MÚSICA 8 DE OUTUBRO 21h30 Grande Auditório Duração 1h30

Transcrição

1 Hermeto Pascoal

2 MÚSICA 8 DE OUTUBRO 21h30 Grande Auditório Duração 1h30 Voz, Teclados e outros instrumentos Hermeto Pascoal Percussão Fabio Pascoal Bateria Marcio Bahia Baixo Itiberê Zwarg Sopros Vinícius Dorin Piano André Marques

3 Nascido em 1936 em Lagoa da Canoa, Alagoas, Brasil, Hermeto começou a tocar acordeão de oito botões aos oito anos, e desde então começou a trabalhar como músico tocando em bailes e festas. Aos 14 anos de idade saiu de casa e arranjou trabalho como acordeonista numa estação de rádio em Caruanu, Pernambuco. Daí foi para Recife onde começou a tocar piano. Na década de 50 foi para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo, onde viveu durante vinte anos e estabeleceu uma sólida reputação como músico, compositor e arranjador. Em 1971 foi para os Estados Unidos, onde gravou o seu primeiro disco, uma colecção de peças orquestrais, interpretada por alguns dos melhores músicos americanos. Além disso, contribuiu também com dois temas para o disco Live Evil de Miles Davis. Hermeto foi também, nessa altura, a força motriz de alguns discos de Flora Purim e Airto Moreira, o disco Airto & Friends julgado pela crítica inglesa o melhor álbum do ano. Os seus criativos concertos de música influenciaram fortemente alguns dos grandes músicos contemporâneos. Esta influência foi admitida por Gil Evans, Chick Corea, Miles Davis, Ron Carter e muitos outros. O arranjo de Hermeto para a peça Velório em que 36 garrafas com água foram usadas para criar um estranho som, além de muitos outros efeitos, foi aclamado como uma obra-prima por Gil Evans. Esses novos sons puderam mais tarde inspirar Herbie Hancock na utilização de garrafas no seu disco Headhunters. Entretanto regressado ao Brasil decidiu formar um grupo que lhe permitisse explorar totalmente os seus talentos como compositor e arranjador. O grupo passou por muitas modificações ao longo dos anos, mas desde 1981 Hermeto tem tocado com os mesmos músicos, ganhando um grande grau de coesão, criando uma série de ambientes musicais onde não só o talento de Hermeto como líder, mas também a personalidade de cada membro, têm total liberdade para se mostrar e expandir. Entretanto, o seu talento

4 como compositor para orquestra começou a ser merecidamente reconhecido. Em 1982, a RIAS Symphony Orchestra of Berlin tocou uma composição de Hermeto Berlin and its people trabalho inspirado pela sua estadia na cidade, escrito em menos de 30 horas. A peça teve uma estrondosa ovação no Horizon Festival desse ano. Para Hermeto, escrever uma sinfonia para orquestra é tão simples como compor para o seu próprio grupo ou para um solo instrumental. Sendo absolutamente autodidacta, ao longo dos anos Hermeto tocou uma larga série de instrumentos musicais: piano, flauta, saxofone, guitarra, bateria, percussão e muitos outros instrumentos invulgares como garrafas, chifres de boi, vasilhas de estanho, água e mesmo animais vivos. Em gravações utilizou sons de porcos, cães, galinhas e insectos para obter os desejados efeitos musicais. Hermeto costuma dizer que todos os instrumentos estão à nossa volta prontos a serem descobertos. Requerem apenas um espírito livre de preconceitos para os usar. O resultado desta aproximação é uma música desafiadora das normas existentes, música que é completamente livre de modas e tendências passageiras. De facto, o seu trabalho é verdadeiramente intemporal, incorporando elementos do passado, presente e futuro. Talvez que a melhor maneira de definir a sua música seja: Música Universal.

5 Os concertos de Hermeto Pascoal não obedecem a um alinhamento rigoroso previamente definido. A forma como entende e pratica a música, o perfeito entendimento que tem com os seus companheiros de banda, a utilização dos mais insólitas fontes de som como instrumentos ( tudo é instrumento para mim ), o lugar marcante que dá à improvisação, tudo contribui para que os seus concertos se assemelhem a verdadeiros happenings irrepetíveis e sempre surpreendentes. Hermeto Pascoal não é músico que se deixe aprisionar e o seu génio revela-se sobretudo nas suas actuações ao vivo.

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7 PRÓXIMO ESPECTÁCULO DANÇA 13 E 14 DE OUTUBRO 21h30 Grande Auditório Duração 1h20 (aprox.) EVIL LIVE LIVE EVIL Ontem, vi homens e mulheres que corajosamente salvavam a vida de uma criança no Sri Lanka. Ou seria na Indonésia? Ou no Afeganistão? Ou seria perto do porto de Aveiro? Amanhã, testemunharei o assassinato de mulheres com as suas crianças ao peito no Congo. Ou será no Sudão? Ou no Kosovo? Depois de amanhã, lembrar-me-ei ainda? Uma quase interminável torrente de imagens confronta-nos com a mágoa da humanidade mas, simultaneamente, sentimo--nos, uma e outra vez, como testemunhas impotentes da feição do Mal dessa mesma humanidade. Fausto parece estar por toda a parte. Algumas vezes, longe; outras, muito perto. A cada momento, a cada dia, somos informados sobre as suas acções. Em LIVE EVIL Francisco Camacho e os intérpretes perseguem as suas relações com o Bem e o Mal. Partindo das suas percepções individuais, exploram as consequências da inevitável ambiguidade que se desencadeia a partir da posição privilegiada enquanto testemunhas dos desenvolvimentos à escala planetária, bem como das vidas de todos e de cada um. E a seguir, o que haverá para além desta ambiguidade? Ou haverá, mesmo, algo para além desta ambiguidade? Onde estará esta outra dimensão, como que oculta por um nevão, para a qual nos mantemos cegos devido ao tumulto que a vida nos cria diariamente? Quão insano será hoje imaginar que viver pode ser um contraponto ao Mal? Os portadores de bilhete para o espectáculo têm acesso ao Parque de Estacionamento da Caixa Geral de Depósitos.

8 Conselho de Administração Presidente Manuel José Vaz Vice-Presidente Miguel Lobo Antunes Vogal Luís dos Santos Ferro Assessores Gil Mendo (Dança) Francisco Frazão (Teatro) Miguel Wandschneider (Arte Contemporânea) Raquel Ribeiro dos Santos (Serviço Educativo) Direcção de Produção Margarida Mota Produção e Secretariado Patrícia Blazquez Mariana Cardoso de Lemos Exposições António Sequeira Lopes (Produção e Montagem) Paula Tavares dos Santos (Produção) Susana Sameiro (Culturgest Porto) Comunicação Filipe Folhadela Moreira Publicações Marta Cardoso Patrícia Santos Rosário Sousa Machado Actividades Comerciais Catarina Carmona Serviços Administrativos e Financeiros Cristina Ribeiro Paulo Silva Direcção Técnica Eugénio Sena Direcção de Cena e Luzes Horácio Fernandes Audiovisuais Américo Firmino Paulo Abrantes Iluminação de Cena Fernando Ricardo (Chefe) Nuno Alves Maquinaria de Cena José Luís Pereira (Chefe) Alcino Ferreira Técnicos Auxiliares Tiago Bernardo Álvaro Coelho Frente de Casa Rute Moraes Bastos Bilheteira Manuela Fialho Edgar Andrade Joana Marto Recepção Teresa Figueiredo Sofia Fernandes Auxiliar Administrativo Nuno Cunha Culturgest, uma casa do mundo. Informações Edifício Sede da CGD, Rua Arco do Cego, Lisboa culturgest@cgd.pt