Kenny Wheeler dirige Big Band. Concerto de Jazz 21h30 Grande Auditório Duração 1h30 12 Nov 04

Transcrição

1 Kenny Wheeler dirige Big Band Concerto de Jazz 21h30 Grande Auditório Duração 1h30 12 Nov 04

2 Kenny Wheeler Apesar de residir em Inglaterra desde 1952 e ser frequentemente considerado um músico inglês, Kenny Wheeler nasceu no Canadá em Começou a tocar na sua terra natal, St. Catherines, incentivado pelo pai, que tocava trombone. O seu currículo de estudo formal inclui Composição com Rodney Bennett e William Russo. Entre as suas primeiras influências contam-se Buck Clayton e Roy Eldrige mas, aquando da sua partida para Londres, Wheeler já se inclinava na direcção do bebop, de Miles Davis e de Fats Navarro, em particular. Após a sua chegada a Londres, Wheeler integrou uma banda de música de dança ao mesmo tempo que se apresentava em pequenos concertos ao lado de modernistas como Joe Harriott e Ronnie Scott. Em 1959 entrou para a Johnny Dankworth Band, participando assim da sua actuação memorável no Newport Jazz Festival. Kenny Wheeler viria a tornar-se um dos principais solistas da Orquestra de Dankworth e já no período final da sua passagem por este agrupamento gravou Windmill Tilter (Fontana), o seu primeiro álbum à frente de uma big band, que reunia composições feitas com base nas histórias de Dom Quixote, de Cervantes. Em 1966, um encontro casual com o baterista John Stevens no Little Theatre Club em Londres fez Wheeler mudar de rumo. Para grande surpresa de muitos músicos da sua geração, o trompetista envolveu-se a fundo na free music e integrou o Stevens Spontaneous Music Ensemble e o Tony Oxley group. Através do saxofonista Evan Parker e do guitarrista Derek Bailey, Kenny Wheeler foi introduzido na Globe Unity Orchestra, a big band sediada na Alemanha e dirigida pelo pianista Alexander von Schlippenback. A sua ligação a este agrupamento mantém-se inclusivamente, Wheeler conta com participações de grande relevo nos três álbuns que a Globe Unity Orchestra gravou para a JAPO/ECM. Em 1971, na sessão de gravação de The Complete Braxton (Freedom), Anthony Braxton fica impressionado com as capacidades reveladas por Wheeler na execução musical das difíceis partituras, de tal maneira que o convida para integrar o seu agrupamento. Wheeler deu prioridade à música de Braxton até 1976, altura em que as dificuldades colocadas pelas deslocações regulares entre Londres e Nova Iorque se revelaram incomportáveis. Não obstante, a produção de Wheeler durante este período inclui ainda a gravação de Song for Someone (Incus), um álbum que constrói uma justaposição entre elementos de free e de jazz (e que se tornou o Álbum do Ano 1975 da revista Melody Maker) e Gnu High (ECM 1069), um álbum ainda hoje surpreendentemente vivo e actual que conta com as participações de Keith Jarrett, Dave Holland e Jack DeJohnette. A crítica foi unânime em tomar o álbum da ECM o novo ponto de referência quer para Wheeler quer para a editora: Absolutamente essencial (Stereo Review), Inexcedível (Melody Maker), Soberbo (Jazz Forum), Um milagre (Time Out) para referir apenas alguns exemplos. Os mesmos críticos, no entanto, mostraram-se menos expressivos no reconhecimento do trio Azimuth (Wheeler, John Taylor e Norma Winstone), cujos álbuns editados pela ECM se distinguem pela sua subtileza e requerem uma audição atenta para a sua plena apreciação. O segundo trabalho de Wheeler para a ECM é a gravação Deer Wan (ECM 1102), que data de 1977 e onde participam Jan Garbarek, John Abercrombie, Dave Holland, Jack DeJohnette e Ralph Towner. Na altura do seu lançamento, o álbum foi considerado como o mais completo manifesto das intenções musicais de Wheeler. A gravação Double, Double You (ECM 1262) data de sessões realizadas em 1983 e conta com as presenças de Michael Brecker, John Taylor, Dave Holland e Jack DeJohnette. A recepção da crítica foi

3 entusiástica, como atesta este excerto da revista Fanfare: Wheeler é um dos trompetistas mais fascinantes da actualidade. Neste último álbum, utilizou o prolífico saxofone tenor de Mike Brecker para acrescentar uma força ainda maior à sua secção melódica. John Taylor, Dave Holland e Jack DeJohnette garantem-lhe uma poderosa secção rítmica onde impera a sensibilidade e o bom gosto, e que contém ainda um incrível poder individual... Altamente recomendado. Em 1988, as digressões do seu quinteto que contou entre os seus membros com John Abercrombie, John Taylor, Dave Holland e Peter Erskine foram recebidas com entusiasmo tanto pela imprensa como pelo público. Kenny Wheeler trabalha activamente na formação musical como prova a sua presença no corpo docente da Canadian Banff Workshop e o seu envolvimento em seminários internacionais. Apesar da sua severa autocrítica e da sua quase lendária aversão às formas de reconhecimento e de homenagem, Kenny Wheeler continua a ser um dos trompetistas e intérpretes de fliscorne mais procurados da Europa. Em 2004, quando completou 75 anos, Kenny Wheeler lançou o CD Where do we go from here, juntamente com o pianista John Taylor. Norma Winstone cortesia ecm records Norma Winstone é dona de uma voz flexível, ágil e expressiva, para além de ser uma excelente improvisadora. Apesar de ser conhecida pelas suas improvisações sem palavras, Winstone é uma destacada intérprete de letras e música escritas uma cantora de locução clara, ritmicamente directa, que vai ao âmago das coisas de forma rápida e eficaz. Na sua juventude Winstone tocou piano e órgão, tendo começado a cantar profissionalmente aos 17 anos, influenciada por várias cantoras de jazz. Durante a década de sessenta uma atracção levou-a a enveredar pelo jazz de vanguarda. Tocou em agrupamentos liderados pelos pianistas Michael Garrick e Mike Westbrook; trabalhou como cantora com artistas tão progressistas quanto o saxofonista John Surman, o trompetista Kenny Wheeler, o compositor Michael Gibbs e o pianista John Taylor (com quem casou em 1972). Nos final dos anos sessenta, um espectáculo no clube de Ronnie Scott em Londres granjeou-lhe a atenção da crítica (no cartaz dessa noite figurava também o lendário saxofonista Roland Kirk). Em 1971 foi nomeada a melhor cantora de jazz numa votação promovida pela Melody Maker. Nesse mesmo ano gravou para a Decca Edge of Time, o seu primeiro álbum à frente de um grupo de músicos. Juntamente com Wheeler e Taylor, Winstone formou Azimuth, um agrupamento de jazz de câmara contemporâneo, que foi aclamado pela crítica e que gravou vários álbuns para a editora ECM a partir de meados da década de setenta. Winstone é ainda uma talentosa autora de letras, tendo assinado diversas para músicas compostas pelos guitarristas Egberto Gismonti e Ralph Towner, pelo baxista Steve Swallow e pelo cantor Ivan Lins, entre outros. O percurso de Norma Winstone conta ainda com actuações e/ou colaborações em estúdio com os ensembles de Jimmy Rowles, Lee Konitz, Tony Coe, Fred Hersch, John Abercrombie, Dave Holland, Peter Erskine e George Mraz. Em 1992 colaborou com o compositor/autor de arranjos Steve Gray na criação de A French Folk Song Suite, encomendada e interpretada pela North German Radio Big Band. Winstone é também membro da big band de Wheeler. Em Julho de 2002 foi galardoada com o título de Melhor Vocalista nos BBC Jazz Awards no Queen Elizabeth Hall, em Londres. Chris Kelsey, all music guide Tradução Rute Paredes

4 Carol Friedman PRÓXIMO ESPECTÁCULO Terence Blanchard CONCERTO DE JAZZ 13 DE NOVEMBRO 21H30 GRANDE AUDITÓRIO Co-produção Guimarães Jazz / Culturgest Terence Blanchard nasceu em New Orleans, Louisiana, em Encorajado pelo seu pai, começou a aprender piano aos cinco anos. Ao princípio não estava muito entusiasmado com as lições que recebia. Mas uma banda de jazz veio à escola onde estudava. Blanchard estava entre o público e ao ouvir o trompetista da banda, Alvin Alcorn, decidiu-se: Quero fazer isto! Frequentou o New Orleans Centre for Creative Arts, onde aperfeiçoou os seus conhecimentos musicais com Art Blackey. Emergiu na cena jazzística de Nova Iorque nos anos oitenta, fazendo parte de um renascimento musical na companhia de nomes como Wynton e Brandford Marsalis, e rapidamente construiu a reputação de ser um dos mais importantes e influentes músicos de jazz e líderes de bandas da sua geração. No final dos anos oitenta envolveu-se no mundo do cinema, tocando trompete nas bandas sonoras dos filmes do seu amigo Spike Lee, e a partir dos anos noventa escreveu a música para muitos dos filmes de Lee. Blanchard gravou numerosos discos para a Columbia, a Sony e, mais recentemente, a Blue Note. O seu álbum New York Second Line, de 1984, ganhou o Grand Prix du Disque, e vários outros foram nomeados para os Grammy e para os Emmy. É director artístico do Thelonious Monk Institute of Jazz Performance, da University of Southern California. Apesar do seu envolvimento no cinema e televisão, Blanchard considera-se antes de tudo um músico de jazz: Não há nada melhor do que ser músico de jazz, tocar num clube ou num concerto.

5 Direcção Kenny Wheeler Voz Norma Winstone Piano Nathalie Loriers Bateria Martin France Percussão Fulvio Maras Contrabaixo Bernardo Moreira Guitarra Nguyên Lê Trompetes Tomás Pimentel, João Moreira, Henry Lowther, Miguel Gonçalves Trombones Claus Nymark, Christophe Schweizer, Rui Gonçalves Trombone baixo Carlos Gonçalves Saxofone barítono Pepa Païvinen Saxofone Tenor e Soprano Julian Argüelles, Mário Santos Saxofone alto e Flauta Perico Sambeat Saxofone tenor e Flauta Riccardo Luppi Saxofone alto e soprano Jorge Reis Co-produção Guimarães Jazz / Culturgest

6 Conselho de Administração Presidente Manuel José Vaz Vice-Presidente Miguel Lobo Antunes Vogal Luís dos Santos Ferro Assessores Gil Mendo (Dança) Francisco Frazão (Teatro) Miguel Wandschneider (Arte Contemporânea) Direcção de Produção Margarida Mota Produção e Secretariado Patrícia Blazquez Mariana Cardoso de Lemos Tiago Rodrigues * Exposições António Sequeira Lopes (Produção e Montagem) Paula Tavares dos Santos (Produção) Susana Sameiro (Culturgest Porto) Comunicação Filipe Folhadela Moreira Sílvia Sequeira * Publicações Marta Cardoso Rosário Sousa Machado Actividades Comerciais Catarina Carmona Serviços Administrativos e Financeiros Cristina Ribeiro Paulo Silva * estagiário Direcção Técnica Eugénio Sena Direcção de Cena e Luzes Horácio Fernandes Audiovisuais Américo Firmino Paulo Abrantes Iluminação de Cena Fernando Ricardo (Chefe) Nuno Alves Maquinaria de Cena José Luís Pereira (Chefe) Alcino Ferreira Técnicos Auxiliares Tiago Bernardo Álvaro Coelho Frente de Casa Rute Moraes Bastos Bilheteira Manuela Fialho Edgar Andrade Recepção Teresa Figueiredo Sofia Fernandes Auxiliar Administrativo Nuno Cunha Patrocínio: