A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE QUÍMICA NO IFG E O PROBLEMA DA EVASÃO: uma análise para possíveis ações de enfrentamento

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1 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE QUÍMICA NO IFG E O PROBLEMA DA EVASÃO: uma análise para possíveis ações de enfrentamento Pamella Priscila Oliveira; Tharsis Souza Silva; Alesandro Silva de Oliveira, Lonely Xavier Cordeiro Dias de Almeida Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Campus Anápolis, . *pamellapriscilla2009@hotmail.com Eixo 2 - Políticas educacionais e formação de professores de Ciências Resumo: Esta pesquisa teve como proposta estudar a evasão escolar devido ao fato de, nos últimos anos este assunto ter se tornado um dos fenômenos que vêm desafiando governos educadores e toda a sociedade. Portanto, este estudo foi realizado a fim de compreender os motivos dessa evasão, contribuindo assim para com a comunidade escolar no enfrentamento de uma questão social muito presente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás; especialmente no curso Licenciatura em Química. O acesso á instituição federal tem sido facilitado, proporcionando, o atendimento à demanda, o mais próximo possível da residência do aluno, com um crescimento significativo de alunos matriculados, para que haja mais facilidade no acesso e na permanência. Entretanto é preocupante o número de evadidos e os poucos alunos que se formam. Entretanto para que se obtenha a compreensão dos resultados e que este trabalho possa servir de base para o desenvolvimento de novos estudos e projetos e que possa contribuir para a redução da evasão na Instituição em questão. Palavras-chave: Evasão No Ensino Superior; Licenciatura em Química. Formação de professores, evasão, Química. Introdução A evasão é um dos grandes problemas relacionados à educação brasileira que vem gerando vários problemas, como altos gastos à sociedade e desestímulo à continuação dos estudos por falta de profissionais em determinadas áreas, pois tem sido formados cada vez menos professores no decorrer da história. A evasão escolar tem ocupado, hoje em dia, um grande espaço no cenário das políticas públicas e educacionais da educação em geral. A evasão, independentemente do motivo para que aconteça, seja em instituições de ensino público ou privado, é um fenômeno social complexo (BAGGI, 2010) que tem provocado graves consequências sociais, acadêmicas e econômicas para a sociedade. Buscou-se, a todo o momento, a compreensão desse processo no qual se promove a evasão. Para isso, este trabalho intentou descobrir os fatores que contribuem para a evasão no Ensino Superior em um ambiente no qual há uma preocupação com alunos e alunas como prioridade (COSTA, 2014). gepeec@gmail.com Página 407

2 De acordo com Vygotsky (1998, p. 104), o socioconstrutivismo ou sociointeracionismo assim se caracteriza: Todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. O desenvolvimento da inteligência é produto da convivência social impregnada de cultura. Na ausência do outro, o homem não se constrói homem. A linguagem interna caracteriza a individualidade. É o principal instrumento de intermediação do conhecimento entre os seres humanos. A linguagem tem relação direta com o desenvolvimento psicológico. Desse modo, quando os alunos abandonam o ambiente escolar, eles deixam de se relacionar socialmente, perdendo a oportunidade de conviver com aquela sociedade e destruindo essa oportunidade de construir o próprio conhecimento. Por outro lado, é alta a falta de incentivo na formação de professores, visto que, dos ingressantes em cursos de Licenciatura, poucos deles se formam e muitos dos que se graduam o fazem fora do prazo estipulado no início do curso. Ademais, dos que conseguem concluir, muito deles decidem não trabalhar como professores e buscam emprego em outro nicho oferecido pelo curso de Química: a indústria (CASTRO, 2011). A evasão é um dos problemas e assuntos que mais causam discussão em instituições de ensino tanto públicas quanto privadas. Por essa razão, a busca de suas causas tem sido objeto de muito trabalho e pesquisas educacionais à procura de compreender seus motivos e causas (CASTRO, 2011). Nesse sentido, esta pesquisa se propõe a estudar a evasão no curso de Licenciatura em Química no Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia (IFG), Campus Anápolis, no período de 2010/1 a 2016/1, entendendo esse fenômeno como a saída definitiva do aluno de seu curso de origem. O curso de Licenciatura em Química do IFG-Anápolis é composto por 8 (oito) períodos, tendo duração de 4 (quatro) anos, sendo realizado no período noturno. O vestibular visa atender os candidatos que já concluíram o Ensino Médio e que, de preferência, ainda não tenham cursado nenhum curso em outras instituições. As vagas estão disponíveis para qualquer pessoa que tenha passado no processo seletivo próprio do Instituto ou no processo seletivo que utiliza as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sendo disponibilizadas, para o curso Licenciatura em Química, 30 (trinta) vagas anuais. A partir deste ano, 2017, o ingresso está sendo feito apenas pelas notas do Enem e há, também, o ingresso no curso por transferência interna e externa, além de como portador de diploma. Entretanto, esses casos representam uma parcela pequena de alunos. gepeec@gmail.com Página 408

3 Este artigo se caracteriza pelo extenso levantamento de dados na instituição, como o número de matriculados em cada ano, o número de evadidos em cada semestre, as disciplinas com mais índices de reprovação dos alunos, a faixa etária de evadidos, o sexo e os motivos que levam a essa evasão escolar, intentando identificar, além dos números, os diversos fatores que podem favorecê-la. No ensino superior, sobretudo nas licenciaturas, a evasão é um problema de imensa proporção. Isso acarreta problemas no Ensino Superior e, também, em outras fases do ensino por causa do papel de formação de professores que as licenciaturas desempenham. Existem vários estudos tentando entender e caracterizar as principais causas desse problema. Devido a isso, foi feito um estudo específico sobre a evasão no curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Goiás, campus Anápolis, tendo em vista analisar e caracterizar, quantitativa e qualitativamente, o processo de evasão escolar. Nesse sentido, o trabalho justifica-se pela tentativa de análise afim de buscar soluções que possam contribuir para com a sua redução. Nesse âmbito tivemos como objetivos caracterizar e compreender, quantitativa e qualitativamente, a evasão no Curso de Licenciatura em Química no IFG, campus Anápolis. Bem como, qquantificar a evasão no curso de licenciatura em Química do Instituto Federal de Goiás, campus Anápolis; investigar fatores que facilitaram a evasão dos alunos no público-alvo; e investigar quais são os fatores que favorecem a permanência dos alunos no curso. Metodologia Foi realizada uma pesquisa quantitativa, com dados fornecidos pelo site VISÃO do IFG no qual possui dados do Instituto, com vistas a compreender os índices de evasão por semestre, no sentido de observar a sua evolução no decorrer do tempo. Também foram investigados os índices (quantidades e porcentagens) de reprovação em disciplinas e o confronto desses dados com a evasão. Após isso, foi possível compreender qualitativamente os principais motivos que levam à evasão. Após a investigação dos dados no sistema VISÃO foi aplicado um questionário, para os alunos que ainda estudam no Instituto, no qual constam algumas perguntas sobre o ano de início do curso, lugares onde residem e questões relativas à opinião sobre quais os possíveis fatores que levariam os mesmos a evadirem da Instituição. gepeec@gmail.com Página 409

4 levar à evasão. Estas respostas foram usadas para se detectar possíveis motivos que podem Resultados e Discussão Os resultados apresentados nesta parte do trabalho foram tirados do sistema VISAO, que é um programa com dados sobre os alunos que frequentam ou já frequentaram o Instituto. Desse modo, se obtiveram dados quantitativos, divididos nos seguintes elementos: concludentes, evadidos, formados, jubilados e matriculados. De acordo com o sistema, cancelados significa que os alunos cancelaram sua inscrição já no começo do seu curso; cancelados compulsoriamente quer dizer que os alunos cancelaram com o decorrer do tempo, faltando às aulas sem justificativa; os concludentes são aqueles que ainda estão esperando colação de grau, os evadidos são os que saíram do Instituto sem justificativa; os formados são os estudantes que já concluíram seu curso; jubilados são os que saíram do curso, pois o tempo institucional já havia acabado ou, ainda, faltavam muito e, por esses motivos, eles saíram da instituição; por fim, os alunos matriculados são aqueles que ainda estão vinculados à instituição. O tempo máximo que se pode permanecer no Instituto é de aproximadamente sete anos, contados a partir da data de matricula. Os próximos parágrafos se referem à descrição dos dados retirados do sistema VISAO. Primeiramente, descrevemos a situação de todas as turmas que entraram na Instituição, desde 2010/01 até 2016/01. De acordo com os dados do sistema VISAO, ocorreu a inclusão de trezentos e cinco alunos no curso de Licenciatura em Química até o ano de 2016/2, apresentando os seguintes dados: 22 alunos (7,15%) cancelaram suas matrículas no início do curso, sendo assim a média geral de concludentes até o momento foi de (2,8%) no total nove alunos; houve 11 cancelamentos compulsórios (3,35%); evadiram-se 123 alunos (41,08%), até o momento; houve 23 formandos (7,37%); 23 alunos jubilados (7,27%); estão matriculados 92 alunos (30,04%); foi realizada a transferência externa de dois alunos (0,71%); e, por fim, um aluno trancou seu curso, totalizando (0,29%). gepeec@gmail.com Página 410

5 Detalhado de Licenciatura em Química Cancelados: 7,15% Cancelamento compulsório: 3,35% Concludentes: 2,8% Evadidos:41,08% Formados: 7,37% Jubilados: 7,27% Matriculados: 30,04% Transferidos: 0,71% Trancados: 0,29% Figura 1- Detalhado do curso licenciatura em Química 2010/1-2016/2 - IFG/Anápolis Fonte: Site VISAO-IFG - 03/02/ Para sumarizar os resultados apresentados anteriormente, temos a seguir a Tabela 1, que detalha todas as entradas do período 2010/1 a 2016/2. Nela podemos observar que a quantidade de alunos evadidos é muito grande, totalizando (41,08%). Tabela 1- Tabela detalhada 2010 a 2016/2 - IFG/Anápolis Fonte: Site VISAO-IFG - 03/02/ Na figura 2 de 2010/1 a 2016/2, consideramos alunos evadidos como aqueles que, por algum motivo, cancelaram suas matrículas ou então foram jubilados, evadidos ou transferidos. Sendo assim, podemos concluir que, do total de 182 alunos (59,79%) que evadiram do curso de Licenciatura em Química, até o momento ocorreu a formação de 23 alunos (7,37%), tendo sido considerados os alunos concludentes como aqueles que gepeec@gmail.com Página 411

6 por algum motivo ainda estão matriculados no IFG, totalizando, assim 9 alunos (2,8%) e 92 ( 30,04%) estão matriculados no IFG. Vale lembrar também que os alunos que entraram em 2014, 2015 e 2016 não estão em tempo hábil para concluir sua formação acadêmica. 60 Evadidos:59,79% Geral de Licenciatura em Química Formados: 7,37% Matriculados: 30,04% Vinculo com a Instituição: 2,8% Figura 2 Geral de 2010/1 a 2016/2 - IFG/Anápolis Fonte: Site VISAO-IFG 03/02/ Para sumarizar os resultados apresentados anteriormente temos a Tabela 2, que mostra todas as entradas do período de 2010 a Nela podemos observar, no geral, que a quantidade de alunos evadidos é muito grande, totalizando 59,79%. Tabela 2- Tabela geral 2010 a 2016/2 - IFG/Anápolis Fonte: Site VISAO-IFG - 03/02/ Agora, em relação ao panorama detalhado e geral do período analisado (2010/ /2), obtivemos os seguintes aspectos em relação aos dados encontrados para o curso de Licenciatura em Química no Instituto Federal de Goiás, campus Anápolis. De acordo com os dados do sistema VISAO, ocorreu a inclusão de 181 alunos no curso de Licenciatura em Química de 2010/1 até o ano de 2012/2. Destes,14 alunos gepeec@gmail.com Página 412

7 (7,95%) cancelaram seu curso, sendo a média geral de concludentes até o momento de (3,12%) totalizando assim seis alunos; sete alunos (3,89%) fizeram cancelamentos compulsórios; ocorrendo assim uma evasão de 82 alunos (45,23%); 22 alunos (12,28%) formados; e cerca de 16 alunos (9,17%) jubilados. Dos alunos que começaram seu curso em 2010/1 a 2012/2, somente 32 alunos (17,39%) estão matriculados, tendo ocorrido a transferência externa de um aluno (0,49%) e trancamento de curso de um aluno (0,49%) Detalhado de Licenciatura em Química Cancelados: 7,95% Cancelamento compulsório: 3,12% Concludentes: 3,89% Evadidos: 45,23% Formados: 12,28% Jubilados: 9,17% Matriculados: 17,39% Transferidos: 0,49% Trancados: 0,49% Figura 3- Detalhado de 2010/1 a 2012/2 - IFG/Anápolis Fonte: Site VISAO-IFG03/02/ Para sumarizar os resultados apresentados anteriormente, temos a seguir a Tabela 3, que detalha todas as entradas do período de 2010/1 a 2012/2. Nela podemos observar que a quantidade de alunos evadidos é muito grande, totalizando 45,23%. Tabela 3 - Tabela detalhada 2010 a 2012/2- IFG/Anápolis Fonte: Site VISAO-IFG - Na Figura 4 de 2010/1 a 2012/2, consideramos alunos evadidos aqueles que por algum motivo cancelaram suas matrículas ou foram jubilados, evadidos ou transferidos. gepeec@gmail.com Página 413

8 Assim, podemos concluir que, no total 120 alunos (66,44%) dos alunos evadiram-se do curso de Licenciatura em Química. Até o momento, ocorreu a formação de 22 alunos (12,28%) dos matriculados nesse período, sendo estes os que entraram entre /2 tendo sido considerados os que são concludentes e os que por algum motivo ainda estão matriculados no IFG, totalizando, assim, sete alunos (3,89%), e 22 alunos (17,39%), respectivamente Geral de Licenciatura em Química Evadidos:66,44% Formados: 12,28% Matriculados: 17,39% Vinculo com a Instituição: 3,89% Figura 4 - Geral de 2010/1 a 2012/2 - IFG/Anápolis Fonte: Site VISAO-IFG - Para sumarizar os resultados apresentados anteriormente, temos a Tabela 4, que mostra todas as entradas do período 2010/1 a 2012/2. Nela, podemos observar, no geral, que a quantidade de alunos evadidos é muito grande, totalizando 120 alunos (66,44%). Tabela 4 - Tabela geral /2- IFG/Anápolis Fonte: Site VISAO-IFG - A evasão no curso de licenciatura em Química no IFG, conforme pode se observar, é bastante alta e consideramos que há uma tendência de evasão no curso de licenciatura em geral, já que a atividade profissional do magistério no Brasil não tem se mostrado muito atraente para as pessoas. gepeec@gmail.com Página 414

9 A falta de perspectivas na carreira contribui para haver baixo índice de formandos. Até o momento ocorreu a formação de apenas 23 alunos (7,54%) e podemos observar que os estudantes que ingressaram na faculdade no ano de 2010/1 a 2012/2 foram os que tiveram maior índice de desistência do curso, totalizando cerca de 120 alunos (66,44%) até o momento. Ao considerarmos 2010/1 a 2016/2, temos então 182 alunos (59,79%) evadidos, uma média bastante alta em comparação a outras faculdades analisadas. Acredita-se que há várias situações e inúmeros fatores pelos quais os alunos abandonam os seus estudos. Muitos chegam a fazer as matrículas, mas não conseguem se manter estudando, pois, por diversos motivos, não possuem interesses ou razões para continuar a sua jornada até o fim do curso. De acordo com os questionários aplicados, uma dificuldade que pode ser observada nos dados coletados foi o índice de reprovação em disciplinas da área de exatas já no começo do curso, tendo como exemplos a Matemática elementar, Estrutura e Propriedades da Matéria e Transformações Químicas, introduzidas ao aluno logo no primeiro período. O trabalho também foi um dos motivos apontados pelos alunos que leva à falta de acompanhamento no curso, além das greves escolares, que desmotivam os estudantes. Os alunos entrevistados apontaram que poderia haver mais infraestrutura, trabalhos específicos, aulas de laboratório, provas de reforço, bem como aulas fora do horário para melhorar o conhecimento e evitar que o aluno reprove. Assim, pode haver menos probabilidades de evasão. Conclusões No momento, em nosso país, algumas profissões estão sendo mais valorizadas e isso leva a expectativas de altos salários, além de empregos garantidos. Dessa forma, os cursos de Licenciatura vêm sendo marcados por terem menos prestígio social e isso, como reação, causa uma redução na demanda nos vestibulares, ademais dos outros fatores citados anteriormente. Esses fatores contribuem para que haja mais probabilidade de evasão, pois levam ao aluno a pensar que o curso não servira de grande proveito no mercado de trabalho. Dentre os principais motivos apontados, buscou-se considerar outros possíveis fatores de evasão no Ensino Superior. Para tanto, partiu-se do pressuposto de que os esforços de política educacional e acadêmica não devem se pautar apenas por atrair os gepeec@gmail.com Página 415

10 jovens para os cursos de licenciatura, mas também buscar manter os universitários no percurso universitário, oferecendo possivelmente mais auxilio de bolsas acadêmicas e melhores interações entre professores e alunos para que assim possa se compreender as dificuldades individuais dos alunos, possíveis aulas de reforço para maior possibilidades de permanência e maiores entusiasmo no decorrer do curso executando assim a profissão escolhida. No caso incluem-se entre estes últimos, certamente, políticas de valorização do trabalho e de carreira. Referências BAGGI, Cristiane Aparecida. Evasão e avaliação institucional no ensino superior: uma discussão bibliográfica. Campinas/SC, Disponível em: Acesso em: 20 jan CASTRO, Luciana Paula Vieira. Evasão escolar: um estudo nas Licenciaturas da Universidade Estadual do oeste do Paraná Unioeste Campus Cascavel Disponível em: Acesso em: 22 out COSTA, Maria Helena. As causas da evasão escolar: um estudo de caso numa unidade de ensino da rede municipal de Salvador. Salvador/Bahia, Disponível em: Acesso em: 14 out VIGOTSKY, Lev Semenovitch. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Disponível em: Acesso em: 24 out Site VISÃO- Acesso em: 20 out a 10 de fev gepeec@gmail.com Página 416