Solo Reforçado. Prof. Ennio Marques Palmeira

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1 Solo Reforçado Prof. Ennio Marques Palmeira 1

2 Sobre o autor O Professor Ennio Marques Palmeira nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1953, tendo se formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em Concluiu seu mestrado na Coppe/UFRJ, em 1981, e seu doutorado na University of Oxford, Inglaterra, em Tanto no seu mestrado, quanto no seu doutorado, trabalhou com a utilização de geossintéticos em reforço de solos. Trabalhou nas empresas de consultoria Geotécnica S.A. e Trafecon. Desde 1987 é professor da Universidade de Brasília, onde vem orientando alunos de graduação, mestrado e doutorado em atividades de pesquisa sobre geossintéticos, cobrindo desde reforço de solos até o estudo de geossintéticos em drenagem, filtração e proteção ambiental. Tem cerca de uma centena de trabalhos publicados sobre geossintéticos no país e no exterior. O Prof. Ennio Palmeira é membro do Conselho da IGS (International Geosynthetics Society) e foi o primeiro presidente da Associação Brasileira de Geossintéticos (IGS - Brasil). Em 1996 foi agraciado com o prêmio IGS Award, por sua contribuição ao desenvolvimento dos geossintéticos. Agradecimento O autor agradece aos engenheiros Flávio Montez e André Estevão da Huesker Ltda pelos comentários e sugestões efetuadas durante o processo de elaboração deste material. A presente publicação tem a finalidade de divulgar e esclarecer, de forma resumida, pontos importantes ligados à técnica de reforço de solos com geossintéticos. Análises mais aprofundadas sobre os tópicos aqui abordados podem ser encontradas na literatura técnica. 1 a edição out/1999 2

3 Solo Reforçado 1. Introdução Os geossintéticos são materiais sintéticos para utilização em obras geotécnicas e de proteção ao meio ambiente, com funções diversas. Dentre os geossintéticos, as geogrelhas e alguns tipos de geotêxteis destacam-se como elementos que podem ser utilizados em obras de reforço de solos. 1. Introdução A técnica de solo reforçado com geossintéticos consiste na inclusão destes materiais visando a obtenção de um material composto mais resistente e menos deformável que o solo isolado, conforme esquematizado na Figura 1. A combinação das propriedades dos dois materiais e a interação entre eles pode resultar em um material com propriedades de engenharia suficientes para o bom desempenho em diversos tipos de obras. A Figura 2 esquematiza o comportamento individual de cada material e o efeito da combinação de ambos em um elemento de solo reforçado. A utilização da técnica de reforço remonta à antigüidade, onde nossos antepassados utilizavam misturas de raízes, toras ou lã e solo para a execução de fortificações, estradas e outras construções civis (Palmeira, 1993). Exemplos destas aplicações são citados na Bíblia e ainda podem ser encontradas nos Ziggurats (1400 AC), Muralha da China, estradas para templos Incas e obras do Império Romano. Por razões desconhecidas a técnica foi esquecida por centenas de anos. No século 20, após algumas aplicações esporádicas, a técnica de reforço de solos foi revivida com força crescente a partir da década de 60. Figura 1. Princípio do solo reforçado. Figura 2. Comportamento tensão (ou carga) - deformação dos materiais. 3

4 2. Propriedades Relevantes do Reforço 2. Propriedades Relevantes do Reforço Para um geossintético desempenhar bem o papel de reforço em uma obra geotécnica, devem ser observadas as seguintes propriedades: Resistência à tração; Rigidez à tração (deformabilidade compatível com a do solo); Comportamento em fluência; Resistência a esforços de instalação; Durabilidade quanto à degradação ambiental (química e biológica); Elevado grau de interação com o solo envolvente. Figura 3. Características de tração de geossintéticos. Figura 4. Relação carga-deformação-taxa de deformação em ensaios de tração. Resistência e Rigidez à Tração Os geossintéticos para reforço possuem características e propriedades variadas, dependendo do tipo de polímero utilizado e do seu processo de fabricação. Assim, uma ampla gama de valores de resistência e rigidez à tração pode ser encontrada de forma a atender os requisitos da obra. A Figura 3 esquematiza o ensaio de tira larga para a obtenção da resistência à tração (T MAX ) e da deformação na ruptura (ε MAX ), bem como da rigidez à tração ( J) do geossintético, que pode depender da própria deformação considerada. Como também ocorre com outros materiais, a resistência, a rigidez à tração e a deformação na ruptura (ε MAX ) dependem da taxa de deformação imposta à amostra (velocidade de ensaio) e da temperatura ambiente. Assim, os valores de resistência e rigidez à tração apresentados pelo geossintético na obra dependerão da taxa de deformação imposta durante a construção e da temperatura ambiente, conforme esquematizado na Figura 4. Os ensaios de tração realizados segundo as normas ABNT NBR e EN ISO são considerados ensaios rápidos, com duração, em geral, inferior a 5 minutos (taxa de deformação igual a 20% por minuto, a 20 0 C). Desta forma, são particularmente indicados para a caracterização do geossintético e para o controle de qualidade de fabricação e de recepção em obra. 4

5 Comportamento em Fluência A fluência ( creep ) é o processo de deformação lenta de um material sob tensão constante. Materiais poliméricos são mais ou menos susceptíveis à fluência dependendo fundamentalmente do tipo de polímero empregado na sua confecção. A estabilidade do material quanto à fluência está associada ao nível de carga a que o mesmo está submetido. Assim, se o reforço está submetido a uma carga de tração baixa em relação à sua resistência máxima à tração obtida em ensaio rápido, o mesmo poderá levar décadas ou séculos para romper por fluência. De modo contrário, quanto mais próximo da resistência máxima à tração, mais rápida é a ruptura do material por fluência. Em vista disto, deve-se escolher um fator de redução apropriado (FR fl ), a ser aplicado na resistência à tração do geossintético, de modo a que trabalhe sob uma carga de tração no campo que garanta que o mesmo não rompa por fluência durante a vida útil da obra. Como a deformação por fluência está associada à carga de tração atuante, pode-se obter para o geossintético as curvas apresentadas na Figura 5 (a), para ensaios com diferentes valores de carga de tração mantidas constantes. A curva da Figura 5 (b) é chamada de isócrona e relaciona a carga de tração com a deformação correspondente em um tempo t. Este tempo t e a deformação correspondente podem estar convenientemente associados à vida útil da obra e à deformação máxima a que o reforço pode ser submetido sem comprometimento à funcionalidade da obra (critério de serviciabilidade). Através de curvas isócronas é possível também definir valores de carga de tração ou de rigidez à tração mobilizados para uma determinada deformação em um determinado tempo (por exemplo: T = 50 kn/m, para 5% de deformação após 10 anos). Figura 5. Resultados de ensaios de fluência (Modificado - Jewell, 1996). Figura 6. Curva de Referência (ruptura por fluência) (Modificado - Jewell, 1996). O tempo de ruptura por fluência também pode ser obtido em ensaios de fluência a diferentes cargas de tração. Através destes ensaios pode-se obter a Curva de Referência de propriedades do material, obtida em ensaios de fluência, conforme esquematizado na Figura 6. De posse desta curva pode-se prever a resistência à tração de referência do elemento de reforço (T ref ) ao final da vida útil da obra. 5

6 No projeto de obras reforçadas, ao valor da resistência de referência obtida na Figura 6 devem ser aplicados fatores de redução que levem em conta perdas de resistência por danos de instalação, degradação química e danos devido ao ambiente de trabalho do reforço. Resistência a Danos Mecânicos de Instalação Figura 7. Simulação de dano de instalação. Esforços de instalação são aqueles a que a camada de geossintético está submetida durante a sua instalação e durante o espalhamento e compactação do material de aterro sobre si, conforme esquematizado na Figura 7. De um modo geral, quanto mais leve (menor gramatura) o geossintético, mais susceptível ele é a danos de instalação. Os danos de instalação provocam perda de resistência do geossintético e isto pode ser levado em conta em projetos de obras em solo reforçado através da adoção de fatores de redução apropriados sobre a resistência de referência do reforço (FR dm ). Durabilidade Quanto à Degradação Ambiental (química e biológica) É importante se garantir a sobrevivência do elemento de reforço ao longo da vida útil da obra. Geossintéticos podem ser confeccionados com polímeros extremamente resistentes e duráveis à maioria das situações encontradas nos solos. Outro fator que pode aumentar a resistência à degradação ambiental é a adição de um revestimento polimérico ao geossintético durante o processo de fabricação. Em casos específicos de presença de substâncias agressivas em contato com o elemento de reforço, o fabricante do produto deve ser contactado, ou ensaios específicos de durabilidade devem ser realizados. Amostras de geossintéticos exumadas de obras reais com até 20 anos de existência têm mostrado que o efeito de degradação do reforço é mínimo (Palmeira, 1993) e, em alguns casos, a expectativa de durabilidade de geossintéticos supera algumas centenas de anos (Koerner, 1998). Mesmo assim, é recomendável a utilização de fatores de redução que considerem o efeito da degradação ambiental (FR amb ) na resistência do geossintético, particularmente para obras com vida útil elevada. 6

7 Grau de Interação com o Solo Envolvente A interação entre solo e geossintético permite a transferência de tensões entre estes dois materiais de modo a manter a estrutura em solo reforçado estável. Essa propriedade pode ser quantificada através de ensaios de laboratório, sendo mais comumente utilizados os ensaios de cisalhamento direto e de arrancamento. Esses ensaios simulam solicitações passíveis de ocorrer em obras reforçadas típicas, conforme esquematizado na Figura 8. É importante observar que os ensaios de cisalhamento direto são aplicáveis não somente a reforços planos contínuos, como também a geogrelhas, em algumas situações particulares (deslizamento do solo sobre o seu plano). Para simulação de condições de ancoragem de geogrelhas o ensaio mais indicado é o de arrancamento. A interação entre solo e reforços planos e contínuos (geotêxteis, por exemplo) é caracterizada por parcelas de aderência por adesão e por atrito. A equação de aderência entre solo e reforço plano contínuo pode ser expressa por: Figura 8. Mecanismos de interação solo-geossintético. τ sr = a sr + σ tan δ sr [1] onde: τ sr a sr σ δ sr = tensão de aderência entre solo e reforço; = adesão entre solo e reforço; = tensão normal no plano do reforço; = ângulo de atrito entre solo e reforço. Os parâmetros de aderência e a tensão normal na equação 1 podem ser expressos em termos de tensões totais ou efetivas, dependendo do tipo de análise a ser efetuada. No caso de areias, a sr = 0. No caso de solos argilosos, o valor de a sr deve ser obtido sob as mesmas condições de carregamento a serem observadas na obra (carregamentos rápidos ou lentos). No caso de solos compactados o valor de a sr pode variar significativamente durante a vida útil da obra, em fução da variabilidade da coesão do solo com a sucção, que é função da umidade. Nestes casos, valores conservativos de a sr são sugeridos em projetos, preferencialmente adotando-se a sr = 0. 7

8 No caso de geogrelhas, além das parcelas de aderência por adesão e atrito nas superfícies superior e inferior da geogrelha, dispõe-se também da resistência passiva (ou resistência por ancoragem) desenvolvida nos membros transversais (σ b conforme indicado na Fig. 9). Jewell et al. (1984) apresentam uma proposta para a estimativa do valor da resistência ao arrancamento da geogrelha em função das suas áreas sólidas disponíveis para aderência e para ancoragem. Figura 9. Resistência passiva em geogrelhas (Palmeira, 1998). A partir dos ensaios de cisalhamento direto e de arrancamento pode-se calcular, respectivamente, o coeficiente de deslizamento direto (C d ) e o coeficiente de interação (C i ). C d corresponde à relação entre a resistência ao cisalhamento da interface solo - geossintético e a resistência ao cisalhamento do solo. Analogamente, C i corresponde à relação entre a tensão cisalhante de arrancamento em uma das faces do geossintético e a resistência ao cisalhamento do solo. Para solos não-coesivos, temos: τ sr tgδ sr C d = = [2] τ s tgφ τ a T a C i = = [3] τ s 2.L a.σ.tgφ onde: τ sr = tensão de aderência entre solo e reforço; τ s = resistência ao cisalhamento do solo; δ sr = ângulo de atrito entre solo e reforço; φ = ângulo de atrito do solo; τ a = tensão cisalhante de arrancamento em uma das faces do geossintético; T a = carga de arrancamento; L a = comprimento de ancoragem; σ = tensão normal no plano do reforço. 8

9 3. Determinação da Resistência à Tração de Projeto 3. Determinação da Resistência à Tração de Projeto Aresistência e a rigidez à tração do reforço a serem utilizadas em projetos de solo reforçado dependem das características da obra, características do reforço, resistência do reforço ao final da vida útil da obra (Fig. 6) e requisitos de serviciabilidade da obra. Em alguns tipos de obras é necessário impor um limite para a sua deformação de modo a garantir a sua serviciabilidade (operacionalidade) durante a sua vida útil. Neste caso, o esforço de tração admissível no reforço T(ε,t,θ) a ser utilizado no projeto é aquele correspondente à deformação (ε) especificada para o reforço ao final da vida útil da obra (tempo t) sob temperatura θ. Devem ser utilizados valores obtidos em curvas isócronas como esquematizadas nas Figuras 5 e 10. O valor da resistência de projeto é dado por: Figura 10. Parâmetros da resistência à tração de longo prazo. T ref T proj = FR dm. FR amb. f m e / ou T(ε,t,θ) T proj = FR dm. FR amb. f m (critério de ruptura) [4] (critério de serviciabilidade) [5] 9

10 onde: T proj = resistência à tração de projeto do reforço; T(ε,t,θ) = resistência à tração correspondente à deformação ε em um tempo de carregamento t, a uma temperatura θ (Fig. 10); T ref = resistência de referência do reforço ao final da vida útil da obra (carga de ruptura por fluência, Fig. 6 e Fig. 10); FR dm = fator de redução para levar em conta danos mecânicos ao reforço (danos de instalação); FR amb = fator de redução para levar em conta danos ambientais (ataques químicos e biológicos); f m = fator para levar em conta incertezas sobre o material de reforço (extrapolação de resultados de ensaios, dispersão de resultados, etc). Os fatores de redução são característicos para cada produto e variam bastante, especialmente em função da matéria-prima (polímero constituinte do geossintético). Os valores a serem considerados devem ser fornecidos e certificados pelos fabricantes e devem ser sempre aplicados na análise de um projeto e especificação de geossintéticos para reforço. Na falta de informações garantidas pelo fabricante, existem recomendações de normas que devem ser seguidas a fim de garantir a segurança da obra. Figura 11. Condições de estabilidade externa de estruturas de contenção em solo reforçado com geossintéticos. 10

11 4. Estruturas de Contenção e 4. Estruturas de Contenção e Taludes Íngremes Reforçados com Geossintéticos Taludes Íngremes Reforçados com Geossintéticos Uma das aplicações clássicas de reforço de solos com geossintéticos ocorre na construção de estruturas de contenção (face tipicamente vertical) e de taludes íngremes (face com inclinação geralmente inferior a 70 0 ). A solução de estruturas de arrimo reforçadas com geossintéticos pode trazer economias substanciais em comparação com as soluções convencionais de muros de arrimo. Entretanto, a metodologia de dimensionamento de estruturas de contenção em solo reforçado é muito semelhante à de estruturas de arrimo de gravidade convencionais. Inicialmente são verificadas as condições de estabilidade externa do maciço reforçado (deslizamento ao longo da base, tombamento, capacidade de carga do solo de fundação, distribuição de tensões na base e estabilidade global), admitindo-se este como rígido, como apresentado na Figura 11. A estabilidade interna do maciço reforçado é garantida pela determinação do espaçamento entre reforços e comprimento de ancoragem dos reforços (Fig. 12). Comumente a teoria de Rankine é utilizada para cálculo de empuxos e tensões ativas de terra. Outros métodos que podem ser utilizados são o de Coulomb, o das cunhas (dois blocos) e o da espiral logarítmica. Diferentes tipos de faces podem ser empregadas em estruturas de contenção em solo reforçado, tais como: alvenaria de blocos, face de concreto e blocos pré-moldados. Os diferentes tipos de face permitem soluções econômicas e esteticamente agradáveis, particularmente no caso de utilização de blocos pré-moldados. O dimensionamento de taludes íngremes pode ser feito utilizando-se programas computacionais, a partir do método de Bishop Modificado, por exemplo, ou, em casos particulares, metodologias de dimensionamento que empregam ábacos (Jewell, 1996, por exemplo). Figura 12. Condições de estabilidade interna de estruturas de contenção em solo reforçado com geossintéticos. 11

12 5. Aterros Sobre Solos Moles Reforçados com Geossintéticos 5. Aterros Sobre Solos Moles Reforçados com Geossintéticos Outro tipo de obra em que os geossintéticos podem contribuir para o aumento da estabilidade é a de aterros sobre solos moles. Além disso, a presença do reforço permite a construção da obra em menos tempo e/ou com taludes mais íngremes, o que pode provocar reduções de custo substanciais. Dois tipos de situações de construção de aterros sobre solos moles podem ser identificadas, a saber: Aterros baixos para base de pavimentos; Aterros altos sobre solos moles. Figura 13. Base de pavimento reforçada com geogrelhas sobre solos moles. Devido à sua baixa altura, nas estradas não pavimentadas o mecanismo de instabilização do maciço é provocado pelas tensões verticais transmitidas pelos veículos pesados para o aterro e subleito. Tais estradas são comuns como vias de acesso a obras maiores, vias de escoamento de produções agrícolas, minerais, industriais, estradas em áreas de exploração florestal, áreas de estacionamento e manobras de veículos, etc. A presença do reforço geossintético na interface aterro / solo mole traz os seguintes benefícios: Favorece a distribuição de tensões no aterro e na fundação, aumentando a capacidade de carga do conjunto; Minimiza o contínuo desenvolvimento de rodeiras pela ação estabilizante do efeito membrana; Minimiza perdas de material de aterro. A Figura 13 ilustra os benefícios advindos da utilização de reforço geossintético na base de estradas sobre solos moles. 12

13 Nos aterros mais altos o mecanismo de instabilização do conjunto é majoritariamente provocado pelo peso próprio do aterro. Nestes casos, a presença de camada de reforço na base provê uma força estabilizadora, que se opõe ao mecanismo de ruptura, com conseqüente aumento no fator de segurança da obra, conforme esquematizado na Figura 14. Isto é particularmente importante em situações em que a espessura do solo mole é pequena em relação à largura da base do aterro. Nestas obras é também importante a utilização de reforços com elevados valores de resistência e rigidez à tração, e que estes sejam instalados na base do aterro, ou o mais próximo possível da base, de modo a maximizar o efeito do reforço na estabilidade da obra (aumento do braço de alavanca da força no reforço em métodos de análise de estabilidade, por exemplo). A presença do reforço geossintético na base de aterros altos traz os seguintes benefícios: Figura 14. Contribuição da presença de reforço geossintético para a estabilidade de aterros altos sobre solos moles. Distribuição de tensões no solo mole mais favorável à estabilidade; Diminuição de recalques diferenciais ao longo da base do aterro; Diminuição de perdas de material de aterro; Aumento do fator de segurança do conjunto; Permite a utilização de taludes mais íngremes; Permite a construção mais rápida da obra. O dimensionamento de aterros reforçados com geossintéticos é usualmente feito com a utilização de programas computacionais de estabilidade de taludes que permitam a incorporação do efeito estabilizante da força mobilizada no reforço. Em casos em que superfícies de deslizamento circulares podem ser empregadas, é comum a utilização do método de 13

14 Bishop Modificado para o cálculo do fator de segurança da obra. Neste caso, a equação de equilíbrio do aterro reforçado para uma determinada superfície circular é dada por (Fig. 15): M r + T proj.d T = M a [6] FS r Figura 15. Análise de estabilidade de aterros reforçados sobre solos moles. M r Onde: = somatório dos momentos das forças de resistência ao cisalhamento dos solos em relação ao centro do círculo; FS r = fator de segurança do aterro reforçado; T proj = esforço de tração mobilizado no reforço; d T M a = braço de alavanca de T proj em relação ao centro do círculo; = somatório dos momentos das forças que auxiliam o deslizamento, em relação ao centro do círculo. O procedimento de dimensionamento é arbitrar o valor de FS r e, através da resolução da equação 6 para várias superfícies circulares, se determinar a superfície crítica para a qual o valor de T proj requerido no reforço é máximo. Soluções em forma de gráficos e expressões matemáticas são disponíveis na literatura para casos particulares (Low et al 1990, Kaniraj, 1994, Jewell, 1996). Retroanálises de aterros reforçados levados à ruptura mostram que os métodos de equilíbrio limite são ferramentas bastante úteis para análise de estabilidade de aterros reforçados sobre solos moles (Palmeira et al., 1998). A utilização combinada de reforço geossintético e bermas de equilíbrio pode permitir a otimização de projetos, com a adoção de reforços de maior resistência e bermas de menor extensão, ou vice-versa. 14

15 6. Aterros Sobre Estacas e 6. Aterros Sobre Estacas e Capitéis Reforçados com Geossintéticos Capitéis Reforçados com Geossintéticos Oreforço geossintético também pode ser extremamente útil no caso da sua utilização em aterros sobre solos moles estaqueados. Neste caso, a presença das estacas visa minimizar os recalques do aterro devido ao adensamento do solo mole. A presença da camada de reforço permite uma melhor distribuição das cargas para as estacas, otimizando a utilização destes elementos de fundação (Fig. 16), evitando a necessidade da utilização de uma laje contínua de concreto. Nas regiões abertas entre os capitéis (peças pré-moldadas sobre as estacas), o geossintético suporta as cargas verticais do aterro através do mecanismo conhecido como efeito membrana, complementando o efeito de arco observado em camadas granulares. O arqueamento de solo provoca a transferência lateral de cargas de compressão (para as estacas) com redução de tensão vertical na região que sofreu afundamento (superfície do solo mole). O reforço geossintético atua também no sentido de conter o deslocamento lateral dos taludes do aterro, em substituição à cravação de estacas inclinadas nessa região (Fig. 17). Por se tratarem de situações onde, em geral, estão envolvidos elevados níveis de carregamento e são exigidos baixos níveis de deformação ao longo do tempo, este tipo de aplicação requer reforços de grande resistência à tração, de alta tenacidade e baixa fluência. São especialmente interessantes quando não se dispõe de períodos de espera para a consolidação do solo mole durante a execução da obra e/ou em projetos onde baixos níveis de deformação são exigidos (ferrovias, por exemplo). Hewlet e Randolph (1988) e Russel e Pierpoint (1997) apresentam metodologias para projeto de aterros estaqueados com geossintéticos. Em geral, o dimensionamento do reforço é feito em função da altura do aterro (carga vertical sobre o reforço) e da relação espaçamento entre capitéis / dimensões dos capitéis, além dos níveis de deformação máximos permitidos para o geossintético. Figura 16. Suporte de cargas verticais através do efeito membrana. Figura 17. Conteção do empuxo lateral do talude. 15

16 7. Aterros Sobre Terrenos 7. Aterros Sobre Terrenos Suscetíveis a Subsidência, Reforçados com Geossintéticos Suscetíveis a Subsidência, Reforçados com Geossintéticos Aminimização de efeitos de subsidência ou cavidades sobre aterros pode também ser obtida com a utilização de geossintéticos. O afundamento da superfície do terreno pode ocorrer em regiões sujeitas a processos erosivos em profundidade ou construções sobre regiões com exploração mineira subterrânea. Figura 18. Reforço atuando como membrana sobre cavidade. Neste caso, durante a construção ou mesmo durante o serviço da estrutura, grandes vãos podem surgir no solo de base. O reforço deve então atuar como uma ponte sobre estes vãos, minimizando as deformações na base e evitando a perda de material de aterro pela cavidade. O mecanismo de atuação do reforço é bastante semelhante ao caso de aterros em solos moles estaqueados. Neste caso, conta-se com o efeito membrana baseado na resistência à tração do geossintético. Da mesma forma, portanto, este tipo de aplicação requer tipicamente geossintéticos de alta resistência e elevada rigidez. Giroud et al. (1990) apresenta método de cálculo para a utilização de geossintéticos nestas aplicações. A Figura 18 esquematiza a atuação do reforço em aplicação dessa natureza. É possível, em obras onde há o risco de ocorrerem tais cavidades, a utilização de reforços dotados de sistema de instrumentação de alerta. Assim, ocorrendo o problema, o reforço evita o colapso imediato da estrutura e permite a ação de reparo da perda de material de base. 16

17 8. Conclusões 8. Conclusões De uma forma geral, a utilização de geossintéticos para aplicações de reforço de solo deve sofrer um grande desenvolvimento em um futuro próximo, por trazer uma série de benefícios, dentre os quais é possível destacar: Menor impacto ambiental, pois a sua utilização em geral reduz a necessidade de remoção de solo de fundação e minimiza o consumo de material de aterro, geralmente aproveitando os próprios materiais disponíveis no local; Melhor ocupação dos espaços disponíveis, permitindo construções em praticamente todo tipo de solo, qualquer que seja a geometria desejada; Menor custo e tempo de execução, em função das economias de materiais e espaço acima descritas. Além disso, dois fatores adicionais são fundamentais para o desenvolvimento dessa técnica, garantindo a segurança para quem projeta e para quem executa: A existência de métodos de dimensionamento seguros e confiáveis que permitem ao projetista calcular praticamente qualquer tipo de obra que envolva reforço com geossintéticos; A existência de geossintéticos com propriedades e comportamento de longo prazo bem definidos, produzidos com qualidade assegurada, que apresentam uma ampla gama de características de resistência, módulo de rigidez e de interação com o solo, de forma a atender à grande maioria das necessidades que possam ser previstas em projeto. 17

18 Referências Referências Giroud, J.P., Bonaparte, R., Beech, J.F. and Gross, B.A. (1990). Design of soil-layer-geosynthetic systems overlying voids. Geotextiles and Geomembranes, 9, p Hewlet, W.J. and Randolph, M.F. (1988). Analysis of Piled Embankments. Ground Engeneering, vol. 1, nº 3, p Jewell, R.A. (1996). Soil reinforcement with geotextiles. CIRIA Special Publication 123, Thomas Telford, UK, 332 p. Jewell, R.A., Milligan, G.W.E., Sarsby, R.W. & Dubois, D. (1984). Interaction between soil and geogrids. Proceedings of the Symposium on Polymer Grid Reinforcement, Institute of Civil Engineers, ICE, London, UK. Kaniraj, S.R. (1994). Rotational stability of unreinforced and reinforced embankments on soft soils. Geotextiles and Geomembranes, 13 (11), p Koerner, R.M. (1998). Designing with geosynthetics. 4th Edition, Prentice-Hall, USA. Low, B.K., Wong, H.S., Lim, C. & Broms, B.B. (1990). Slip circle analysis of reinforced embankments on soft ground. Geotextiles and Geomembranes, Vol. 9, No. 2, p McGown, A., Andrawes, K.Z. & Yeo, K.C. (1984). The load-straintime behaviour of Tensar grids. Proceedings of the Symposium on Polymer Grid Reinforcement, Institute of Civil Engineers, ICE, London, UK, paper 1.3. Palmeira, E.M. (1993). Curso de estabilização e reforço de solos: introdução à utilização de geossintéticos. Publicação GAP002B/93, Programa de Pós-Graduação em Geotecnia, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 162 p. Palmeira, E.M. (1998). Estruturas de contenção e aterros íngremes reforçados com geossintéticos. Programa de Pós-Graduação em Geotecnia, Universidade de Brasília, Brasília, DF. Palmeira, E.M., Pereira, J.H.F. and da Silva, A.R., (1998). Backanalyses of geosynthetic reinforced embankments on soft soils, Geotextiles and Geomembranes, 16, No. 5, p Russell, D. & Pierpoint (1997). An assessment of design methods for piled embankments. Ground Engineering, 30(10), p

19 A Huesker é uma empresa líder no mercado mundial de geossintéticos, homologada com Certificado de Qualidade ISO Especializada em geogrelhas e geotêxteis de alta resistência, oferece soluções econômicas, modernas e confiáveis para os diversos projetos de engenharia. Sua linha de produtos para reforço de solos inclui: Fortrac Geogrelha de filamentos de alta tenacidade e baixa fluência protegidos por revestimento polimérico, com elevada resistência ao arrancamento. Fornit Geogrelha biaxial de alto módulo e elevada interação com o solo. Stabilenka Geossintético tecido de poliéster de alto módulo com elevada resistência à tração e muito baixa deformação na ruptura. Comtrac Geocomposto inovador com elevada resistência à tração e excelentes propriedades filtrantes e de separação. 19

20 HUESKER Ltda Rua Serimbura, sala 32 São José dos Campos - SP Brasil Tel: +55 (12) Fax: +55 (12) huesker@iconet.com.br HUESKER Synthetic GmbH & Co. Fabrikstraße D Gescher P.O. Box D Gescher Phone: +49 (25 42) Fax: +49 (25 42) huesker.synthetic@t-online.de 20

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