Valéria Cunha Tavares
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- Judite de Abreu Araújo
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1 Na ótica dos morcegos: análises da diversidade revelam que os morcegos precisam de florestas ripárias mais amplas do que as indicadas no Código Florestal Brasileiro Valéria Cunha Tavares UFMG
2 A fauna de morcegos do sudoeste da Amazônia brasileira e suas afinidades com a fauna do oeste da América do Sul Valéria da C. Tavares Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG Departamento de Biologia, Universidade Estadual de Minas Gerais, UEMG Belo Horizonte, MG, Brasil Paulo E. D. Bobrowiec Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus, Amazonas, Brasil
3 Como explicar a alta biodiversidade neotropical? E sua organização no espaço? Global mammal diversity. IUCN The IUCN Red List of Threatened Species
4 Diversidade de Mamíferos na América do Sul Não há uma única explicação para os padrões de distribuição de espécies neotropicais, particularmente no caso dos mamíferos Tognelli & Kelt 2004
5 Estimativas de Riqueza de morcegos em países da América do Sul Country N species Colombia 205 Brazil 178/184 Peru 166 Venezuela 152 Ecuador 144 Bolivia 118 Suriname 118 Guyana 103 French Guiana 102 Argentina 57 Paraguay 47 Uruguay 20 Chile 11 Venezuela Colombia Peru Chile Bolivia Argentina Guyana French Guyana Surinam Paraguay Brasil ~15% das espécies de morcegos do mundo Uruguay Fontes: Gardner, 2007, Tavares et al. 2008, Paglia et al. 2012, Solari et al. 2013; Mantilla-Meluk et al. 2014
6 Diversidade de morcegos na Amazônia brasileira 150 espécies, ~ 88% da riqueza de morcegos no Brasil ocorre na Amazônia 46 são exclusivas da Amazônia 20 localidades tipo
7 Sudoeste da Amazônia brasileira o Uma das regiões mais pobremente conhecidas para mamíferos o Ecoregiões de florestas úmidas, Purus-Madeira e Madeira-Tapajo s e florestas úmidas do sudoeste amazônico o Geopoliticamente Acre e Rondo nia.
8 Cenário: grandes rios amazônicos 83 barragens planejadas ou construídas: 25 em afluentes andinos 56 em afluentes brasileiros 2 no leito principal do rio Bacia do Rio Madeira 8
9 Cenário: grandes rios amazônicos UHE Santo Antônio Porto Velho A Bacia do Rio Madeira será fortemente afetada pela construção de barragens A principal vulnerabilidade da bacia do Rio Madeira está relacionada com o fluxo de sedimentos UHE Jirau
10 Efeitos causados por barragens de hidrelétricas sobre a fauna de morcegos e a qualidade do habitat continuam a ser mal compreendidos Barragem Petit-Saut Guiana Francesa Lago Gatún Canal do Panamá Barragem de Alqueva Portugal
11 Chiroptera do Rio Madeira Como varia a fauna de morcegos em ESCALA ZOOGEOGRÁFICA? A Amazônia brasileira tem fauna de Chiroptera homogênea Escudo brasileiro X escudo das Guianas Amazônia leste X amazônia oeste
12 Rio Chiroptera Madeira do Rio Madeira Inventário robusto antes da construção da usina hidrelétrica de Santo Anto nio, Porto Velho, Rondo nia. Teste de similaridades entre assembléias amazônicas de áreas florestais: Escudo das Guianas, amazônia leste e oeste (escudo brasileiro) Como varia a fauna de morcegos em ESCALA ZOOGEOGRÁFICA?
13 Rio Chiroptera Madeira do Rio Madeira Como varia a fauna de morcegos em ESCALA ZOOGEOGRÁFICA?
14 Métodos Chiroptera de do amostragem Rio Madeira 217 noites 8 redes 12 3 m por parcela Esforço de captura mnh INVENTARIAR E DOCUMENTAR sistematicamente nas áreas sob influência da usina/represa 14
15 Pontos de amostragem & esforço Rio Madeira 1 trilha/módulo 7 trilhas pequenas perpendiculares a trilha principal Total: 49 pontos amostrais 0 m 500 m 1000 m 5000 m 8 redes-de-neblina (12X3 m)/trilhas 3000 m pequenas 3 noites de amostragem/trilhas pequenas 2000 m 4000 m INVENTORYING AND DOCUMENTING robust and systematic in the areas under the influence of the dam Parcelas de 250 m Seguem a curva de nível do terreno
16 Rio Madeira: fazendas nas margens 43 noites 4 a 8 redes 12 3 m por ponto Esforço de captura mnh INVENTÁRIO E DOCUMENTAÇÃO exploratórios, não-sistemáticos nos pedrais ao longo dos rios Madeira e Jaci-Paraná
17 Rio Madeira riqueza - redes Curvas de rarefação completeness of the inventories (Gotelli and Colwell, 2001) Parcelas Número de espécies esperado - índice de Jackknife de primeira ordem não paramétrico (Brose and Martinez, 2004; Meyer and Kalko, 2008). Fazendas
18 Rio Madeira Extensões de distribuição Cyttarops alecto Mimon bennettii Lionycteris spurrelli Lichonycteris degener Glossophaga longirostris Glyphonycteris sylvestris Vampyressa thyone Natalus macrourus R 2,930 morcegos, 2505 plots 332 fazendas (incluindo os três hematófagos) 93 em pedrais do Madeira 66 espécies, sete famílias, 39 gêneros 20 espécies novos recordes para sudoeste da Amazônia brasileira e 26 novos para Rondônia Tavares et al., 2012, Tavares et al. 2017
19 Pedrais Rio Madeira Pedrais visitados: 49 Pedrais com morcegos : 25
20 Pedrais Espécies: 5 Capturas : 78 Espécies afetadas: Nyctinomops laticaudatus Moção? Pedrais: hotspots Cerca de 200 km de pedrais no rio Madeira sumiram permanentemente Grande impacto nos morcegos de pedrais - especialmente Nyctinomops laticaudatus, Abrigos diurnos comuns? Sítios reprodutivos? Supressão permanente de pedrais - perda total desses microhabitats para morcegos e fauna e flora associada conservation hotspots
21 Rio Madeira relação com outras biotas Matriz de incidência para 26 localidades na Amazônia Pontos cinza (leste da Amazônia): 1-Alter do Cha o, 2-Bele m, 3-Caraja s, 4-Tapajo s, e 5-Xingu/Kayapo Pontos abertos (escudo das Guianas): 6-Amapa, 7-Arataye, 8-Cunucuma, 9-Imataca, 10-Iwokrama, 11-Manaus, 12-Paracou, 13-Piste St. E lie, 14-San Juan Manapiare, 15-Saul e 16- Suriname Pontos negros (oeste): 17-Amana, 18-Piagac u -Purus, 19-Alpahuayo, 20- Balta, 21-Cuzco, 22-Jenaro Herrera, 23- Manu, 24-Tiputini, 25-Yasuni, Estrela Porto Velho
22 Rio Madeira relação com outras biotas Índice de Jaccard - ocorrência teste de similaridade de composição de espécies entre pares de sítios de amostragem Escalonamento não métrico (NMDS) sobreposto a dendrograma hierárquico - ordenação dos sítios Teste de Hipótese: similaridade de morcegos do escudo das guianas, oeste e leste (ANOSIM)
23 Rio Madeira relação com outras biotas Leste amazônia (n = 5 sítios no Para, Tapajo s, Xingu, Carajás) aninhado com grupo do escudo das Guianas (n = 11 sítios no Pará, Am. Central), oeste da Amazônia brasileira (n = 3, Amana, Piagac u-purus e Porto Velho* e oeste da Amazônia (n = 10, localidades no Peru e Equador) ANOSIM, Global R = 0.43, P << 0.001
24 Rio Madeira: evolução da biota Quiropterofauna do sudoeste da Amazônia mais próxima a fauna do oeste amazônico do que leste e escudo das Guianas. Formação desses grandes grupos relacionada a história geológica das terras baixas amazônicas e idade dos habitats.
25 Sombroek 2000, Hoorn and Wesselingh, 2010; Hoorn et al., 2010 Rio Madeira: evolução da biota Mioceno inicial - terras baixas sofreram Incursões marinhas (N da Venezuela) Complexo de lagos rasos e pântanos sistema Pebas Mioceno médio soerguimento dos Andes intensifica - a drenagem passa a fluir de norte (Venezuela) a leste (Brasil) Solos dessa região são mais ricos que solos do leste amazônico (Sombroek, 2000; Hoorn et al., 2010).
26 Influência da elevação do terreno na composição de espécies Maior número de espécies nas áreas mais baixas As variáveis de vegetação tiveram forte influência na distribuição das guildas
27 Rio Madeira: evolução da biota Estudos de morcegos neotropicais em perspectiva histórica Biogeografia e Conservação Definição de unidades evolutivas x zoogeografia corrente podem os padrões serem explicados a luz de hipóteses biogeográficas? Cruzando resultados com padrões de outros táxons: existem padrões comuns?
28 Agradecimentos
29 Agradecimentos
Valéria da Cunha Tavares, Ph.D. Departamento de Zoologia Universidade Federal de Minas Gerais
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