Módulo Refratários Fábio Bernardo
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- Luzia Garrido Salvado
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1 Módulo Refratários Fábio Bernardo 1/47
2 Objetivo Normas ambientais Gerenciamento de resíduos sólidos Comportamento consciente Segurança do Trabalho 2/47
3 Agenda I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: 1. Normas e legislação 2. Boas práticas de aplicação II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 1. Prevenção de acidentes 2. Prevenção de doenças ocupacionais 3/47
4 Breve Histórico 4/47
5 Breve Histórico 5/47
6 século XIV - A Peste Negra Dizimou um terço da população da Europa. Tomaram-se, então, algumas ações de saneamento e destinação dos resíduos para fora das cidades - principalmente os orgânicos. 6/47
7 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: 1. Normas e legislação - Resíduos sólidos: Definição segundo a NBR , que classifica os resíduos em classes: Resíduos, nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nessa definição: os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível. 7/47
8 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: 1. Normas e legislação LEI Nº , DE 2 DE AGOSTO DE Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n o 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE Regulamenta a Lei n o , de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos: Cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Endereço da Lei Endereço do decreto /47
9 LEI Nº , DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos; Art. 6º São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: I - a prevenção e a precaução; II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; O princípio poluidor-pagador postula que as pessoas naturais ou jurídicas, sejam regidas pelo direito público ou pelo direito privado, devem pagar os custos das medidas que sejam necessárias para eliminar a contaminação ou para reduzi-la ao limite fixado pelos padrões ou medidas equivalentes que assegurem a qualidade de vida, inclusive os fixados pelo Poder Público competente. O Princípio Protetor-Recebedor postula que aquele agente publico ou privado que protege um bem natural em benefício da comunidade deve receber uma compensação financeira como incentivo pelo serviço de proteção ambiental prestado(...). Serve para implementar a justiça econômica, valorizando os serviços ambientais prestados generosamente por uma população ou sociedade, e remunerando economicamente essa prestação de serviços porque, se tem valor econômico, é justo que se receba por ela. 9/47
10 LEI Nº , DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos; Art. 6º São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; 10/47
11 LEI Nº , DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos; Art. 7º São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; 11/47
12 LEI Nº , DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos; Art. 9º Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Recuperar 12/47
13 LEI Nº , DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos; Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos:... os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas e, f, g e k do inciso I do art. 13. f - resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; Art. 21. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo: I - descrição do empreendimento ou atividade; II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;... 13/47
14 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: 1. Normas e legislação Resíduos sólidos : Classificação seguindo as NBRs. Classe I Perigosos Classe IIA Não perigosos não Inertes Classe IIB Não perigosos Inertes - Resíduo inerte é um tipo de resíduo que devido as suas características e composição físico-química não sofre transformações físicas, químicas ou biológicas de relevo, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo. De acordo com a legislação, os resíduos inertes estão aptos a serem depositados em aterros sanitários. 14/47
15 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: 1. Normas e legislação NBR 10004: classifica os resíduos quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. NBR 10005: procedimento para obtenção de lixiviado (processo para determinação da capacidade de transferência de substâncias orgânicas e inorgânicas presentes nos resíduos, por meio da dissolução no meio extrator), visando diferenciar os resíduos classificados pela NBR como classe I (Perigoso) e classe II (Não-Perigoso). NBR 10006:2004 procedimento para obtenção de extrato solubilizado (H ² O), visando diferenciar os resíduos classificados pela NBR como classe IIA (Não-Inertes) e classe IIB (Inertes). NBR 10007:2004 fixa os requisitos exigíveis para a amostragem de resíduos sólidos. 15/47
16 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: 2. Boas práticas de aplicação - Fluxo de gerenciamento de resíduos sólidos Conhecer e descrever o processo. Solicitar Carta de Anuência. Emissão de CADRI Relacionar os resíduos gerados. Definir destino Emitir MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) Aplicar os conceitos 4Rs para cada resíduo. Catalogar e identificar os resíduos. Transportar Classificar os resíduos (NBR 10004) Definir forma de Armazenagem (Classe I ou II) Controlar toda a documentação de transporte e emitir o Inventário de Resíduos. 16/47
17 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: 2. Boas práticas de aplicação - Ciclo dos 4 Rs. Reduzir Reciclar Reutilizar Recuperar 17/47
18 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: 2. Boas práticas de aplicação - Destinação: Reciclagem industrial Reaproveitamento e transformação dos materiais Co-processamento Ex. Refratários de siderurgia e fornos de clinquer. Fonte : Magnesita Refratários S/A Fonte : Magnesita Refratários S/A 18/47
19 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Destinação Aterros sanitários disposição no solo; 19/47
20 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Com referência aos refratários na indústria vidreira, podemos dividir em 3 categorias quanto à geração: Manutenção. Construção. Reforma. 20/47
21 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Manutenção: Durante a manutenção dos fornos, um pequeno volume de refratários é gerado. O mesmo deve ser destinado aos aterros. Dificilmente se consegue outro destino, pois nenhuma empresa se interessa em pegar tão pouca quantidade. 21/47
22 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Construção: O resíduo vem dos cortes de refratários e peças quebradas durante a montagem do forno. É um material nobre, pois não sofreu queima ou outro ataque. O volume dependerá da quantidade de reserva que for comprada para cada projeto. Normalmente tem-se um bom destino para esse material, que veremos a seguir. 22/47
23 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Reforma: É o pior caso, pois além das sobras de cortes e peças quebradas, há o material da demolição, o volume é grande, pois será igual ao que irá entrar novo. Outro problema é a contaminação dos refratários com vidro, sulfatos, óleo, restos de composição etc. 23/47
24 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Tipos de resíduos refratários e suas soluções: Podemos dividir em grandes famílias: Eletrofundido. Sílica. Sílico aluminoso. Silimanita. Isolantes. Cromo magnesianos. Zircônio. 24/47
25 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Eletrofundido. É um material nobre e pode ser reaproveitado em: Peças pequenas para fornos de pequeno porte. Moído para ser matéria-prima de refratários como ermold ou concreto refratário. Quebrado em pedaços para granalhagem de solas. Moído para ser fundido em novos refratários. Peças novas entram nas manutenções dos fornos. Última alternativa = aterro ~ 120 R$/ton com frete em /47
26 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Sílica. É um material problemático, pois seu manuseio pode liberar sílica cristalina respirável, por isso é difícil seu reuso. Moído para fazer parte de refratários sílicoaluminosos. Normalmente os fabricantes pegam pelo preço do frete, ou mesmo cobram o frete (protetor-recebedor). Peças novas podem ser reaproveitadas em outras reformas, mas dificilmente em manutenções. 26/47
27 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Sílico aluminoso. É um material relativamente barato. Serve de matéria-prima para refratários, porém seu baixo preço normalmente implica em trocar pelo frete. Material novo serve para revestir colunas dos fornos, fazer diques de contenção, manutenção, novas reformas, churrasqueiras dos grêmios etc. 27/47
28 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Silimanita. É um material mais nobre que os anteriores. Serve de matéria-prima e pode ser vendido, pois tem um teor maior de alumina. Dificilmente é usado em manutenção dos fornos. Pode ser reaproveitado para outras reformas. 28/47
29 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Isolantes. É um material de difícil reaproveitamento. Seu custo é muito baixo. Não serve como matéria-prima pois vem misturado com outros resíduos e poeiras. Como os isolantes são baratos, o valor do frete inviabiliza seu transporte para beneficiamento e fabricação de novos isolantes. Normalmente seu destino é o aterro. 29/47
30 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Cromo magnesianos. O maior problema entre os resíduos refratários na indústria vidreira, devido à sua toxicidade. A única solução é o aterro especial, ou um envio para recicladores internacionais. 30/47
31 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Zircônio. Material de alto valor agregado e muito usado em manutenções. Nunca é problema, pois o menor pedaço pode se usado nos reparos dos fornos. Nunca sobra para o aterro. 31/47
32 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Outras soluções: Uma alternativa aos aterros no caso de não se conseguir nenhum reuso dos refratários é a integração em materiais de pavimentação e construção civil, para dar volume. Ainda não é uma prática comum no Brasil. Difícil achar um parceiro disposto a retirar esse material. Baixo custo da areia de construção. 32/47
33 I. Meio ambiente - Gestão de Resíduos Sólidos: Prática Outras soluções: Venda empresas que compram refratários para reuso. A empresa pode pagar pelos refratários com valor agregado, ou cobrar para retirar e dar um destino aos mesmos. O problema, que como são empresas europeias, o custo do frete pode inviabilizar alguns projetos. 33/47
34 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 1. Prevenção de acidentes a. Quedas, cortes e impactos b. Choques elétricos c. Queimaduras d. Boas práticas de aplicação 2. Prevenção de doenças ocupacionais a. Proteção auditiva b. Proteção respiratória c. Boas práticas de aplicação 34/47
35 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 1. prevenção de acidentes a. Quedas, cortes e impactos Quedas de andaimes ou de abóbodas Quedas de refratários ou vigas sobre operários Cortes com máquinas de refratários ou durante a demolição de camada de vidro da sola 35/47
36 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 1. prevenção de acidentes Durante a demolição, se não for mecanizada, deve-se sempre trabalhar com cintos e linhas de vida. 36/47
37 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 1. prevenção de acidentes b. Choques elétricos Durante a demolição Durante a montagem No aquecimento 37/47
38 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 1. prevenção de acidentes c. Queimaduras Riscos nos processos de drenagem do forno Riscos nos processos de aquecimento 38/47
39 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 1. prevenção de acidentes d. Boas práticas Análise preliminar de riscos e perigos APR documentado e assinado Supervisão constante chefias e equipe de técnicos de segurança capacitados e com experiência DDS Diálogos Diários de Segurança conscientização. Diferença entre produção e obra. Desligamento de partes elétricas Eletricidade x água 39/47
40 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 1. prevenção de acidentes d. Boas práticas Sistemas contra quedas Manutenção preventiva de todos os sistemas de elevação de cargas que serão utilizados na obra Sistema de detecção de chamas e gases para os processos de resfriamento e aquecimento de fornos (maçaricos / canhões etc.) Proteções em máquinas 40/47
41 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 2. Prevenção de doenças ocupacionais a. Proteção auditiva Perda auditiva Ruídos de máquinas operatrizes, serras e lixadeiras Ruídos provindos da própria produção (vidro oco) 41/47
42 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 2. Prevenção de doenças ocupacionais b. Proteção respiratória Componentes das poeiras de refratários Poeiras respiráveis Cr-IV Sílica livre cristalizada Arsênio Metais pesados (componentes dos refratários) Mecanismo de absorção pelo organismo 42/47
43 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 2. Prevenção de doenças ocupacionais c. Boas práticas Programas PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PPR - Programa de Proteção Respiratória PPA - Programa de Proteção Auditiva 43/47
44 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 2. Prevenção de doenças ocupacionais c. Boas práticas EPCs: Isolamento de áreas (restrição de passagem) Sistema de molhamento dos refratários (contenção de poeiras) 44/47
45 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 2. Prevenção de doenças ocupacionais c. Boas práticas EPCs: Sistema de aspiração de poeiras (tanto nos processos de demolição como no corte dos refratários) Lixadeiras pneumáticas com água 45/47
46 II. Segurança do Trabalho nos processos de demolição, reforma e aquecimento de fornos refratários: 2. Prevenção de doenças ocupacionais c. Boas práticas EPIs: Máscaras Luvas Macacões Capacetes Protetores auditivos 46/47
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