Regime dos bens em circulação. Portaria n.º 161/2013, de 23 de Abril

Transcrição

1 Regime dos bens em circulação Portaria n.º 161/2013, de 23 de Abril O Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, introduziu alterações ao regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de Julho, determinando, designadamente, a obrigação de comunicação à Autoridade Tributária dos elementos dos documentos de transporte. A Portaria recentemente publicada veio sobretudo regulamentar o modo de cumprimento das obrigações de comunicação dos elementos dos documentos de transporte previstas no regime de bens em circulação, embora também proceda a algumas alterações ao referido regime. As alterações efetuadas por esta Portaria foram as seguintes: Exclusão das obrigações de comunicação dos documentos de transporte sempre que o destinatário ou adquirente seja consumidor final; Permissão de utilização da via eletrónica para a comunicação dos documentos de transporte adicionais, os quais tinham de ser comunicados exclusivamente por inserção no Portal das Finanças; Possibilidade de habilitar terceiros a fazer a comunicação dos documentos de transporte, em nome e por conta dos remetentes dos bens, em funcionalidade disponibilizada no Portal das Finanças; Adiamento da entrada em vigor do novo regime para 1 de julho de 2013.

2 Forma de comunicação dos documentos de transporte à AT A comunicação dos documentos de transporte à AT é feita, em regra, por transmissão eletrónica de dados conforme previsto na alínea a) do n.º 6 do artigo 5.º do regime de bens em circulação, sendo efetuada por uma das seguintes vias: Por transmissão eletrónica em tempo real, integrada em programa informático, utilizando o webservice disponibilizado pela AT; Através do envio de ficheiro exportado pelo programa informático de emissão (SAFT-PT), recorrendo à aplicação de envio de dados disponibilizada no Portal das Finanças; Por emissão direta no Portal das Finanças do documento de transporte. A obrigação de comunicação efetuada desta forma considera-se cumprida no momento em que é disponibilizado o código de identificação atribuído ao documento de transporte. A comunicação através de serviço telefónico é aplicável apenas aos documentos em papel e também nos casos de inoperacionalidade do sistema informático A comunicação por esta via aplica-se assim às situações de: inoperacionalidade do Portal das Finanças; inoperacionalidade do operador de telecomunicações; inoperacionalidade do programa do sujeito passivo; impossibilidade de proceder à emissão do documento através de via eletrónica. Para este efeito, as entidades terão de solicitar uma senha individual de acesso ao serviço telefónico automático.

3 Na comunicação telefónica serão solicitados os seguintes elementos do documento de transporte: Os quatro últimos dígitos do número do documento de transporte, devendo, se inferior ao milhar, ser precedido de zeros até completar os quatro dígitos; A data de início do transporte (dia e mês, por esta ordem, com a inserção de quatro dígitos); A hora do início do transporte (hora e minuto, por esta ordem, com a inserção de quatro dígitos); O NIF do adquirente, quando aplicável. Esta forma de comunicação é validada pela AT com a atribuição de um código de comunicação telefónica, através de mensagem de voz e escrita, que atesta que a comunicação daqueles elementos foi efetuada com sucesso. Os documentos de transporte no Portal das Finanças Os documentos de transporte são comunicados e inseridos em local próprio da área e-fatura do Portal das Finanças:

4 A referida área que se encontra atualmente em fase experimental está dividida em três zonas distintas: remetente dos bens, destinatário dos bens e agentes fiscalizadores. A comunicação dos documentos, por sua vez, apresenta também 3 hipóteses de inserção:

5 A primeira, denominada inserir elementos destina-se sobretudo aos utilizadores que efetuaram a comunicação através de telefone, devendo estes proceder à inserção dos restantes elementos do documento de transporte no prazo de 5 dias úteis seguintes ao mesmo. A segunda, denominada emitir permite a inserção e emissão de documentos de transporte diretamente através do Portal das Finanças. Finalmente a terceira comunicar por ficheiro destina-se aos utilizadores que pretendam comunicar os documentos de transporte através do envio do ficheiro SAFT-PT, produzido por programa informático certificado. Note-se que na sequência da publicação da Portaria n.º 160/2013, de 23 de Abril, as regras de certificação de programas informáticos de faturação passam a aplicar-se igualmente aos documentos de transporte emitidos a partir de 1 de Julho de Preparado em por Abílio Sousa para APECA