessoas estavam ansiosas pela boa nova representada pela encarnação do Filho de Deus, e tempo não podia ser perdido para que a obra de apresentação do Verbo entre nós fosse concluída. Ao nos adiantarmos na evolução da história e passarmos para Atos cap.8 vamos realmente perceber o que Jesus queria significar com os campos brancos. Felipe foi pregar na Samária, e os frutos foram abundantes, de maneira...que houve grande alegria naquela cidade. (At.8.8). EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 7

8 Prosseguindo no texto, o evangelista nos apresenta o relato de dois milagres: a cura do filho de um oficial, e a cura de um paralítico junto ao tanque de Betesda. Dos poucos milagres que João apresenta, apenas dois são também relatados nos outros evangelhos. Os outros seis, incluindo-se estes dois, são exclusivos do evangelho de João. O milagre ocorrido à borda do tanque também evidencia o início da crescente oposição dos líderes judeus ao ministério de Jesus. Qualquer razão era pretexto para os representantes da religião oficial tramarem a morte do Mestre. Nesse episódio, o fato de Jesus realizar o milagre no Sábado, foi entendido como violação da lei, além de as autoridades não aceitarem que Jesus se apresentava como o Filho de Deus. A partir do verso 19 do cap.5, Jesus mais uma vez ensinou a respeito do seu ministério, enfatizando a sua autoridade, como vinda diretamente do Pai. Os sinais eram as confirmação dessa autoridade. Os testemunhos também eram evidências dessa autoridade. Depois de considerar que o seu próprio testemunho não seria considerado verdadeiro (v.31), Jesus lembrou do testemunho de João Batista, a seu respeito: Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz. (5.35). Mas, o testemunho de João foi o testemunho de um homem, e Jesus evocou o testemunho das suas obras, pois elas testificavam do poder que o Pai lhe outorgou. E além desses testemunhos todos, ainda havia a palavra de Deus, tal como os judeus a conheciam e a respeitavam, que também de Jesus testemunhava: Examinai as escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim; (5.39). Mas, todos esses testemunhos não foram suficiente para convencer os que se negavam vir a Ele para ter vida (v.40). Ao atentar para os relatos dos evangelhos, tal como estamos fazendo agora com João, percebemos três audiências distintas acompanhando o ministério de Jesus. Os ensinos e as realizações do Mestre atingiam todas essas audiências, embora por vezes com mais ênfase em uma específica. Mas os resultados produzidos em cada um deles eram bem distintos. Primeiro, percebemos a audiência do grande público, interessado, sobretudo, nos sinais. Acompanhava o Mestre querendo ser testemunha ocular de coisas espetaculares. Deles João já disse que Jesus os conhecia e por isso não confiava neles (2.24). A mesma grande audiência que se maravilhou em presenciar os sinais de Jesus, foi a audiência que pediu a sua crucificação. A segunda audiência era a dos representantes do judaísmo. Se sentiam incomodados com o Mestre, os seus ensinos e a popularidade que Jesus ia granjeando. Se interessavam por Jesus e acompanhavam o seu ministério no intuito de buscar a oportunidade e a razão para eliminá-lo. Seu confronto com o Mestre foi crescendo a medida do desenrolar dos acontecimentos. A terceira audiência, mais restrita, era dos seguidores fiéis de Jesus, na qual se destacavam os doze. A esses, o Mestre desejava dedicar o melhor de seus ensinos, para prepara-los para a continuação do seu ministério, após a sua partida. A lembrança desses três grupos distintos deve levar-nos a uma só reflexão: Nos dias de hoje, em relação a Jesus, de qual grupo nós fazemos parte? Que, definitivamente, estejamos entre os seguidores fiéis de Jesus. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 8

9 Lição 05 "O ministério se amplia João caps. 6 e 7 Continuando nossas considerações sobre o Evangelho de João, é com alegria que podemos de novo estar juntos para o texto de hoje, nos capítulos 6 e 7 do evangelho. Neste trecho do seu relato, João começa apresentando 2 milagres: A multiplicação dos pães e Jesus caminhando sobre o mar. Estes são os milagres que encontramos nos outros evangelhos. A multiplicação dos pães é o único milagre contado nos quatro evangelhos. Jesus andando sobre o mar é encontrado nos evangelhos de Mateus e Marcos, além do relato de João. Ainda que o episódio da multiplicação dos pães é comum a todos os evangelhos, João acrescenta detalhes que tornam a história mais rica, e servem também como indício de que este evangelho se baseia no testemunho de alguém que presenciou os acontecimentos. É em João que aprendemos que os cinco pães e os dois peixes pertenciam a um rapaz da multidão, e que os pães eram de cevada. Os acontecimentos deste capítulo seis têm como foco geográfico o mar da Galiléia, que João, e somente ele, chama pelo nome de Tiberíades. Estando distante de Jerusalém, os episódios deste capítulo não mencionam as lideranças religiosas, mas percebemos nitidamente as outras duas audiências: o grande público e o grupo dos seguidores fiéis. O grande público se empolgou com Jesus, a ponto de segui-lo, quando o Mestre foi para o outro lado do mar da Galiléia. Lá presenciaram a multiplicação dos pães. Os sinais eram maravilhosos, e aqueles homens chegaram a conclusão de que de fato Jesus era o profeta esperado. E a multidão queria, a força, fazê-lo rei, e o Mestre precisava se retirar sozinho para um monte. Ao fim do dia, os discípulos se prepararam para navegar de volta para Cafarnaum, que era, como Mateus nos ensina, o local de referência de Jesus na Galiléia (Mt ). Jesus não retornou do seu isolamento, e os discípulos seguiram no barco que teve de enfrentar ventos contrários e um mar furioso. Foi nesta situação que Jesus lhes apareceu, andando sobre o mar. Os discípulos o tomaram por fantasma (Mt.14.26), mas Jesus se identificou, entrou no barco e o destino foi alcançado. Este milagre não foi testemunhado pelas grandes multidões. Foi apenas para os seguidores de Jesus, para o grupo de discípulos naquele barco que estava à mercê das forças do vento. O Filho de Deus tinha também o poder sobre a natureza. Mesmo quando a grande multidão curiosa indagou Jesus a respeito de como ele tinha retornado para Cafarnaum, o Mestre não fez qualquer referência ao ocorrido na travessia. Mas a grande multidão continuava no encalço de Jesus. Ao não o acharem no local do milagre da multiplicação, também se dirigiram a Cafarnaum na tentativa de encontrá-lo. Frente às multidões que o buscavam, Jesus proferiu os ensinos que estão relatados a partir do verso 26. As palavras de Jesus, apresentadas até o verso 58, e as repercussões desses ensinos, registradas nos versos finais do capítulo são de grande importância para o correto entendimento do ministério de Jesus e a leitura cuidadosa deste trecho e a meditação nele devem ocupar o nosso tempo, se desejamos, de fato estar não no grupo dos admiradores maravilhados de Jesus, como a grande multidão, mas no EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 9

10 grupo dos seus fiéis e compromissados discípulos. Os ensinos de Jesus apresentados nessa oportunidade parecem que começaram à beira do mar e terminaram na sinagoga de Cafarnaum (v.59), e podem ser assim sumarizados: (1) Jesus deve ser buscado com a motivação correta. O interesse das grandes massas não impressionava o Mestre. Ele sabia o que motivou o deslocamento das pessoas buscando-o:...me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes do pão e vos saciastes. (v.26). A motivação correta é fundamental para a vida espiritual que agrada a Deus: Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna... (v.27) A multidão queria e pedia mais sinais (v.30). Usaram Moisés na sua argumentação, alegando que ele, como profeta de Deus providenciou o maná (v.31), e imploraram:...senhor, dá-nos sempre desse pão. (v.34) Não nos assemelhamos a esses? Queremos que a nossa pratica religiosa se limite a satisfação das nossas necessidades imediatas, e ao testemunho de coisas visíveis, grandiosas? (2) O pão da vida supre a necessidade espiritual mais importante...eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. (v.35). Crer em Jesus como o Filho de Deus é a chave da vida espiritual. S.D. Gordon, citado por Henrietta Mears no Estudo Panorâmico da Bíblia diz que a chave da porta da frente para a compreensão completa do evangelho de João é exatamente esta: crer em Jesus. Quem consegue se apropriar dessa chave, tem o completo acesso ao Reino de Deus. (3) A vida que Jesus propicia é eterna e implica na vitória sobre a morte. Jesus retomou o tema ressurreição, já mencionado (5.29), mas agora explicitando que a ressurreição só é possível por seu intermédio (v.40). Em um episódio futuro, o Mestre viria a declarar: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; (11.25) (4) É necessário reconhecer e aceitar o sacrifício vicário de Cristo pelo ser humano. Os ensinos do Mestre continuavam a chocar seus ouvintes, que insistiam em associar as palavras de Jesus com a sua realidade imediata, sem atinar para o significado maior que Ele queria transmitir. A partir do v. 51, Jesus explicitou mais sobre Ele ser o pão da vida: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. (v.53). Para nós é mais fácil compreender o que Jesus dizia, a luz do seu sacrifício na cruz, e faz-se necessário que de todo entendamos que a morte de Cristo no Calvário foi unicamente por nós, pelos nossos pecados, e para que pudéssemos gozar da vida que ele trouxe. Como conseqüência desses ensinos de Jesus, muitos de seus seguidores o abandonaram. Não tinham condição para aceitar todas essas palavras. Faltava-lhes o essencial. Faltava crer em Jesus. E quando o Mestre desafiou aqueles que ainda não o deixaram, o testemunho de Pedro foi conclusivo:...senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós já temos crido e bem sabemos que tu és o Santo de Deus. (68-69). Permanecer com Jesus pela razão certa: Porque Ele tem a vida eterna, e porque cremos nisso. Que como Pedro, essa possa ser a nossa profissão de fé. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 10

11 Lição 06 "Perdão e cura João caps. 8 e 9 Queridos ouvintes, expressamos a Deus a gratidão pela oportunidade de mais um vez estarmos juntos, dentro desta série de estudos no Evangelho de João. Nesta oportunidade, estaremos nos tornando para os capítulos 8 e 9. No encontro anterior, revimos o milagre da multiplicação dos pães, no capítulo seis, e o discurso conseqüente de Jesus à grande multidão, discurso este que provocou muitas dissidências entre aqueles que tinham proposto seguir o Mestre, mas não mais conseguiam absorver e aceitar os ensinos que Jesus lhes transmitia. No cap. sete, vemos que até os irmãos carnais de Jesus não creram nele (v.5). Depois disso, por ocasião da Festa da Páscoa, vemos o Mestre deixando mais uma vez a Galiléia, em direção à Jerusalém. Foi em secreto, não acompanhando os seus, mas fazendo a jornada posteriormente. No relato de João, essa era a terceira, e ultima estada de Jesus na região da Galiléia. Diferentemente dos outros evangelhos, João destaca mais os acontecimentos do ministério do Mestre na Judéia. Também percebemos no relato de João que a partir desse retorno final à Judéia, Jesus se dirigiria menos às grandes multidões. Veremos nos capítulos seguintes o Mestre sendo duramente confrontado pelos seus opositores, a liderança religiosa dos judeus, e a partir do capítulo treze, o relato do evangelista está todo concentrado nos ensinos de Jesus aos seus discípulos, até a hora dos acontecimentos finais da Semana da Paixão. Mas agora, estamos no meio do confronto entre Jesus e os fariseus e escribas. Jesus era esperando, com expectativa para a festa da Páscoa (7.11 e 12). Ao chegar, começou a ensinar e os lideres o mandaram prender. A ordem de prisão não conseguiu ser cumprida pelos guardas. Eles deveriam aguardar mais um ano, até a Páscoa seguinte, para que Jesus pudesse ser preso e julgado de acordo com o rito legal de condenação estabelecido pelas autoridades romanas. Mas o confronto continuava. De um lado, as multidões procuravam Jesus para ouvilo, de outro, os líderes da religião constituída buscavam toda ocasião para provar Jesus, tentando desmoralizá-lo frente aos seus seguidores. É exatamente esta intenção que vemos no relato da mulher adúltera, no início do cap.8. Percebe-se que nesse episódio, os escribas e fariseus não estavam interessados na aplicação da lei de Moisés, que ordenava o apedrejamento da mulher surpreendida em flagrante de adultério. De igual modo, não estavam preocupados em preservar da exposição pública a mulher, que de fato errou, seu marido, seus familiares e outros envolvidos. Como Bob Deffingaugh lembra no seu comentário, talvez a mulher foi levada ainda desnuda e jogada aos pés de Jesus, pois o único objetivo agora era desmoralizar o Mestre, colocando-o na difícil escolha entre consentir na morte de uma pessoa, ou deixar de cumprir a lei de Moisés. Nos intriga a atitude de Jesus, que se inclinou e começou a escrever. O que ele escrevia, que dispersou os algozes daquela mulher, permitindo que ela sobrevivesse? Não há como saber. O mesmo comentarista citado a pouco sugere que Jesus abaixou-se e começou a escrever para tirar a atenção da mulher despida. A conclusão possível é que não foi com essa artimanha que os lideres conseguiram prevalecer contra o Mestre. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 11

12 A partir do v.12 João apresenta mais um ensino de Jesus no recinto do templo (v.20), demonstrando o quanto as palavras de Jesus iam sendo contestadas, idéia por idéia, até o final do relato, quando os fariseus e escribas se muniram de pedras para atirarem no Mestre, que saiu do templo em oculto. Jesus ensinou: Eu sou a luz do mundo. (v.12)....o pai que me enviou, também dá testemunho de mim. (v.18). Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então conhecereis que eu sou e que nada faço de mim mesmo; mas como o Pai me ensinou, assim falo. (v.28) Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (v.32)....em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. (v.58) As autoridades religiosas não conseguiam assimilar e aceitar que aquele que lhes falava era o próprio Messias, prometido nas escrituras. Eles se sentiam afrontados, intimidados, contestados e perturbados por esse que surgiu arregimentando seguidores. Por que isso ocorreu? A defesa da religião se tornou tão rígida, tão cega que lhes impedia de ver? Os sinais presenciados não foram suficientes para lhes abrir o entendimento? Ao repassar alguns dos argumentos contestatórios usados pelos escribas e fariseus vemos o quanto eles se fecharam em si, na segurança da sua tradição e na estreiteza da sua visão das coisas espirituais:..tu dás testemunho de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro. (v.13). Somos descendência de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém: como dizes tu: Sereis livres? (v.33). Não dizemos com razão que és samaritano, e que tens o demônio? (v.48). Agora sabemos que tens o demônio. Abraão morreu, e também os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte! Porventura és tu maior que nosso pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram; quem pretendes tu ser? (v.52-53). Esse confronto separou Jesus das autoridades da religião oficial, em definitivo. Logo mais, Jesus evitaria andar entre os judeus, retirando-se para as vizinhanças do deserto, para poder dedicar-se ao ensino aos seus discípulos (11.54), aguardando o momento próprio, a próxima Páscoa, para retornar a Jerusalém e deixar-se entregar. Esses ensinos de Jesus, tão contestados pelos escribas e fariseus não deixaram de atingir um outro propósito do Mestre, como demonstra o relato do verso 30. Muitos creram nele. Os doutos das coisas religiosas não enxergaram o que muitos entenderam. Jesus era o Filho de Deus e a estes o Mestre exortou:...se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. (v.31) Como reflexão final da revisão desses acontecimentos do ministério terreno do Mestre, e especialmente centrando-se no confronto entre Jesus e os líderes judeus, convém considerar que alguém somente consegue aceitar e entender plenamente Jesus Cristo, se conseguir entender que Ele é o Deus encarnado. As suas palavras e os seus ensinos não são vindos de um líder religioso nem de uma autoridade moral ou espiritual. Vem de Deus, pois ele é Deus, e assim devemos aceitar. o Verbo se fez carne e habitou entre nós... e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do pai. (1.14). EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 12

13 Lição 07 "Jesus, o bom pastor João cap. 10 Amigos e irmãos ouvintes: com alegria e gratidão a Deus, aqui estamos mais uma vez para nossas reflexões no Evangelho de João. Nosso texto de hoje é o capitulo 10. Tal como no estudo anterior, continuamos em Jerusalém e continuamos na descrição da série de episódios que nos apresentam o confronto entre as lideranças religiosas daquele tempo e o Mestre. O capitulo anterior, o nove, descreveu o milagre da cura de um cego de nascença, episódio este mais uma vez utilizado à exaustão pelos fariseus para procurar desmoralizar Jesus, mas mais uma vez nada conseguiram diante da evidência dos fatos e da força do testemunho daquele que era cego e agora via (9.25). Então chegamos ao capitulo dez e ao discurso onde Jesus se apresentou como o Bom Pastor. Ao longo deste evangelho, João nos relata Jesus se apresentando com a expressão eu sou por sete vezes. Jesus diz: Eu sou o pão da vida (6.35); Eu sou a luz do mundo (8.12); Eu sou, antes que Abraão existisse (8.58); Eu sou o bom pastor (10.11); Eu sou a ressurreição e vida (11.25); Eu sou o caminho, a verdade e a vida (14.6); e Eu sou a videira verdadeira (15.1). No texto de hoje, ao utilizar-se da figura conhecida do pastor que cuida das ovelhas, Jesus nos remete ao profeta Ezequiel que igualmente fez uso dessa imagem para apresentar a promessa de tempos quando o Senhor Deus mesmo cuidaria do rebanho de Israel, promessa essa que culmina com a profecia messiânica de Ez E suscitarei sobre elas um só pastor para as apascentar, o meu servo Davi. Ele as apascentará, e lhes servirá de pastor. E assim, Jesus se colocou como o verdadeiro pastor, em contraste com os ladrões e salteadores, que igualmente têm interesse nas ovelhas, mas com propósitos escusos. A comparação entre os falsos e o verdadeiro pastor é veemente: Os falsos pastores não entram pela porta do aprisco (v.1); as ovelhas não os obedecem, pois não seguem a vozes estranhas (v.5). Os falsos pastores são mercenários, que se intimidam diante dos lobos e quando estes surgem, abandonam as ovelhas à sua própria sorte (v.12). Por outro lado, o verdadeiro pastor, se caracteriza por dois aspectos: Ele conhece as suas ovelhas e é por elas conhecido (v.14) e por elas dá a sua vida (v.11). Como nas oportunidades anteriores registradas por João, as palavras de Jesus provocaram profunda discussão e desentendimento entre os que conseguiam ver o Mestre como o Messias, e entre os opositores, que consideravam Jesus como tendo parte com o demônio, e sem o uso racional do juízo (v.20). Esta mesma opção não deixa de ser aquela colocada diante de todo aquele que toma conhecimento da obra de Jesus Cristo aqui na terra: Ou o aceitamos como o Filho de Deus, ou o colocamos na classificação dos endemoninhados e sem razão. E assim chegamos ao próximo episódio que o Evangelho nos relata, a partir do verso 22 deste capítulo 10. A Festa da dedicação a que João se refere para situar o acontecimento, era uma festa religiosa introduzida depois da volta do povo judeu do cativeiro babilônico, e que marcava a re-consagração do templo, ocorrida na época dos Macabeus. O imperador Antioco Epifânio, tinham contaminado o templo, ordenando que sacrifícios de porcos fossem lá feitos. Quando a revolta dos judeus, liderados pelos Macabeus conseguiu restaurar o EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 13

14 templo, ele foi purificado e essa festa foi instituída. Ela é também conhecida como a festa das Luzes, e os judeus a observam até hoje, com o nome de Hanukkah. Tal festa coincide com a nossa comemoração do Natal. Jesus, passeando no templo, foi abordado por alguns judeus, que o instigaram mais uma vez querendo que ele confirmasse ser o Cristo prometido. Na resposta, o Mestre afirmou que já tinha dito o que eles queriam ouvir da sua boca, mas, mesmo com todo o testemunho das obras que tinha feito, ainda eles não eram capazes de crer, pelo fato de que eles não eram das suas ovelhas, e por isso não conseguiam ouvir e reconhecer a voz do seu pastor. Explicitamente, mais uma vez Jesus declarou a sua origem divina: Eu e o pai somos um. (v.30) Os judeus mais uma vez pegaram nas pedras para o apedrejar, e Jesus os confrontou, indagando: Muitas obras boas da parte do meu pai vos tenho mostrado; por qual destas obras ides apedrejar-me? (v.33). E, em resposta, os judeus confirmaram que eles não conseguiam aceitar o fato do Mestre se apresentar como o Filho de Deus. Para eles, tal apresentação não passava de blasfêmia. Mais uma vez Jesus conseguiu desvencilhar-se dos que lhe buscavam prender e tirar-lhe a vida e retirou-se da cidade. A revisão do Evangelho de João empreendida até este momento, creio, deve deixar em todos nós algumas aprendizados de grande significado espiritual. Aprendizados que não podemos esquecer, nem diminuir. Aprendizados que devemos proclamar a todos, para que muitos, como nós, possam chegar a crer no Filho unigênito de Deus, enviado como prova de amor divino para a nossa salvação. Jesus Cristo é o Filho de Deus enviado ao mundo. Esta é a verdade maior que o evangelho insiste em demonstrar. Como já vimos, é este o objetivo que motiva João para apresentar o relato (Jo ). A conseqüência do reconhecimento desta verdade é ter vida. Vida em uma dimensão desconhecida até a chegada do Filho de Deus, pois vida eterna, vida que transcende a morte, visto que a morte será vencida na ressurreição. e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (8.32) Que Deus nos abençoe no continuado estudo da Sua Palavra, e que através deste esforço possamos crescer na nossa vida espiritual e fortalecer a nossa fé naquele em quem temos crido. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 14

15 Lição 08 "O início do fim: a chegada a Jerusalém João cap. 11 e 12 Amigos e irmãos ouvintes, em continuação a esta série sobre o Evangelho de João, estamos mais uma vez juntos para atentarmos aos capítulos 11 e 12 dessa apresentação da vida de Jesus Cristo. Nestes capítulos ora em consideração, devemos perceber um ponto de inflexão na narrativa joanina. Até este ponto, o evangelista tem enfatizado a apresentação de Jesus Cristo, procurando demonstrar que Jesus era de fato o Filho Unigênito de Deus, o Deus encarnado. Os testemunhos a respeito do Mestre, as suas obras e as suas palavras foram todas utilizadas para tal propósito. A partir deste ponto do relato, devemos perceber que o que tinha de ser dito e demonstrado já o foi. O partido já foi tomado, ou crendo no Filho de Deus, ou repudiando-o, e o tempo rapidamente se escoava, com o cenário do desenlace final já sendo montado, como veremos nestes capítulos onze e doze. Nenhum comentário ou analise do texto bíblico substitui o próprio texto. Uma leitura cuidadosa, detalhada e em meditação deste trecho, nos realçarão a riqueza dos detalhes e a profundidade do que João nos quer relatar a respeito do seu testemunho da vida de Jesus Cristo. Ainda estabelecendo o cenário que o evangelho nos apresenta, lembremos que o ultimo episodio visto no encontro anterior ocorreu no templo de Jerusalém, por ocasião da festa da dedicação, que se situa na mesma época do nosso Natal. Assim poucos meses separavam aquele episódio da morte de Jesus na Páscoa. E vamos percebendo pelo relato de João como os acontecimentos vão rapidamente se encaminhando para o seu desfecho. Betânia se situa nas cercanias de Jerusalém, e Jesus utilizou-se por diversas vezes da casa de seus amigos, os irmãos Marta, Maria e Lázaro, como o local de pernoite, e assim também o faria na semana da paixão (Mt.21.17). Mas agora, retirado para evitar os judeus que o buscavam, Jesus foi notificado que Lázaro estava enfermo. O Mestre ainda demorouse dois dias, e depois, mesmo contra o conselho dos seus discípulos que temiam por sua vida, decidiu subir para visitar seus amigos, e operar o mais maravilhoso dos milagres que o Evangelho de João registra, a ressurreição de Lázaro. É o ultimo dos sete milagres apresentados neste evangelho, se não considerarmos a pesca maravilhosa, operada após sua vitória sobre a morte (João 21). Este milagre se constituiu, por um lado, na prova maior do poder de Jesus e da sua condição de vencer a morte, e, por outro lado, na razão final para que as autoridades religiosas em definitivo passassem a considerar a eliminação do Mestre. Poucos personagens bíblicos nos deixam uma imagem tão clara de suas personalidades quanto essas duas irmãs. No caso, personalidades em total contraste. Marta, ativa, ocupada, racional. Supervisionando tudo, recebeu Jesus que chegava, e com ele discutiu a teologia da ressurreição. Maria, emocional, contemplativa, provocou as lágrimas do Mestre quando se encontraram, ainda que as duas irmãs fizeram uso da mesma frase para receberem Jesus: Senhor, se tu estiveras aqui, meu irmão não teria morrido. (v.21 e 32). E contra todas as evidências, e contra o conselho de Marta, preocupada com o EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 15

16 estado de decomposição do corpo, Jesus orou e ordenou: Lázaro, vem para fora! (v.43). Um feito como este nunca deixaria de produzir profundas repercussões, levando muitos a crerem em Jesus (v.45), mas também desencadeando a decisão final a respeito do ministério terreno do Mestre. O relato dos versos 47 a 52 é de capital importância para entendermos os acontecimentos futuros. Para alguns comentaristas bíblicos, o verdadeiro julgamento de Jesus e a sua condenação à morte, ocorreu nessa oportunidade, com sua oficialização posterior. O Sinédrio, órgão maior de decisão do judaísmo, foi reunido para discutir sobre este homem (v.47). As razões que prevaleceram foram de ordem institucional e política. Temia-se que, em não pondo fim aos feitos de Jesus, ele desestabilizaria a religião oficial, e poderia ser motivo para uma intervenção mais drástica dos romanos na Judéia, terminando com a liberdade e prestigio que as autoridades religiosas ainda gozavam. A sentença de morte estava declarada:...vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação toda. (v.50). E assim, Jesus mais uma vez se retirou, agora para uma cidade de Efraim, para não precipitar os acontecimentos e ao mesmo tempo poder dedicar-se aos seus discípulos. Com a chegada da festividade religiosa maior da nação, a Páscoa, a curiosidade dos judeus aumentava, especulando-se sobre a vinda ou não do Mestre para as solenidades. O capitulo doze, começa a nos apresentar a semana final da vida de Jesus Cristo aqui na terra. Como nos outros evangelhos, vemos que esta semana da Paixão ocupa proporcionalmente muito mais espaço do relato que qualquer outra época do ministério terreno de Jesus. Os detalhes se ampliam na apresentação desses últimos dias, que começaram em Betânia, com uma ceia entre amigos, onde Jesus foi ungido por Maria, e o Mestre reconheceu aquele ato como uma preparação para a sua morte: Deixai-a; para o dia da minha preparação para a sepultura o guardou; (v.7) No dia seguinte, ocorreu a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, evento conhecido como o domingo de ramos. A grande aclamação popular impossibilitou a ação planejada dos fariseus de prender a Jesus tão logo o vissem (v.19). A chegada de alguns gregos, recebidos por Filipe, que junto com André os conduziram ao Mestre fez Jesus declarar que efetivamente a sua hora tinha chegado, ainda que a carga a ser suportada seria muito difícil, como declarou: Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas para isto vim a esta hora. (v.27). E mais uma vez, Jesus aproveitou para enfatizar que Ele era a luz e a revelação de Deus, que precisava ser crido por todo aquele que não deseja continuar nas trevas. E assim chegamos ao final destes dois capítulos tão importantes do relato de João. A oportunidade de repassarmos estas páginas preciosas da nossa Bíblia deve servir para o fortalecimento da razão da nossa fé. Cristo, o filho de Deus se deu por nós. O seu sacrifício trouxe nos vida. Os seus ensinos são a luz para o nosso caminho. Persistamos, assim, em andar na luz. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 16

17 Lição 09 "Um momento difícil João cap. 13 Queridos irmãos e amigos ouvintes: Na continuação destes estudos no Evangelho de João, nos detemos hoje no capítulo treze. Vimos na revisão do capitulo doze, que o evangelista descreveu os acontecimentos mais marcantes que iam formando o cenário da condenação de Jesus Cristo. As razões das autoridades religiosas foram relatadas, e o próprio Mestre declarou a chegada da sua hora, tanto naquela ceia em Betânia onde Ele foi ungido por Maria, como no encontro com os gregos que, tendo indo a Jerusalém para as festividades, procuraram a Jesus. Neste capítulo treze, bem como nos subseqüentes até o dezessete, o mundo exterior é deixado de lado por João, e o contexto do relato apenas comporta Jesus e os seus discípulos. Não há mais a preocupação, nem com a grande multidão, nem com aqueles que ainda poderiam vir a crer, tampouco com os opositores. O momento era exclusivamente para os seus. Para preveni-los quanto aos acontecimentos próximos, e para instruílos, especialmente a respeito dos novos tempos que viriam, onde eles não mais contariam com a presença física daquele por quem tudo abandonaram. Neste conjunto de capítulos que versam sobre os ensinos de Jesus aos seus discípulos, a palavra chave que se destaca é Amor, e toda essa ênfase, João nos lembra, vem do próprio exemplo do Mestre, que amou os seus e os amou até o fim (v.1) Aquele que era a prova impar do amor do Pai = Porque Deus amou o mundo de tal maneira... (3.16) = deu, através da sua atitude nesse episódio, a prova impar de amor pelos seus, amor espelhado em um humildade exemplar ao lavar os pés dos seus discípulos. A reação inicial de Pedro, de não permitir que Jesus lhe lavasse os pés refletia não só a sua surpresa com o gesto do Mestre, mas também o desembaraço com tal atitude. Lavar os pés antes das refeições era um ato de higiene necessário, e parte do ritual de purificação recomendado. Os pés acumulavam o pó do caminho percorrido e sem duvida, precisavam ser lavados. Mas, a tarefa de lavar os pés era uma tarefa humilhante, indigna. Competia aos servos, ou aos escravos. E quando o personagem principal da refeição deita a água na bacia e começa a lavar os pés dos seus convidados e a os enxugar... Não. Isso de fato era inusitado. O que o Mestre queria ensinar foi claramente explicado após. O exemplo devia ser seguido, e os ensinos de Jesus deviam ser praticados e não apenas ouvidos. Praticados como o Mestre os praticava. A oportunidade dessa refeição, foi também utilizada por Jesus para revelar acontecimentos futuros envolvendo dois dos presentes. O objetivo também era de mais uma vez evidenciar Jesus como o Filho de Deus, conhecedor de todas as coisas. Ao ouvirem tais profecias, os discípulos não conseguiriam compreender o significado das palavras do Mestre. Seria necessário que as palavras se cumprissem, para então poderem crer naquele que as pronunciou. É isto que dizem as palavras de Jesus registradas no verso 19: Desde já vo-lo digo, antes que suceda, para que, quando suceder, creais que eu sou. A primeira dessas predições dizia respeito ao traidor, Judas, e a segunda a respeito de Pedro e de sua tríplice negação. O pronunciamento a respeito do traidor somente se tornou claro para aquele discípulo que estava ao lado EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 17

18 do Mestre, e a quem Jesus, com um gesto, indicou Judas. Seria este discípulo, apresentado como aquele a quem Jesus amava, o autor desse relato? Este episódio não deixa de ser mais uma evidencia neste sentido. O fato é que Judas deixou o recinto, e as palavras que Jesus pronunciou a partir desse momento foram destinadas aos 11 que permaneceram do seu lado. A segunda predição, que encontramos nos três versos finais do capitulo antecipam o episodio que seria presenciado ainda naquela mesma madrugada, antes que o galo cantasse. Para terminar a revisão deste capítulo tão expressivo de João, convém dedicar um cuidado especial aos versos 31 a 35. Neles Jesus apresenta três conceitos de grande profundidade e significado. No verso 33 mais uma vez o Mestre antecipa a sua morte e o sacrifício singular a que deveria se submeter para propiciar a remissão dos nossos pecados. Para onde vou, não podeis vós ir. Palavras similares a estas foram pronunciadas anteriormente para os fariseus (7.34). O caminho que Jesus devia percorrer, o que Ele devia agora fazer e suportar, ninguém o poderia no seu lugar. O sacrifício suficiente e completo de Cristo na cruz é que nos dá o pleno perdão e a completa reconciliação com Deus. Nos versos 34 e 35 Jesus nos apresenta o seu novo mandamento:...que vos ameis uns aos outros; assim com eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros. O amor entre os seguidores do Mestre é que deveria ser o marco a caracterizar os discípulos de Jesus. Continuamos hoje a ter conosco o mesmo ensino, que traz-nos o mesmo desafio: Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. (v.35) E, a glorificação do Filho do homem, sobre a qual Jesus discorreu nos versos 31 e 32 abrindo esta seqüência de assuntos é o ultimo conceito a considerar. Já no encontro com os gregos que o buscaram, no capítulo 12, Jesus tinha declarado:..é chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. ( ) A morte de Cristo na cruz significava o cumprimento do propósito remidor da sua vida. Significava a vitória sobre a morte, e assim, o momento da glorificação do Filho do homem era chegado. A glorificação tinha de vir pelo sofrimento. Pela humilhação da morte na cruz, mas era esta humilhação que trazia consigo a exaltação. Ao pensar nessa glorificação do filho do homem, lembremos de Filipenses 2, onde Paulo nos ensina: Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. (Fil ). EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 18

19 Lição 10 "A promessa do Espírito Santo João caps. 14 e 15 Na continuação destes estudos no Evangelho de João, voltamos nossa atenção hoje para os capítulos 14 e 15. A nossa oração a Deus deve ser de gratidão pela oportunidade de mais uma vez podermos nos encontrar em torno desse Evangelho, bem como de suplica para que Ele nos abra o entendimento para a perfeita compreensão da Sua palavra. Estamos dentro daquela parte de João que relata a última oportunidade do Mestre com seus discípulos. Os capítulos 14 a 17 compõem um grande discurso de Jesus, dirigido aos seus seguidores. Se o Sermão do Monte é o discurso do Mestre em destaque no evangelho de Mateus, estas palavras, proferidas durante, ou imediatamente após a última ceia do grupo, é o destaque em João. Foi o momento para as derradeiras instruções e aconselhamento de Jesus para aqueles que logo mais seriam privados da sua presença. O capitulo 14 compõem a primeira parte deste discurso. Jesus começou com a promessa do futuro reencontro:...vou preparar-vos lugar, e, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e voz tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (v.2 e3). Tal promessa objetivava trazer paz ao coração dos discípulos, mas a incompreensão das palavras de Jesus gerou duvidas em Tomé e em Felipe. Mais uma vez Jesus aproveitou para reafirmar a unidade entre Ele e o Pai. A partir do verso 15, Jesus apresenta o Ajudador, que viria para estar com os seus seguidores. Quem é este Ajudador? Outros textos o chamam de Consolador, outros ainda de Advogado, todas como tradução do original Paracleto, significando aquele que tem a missão de defender, interceder, aconselhar e consolar. Jesus o apresentou também como o Espírito da verdade, e com base neste texto podemos aprender algumas coisas sobre suas características e suas funções. O Paracleto viria a se revelar em decorrência do amor dos discípulos por Jesus, consubstanciado na obediência aos seus mandamentos (v.15); seria presença permanente com os seguidores (v.16); seria exclusivo dos seguidores fiéis, visto que não poderia ser visto nem conhecido pelo mundo (v.17); e, estaria nos seguidores, isto é em cada um deles. No verso 26, estão apresentadas as funções deste Espírito da verdade: ensinar todas as coisas e fazer com que todas as palavras de Jesus fossem relembradas. Mais adiante no discurso, o Mestre retomaria o tema do Consolador para elaborar mais sobre a sua missão. Este consolador se revelou no Pentecostes, como relatado em Atos capítulo 2. Vemos então aqui colocadas as bases da doutrina da Trindade. Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo. Reiteradamente João enfatiza os ensinos de Jesus a respeito da unidade entre o Pai e o Filho. Para os judeus, tão ciosos de Jeová, o único Deus que merecia toda a exclusividade, esse conceito da unidade entre Deus e Jesus era algo difícil de ser aceito, e já vimos, que muitas vezes este ensino de Jesus foi tomado por blasfêmia. Para nós, porém, deve restar apenas a compreensão da doutrina da Trindade, com Deus se revelando a nós pela vida e obra de seu Filho Unigênito, e o Espírito Santo como a Sua presença permanente conosco como ensinador, consolador e defensor. A idéia do Deus Trino está claramente apresentada e definida neste capítulo 14: EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 19

20 nos versos 15 a 17 o Espírito Santo é apresentado. Nos versos 18 a 22, o continuado ministério do Deus Filho é relembrado. E, nos versos 23 e 24 a revelação do amor do Deus Pai pelos fiéis é relembrada. O capitulo 15 começa nos apresentando o ensino de Jesus a respeito da unidade e da identidade entre o Mestre e os seus seguidores. A figura utilizada é a da videira. Jesus é a videira, o Pai é o cuidador da videira, e os seguidores são os ramos. Deve haver um fluir de seiva da vide para os ramos. Os ramos devem permanecer ligados à vide para que este fluir ocorra e frutos sejam produzidos. O fruto florescerá no ramo, mas apenas se estiver recebendo a seiva da vide. sem mim nada podeis fazer. (v.5) ensina Jesus. O Pai, o viticultor, cuida da planta, eliminando os ramos estéreis, que, por não permanecerem na vide se tornam secos e são lançados no fogo para serem queimados. A partir do verso 9 e até o verso 4 do capítulo 16, Jesus elaborou um contraste entre Amor e Ódio. Do verso 9 ao 17, Ele enfatizou o Amor entre os seus seguidores. Do verso 18 desse capítulo 15 até o verso 4 do capitulo 16, Jesus alertou seus seguidores a respeito do ódio que encontrarão no mundo. O amor como nota de destaque entre os seus seguidores é a tônica de toda esta seção do evangelho de João, ressaltada pelo exemplo do Mestre e reiteradamente enfatizada pelo imperativo, como mais uma vez no versículo 17: Isto vos mando, que vos ameis uns aos outros. Quanto ao ódio que o mundo viria a expressar contra os seus seguidores, Jesus buscou alertar os discípulos sobre o que eles haveriam de enfrentar: Mas tenho vos dito estas coisas, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que eu vo-las tinha dito... (16.4). O Mestre ensinou que a origem desse ódio está na incompatibilidade entre o Mundo e Jesus: Se fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. (v.19). O mundo se tornou culpado ao não aceitar Jesus como o Filho de Deus, e o ódio do mundo contra Jesus se tornaria, e de fato tem se tornado, em ódio contra os seguidores de Jesus. Quantas vezes essas palavras proféticas de Jesus não se tornaram realidade?:... vem a hora em que qualquer que vos matar julgará prestar um serviço a Deus. (16.2) O conforto do Mestre para essa antecipação tão tenebrosa é de grande valor:...mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (16.33) Creio que mais uma vez nos fica evidente o valor do Evangelho de João para a nossa fé cristã. João se preocupou de apresentar em profundidade os ensinos de Jesus, de modo que eles continuam vivos e vibrantes, não obstante o tempo decorrido. Quanto desses ensinos precisamos vivenciar na integra, como cristãos sinceros que almejamos ser. O amor como característica impar do cristianismo; a unidade entre os cristãos e Jesus; a não conformidade com o mundo e o seu sistema de valores, e, sobretudo, a maravilha da presença continuada do Consolador conosco. Inspirados por esta mensagem, vamos renovar e reafirmar o nosso propósito de ser discípulo de Jesus Cristo. EVANGELHO DE JOÃO - 2T2004 Pg. 20

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