2. Embasamento Teórico

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1 1. Introdução Os róticos, ou sons de /r/, é uma classe que abrange muitos sons encontrados em inúmeras línguas ao redor do mundo. Dentro desta classe, encontramos o retroflexo. Ele é um som caracterizado pelo movimento de ponta de língua que se curva sobre o seu dorso numa região pós-alveolar. Na produção do retroflexo, também encontramos arredondamento dos lábios. Essa variante rótica é muito produzida em vários dialetos do Português Brasileiro (PB). Um estudo realizado por Ferraz (2005) se propõe a mostrar a primeira descrição acústica do retroflexo para o PB. Partindo de uma comparação com dados apresentados acerca do retroflexo no inglês Norte-Americano Padrão (doravante INAP), notou-se uma diferença acústica entre esses dois sons que, aparentemente, seriam iguais. Enquanto, para o retroflexo do inglês norte-americano, temos como característica acústica principal um terceiro formante baixo, postado em torno de 2000 Hz, temos, com grande freqüência, para o terceiro formante do retroflexo do PB, medidas acima de 2000 Hz, porém, com um abaixamento de F3, se observada a trajetória dos formantes. Esse fato pode proporcionar uma diferença auditiva entre esses sons, mas uma simples análise empírica não é capaz de marcar tais diferenças. O atual trabalho propõe apresentar uma nova metodologia experimental que promova uma comparação acústica direta de dados entre o retroflexo, para os ambientes de coda silábica (interna e final de palavra). Algumas afirmações não foram testadas por Ferraz visto que seus dados referem-se ao retroflexo no PB, não havendo uma comparação direta com os dados do inglês norte-americano. A metodologia será elaborada seguindo o seguinte padrão: será montado um experimento onde palavras-chaves, tanto do PB quanto do Inglês Norte-Americano Padrão, contento o referido som, no mesmo ambiente fonológico, serão gravadas e analisadas por falantes nativos de ambas as línguas. Assim será possível observar o comportamento do retroflexo acontecendo no mesmo ambiente. Serão levados em consideração os valores das freqüências dos três primeiros formantes do retroflexo. O estudo retratará apenas uma primeira fase do projeto todo, que consta em abordar as técnicas de coleta de dados e análise, sendo apenas um projeto piloto. 1

2 Esperamos assim preencher uma lacuna deixada por Ferraz (op cit), elencando as diferenças e as semelhanças do retroflexo em ambas línguas estudadas. 2. Embasamento Teórico 2.1 O retroflexo Como citado na introdução, existem vários sons que fazem parte da classe dos róticos, freqüentemente encontrados em muitíssimas línguas ao redor do mundo. Estima-se que em 75% das línguas do mundo (Maddieson, 1980) encontremos róticos. Uma característica muito peculiar à classe dos róticos diz respeito aos vários tipos de sons que essa classe abriga. Encontramos tap, vibrantes, fricativas, aproximantes e retroflexo. A uma primeira vista, não apresentam semelhanças articulatórias ou acústicas entre si. Talvez tais sons estejam inclusos numa mesma classe pelo fato de serem grafados com a mesma letra, /r/. O retroflexo no PB, que é o objeto de estudo nesse trabalho, é um som que pode ser caracterizado articulatóriamente pelo movimento de ponta de língua sobre o seu dorso, causando assim uma constrição na região pós-alveolar do trato vocal. O dorso, recuado, toca o céu da boca com a sua superfície inferior. Durante a produção do retroflexo, também é possível notar um arredondamento de lábios. Estudos sociolingüísticos apontam a existência de retroflexo nas mais diversas línguas ao redor do mundo. No inglês norte americano, observamos a ocorrência desse som preferencialmente em contexto fonológico de coda silábica. Já no PB, podemos observar o retroflexo, majoritariamente, em coda silábica, porém alguns dialetos apresentam esse som em contexto fonológico de grupos e intervocálico. A primeira notificação quanto à existência de retroflexo no PB foi feita por Amaral (1982) no começo do século XX. Esse som foi encontrado nos dialetos falados no interior de São Paulo, tendo como referência a região de Piracicaba. Por esse motivo, o retroflexo ficou conhecido como r-caipira, já que as pessoas que habitavam tais regiões eram na sua grande maioria pessoas simples que tiravam o seu sustento de atividades agrícolas. Amaral faz um comentário pertinente acerca do retroflexo: 2

3 Para o ouvido, este r caipira assemelha-se bastante ao r inglês pós-vocalico (Amaral, 1982:47). Desde Amadeu Amaral já é delegada ao retroflexo uma forma pejorativa de linguajar, principalmente por ser a forma falada no interior do Estado de São Paulo, em contraste com a capital do Estado e até mesmo outras localidades. Porém ainda hoje o retroflexo é visto no Brasil como marca de fala de pessoas de menos prestígio. Leite (2004) apresenta um interessante estudo sobre essa questão, somando aos dados variacionistas, uma análise acústica. No seu trabalho, a autora observou estudantes naturais da cidade de São José do Rio Preto, no interior do Estado de São Paulo, que deixavam sua cidade natal e mudavam-se para Campinas, para estudar na Unicamp. Campinas também está localizada no Estado de São Paulo, porém, por ser uma cidade maior e mais próxima à capital, talvez pudesse apresentar um dialeto menos estigmatizado. A hipótese de Leite foi que, tais alunos, para fugir da estigmatização proporcionada pelo retroflexo, fossem passiveis de promover uma variação na sua pronuncia de /r/, procurando encobrir qualquer vestígio que denunciasse a sua procedência. Desse modo, o novo dialeto, ou seja, o campineiro, representaria uma ascensão na qualidade de fala desses alunos. A partir de gravações informais de situação de fala, a autora procurou promover relações entre fatores sociais e a manifestação da língua. Desse modo, foram observados as falas de oito estudantes oriundos de São José do Rio Preto, todos estudantes da graduação na Unicamp: quatro em início de curso e quatro em fase de finalização de curso. Como a autora observou os dados colhidos acusticamente, foi possível perceber alguns fatos que de oitivamente seriam impossíveis de se observar. Foi notado que, nesse afã de se deixar de lado o retroflexo, foi produzido em alguns casos uma variante intermediária. Seria esse som então chamado pela autora de r-campineiro. Interessante notar através do trabalho de Leite (2004) como a discriminização de um som pode levar a mudanças drásticas e produções de som que realmente não se esperavam. Esse estudo corrobora as palavras de Amaral que notificou, já no inicio do século XX, a estigmatização e pejoratividade do retroflexo. Outros estudos variacionistas mostram que o retroflexo não está apenas disseminado no interior de São Paulo. Callou, Morais e Leite (1998), observando dados provenientes do 3

4 projeto NURC (Norma Urbana Culta), identificam em cinco capitais brasileiras (Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) a ocorrência de vários tipos de sons de /r/: vibrante apical múltipla, vibrante uvular, fricativa velar, fricativa laríngea (aspirada), vibrante apical simples e aproximante retroflexa, podendo ser observado, com não rara freqüência, a existência de queda de /r/ em coda (zero fonético). Em São Paulo, 5% dos informantes fizeram retroflexão em coda silábica interna; em Porto Alegre, 7 %. Nas outras Capitais do projeto não foi observado a realização do retroflexo em nenhum ambiente. Para coda final de palavra, São Paulo apresentou 2 % enquanto Porto Alegre registrou 3%. Até no Nordeste já existem dados que apontam para a retroflexão em alguns dialetos. Skeete, estudando os róticos na Paraíba, mostra que, das 9,859 ocorrências para posição de coda, 7225 foram realizações fricativas; 360 retroflexas; 67 vibrantes simples; 33 vocalizações e 2,174 queda do /r/ final. Esse fato mostra que o retroflexo já está disseminado por quase todas as regiões brasileiras. Na região Sul, a situação não se mostra diferente. O Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil ALERS (Kock, Klassman & Altenhofen, 1997), mostra como o retroflexo está presente nos três estados da região Sul. Para a palavra corda, por exemplo, temos no Paraná 60 % dos informantes realizando retroflexo; número que está em torno de 30 % em Santa Catarina e pouco mais de 5 % no Rio Grande do Sul, para dados com a mesma palavra. Ainda relativo ao estado do Paraná, observando dados referentes ao Atlas Lingüístico do Paraná (Aguilera, 1994), temos a variante retroflexa disseminada por quase todo o Estado, para as posições de coda (interna e final de palavra). Por exemplo, para a palavra árvore, de 111 dados recolhidos, 88 apresentaram retroflexo. Quanto à posição de coda em final de palavra, para a palavra flor, num total de 97 dados, 76 apresentam a variante citada, ou seja, 78 % do total de dados. Note que, mesmo sendo uma variante considerada estigmatizada, muitos dialetos do PB apresentam retroflexo em seu sistema fônico Características Acústicas do Retroflexo 4

5 Um modo muito interessante de observar o comportamento de um som em uma dada língua é analisar as características acústicas desse som e seu comportamento no interior do sistema fônico dessa mesma língua. Lehiste (1962) apresenta uma das primeiras caracterizações acústica do retroflexo no inglês norte-americano. Ela colheu dados junto a cinco informantes, todos nascidos em cinco Estados da região Meio-Oeste dos Estados Unidos. A partir das medidas das freqüências de F1, F2 e F3, fazendo uma análise espectrográfica, ela nota algumas características similares entre as variantes posicionais do /r/. Fazendo uso da sentençaveículo Say the word... instead, a autora colheu um total de 135 palavras-chave, onde o /r/ aparecia nas posições finais, mediais e iniciais. Para o retroflexo inicial, foram notadas algumas características particulares. As medidas das freqüências dos três primeiros formantes para os dados observados nessa categoria apresentaram baixa freqüência. F2 e F3 apresentaram valores próximos e foi possível notar uma rápida transição do retroflexo para a vogal seguinte, se comparado à transição do /r/ em contexto pós-vocálico. Isso pode ser um indício de que, nesse caso, há influência do retroflexo sobre a vogal adjacente. Quanto ao /r/ em posição final de palavra, foi possível observar que a medida de F1 é mais alta, em Hz, do que a medida da freqüência de F1 para /r/ inicial. O F2 apresentou medidas próximas às medidas do F3 do /r/ inicial, enquanto o F3 do retroflexo final mostrou medidas em torno de 300 Hz mais altas que as medidas de F2 para o mesmo segmento. Nesse caso, foi possível observar influência da vogal precedente sobre o retroflexo. Por exemplo, tem-se a impressão de que um /a/ precedente pode ocasionar um primeiro e terceiro formantes relativamente altos no /r/ seguinte. Já para o /r/ intervocálico, quando precedido de sufixo derivacional, nos dados onde o /r/ se torna intervocálico pela inserção do sufixo -er, como nas palavras bearer, borer dearer, o /r/ parece apresentar as mesmas características acústicas do /r/ inicial. O estudo apresentado por Lehiste (op. cit.), mesmo datado de muito tempo, apresenta dados precisos sobre o comportamento do retroflexo no inglês norte americano. Lindau (1985) apresenta outro interessante estudo acerca dos sons de /r/. Na tentativa de encontrar um correlato acústico-articulatório que pudesse caracterizar os róticos numa mesma classe, a autora observa dados de sons de /r/ em quatro línguas indo- 5

6 européias (o Inglês californiano, o Sueco, o Espanhol e o Francês) e sete línguas do Oeste africano (Hausa, Degema, Edo, Ghotuo, Kalabari, Bumo e Izon). Inicialmente, a autora supunha que um possível correlato acústico para os róticos seria o abaixamento de F3, assim como observado para o /r/ do inglês norte-americano. Porém tal hipótese não foi corroborada. O tap, por exemplo, apresentou F3 do pico mais alto em torno de 2000 Hz no espanhol chicano, enquanto no sueco padrão, esse valor postou-se em torno de 2300 Hz e no Degema, 2500 Hz, valores considerados discrepantes para uma aproximação. Observe que, supostamente, um mesmo som apresenta medidas tão diferentes nas diferentes línguas. Quanto ao retroflexo, especialmente o do inglês norte-americano, Lindau notou que os formantes desse som apresentam semelhanças aos formantes das vogais. Esse fato indica que, durante a produção do retroflexo nessa língua, a constrição do trato vocal é semelhante a das vogais. Outro fato observado diz respeito ao arredondamento de lábios. O movimento desses articuladores pode provocar um abaixamento de F2 e F3, fato que pode ser constatado como verdadeiro para o retroflexo. Desse modo, temos um F3 para o retroflexo abaixo de 2000 Hz, medida considerada baixa para um terceiro formante. Um terceiro formante baixo é uma especificação bem justificada para o /r/ do inglês norte-americano, particularmente quando se considera que os falantes usam todos os mecanismos articulatórios disponíveis para produzir esse efeito acústico. (Lindau, 1985:165). Mesmo não encontrando um correlato acústico que unisse os róticos sob uma mesma característica, o estudo de Lindau foi de suma importância na descrição acústica do retroflexo, em especial, do retroflexo norte-americano, um dos objetos de estudo desse trabalho. Para o PB, como já citado, temos o trabalho de Ferraz (2005) como a primeira descrição acústica mais precisa do retroflexo no PB. Um experimento utilizando sentençasveículos foi elaborado. Três informantes, todos naturais da cidade de Pato Branco Paraná, cujo dialeto incluía o retroflexo, leram sentenças-veículo do tipo Digo... pra ele, onde palavras-chave contento o retroflexo em posição de coda (medial e final) foram incluídas. 6

7 Os dados foram analisados acusticamente com a ajuda do software Praat. Foram observados alguns fatores fonológicos, dentre eles posição do /r/ na palavra analisada e vogal antecedente. Quanto à posição do /r/ na palavra, não foi notado nenhuma diferença significativa entre o retroflexo em posição medial e final para os valores das freqüências de F1 (em torno de 540 Hz), F2 (em torno de 1500 Hz) e F3 (em torno de 2100 Hz). Espectrograma 1 1 -Forma da onda e espectrograma da seqüência digo porta na sentença digo porta pra ele. A aproximante retroflexa está sinalizada entre barras verticais. 1 Os espectrogramas 1, 2, 3 e 4 fazem parte do trabalho de Ferraz (2005). 7

8 Espectrograma 2- Forma da onda e espectrograma da seqüência redor pra ele na sentença digo redor pra ele. A aproximante retroflexa está sinalizada entre barras verticais. Levando em consideração os contextos vocálicos em que o retroflexo estava inserido, Ferraz observa que os valores de F1 se mantêm semelhantes tanto para as vogais anteriores quanto paras as posteriores 2, o que nos mostra que não há movimento de mandíbula. Já para as medidas de F2 e F3, houve diferenças de acordo com a vogal antecedente. Para as vogais anteriores, tanto F2 quanto F3 apresentaram valores de freqüências mais altos se comparados com os mesmos valores dos formantes do retroflexo diante de vogais posteriores. Portanto, observamos a ocorrência uma certa coarticulação entre as vogais e o retroflexo, visto que ambos segmentos apresentam configuração formântica semelhante. 2 No capítulo referente à Metodologia usada haverá uma explicação mais detalhada acerca das relações acústico-articulatória. 8

9 Espectrograma 3- Forma da onda e espectrograma da seqüência digo perto na sentença digo perto pra ele. A aproximante retroflexa está sinalizada entre barras verticais. Espectrograma 4-Forma da onda e espectrograma da seqüência digo porto na sentença digo porto pra ele. A aproximante retroflexa está sinalizada entre barras verticais. 9

10 Dos dados citados no presente trabalho até agora, podemos observar que uma característica geral do retroflexo norte-americano é apresentar o terceiro formante com valores abaixo ou igual a 2000 Hz. Tanto Lehiste (op cit) quanto Lindau (op cit) atentam para este fato 3. Porém no o PB, como observa Ferraz (op cit), não apresenta as mesmas características acústicas: Essa configuração, no entanto, não parecia resolver a nossa questão do correlato acústico para o retroflexo no PB, em função das médias bastante freqüentes acima de 2000 Hz para F3 nos nossos dados. Até que, quase ao acaso, talvez pelo fato de elencarmos as medidas em nossas tabelas sempre dos contextos vocálicos anteriores para posteriores, percebemos que as medidas de F3 do retroflexo pareciam caminhar para baixo e não simplesmente serem baixas. De fato, nos nossos dados, são poucas ocorrências de F3 abaixo de 2000 Hz para os contextos vocálicos adjacentes anteriores; por outro lado, é rara a incidência do F3 do retroflexo acima de 2000 Hz para os contextos vocálicos adjacentes superiores. Os testes estatísticos a que submetemos os dados vão comprovar diferenças significativas entre tais contextos, o que revela algumas pistas para determinarmos um correlato acústico para o retroflexo do PB diferentemente daquilo que a literatura fonética menciona para o retroflexo do inglês norte-americano (Ferraz, 2005:92).Temos então um comportamento acústico diferente entre o retroflexo do inglês norte-americano e o do PB. Portanto, observando os espectrogramas de Ferraz (op. cit) e as observações feitas por Lindau (op. cit), notamos que provavelmente temos dois sons distintos. Enquanto para o inglês provavelmente o correlato acústico será o F3 baixo, com medidas inferiores a 2000 Hz, para o PB, teremos um F3 bemolizado, ou seja, andando para baixo, apresentando os formantes uma curva descendente e influindo na vogal seguinte devido ao forte efeito de co-articulação existente entre o retroflexo e a vogal adjacente. Temos aqui então o ponto de ancoragem do atual trabalho. Proporei uma nova metodologia que possa dar conta de investigar dados com uma aproximação maior e inseridos em ambiente fônico semelhante. Desse modo, poderão ser averiguadas algumas questões sugeridas por Ferraz em seu trabalho, ressaltando alguns detalhes que não foram 3 Vale observar que os valores de F3 se referem a dados de informantes masculinos, visto que as mulheres apresentam uma qualidade de voz diferente, apresentando, portanto, medidas de freqüências mais altas. 10

11 averiguados pelo autor, até porque este não era o seu objetivo. A comparação que Ferraz apresenta em seu trabalho entre os retroflexos não é feita diretamente. Temos corpus distinto entre os estudos comparados. As questões a serem observadas serão: a) O retroflexo poderá apresentar um comportamento mais próximo entre o PB e o Inglês-Norte Americano Padrão, se inserido em um mesmo ambiente; b) Quais as diferenças nos trajetos dos formantes, se considerada a possível coarticulação com as vogais adjacentes. 11

12 3. Metodologia O objetivo esperado com a metodologia apresentada nessa seção é montar um experimento que atenda os propósitos deste trabalho. Cabe salientar que este é um projeto piloto e que apresentará uma primeira análise. Muito outros fatores, como duração e tonicidade de silába, poderão ser levados em consideração em uma fase mais adiantada do trabalho. Para que a comparação acústica entre o retroflexo do inglês norte-americano e o do PB possa ser feita, levaremos em conta alguns elementos cuja observação é fundamental para chegar-se a um resultado claro. 3.1 Corpus Um novo corpus, diferente do utilizado por Lehist (op. cit) e Ferraz (op. cit) será selecionado. O objetivo principal é selecionar palavras que apresentam estrutura fônica semelhante. Desse modo, será possível observar o comportamento do retroflexo em ambiente fonológico muito próximo, o que facilita a visualização dos fatos ocorridos. Primeiramente, selecionaremos palavras chaves que apresentem em sua estrutura fônica as seqüências vogal/retroflexo/consoante. Como observa Ferraz, existe diferenciação quanto à qualidade da vogal antecedente ao retroflexo, ou seja, se tais vogais eram posteriores ou anteriores. Portanto, para o PB e para o Inglês Norte-Americano padrão, será observado uma vogal em contexto anterior, uma em contexto posterior e uma vogal centralizada. Desse modo, teremos dados suficientes de ambas as línguas mostrando se para o inglês, tal diferenciação quanto à posteriorização ou anteriorização da vogal é relevante. É necessário frisar que não há uma correspondência biunívoca entre as vogais. Existem diferenças quanto o modo de articulação e o ponto de articulação das vogais de uma língua para outra. O que será feito é uma aproximação desses contextos, permitindo assim que uma comparação mais próxima possa ser observada. Quanto à posição do retroflexo nas palavras-alvo, analisaremos a coda silábica, em dois ambientes distintos: trava silábica medial, onde haverá vogal/retroflexo/consoante no interior da palavra e contexto fônico de final de palavra. Esse fator é relevante no 12

13 experimento, visto que umas das principais diferenças estavam relacionadas à posição do retroflexo na palavra (se medial ou final). Não será considerada nenhuma classe de palavra especifica. Para o atual estudo, tal fato é irrelevante. Porém a dimensão do vocábulo e o acento tônico serão levados em consideração. Para o retroflexo em trava silábica medial, utilizaremos monossílabos tônicos. Já para coda final, serão utilizados dissílabos oxítonos. Assim, garantimos que o acento tônico recaia sobre a silaba onde está inserido o retroflexo. Observe as tabelas abaixo: Vogal Português Brasileiro Inglês norte-americano Anterior circo circus Central parte party Posterior curto poorly Tabela 1- Palavras do corpus em contexto de coda (interior de palavra). Vogal Português Brasileiro Inglês norte-americano Anterior Vir Beer Central Bar Bar Posterior Por Door Tabela 2- Palavras do corpus em contexto de coda (final de palavra). As palavras-alvo serão inseridas em sentenças-veículo, ou seja, será mantida uma mesma sentença onde apenas as palavras-alvo são trocadas. As sentenças serão: Língua Português Brasileiro Inglês Norte-americano Sentença Digo...também Say...twice Tabela 3- Sentenças-veículo. 13

14 Optou-se por não utilizar sentenças de uso normal das línguas, pois, usando-as, haverá um maior controle sobre o ambiente de ocorrência do retroflexo, principalmente quando este se encontra inserido em coda final. As palavras-alvo sempre serão seguidas de oclusiva (/t/), o que proporciona, no espectrograma, uma melhor visualização do retroflexo, visto que sons oclusivos costumam apresentar um espaço em branco, fruto do fechamento oral que caracteriza esse tipo de som. Também será necessário o uso de palavras distratoras. Tais sentenças têm a função de enganar os informantes, ou seja, não permitir que eles identifiquem qual é o objeto de estudo do trabalho ao qual se prestam servir de informantes. O procedimento é simples: selecionam-se palavras que não que apresentem em sua estrutura a seqüência vogal/retroflexo/consoante e inserem-se tais palavras nas sentenças-veículo descritas acima. É interessante que haja no mínimo uma palavra distratora para cada palavra-alvo. Desse modo, descartamos qualquer possibilidade do informante de manipular algum resultado, mesmo que de forma inconsciente Informantes Como citado, as sentenças escritas acima serão lidas por informantes. Outro importante aspecto concerne a escolha dos informantes. Tal escolha não pode ser feita de forma aleatória e espontânea. Alguns elementos devem ser observados nesse procedimento. Em primeiro lugar, o informante deve ter como L1 uma língua que contenha o som do estudo, no caso, o retroflexo(pb e INAP). Esse informante deve ter vivido no local onde tal variante é executada por no mínimo 5 anos. Selecionaremos 5 informantes para a análise do PB e 5 informantes para a análise do INAP. Haverá informantes tanto do sexo feminino e cinco informantes do sexo masculino. A inclusão de informantes do sexo feminino passa a ser um,a novidade no estudo acústico dos retroflexos. Tanto nos trabalhos de Lehist (op cit) e Lindau (op. cit), quanto no trabalho de Ferraz (op cit), apenas informantes do sexo masculino foram observados. Geralmente as mulheres apresentam trato vocal de menores dimensões se comparado ao trato vocal masculino. Assim, as freqüências dos formantes femininos costumam ser mais alta em relação às freqüências dos formantes masculinos. Como as 14

15 análises acústicas são baseadas em medidas de freqüências, haja vista que as principais diferenças entre os retroflexos apresentados neste estudo se baseiam nas diferenças entre tais valores, será importante observar como o retroflexo se comporta acusticamente na fala feminina. Provavelmente teremos valores de F3 superiores a 2000 Hz para ambas línguas. Assim poderemos ver se as relações entre as freqüências se mantêm também para a fala feminina. Não será levado em consideração nenhum viés sociolingüístico, como faixa etária, grau de escolarização ou classe social. O fenômeno de ocorrência de retroflexo será observado acusticamente. Desse modo, não haverá influência desses fatores. Como citado na introdução, os dados sociolingüísticos nos serviram para notificar os lugares onde há a ocorrência de retroflexo no PB. Para que se tenha uma amostragem quantitativa suficiente, passível de aplicação de testes estáticos, cada informante deverá ler cinco vezes cada uma das sentenças veículos. Isso dará um total de 70 sentenças por informante e um total de 350 dados por sexo. Esse é um número suficiente, que nos permitirá fazer várias elucidações a respeito do comportamento acústico do retroflexo. É claro que quanto mais dados observarmos, mais acurados serão os resultados. 3.3 Coleta dos dados A coleta dos dados deve ser feita de forma a evitar qualquer ruído externo, já que, em uma análise acústica, os dados são visualizados e qualquer ruído extra-fala pode interferir. Portanto, a gravação não pode ser feita com gravadores analógicos ou em qualquer ambiente. Os dados devem ser colhidos em uma sala onde haja um tratamento acústico adequado. As paredes devem isolar todo e qualquer ruído externo. Os equipamentos utilizados, se possível, devem ser de alta tecnologia. Quanto melhor a qualidade gravação, melhor será a observação dos dados. Um exemplo de estúdio bem equipado é o LACOMUS (Laboratório de Computação Musical) do Departamento de Artes da UFPR. O equipamento lá utilizado é: um computador Macintosh G4, com o programa Pro Tools, digi 001. As sentenças lidas serão 15

16 captadas por um microfone dinâmico AGK Platina, masterizadas e gravadas no formato WAV. A taxa de amostragem do sinal será de Hertz, 16 bits, mono, não excluindo assim nenhum tipo de som produzido no PB. Tendo o estúdio e o equipamento de gravação adequado, segue-se o seguinte procedimento de gravação. Os informantes lêem as sentenças que são capturadas por um microfone. Essas sentenças são armazenadas digitalmente em um computador munido com o software adequado para fazer a síntese do som colhido. Após a captura do som, os dados são gravados em um cd e estão prontos para a análise. Mesmo sendo tomados todos os cuidados necessários durante a gravação, não é descartada a possibilidade de obter espectrogramas de má qualidade. Os espectrogramas abaixo podem mostrar as diferenças na qualidade de gravação influenciam a análise dos dados. Os espectrogramas são referentes às analise do tap em coda. Espectrograma 5- O espectrograma mostra a sentença Say dirt. Observe a quantidade de ruído de fundo mostrada na figura 16

17 Espectrograma 6- Tap em coda na palavra Expor Nos dois espectrogramas, nota-se a diferenças quanto à qualidade deles. No primeiro, temos muitas manchas escuras misturadas aos três primeiros formantes (os borrões no meio do espectrograma). Isso atrapalha o pesquisador na hora de analisar os dados. Já o segundo espectrograma é muito mais limpo, não mostrando muito ruído de fundo, o que facilita as análises dos dados Análise dos dados Por fim, passa-se às análises dos dados. Levaremos em consideração alguns parâmetros acústicos que nos permitirão qualificar os dados gravados, observando as suas semelhanças e as suas diferenças. A análise acústica é baseada nos princípios de física acústica. Os sons são compostos por ondas acústicas. Na fala humana, essas ondas são produzidas pelos articuladores que, vibrados com a passagem do ar, produzem o som. Uma interessante analogia pode ser feita: compare o trato vocal com um instrumento de sopro, uma flauta doce, por exemplo. Em uma flauta, assopramos o bucal e, de acordo com a configuração que assumimos nos furos da flauta, produzimos determinado tipo de som. No trato vocal 17

18 acontece algo semelhante. Dependendo do modo como se move os nossos articuladores, produzimos os mais variados tipos de sons que compõem uma determinada língua. A partir dessas relações acústico/articulatórias, temos desenvolvido a Teoria Acústica (Fant,1960). Um dos pontos básicos dessa teoria é analisar, através das ondas estacionárias, as relações entre o dados acústico e o articulatório. Na Teoria Acústica, observa-se a da teoria Fonte/Filtro. Na região da laringe, um som indistinto é produzido (tom laríngeo). Ai está a Fonte. De acordo com a configuração que o trato vocal assume durante a passagem desse som (oclusão, levantamento de dorso de língua, abertura de canais laterais, arrendamento de lábios, etc.), algumas freqüências são ressaltadas enquanto outras são atenuadas. Portanto, o trato vocal é o Filtro. A essas ondas com freqüências ressaltadas, damos o nome de formantes. As unidades de medidas dos formantes são Hz (ciclos por segundo). Tais freqüências são costumeiramente observadas para as vogais, já que esse tipo de som não são obstruintes e permite uma maior passagem de ar pelo trato vocal. Desse modo, a visualização dos formantes será mais clara. Sons oclusivos, por exemplo, são marcados por um espaço em branco seguido de um aumento na energia de produção, observado no momento de soltura dos articuladores. Os formantes serão as bases das nossas análises. Em uma única onda, eles são inúmeros. Para o nosso trabalho, iremos apenas nos ater aos três primeiros formantes, os quais denominaremos F1, F2 e F3. Como já citado anteriormente, uma grande contribuição da Teoria Acústica é promover relações entre as partes acústicas e articulatórias. Para isso, utilizaremos importantes relações entre F1, F2 e F3. Para as vogais, F1 é o correlato acústico da contraparte articulatória de abertura de mandíbula. Quando o F1 for alto, em torno de 450 a 500 Hz, haverá a indicação de que esta vogal é aberta, como por exemplo, o /a/. F1 baixo, em torno de 300 Hz, é indicativo de vogal fechada, ou seja, /i/ ou /u/. As outras vogais apresentaram valores variando entre os dois valores apresentados. Já F2 é o correlato acústico da contraparte articulatória de movimento de dorso de língua. F2 alto, em torno de 1800 Hz, representará as vogais anteriores, cuja levantamento de dorso de língua se dá majoritariamente na região palatal, como o /i/, por exemplo. Já F2 baixo, em torno de 1100 Hz, sinalizará a existência de vogal posterior, como o /u/, por 18

19 exemplo. É claro que tais valores não são estanques; podem variar de acordo com o segmento em que a vogal analisada se encontra inserida. Eles apenas nos servem de parâmetro para nossas comparações. F3 geralmente acompanha a curva de F2. Mesmo sendo uma previsão feita para as vogais, alguns sons consonantais são passiveis de análise acústica, por apresentarem estruturas semelhantes às estruturas vocálicas. É o caso do retroflexo. Por ser um som articulado com certa abertura oral, é possível observar os formantes nos retroflexos. Como citado, um importante aspecto observado para os retroflexos foram os valores das medidas das freqüências de F3. no atual trabalho, as analise de F2 e F3 serão fundamentais para que sejam traçados as comparações entre o retroflexo do PB e o retroflexo do INAP. Segue-se abaixo, um espectrograma e a análise acústica proposta por Ferraz em seu trabalho, o mesmo modelo de análise que será aplicado aos novos dados. Espectrograma 7- Forma da onda e espectrograma da seqüência redor pra, na sentença digo redor pra ele, produzida por N.R. O segmento retroflexo está sinalizado entre barras verticais. 19

20 4. Conclusão A metodologia proposta no atual trabalho tem o objetivo de apresentar uma nova análise sobre os problemas levantados por Ferraz (op cit) acerca da relação entre o retroflexo do inglês Norte-Americano e o retroflexo do PB. Existe uma grande discussão sobre a classificação do retroflexo. Muitos afirmam que ele é o mesmo som em ambas línguas. Porém tais análises são superficiais e muitas vezes feita de oitiva, o que não garante uma confiabilidade dos resultados. Visto as análises já feitas por Ferraz e Lindau, não esperamos encontrar o mesmos tipo de retroflexo para as duas línguas. Os dados já existentes indicam para esse fato. O nosso objetivo é, por meio de mais dados e um controle maior sobre os ambientes de ocorrência do retroflexo, corroborar e reforçar os resultados já existentes. As análises acústicas, submetidas de forma a atender os requisitos levantados ao longo do trabalho, poderão nos mostrar com mais clareza como o retroflexo se porta em ambas as línguas. De inicio já deixo claro que os resultados esperados são de que realmente tenhamos dois tipos de sons distintos, e não o mesmo som. Os resultados poderão ser de suma importância no ensino de inglês para falantes de português, aprimorando o ensinamento do sistema fônico do inglês Norte-Americano. É importante salientar que um experimento piloto deve ser feito para que eventuais erros metodológicos sejam corrigidos. Os próximos passos do trabalho serão executar o experimento e submeter os dados à análise acústica. 20

21 BIBLIOGRAFIA AGUILERA, V.A. Atlas lingüístico do Paraná. Londrina.Ed. da Uel, AMARAL, A. O dialeto caipira. São Paulo: Hucitec. Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia, 1982, 4.ed. CALLOU, D.,MORAES, J. & LEITE, Y. A realização das consoantes posvocálicas no português do Brasil, in Gramática do Português Falado. Campinas: Editora da Unicamp, FANT, G. Acoustic Theory of Speech Production. The Hague: Mouton, FERRAZ, I.S. Características fonético-acústicas do /r/ retroflexo do Português Brasileiro: dados de informantes de Pato Branco. Dissertação de Mestrado, inédita. UFPR,2005. KOCH,W, KLASSMANN, M.S. & ALTENHOFEN,C.V. Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil-ALLERS.Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba: Ed.UFRGS, UFSC, UFPR, LEHISTE, I. Acoustical characteristics of selected English consonants. The Hague: Mouton, 1962: LEITE, C.M.B. Atitudes lingüísticas: a variante retroflexa em foco. Dissertação de Mestrado, inédita: UNICAMP, LINDAU, M.The story of /r/, in Victoria Fromkin (org), V. Phonetic Linguistics: Essays in Honor of Peter Ladefoged ( edited by Victoria Fromkin). New York: Academic Press, 1985,pp MADDIESON, I. A survey of liquids. In: UCLA Working Papers in Phonetics. n o 50, SKEETE N.A. O uso variável da vibrante na cidade de João Pessoa, in Graphos (s/d):

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